sexta-feira, 29 de maio de 2015

Cervejarias de Ribeirão Preto


Cervejas artesanais influenciam novos hábitos de consumo da bebida

por Taiga Cazarine (G1 Ribeirão-Franca)
O mercado de cervejas artesanais em Ribeirão Preto (SP) desperta o paladar dos fãs da bebida e atrai o interesse de pessoas que antes ignoravam seus prazeres. A variedade de produtos tem conseguido mudar o padrão de consumo e as escolhas dos consumidores. Dessa forma, boa parte do público já tem modificado os hábitos de forma quase que natural, bebendo menos, mas bebendo melhor.
Outra mudança é o flerte para novos empreendimentos no setor. De olho nas novidades, empresários apostam em produções inusitadas como alimentos, que levam cerveja em sua composição, e na fabricação de bebidas por meio do crowdfunding - financiamento coletivo.

Segundo o empresário Walter Soares, da Guilda GIV, o que acontece atualmente no mercado brasileiro de cervejas é o que ocorreu no mercado de vinhos no país nos anos 1980. Soares diz que, na época, havia vinhos populares, como o Chapinha e o Sangue de Boi, e que todos eram doces e muito parecidos. Até que opções de importados começaram a ganhar mercado. “De repente, as pessoas começaram a se interessar por aquilo e era chique, era nobre. Hoje, brasileiro consome um volume de vinhos importados de todas as nacionalidades, e o Brasil é um dos principais mercados mundiais em consumo de vinho de alto valor de rótulo”, afirma.
A história do sommelier e dono do Empório Toscana, Almir Tavares, confirma a fala de Soares. Ele diz que apostou suas fichas no vinho, no entanto, a cerveja especial tomou conta da casa. Segundo Tavares, 60% dos produtos da loja são bebidas alcoólicas, e desse montante, 60% são cervejas, sendo as artesanais as mais procuradas pelos clientes. “Na época de calor, minha venda em cerveja chega a ser 70% da venda total da loja”, explica.
O sommelier Almir Tavares diz que há uma curva no perfil dos consumidores de cerveja (Foto: Taiga Cazarine/G1)O sommelier Almir Tavares diz que há uma curva no
perfil dos consumidores (Foto: Taiga Cazarine/G1)
No entanto, o mercado brasileiro ainda está em crescimento. Um dos idealizadores do crowdfunding Social Beers, Matheus Franco, faz uma comparação ao mercado americano, o maior do mundo em produção artesanal. Ele diz que nos Estados Unidos abrem, em média, uma e meia cervejaria artesanal por dia. Portanto, a quantidade em produção lá é muito maior que a brasileira, mas que a região de Ribeirão Preto tem uma economia muito grande e potencial de gerar renda. “O mercado ainda é um bebezão, isso porque temos muita dificuldade com a legislação. É tudo engessado. Produzir em um bar é complicado, ninguém sabe como funciona e os fiscais não sabem bem o que autorizar ou se podem autorizar. Em algum momento temos que solucionar esse dilema. Acho que para crescer o mercado artesanal, tem que crescer o mercado do cervejeiro amador. Sou otimista. A longo prazo, vamos reunir forças e conduzir melhor”, afirma.
Para um dos donos do brewpub Weird Barrel em Ribeirão Preto, Rafael Moschetta, o boom de vendas ainda não aconteceu. Ele acredita que o movimento está começando a ganhar força, mas que ainda há muito espaço para crescer. Segundo Moschetta, o Brasil ainda está no primeiro estágio e a cada dia surgem mais pessoas interessadas em entrar no mercado, sendo que muitas delas não possuem bagagem empresarial no setor. “É um processo em cadeia que aumenta o mercado na cidade e, eu acho que, se a prefeitura resolver olhar pra isso como um grande potencial de atração turística e ver que Ribeirão tem esse potencial do turismo cervejeiro altíssimo e resolver investir nisso, então a cidade conseguirá trazer de volta essa marca de cidade cervejeira do Brasil, mas precisa de apoio público. Não dá só para os empresários fazerem isso”, afirma.
Rafael Moschetta e João Becker, da Weird Barrel, em Ribeirão Preto, SP (Foto: Taiga Cazarine/G1)Rafael Moschetta e João Becker, da Weird Barrel, em Ribeirão Preto, SP (Foto: Taiga Cazarine/G1)
Os profissionais afirmam que a falta de incentivo impede o crescimento do mercado. Se houvesse alterações, aumentaria a produção com a abertura de mais cervejarias. “O imposto mata a cervejaria artesanal, porque a cerveja é vista como bebida alcoólica e acham que haverá malefícios, o que não é verdade, porque ela vai custar, pelo menos, o dobro do valor de uma padrão. O governo tem que olhar isso de forma diferente, todas as autoridades”, afirma Franco.
Sem contar que, segundo os especialistas, para os bebedores de artesanais existe um lema: ‘Beba menos, beba melhor’. Para os profissionais, quando se bebe melhor, naturalmente se consome menos. Os consumidores passam a apreciar e beber porque gostam, e não apenas para socializar. “O que tem que se levar em consideração é que a cerveja é também uma bebida nobre, ela não é para qualquer tipo de público, a qualquer momento. Ela merece um lugar melhor do que ela está hoje”, diz Danhone.
Para Moschetta, a cerveja é para ser celebrada, mas a sofisticação não é uma premissa. “Nosso posicionamento [de abrir um pub com temática de pirataria] não vai agradar todo mundo, mas o que a gente está questionando é a sofisticação em excesso. A cerveja tem que ser valorizada sem ser ‘afrescalhada’, e tem que ser brindada em conjunto. Você pode tomá-la sozinho, mas não acho que é para isso que ela nasceu”, afirma.
O blogueiro Fabrício Santos, do blog Full Pint, um dos mais acessados no Brasil (Foto: Rogério Volgarine)O blogueiro Fabrício Santos, do blog Full Pint, um
dos mais acessados (Foto: Rogério Volgarine)
Descobridores de cervejas
Contudo, a região de Ribeirão Preto está à frente de outras e, para os empresários, a mudança de comportamento do consumidor é visível e ocorre de forma natural. Para Tavares, existem alguns perfis de consumidores: tem a pessoa que é sedenta por novidades e tem o público que já sabe a que veio. O sommelier diz que há uma demanda crescente de pessoas começando a provar a bebida. Segundo ele, o consumidor começa a se interessar pelo produto artesanal e, em um ano, não toma mais as cervejas mainstream - de grandes marcas, o que caracteriza uma curva. “O público que já sabe o que quer é o melhor para mim, porque se eu depender de trazer novidades, não me sustento. Nessa questão da curva, tem o Francisco, um chileno que trabalhou aqui. Ele gostava de sentar e tomar uma caixa de cerveja, e em quatro meses diminuiu o ritmo. A grande sacada é quando você perde o hábito de beber rápido e procura aroma e sabor”, explica.
Até os anos 1990, existiam os bebedores de uma marca e bebedores de outra. Todos consumiam um só estilo, mas um bebia Brahma, o outro Antárctica, Skol, e elas tinham diferenças entre si no paladar, conta Soares. Atualmente, não há diferença alguma entre elas, e é aí que o movimento das artesanais ganha força, atraindo pessoas que buscam algo diferente. “Havia um estilo e várias marcas. Hoje, a gente tem vários estilos e poucas marcas, mas temos opções, um pouco mais de liberdade para escolher o que você quer beber.”
De acordo com o empresário da Guilda GIV, Gustavo Danhone, toda pessoa que começa a tomar uma cerveja diferente, começa pela pilsener. O próximo estágio é consumir as bebidas de trigo, tidas como mais encorpadas. Em seguida, o consumidor descobre as cervejas belgas, mais adocicadas e aromáticas. “Ele pensa: ‘nossa, isso não pode ser cerveja!’, no caso da Tripel Karmeliet, todos ficam impressionados. O primeiro dado de que seu paladar está evoluído é quando você começa a gostar de amargor. Nesse momento todo mundo vira hophead [com mania de lúpulo]”, explica.
Provar cerveja não é mania só dos jovens. A degustadora Lucia Del Lama, de 58 anos, experimenta a bebida desde os 25 anos. Lucia conta que o que mais a atrai é o fato da cerveja estar sempre presente em reuniões e comemorações de amigos e familiares.
O professor de literatura Melécio Junior, de 45 anos, diz consumir cerveja em primeiro lugar pela qualidade, pelo trato dado ao produto até chegar ao consumidor, desde a produção, passando por envasamento, rotulagem, além da relação custo-benefício, que é muito positiva. Ele também considera, assim como os empresários, que o mercado pode se tornar melhor se o governo olhar com mais respeito pelo universo dos produtos artesanais e repensar os impostos incidentes sobre essa categoria e insumos em geral.
Matheus Franco, do crowdfunding Social Beers (Foto: Taiga Cazarine/G1)Matheus Franco, do crowdfunding Social Beers
(Foto: Taiga Cazarine/G1)
Mais empreendedorismo
Mais do que formar um novo mercado e mudar o perfil dos consumidores, as cervejas artesanais também trouxeram produtos e empreendimentos inovadores, como é o caso da
Social Beers, que surgiu como um crowdfunding. Funciona desta forma: os empresários elaboram a receita e o conceito do produto e lançam no site. Quanto mais o consumidor compra em litros, mais prêmios ele ganha, como camisetas e canecas. Se as compras não atingem a quantidade mínima de produção em determinado limite de tempo, a cerveja não é produzida.
O empreendimento foi fundado em abril de 2013 e teve cinco produções de sucesso em um ano, sendo que três deles foram pedidos de terceiros. “A cerveja ‘Sexta-feira’ foi a primeira, lançada no dia 21 de fevereiro com data limite para 17 de março, com mínimo de mil litros para ser produzida. Em 20 dias, bateu a meta e produzimos 1.270 litros, com o total de 494 participantes. O número só aumentou com o tempo”, conta Franco.
Surgiram também a rede social Bier Society, as festas especializadas, como o Slow Brew Brasil, o IPA Day, produtos como sabonetes, sorvetes e até molhos feitos com cerveja.
A chef de cozinha e dona da Casa de Criações Culinárias, Sabrina Gali, desenvolveu os pães EYB, sigla em inglês para ‘Eat Your Beer’, em português ‘Coma Sua Cerveja’. Os produtos estão à venda sob encomenda. Como existe uma infinidade de pratos, sobremesas e pães que podem ser preparados com estilos diferentes de cerveja, o cliente também pode pedir o orçamento de alguma receita ou preparação que não conste no cardápio. A partir de uma quantidade mínima, o produto será desenvolvido de acordo com o pedido. “Sempre gostei de fazer pães em casa, para meu consumo próprio mesmo, e em um evento de harmonização com cervejas, sugeri fazermos os pães que seriam servidos com a própria cerveja que seria usada para harmonizar. Foi um sucesso, e a ideia foi crescendo, até que virou uma marca e uma linha de produtos”, diz Sabrina.
Um dos cinco blogs mais acessados do setor no Brasil é de Ribeirão Preto. O Fullpint fez cinco anos em abril e surgiu da vontade de Fabrício Santos compartilhar e registrar as cervejas que degustava. Para o blogueiro, o mais importante é passar informações corretas aos leitores, afinal, por meio do blog, Santos começou uma confraria, que hoje já tem membros mais conhecedores do que ele mesmo.
Santos ressalta que há necessidade das pessoas e as mídias darem visão aos blogs de cerveja. “Queria que entendessem que a melhor maneira de se atualizar é com quem se atualiza todo dia. Não vivo do blog, mas me dedico ao máximo para que tenha sempre algo relevante e interessante a passar. Gosto de cliques, mas respeito muito mais quem clica. Todos hoje são muito instruídos, sabem o que querem e onde procurar. E eu acho o máximo estar à frente, ajudando a trilhar o caminho da cerveja artesanal no Brasil”, diz.
Carolina Okubo, trabalha no controle de qualidade da Cervejaria Invicta (Foto: Taiga Cazarine/G1)Carolina Okubo, trabalha no controle de qualidade
da Cervejaria Invicta (Foto: Taiga Cazarine/G1)
Elas entendem de cerveja
O setor também está mudando a forma de ver as mulheres. Muitas profissionais renomadas mostram que mulher pode entender e fazer cerveja tão bem quanto os homens. Só na Cervejaria Colorado em Ribeirão Preto são duas - a supervisora de produção Fernanda Ueno e a supervisora do controle de qualidade Fernanda Reche.
Na Cervejaria Invicta, o controle de qualidade é feito pela engenheira de alimentos, Carolina Okubo. “Ainda tem preconceito, acham que o trabalho de uma mulher cervejeira não será tão eficiente como de um homem, mas é sim. Ao mesmo tempo que cobram demais, por ser um mundo ainda muito masculino, eles esperam menos”, conta Ueno.
Outras mulheres que dominam o mercado são a sommelier Carolina Oda, que já passou na cidade para realizar uma das aulas do curso Science of Beer, coordenado pela também engenheira de alimentos e sommelier de cervejas, Amanda Felipe Reitenbach. “Ribeirão Preto surgiu como uma excelente oportunidade. A cidade já tem uma cultura cervejeira em desenvolvimento há mais tempo que muitas capitais do país, e conta com cervejarias reconhecidas nacional e internacionalmente. Em um contato com o Rodrigo Silveira, da Cervejaria Invicta, ele me falou de sua ideia de trazer o Sommelier de Cerveja para a cidade (na época já estávamos divulgando a primeira turma em Florianópolis). Formamos duas turmas de Sommelier de Cerveja na cidade e pretendemos voltar a Ribeirão em 2015.”

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Cerveja Irada

Uma cerveja puro malte à beira-mar
por Clarimundo Flôres

"Como não beber uma cerveja na praia?" A pergunta, quando eu disse que há muito não usufruía de tal prazer, tem tanto sentido quanto a resposta dada: "as barracas localizadas nas areias só vendem cervejas ruins".  Praia, sol, mar, verão, cerveja parecem formar um corpo único, porém vinha perdendo o sentido diante da oferta limitada do último ingrediente descrito.  Tal lacuna serviu de espaço para que cinco empreendedores pensassem em criar uma cerveja artesanal, de alta qualidade, voltado ao público praiano. Bingo, vamos a la playa!
Lançada no último verão, a Irada é uma Premiun American Lager (4,5%), leve, refrescante e bem adequada ao que se pretende, ou seja, ser uma ótima cerveja para ser degustada na praia. Vendida por ambulantes que carregam uma mochila estilizada nas costas, a cerveja, nestes quase cinco meses de mercado, fez tanto sucesso nas areias que começa a adentrar recintos fechados e a fincar seus pés em bares sofisticados. Um deles, o Delirium Café, em Ipanema, passou a vender, esta semana, o chope da Irada.
- A ideia era fazer uma cerveja artesanal praiana, pois era um nicho a ser explorado. Não existem rótulos de qualidade sendo vendidos nas areias. Mas também não vamos nos restringir a esta estratégia. Queremos ampliar nosso mercado. Estamos trabalhando aos poucos - disse Felipe Nogueira, um dos sócios da Irada, juntamente com Annelize Hochmann, Pedro e Flávio Largacha e o ator Malvino Salvador.
Aliás, a presença de Malvino na sociedade, que poderia parecer inicialmente um trunfo de divulgação e marketing, foi minimizada por Nogueira.
- Foi importante no início, mas vimos que não era sustentável a médio e logo prazos. Temos de nos garantir na qualidade do produto. O que funciona, nestes casos, é o boca a boca. O Malvino é um cara sensacional, acredita muito no produto, mas é mais um sócio. E assim ele se posiciona. Claro que, quando for necessário e oportuno, a imagem dele poderá ajudar a reforçar a marca, mas não é essencial.
A Irada, além do chope, pode ser encontrada também em garrafa. Nogueira explicou que existe um sistema de entrega em casa. Na área que engloba do Leblon à Barra da Tijuca, o produto pode ser entregue gelado; nas demais, em temperatura ambiente.
O grupo pretende lançar novos rótulos. Pesquisas estão sendo realizadas para acrescentar algo ainda mais praiano à fórmula que deve ser lançada às vésperas do próximo verão.
- Ainda estamos estudando essa questão. Muitas ideias estão surgindo, como uma cerveja com elementos que possam ajudar no bronzeamento, utilizando insumos que tragam essa característica à cerveja. Enfim, são projetos que ainda estamos debatendo internamente - revelou Nogueira.
A Irada é produzida pela microcervejaria Allegra, em Jacarepaguá. Praianamente artesanal, como vem inscrito em seu slogan, a cerveja, dedicada ao Posto 12, no Leblon, é um alento diante da escassa oferta de boas cervejas em nossas praias. Os ambulantes da Irada anunciam sua chegada, em contraponto aos vendedores de mate, alertando: "Olha o malte!". Puro malte à beira- mar torna tudo ainda mais saboroso.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Expocachaça 2015


O maior evento do setor está de volta!

A Expocachaça, evento pioneiro, a maior, e a mais importante e conceituada feira do setor, entra em seus 18 anos de atividades e em sua 25ª edição e será realizada no período de 4 a 7 de junho de 2015, no Expominas, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Para 2015, o evento apresentará muitas novidades e surpresas, mantendo o formato de Feira e Festival que a consagrou junto aos expositores, público e mídia num cenário aonde negócios, entretenimento e diversão, gastronomia, consumo, lazer e cultura acontecem simultaneamente. Os ingressos custam R$ 15,00 meia entrada e R$ 30,00 a inteira. Juntamente com Expochaça haverá a já tradicional Brasil Bier - Espaço que une cervejarias e microcervejarias especiais do país. É um momento imperdível!

  • Estudantes pagam meia entrada com carteira estudantil e comprovante escolar.

  • Idosos de 60 a 64 anos pagam meia entrada. Idosos com 65 anos ou mais não pagam ingresso. Será necessário a apresentação de documentação com foto que comprove a idade. Menores de idade devem estar acompanhados dos pais. Os empreendedores que desejarem participar com stands segue o contato:
  • Diretoria Comercial
    Luiz Vicente Mendes
    E-mails: lvicente@cachacasdobrasil.com.br / feira@expocachaca.com.br
    Diretoria de Marketing
    José Lúcio Mendes
    E-mail: jlucio@cachacasdobrasil.com.br /
    joseluciomferreira@gmail.com
    Cel: (31) 9813-9731 / 9976-4949

    terça-feira, 26 de maio de 2015

    South Beer Cup 2015

    South Beer Cup premia as melhores cervejas de 2015

    Taberna do Vale, Wäls, Jambreiro da triologia "Inconfidentes" e Backer foram as mineiras que marcaram presença nessa consagração. A Cervejaria Heilige, (escrevi a história desses caras no livro Brasil Beer, na sua segunda edição), de Santa Cruz do Sul foi eleita a melhor cervejaria de 2015.

    Parabéns ao Paulinho Sarvasinski, cervejeiro, e demais sócios.

    Heilige significa Santa em Alemão. Veja a seguir a tabela final da Copa.

    Ganadores SBC 201


    segunda-feira, 25 de maio de 2015

    Bloco K

    Empresas ainda não estão preparadas para o Bloco K, do Sped


    O controle da produção e dos estoques já não era fácil, tanto que nem mesmo era cumprido à risca por muitas empresas, e vai ficar ainda mais difícil a partir de janeiro de 2016. Ele passará a ser informado diretamente nos registros do chamado Bloco K, que vai integrar o  –  Fiscal. Com isso, o Fisco passará a controlar informações vitais da empresa, diretamente associadas ao ICMS e ao IPI. A obrigação não inclui as empresas enquadradas no Simples Nacional
    “O Bloco K será uma ferramenta muito importante para a fiscalização, pois obriga as empresas a prestarem, em meio digital, as informações que eram mantidas apenas no Livro de Controle de Produção e Estoque (Modelo 3), em meio físico”, explica Fábio da Silva Oliveira, supervisor da De Biasi Auditores Independentes. “Com isso, o Fisco fecha o ciclo de operações da empresa, podendo efetuar diversos cruzamentos com base na movimentação dos estoques e dados relacionados ao consumo específico padronizado, como quantidades e perdas normais do processo produtivo, e da substituição de insumos para todos os produtos fabricados”, complementa.
    Devido à complexidade das informações a serem prestadas no Bloco K, bem como às dificuldades enfrentadas pelas empresas durante a implementação, o Conselho Nacional de Política Fazendária – Confaz decidiu prorrogar a obrigatoriedade para janeiro de 2016. “Mesmo com a prorrogação do prazo, as empresas enquadradas no Bloco K precisam correr para dar conta de tudo o que o novo sistema de controle exige. Além de ter periodicidade mensal, a obrigatoriedade atinge cada um dos estabelecimentos da pessoa jurídica, que devem seguir as regras específicas de cada unidade da Federação”, alerta o especialista.
    O objetivo desse controle é acabar com a emissão de notas fiscais com informações incorretas, como as subfaturadas ou espelhadas e as meia-notas, entre outras, assim como a manipulação dos estoques. “Eventuais diferenças apuradas com base na movimentação dos estoques informada no Bloco K poderão caracterizar  fiscal. Então, é importante estar atento às exigências, bem como aos seus impactos nos processos operacionais, nos controles internos e procedimentos fiscais da empresa”, esclarece Fábio. E recomenda: “não basta apenas uma boa solução de tecnologia; em alguns casos será necessário rever a cultura da empresa em relação a alguns aspectos. Trabalhando com uma equipe multidisciplinar a empresa ameniza o risco de falhas e inconsistências”.
    As empresas que já não atendiam à obrigação de manter o Livro de Controle de Produção e Estoque em meio físico terão maior dificuldade na criação dos controles necessários para atender o Bloco K e na sua elaboração. “Se até mesmo as indústrias de grande porte, que na maioria das vezes estão mais atentas ao compliance, poderão ter dificuldades para atender ao novo layout, as empresas menores que já descumpriam a regra terão um trabalho ainda maior”, explica Fábio.
    No caso das empresas que não têm os controles necessários, o especialista da De Biasi reforça que será necessário criá-los do zero, e isso envolve desde o mapeamento do processo produtivo, das movimentações de estoque, das perdas ou quebras, movimentações existentes com terceiros, até os ajustes de inventário, compras,  e outras operações.
    A multa pelo não fornecimento de informações relacionadas ao Bloco K ou sua entrega com dados incompletos pode chegar a 1% do valor do estoque total no período. Há, ainda, o risco de o Fisco encontrar inconsistências entre os estoques e a movimentação de compras e vendas das empresas e entender essas eventuais diferenças como sonegação. Neste caso, a multa pode chegar a 150% do valor do  devido.
    “É preciso diagnosticar se os controles atuais são sistêmicos, consolidar os dados e realizar cruzamentos similares aos que serão feitos pelo Fisco. A De Biasi pode auxiliar as empresas em todo esse processo de consolidação, geração e validação das informações a serem prestadas no Bloco K. Nós efetuamos até mesmo um teste de consistência, o que chamamos de compliance digital preventivo”, conclui Fábio Oliveira.
    Fonte: http://www.jornalcontabil.com.br

    Tributação Cervejeira 2015

    Regulamentada a nova tributação das cervejas especiais
    Decreto nº 8.442 de 29 de abril de 2015

    Foi publicado na última quinta-feira (30/04) o decreto  nº 8.442/2015 que regulamenta a Lei nº 13.097/2015, estabelecendo o conceito de cerveja e chope especial para fins de redução das alíquotas do IPI e das Contribuições para PIS e COFINS.

    De acordo com o art. 2º, considera-se "especial" a cerveja que possuir 75% (setenta e cinco por cento) ou mais de malte de cevada, em peso, sobre o extrato primitivo, como fonte de açúcares e; chope especial como sendo a cerveja especial não submetida a processo de pasteurização para o envase.

    Com a definição de cerveja especial atrelada à quantidade de malte de cevada, indaga-se se "O novo modelo traz melhorias e avanços, já que implica em simplificação do sistema tributário e, mais importante, garante previsibilidade dos negócios tanto para o governo quanto para o setor. Haverá um impacto para o setor com aumento da arrecadação para o governo, mas que, em nome da previsibilidade do novo sistema tributário, poderá ser absorvido pelo mercado", como afirmado pela CervBrasil ao G1.

    Ao que nos parece, com a vinculação única e exclusiva da cerveja especial ao malte de cevada, o Fisco exclui parte dos fabricantes de cervejas tipo Weiss e Witbiers. Em outras palavras, caso a receita da cerveja não utilize 75% de malte de cevada, não poderá ser considerada especial para fins da tributação e a produção estará sujeita às mesmas alíquotas aplicadas aos grandes produtores, como Ambev.

    Outro questionamento importante e que não foi tratado pela Lei ou pelo decreto é o caso de cervejarias produtoras de vários estilos de cervejas. Como serão aplicadas as reduções de alíquotas, será por receita? E o limite de litragem? Os estilos não enquadrados no conceito de cerveja especial poderão ser computados para fins de litragem?

    Por fim, estabeleceu o decreto que o comércio varejista em início de atividade, poderá ser beneficiado pelas reduções de alíquota desde que a receita estimada da venda de bens e serviços ao consumidor final seja igual ou superior a 75% e ao final do ano-calendário se a estimativa não se confirmar, deverá apenas ser recolhidos os diferenciais de alíquotas.

    A nova sistemática de tributação para cervejas - cálculo comparativo


    No início deste ano foi publicada a Lei nº 13.097/2015 trazendo a nova sistemática de tributação para as bebidas frias, em especial as cervejas. As discussões que cercam a nova legislação aumentam a cada dia e dividem as opiniões, afinal, a nova sistemática beneficia ou não os microcervejeiros?

    O cerne da discussão gravita em torno da extinção da Pauta Federal e da cobrança dos impostos sobre o preço de saída da cerveja, o que atinge a grande maioria das microcervejarias anteriormente não pautadas.

    É certo que as alíquotas de IPI, PIS e COFINS diminuíram com a nova sistemática, havendo, ainda, a possiblidade de descontos de acordo com o volume de produção como pode ser verificado no quadro abaixo:

    Alíquotas anteriores:
    Produto
    IPI
    PIS/COFINS
    Cerveja
    15%
    14,4%

    Alíquotas Atuais:
    Produto
    IPI
    PIS/COFINS
    Cerveja
    6%
    13%

    Reduções de alíquotas:
    Redução de alíquota
    IPI
    PIS/COFINS
    litragem
    20%
    4,8%
    10,4%
    Até 5.000.000*
    10%
    5,4%
    11,%
    Acima de 5.000.000 até 10.000.000*

    Mas em termos práticos, o que essas mudanças significam para o produtor? Há uma redução efetiva da carga tributária? É o que vamos discutir no próximo informativo com cálculos comparativos.

    No texto da semana passada apontamos as alterações trazidas pela Lei 13.097/2015 e questionamos se tais mudanças acarretam uma efetiva redução da carga tributária.
    Como o já explicado anteriormente, o ponto principal da alteração legislativa não está na redução das alíquotas de IPI de 15% (atual) para 6% (Lei 13.097/2015) e sim na mudança da fórmula de cálculo.
    Assim, temos que para os produtos não pautados haverá um aumento considerável da tributação, veja-se:
    Exemplo 1:
    Considere a hipótese da Indústria Cervejeira XYZ,  que tenha efetuado no mês de outubro/2014 a venda de 20.000 litros de cerveja, não pautada, classificada no código 2203.00.00 da Tipi, com valor de saída de R$ 8,00 (oito reais). Os valores devidos para o PIS/Cofins e para o IPI serão apurados conforme à seguir:
    Preço de Referência (em Reais/litro): R$ 2,68
    Valor-base (41,56% acrescidos ao Preço de Referência): R$ 1,113808
    Valor do litro para fins de tributação em outubro/2014: R$ 3,79
    Alíquotas:
    ·         PIS/Pasep = R$ 0,0973/litro
    ·         Cofins = R$ 0,1678/litro
    ·         IPI = R$ 0,2116/litro

    Valores apurados:
    ·         PIS/Pasep (20.000 litros X R$ 0,0973) R$ 1946,00 
    ·         Cofins (20.000 litros X R$ 0,1678) = R$ 3.356,00
    ·         IPI (20.000 litros x R$ 0,2116) = R$ 4.232,00
    Total R$ 9.534,00

    Exemplo 2:
    Tributação pela nova sistemática da Lei nº 13.097/2015: Os valores devidos para o PIS/Cofins e para o IPI serão apurados conforme à seguir:
    Preço de de saída (em Reais/litro): R$ 8,00
    Valor-base: R$ 8,00
    Alíquotas cheia:
    ·         PIS/Pasep = R$ 0,1856/litro
    ·         Cofins = R$ 0,8544/litro
    ·         IPI = R$ 0,48/litro

    Com redução de alíquota em razão da litragem:
    ·         PIS/Pasep = R$ 0,14848/litro
    ·         Cofins = R$ 0,6835/litro
    ·         IPI = R$ 0,384/litro

    Valores apurados:
    ·         PIS/Pasep (20.000 litros X R$ 0,14848) R$ 2.969,98 
    ·         Cofins (20.000 litros X R$ 0,6835) = R$ 13.670,00
    ·         IPI (20.000 litros x R$ 0,384) = R$ 7.680,00

    Total R$ 24.319,98

    #pelosatelite #avecesarco #tributacao #impostodopecado
    ***

    sábado, 23 de maio de 2015

    Brinquedos de Luxo










    Falke Bier no programa "Brinquedos de Luxo"


    Pessoal! 

    Hoje acontece a reprise do programa "Brinquedos de Luxo" no Canal 34 (+GloboSat) da Sky e canais específicos NET e GVT, com destaque a cervejaria mineira, Falke Bier.

    Nessa reprise que passa daqui a pouco às 20:30hs, mostra as bebidas mais luxuosas do mundo entre elas a cerveja Vivre pour Vivre da Falke Bier que aparece lá com muito requinte! 

    Prestei meu depoimento sobre o assunto que foi muito bacana! Agradeço ao time da Falke pelo convite em dar um depoimento sobre a cerveja da Vivre pour Vivre, com o um olhar de consumidor e de beersommelier.

    Com Marco Falcone, da Falke Bier e equipe! Não perca!

    http://globosatplay.globo.com/globosat/brinquedos-de-luxo/






    quinta-feira, 21 de maio de 2015

    Festival da Cerveja de Maringá


    Festival da Cerveja reúne 30 marcas neste sábado em Maringá


    O universo cervejeiro maringaense é mais sólido do que supõe a vã filosofia. Há muito líquido, é fato, para abastecer as quatro fábricas de cervejas artesanais da cidade - Eden Beer, Cathedral, Araucária e Redcor -, mas há, também, muita amizade e clima de parceria entre os empresários alcoólicos. Além de reuniões mensais, agendadas em centro de eventos, bares ou na até mesmo casa de alguém, os cervejeiros locais trocam constantemente figurinhas pela internet – num grupo do Facebook, entre profissionais e iniciantes, há cerca de 700 internautas maringaenses que se garantem nas cervejas. "Essa proximidade é um diferencial de Maringá. Em Curitiba, há muitas marcas de cervejas, mas a rivalidade, na capital, é grande demais. Aqui, é todo mundo amigo", compara Fernando Lezcano, mestre cervejeiro há dois anos e meio da Eden Beer.

    Com os produtores alcoólicos unidos , e com os altos papos que foram surgindo entre um brinde e outro nas reuniões informais, o 1º Festival da Cerveja chega finalmente neste sábado, na Eden Beer, com a participação de 30 marcas de cervejas paranaenses – seis delas maringaenses – que vão oferecer, ao todo, cerca de 45 variedades da bebida. "Teremos rótulos de Curitiba, Cascavel, Londrina, Palmas e outras cidades... É muita gente. Em volume de chope, essa primeira edição já está entre as maiores do País", diz Lezcano.

    Os ingressos, que já estão no último lote, custam R$ 70, com direito a R$ 30 de consumação, e podem ser adquiridos na Eden Beer -– veja ao lado mais pontos de venda. Os expositores e seus barris serão organizados no estacionamento do bar, que terá uma cobertura especial nesse dia – nem São Pedro vai estragar o gole dos maringaenses. Durante o Festival, as cervejas serão oferecidas em três valores (R$ 3, R$ 5 e R$ 7), dependendo da composição da bebida, e em tamanho único (150 ml). "É a medida ideal para o pessoal poder degustar um pouquinho de cada", diz.

    Uma das opções mais exóticas é a cerveja de melancia, uma das invenções da Eden Beer (R$ 5). Outros destaques maringaenses serão os goles da Araucária, Cathedral e Redcor, marcas que no início deste ano faturaram prêmios no Concurso Brasileiro de Cervejas, realizado em Blumenau (SC), contando com 874 rótulos, de 117 variedades de cerveja. "A Ryequeoparta, da Redcor, foi eleita a terceira melhor cerveja do ano e estará no Festival. A mais famosa é a curitibana Bodebrown: conceituadíssima no País, também estará com a gente", anuncia o mestre cervejeiro.

    Para forrar o estômago, o Festival contará com quatro opções de porções (de R$ 15 a R$ 25), todas indicadas para duas pessoas: batata frita, frango com bacon, tilápia e mignon à milanesa. Na trilha da cerveja artesanal, as bandas maringaenses Isaac Abeche e Os Encanadores do Blues, a partir das 15h30, e o Trio de A a Z, às 17h30, retomam hits do rock e do blues – sonzeira mais que indicada para a matança da sede. E se depender dos organizadores, a ideia ainda vai render muitos outros brindes. "Daqui a cinco anos, acho que o Festival estará entre os maiores do País, atrás, somente, de Blumenau", imagina Lezcano.
    Fonte: http://www.odiario.com/vivamaringa/bares/noticia/1404225/festival-da-cerveja-reune-30-marcas-neste-sabado-em-maringa/

    Propaganda de Cerveja

    Propaganda de cerveja para mulheres

    A cerveja Astra executou mais de 70 vídeos interativos dedicado exclusivamente a mulheres. Os vídeos foram feitos por uma cervejaria alemã, detentora da marca Astra com um ator comediante, chamado Uke Bosse. Os vídeos interativos são capazes de identificar as pessoas que estão assistindo por meio de uma câmera. A partir dos dados coletados do rosto, o vídeo é produzido.

    Além de divertido, foi muito bem aceito pelo público. Veja o vídeo abaixo:




    Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=PZKgAuk6kLM

    quarta-feira, 20 de maio de 2015

    Estudos cervejeiros

    Cientistas criam morfina 'caseira' a partir da fabricação de cerveja

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