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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

A História da Cerveja em Belo Horizonte

Lançamento do documentário sobre a história da Cerveja Artesanal em Belo Horizonte

 O Sommelier de cerveja Bruno Orsini realiza projeto trazendo o resgate histórico da cerveja artesanal na capital mineira.

No dia 20 de setembro(segunda-feira) às 14h30, acontecerá o lançamento do documentário "História da Cerveja Artesanal em Belo Horizonte”. Devido às medidas de isolamento social que ainda se fazem necessárias, o evento será transmitido online através do canal do youtube da cervejaria Falke Bier. (https://youtu.be/xFvFKveAPo4)  A realização do projeto é da produtora Cerveja Sustentável.

De acordo com Bruno Orsini, sommelier de cerveja e fundador do projeto,o objetivo do filme é a propagação da cultura cervejeira Belo Horizontina e de recuperação da imagem do mercado das cervejas artesanais locais, afirma Orsini.

O filme conta com a presença de grandes personalidades da história gastro-cervejeira da capital como: Rodrigo Ferraz (diretor geral do projeto Fartura, gestor do festival gastronômico de Tiradentes), Marco Falcone (proprietário da cervejaria Falke Bier, Presidente da Febracerva -Federação Brasileira de Cerveja Artesanal), Carlos Henrique: Mestre cervejeiro da Hofbrauhaus Belo Horizonte, Henrique Oliveira (Consultor e Autor do Livro Brasil Beer) e outros grandes nomes do mercado de cerveja artesanal mineira.

O canal do Youtube da Cervejaria Falke Bier possui uma programação disponível com o seu fundador e mestre cervejeiro Marco Falcone chamada “8 minutos com Falcone”, falando sobre o universo das cervejas com trinta e seis edições disponíveis. O filme faz parte desta série, fechando com chave de ouro a programação do canal.

As gravações ocorreram em diversos cenários cervejeiros e tradicionais da capital mineira como cervejarias (Krug Bier e Albanos), bares (Casa Falke e Albanos) e locais turísticos como a Serra do Curral (Espaço Vila da Serra).

Este projeto é realizado com patrocínio do chamamento: ‘Belo Horizonte 4 Estações’ da  Belotur - Prefeitura de Belo Horizonte.

Serviço: 

Lançamento do documentário sobre a história da Cerveja Artesanal em Belo Horizonte

Data: 20 de setembro de 2021.  Horário: 14h30

Transmitida no canal através do canal  Falke Bier.

Realização: Cerveja Sustentável

Assessoria de Imprensa: Paula Granja (31) 99649-2968.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Gestão de Riscos e de Crises 2020


Gestão de Riscos e Gestão de Crises: como essas práticas podem ajudar as pequenas e médias organizações a maximizar performance, em períodos voláteis

por Henrique Oliveira*

O ano de 2020 iniciou com uma série de dissabores na vida dos mineiros. Entre o Natal e o Ano Novo, lotes de cerveja, da principal microcervejaria do estado, contaminou dezenas de consumidores, causado danos à saúde e fatalidades. O caso se encontra sob investigação pela Polícia Civil e outros agentes regulatórios. Ainda não se sabe as causas do ocorrido. Práticas de sabotagem é uma das hipóteses. Em consequência disto, o setor cervejeiro de Minas Gerais está trabalhando fortemente em sua defesa, esclarecendo dúvidas e acalmando o consumidor. Em 19 de janeiro, um temporal torrencial na Capital mineira chegou a registrar 180 milímetros de acúmulo de águas, em um período de apenas três horas. Os resultados foram diversas ruas alagadas e avenidas interditadas. O comércio em geral, escolas e algumas industrias foram afetados. Casas foram degradadas por desabamentos, gerando mortes, desaparecidos ou ainda desabrigados. A Prefeitura está autuando em obras de contenção de forma urgente, sem licitação, dado tamanha gravidade. Outras regiões de Minas também sofreram com as chuvas. O Governo do Estado de Minas Gerais decretou “Situação de Emergência” em 47 municípios e interviu oferecendo estrutura, incentivos fiscais e recursos financeiros, na ordem de 90 milhões de Reais. No atual cenário, não há condições de executar um plano estratégico de curto prazo, pois o clima não ajuda.

Alguns diriam que esses eventos ocorreram por casualidade; outros não. Independentemente qual for a dedução, torna-se importante, (e muitas vezes imprescindível), pensar fora da caixa ou ainda refletir sobre eventos que, em caso de ocorrência, quais seriam as consequências e como respondê-las de forma controlada, eficaz e eficiente. A não implementação ou a ausência de controle, sobretudo aqueles que miram combater cenários caóticos, ou de alta criticidade, deixa indivíduos confusos e atordoados no momento em que o impacto ocorre. Nesse estado de tontura, a imagem e a reputação da organização e de seus envolvidos ficam vulneráveis e inevitavelmente expostos.

É nesse contexto, pensar em danos e em danosidades, que os gerenciamentos de riscos e de crises devem ser tratados com seriedade de forma a se tornarem um hábito nas organizações que venham atingir níveis de maioridade ou ainda representatividade coletiva relevante. Empresas pequenas, ao se tornarem maduras, devem pensar cada vez mais em desvios de objetivos e em respectivas soluções, firmando-as no papel, como se fosse um manual de instruções a ser constantemente lido, relido, testado e reavaliado.

Segundo a Pesquisa de Maturidade de riscos da KPMG, realizada em 2018, 56% das organizações apresentam um baixo nível de maturidade em relação ao tema; 14% são empresas que faturam até R$ 49 milhões. Se somarmos as empresas que faturam até R$ 99 milhões, o índice atinge o patamar de 20%.  O Global Risk Management Survey Report da Companhia de Seguros Aon, do ano de 2019, aponta que, as frequências de envolvimento e os níveis dos riscos estão se escalonando de forma tão rápida que soluções de gestão de riscos não são ainda mais rápidas o bastante para prevenir ou mitigar perdas. Para quem não está preparado, ambos diagnósticos são preocupantes.

É importante frisar que Gestão de Riscos se trata de um sistema integrado às organizações que reúne uma série de procedimentos que definem como o negócio e suas funções transversais podem reportar riscos que devem ser gerenciados e monitorados, por meio da sua identificação, mensuração e fluxo de comunicação, num processo contínuo, que deve incluir desde o dono do risco até o mais alto escalão hierárquico, ou seja, a Direção Executiva e, quando existente, o Conselho de Administração. Nesse cenário, deve-se haver uma padronização de processos, com terminologia comum, métricas e trocas de experiências e melhores práticas, de forma a encorajar a produção de um reporte de riscos previamente dialogado e interativo entre os donos de riscos e os provedores de controles, visando os duelos entre risco versus tratamento do risco; risco versus objetivos, riscos versus oportunidades; riscos versus estratégia e tomada de decisão. Praticar o exercício contínuo da gestão de riscos, prepara o público relacionado a pensar mais sobre incertezas. Em contrapartida, esse mesmo exercício aumenta o grau de instrução e percepção de como tomar riscos, transformando alguns desses em oportunidades.

Paralelamente, a Gestão de Crises é recorrida, a partir do momento em que o Gerenciamento de Riscos apresenta falhas, ultrapassa o apetite da organização ou ainda atinge níveis de risco acima do tolerável. Gestão de Crises visa salvaguardar a integridade física de pessoas e não em recuperar empresas. É direcionada aos agentes que irão atuar para que eventos não se propaguem ou alcancem níveis ainda mais críticos. É uma forma de evitar que um desastre, (ou uma série desses), se transforme em catástrofe. Neste sentido, atuar em cenários de crise requer preparação de times multidisciplinares formados por agentes internos e externos a organização. Flávio Godinho, Tenente Coronel Adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais relata, em palestra ministrada em torno do atendimento às emergências em barragens e simulados à vida que, para obter eficácia das equipes de salvamento, torna-se necessário a formalização de um Plano de Atendimento a Emergências (PAE) em três níveis de riscos e priorização, em formato de quadro esquemático, com fotos e de fácil leitura. Deve-se incluir senso estatístico e contatos de agentes (e de seus back-ups) que farão parte do time de crises, incluindo seus dados pessoais. Equipes de Saúde e Segurança, Meio Ambiente, Diretorias, Corpo de Bombeiros, Hospitais, SAMU, Agências, Defesa Civil e Polícia Militar, são parte inerente deste grupo. Deve-se haver estrutura física, (uma verdadeira “Sala de Guerra”), devidamente equipada com rádios, celulares, sirenes e roupas de combate adequados. Em conjunto, deve-se apresentar um plano de comunicação de crises acessível, rápido e transparente, capaz de orientar o público em geral, além de demonstrar a evolução dos resultados dos planos de contenção e resgate. Adicionalmente, praticar exercícios simulados de evacuação e sobrevivência com o público alvo, sejam estes funcionários e a comunidade como um todo, é fundamental. A prática ajusta a cultura de segurança e aguça o alerta, onde indivíduos aprimoraram o raciocínio, tornando-o em memorização e em seguida em hábito.

Hábito. A busca incansável por bons hábitos. Talvez seja esse o gatilho que está faltando nas organizações, para que estas possam sair da turbulência caótica e concluir seus longos voos de forma mais assertiva e segura. É essencial almejar a implantação efetiva de uma cultura de Gestão de Riscos e de Crises coerente aos desafios da atualidade, independentemente se esta organização pertence ao poder público ou privado. Avançar nestes dois temas é urgente.

À cervejaria mineira, funcionários e vítimas a nossa solidariedade, e que superem este momento tão difícil e desastroso. Às prefeituras de Belo Horizonte e demais municípios de Minas afetados idem.

Os 10 maiores riscos, segundo a pesquisa mundial AON:



Os 3 maiores riscos, no Setor de Alimentos e Bebidas:


quarta-feira, 25 de abril de 2018

Enquente do Bob - Repostas do Henrique




Henrique Oliveira


1) Melhor IPA produzida no Brasil (American, Imperial/Double, New England/Juicy, Black, White, Belgian, Red etc)
Cervejaria Uaimií – Carcará IPA
Justificativa
Tomar essa cerveja no Pub da Cervejaria Uaimií é uma experiência e tanto. Amargor no teor certo, sem exageros, boa cremosidade e sabor acentuado. Apresenta ótima drinkability.

1 a) Melhor cerveja de origem inglesa/irlandesa produzida no Brasil
Cervejaria Klein Bier – Brown Ale
Justificativa
Notas tostadas, cor acobreada dão um toque adicional à essa cerveja. Uma das minhas preferidas.

1 b) Melhor Ale produzida no Brasil (outros estilos, exceto os dos itens 1 e 1a
Cervejaria Krug Bier – Pretensão Wood-Aged Beer
Justificativa
Cerveja complexa, maturada em carvalho francês, deixa uma incógnita do que tem dentro do líquido. Sabor, aroma e cor fantásticos! Vale a pena cada centavo.

2) Melhor Pilsen/”tipo Pilsen” produzida no Brasil (German Pils, Bohemian Pils, American Lager, American Light Lager, Australasian, Latin American or Tropical Style Light Lager e International Style Pils)
Cervejaria Walls – Bohemian Pilsener
Justificativa
Um show de capricho à parte.

2 a) Melhor Lager produzida no Brasil (outros estilos, exceto o do item 1)
Cervejaria Backer – Tommy Gun Double IPA
Justificativa
Eita cerveja boa! Amargor, douçura residual, cor exuberante, enfim, um show!

3) Qual a melhor Sour/Wild Ale produzida no Brasil? (cervejas ácidas)
Não votou
Justificativa
Não tomo cervejas do estilo.

4) Qual a melhor Wood/Barrel Aged Beer produzida no Brasil? (cervejas maturadas em madeira)
Cervejaria Krug Bier – Pretensão Wood-Aged Beer
Justificativa
Cerveja complexa envelhecida em carvalho francês. Alcóolica, apresenta aromas e sabores dignos do estilo, bastante complexo. Um abraço aos cervejeiros Alfredo, Ronildo e equipe que fizeram dessa cerveja uma verdadeira jóia.

5) Melhor Ale estrangeira à venda no Brasil
Chimay – Chimay Blue Grand Reserve
Justificativa
Tomei uma Chimay que guardei desde 2013 em minha casa. A cerveja estava perfeita, digna de nota máxima.

6) Melhor Lager estrangeira à venda no Brasil
Samuel Adams – Boston Lager
Justificativa
Cerveja complexa, e com alta drinkability. Sempre voto nessa cerveja, que além de apresentar um bom gosto, o preço ainda é acessível.

7) Melhor Sour/Wild Ale estrangeira à venda no Brasil
Não votou
Justificativa
Não tomo cervejas do estilo.

8) Melhor Wood/Barrel Aged estrangeira à venda no Brasil
Tennet’s – Tennent’s Whisky Oak
Justificativa
Cerveja complexa, uma novidade trazida pela Beer Maniacs. Vale a pena experimentar.

9) Melhor cerveja caseira do Brasil (favor citar estilo, nome, sobrenome e cidade do cervejeiro; votos não identificáveis serão anulados)
Não votou
Justificativa
Não tive a oportunidade de tomar uma cerveja caseira esse ano. Me enviem exemplares, eu compro!

10) Em 2017, você consumiu:
b) Menos cervejas que em 2016

11) Do total consumido, a maioria era
a) Nacional

12) Qual foi sua principal forma de consumo de cerveja?
a) Garrafa

13) Em relação a growlers/crowlers, você
a) Usou menos que em 2016

14) Onde você consumiu mais cervejas em 2017?
c) Em casa

15) Melhor bar cervejeiro nacional
Templo Cervejeiro Backer – Belo Horizonte
Justificativa
Ao meu ver, disparadamente é o melhor bar-restaurante no Brasil. Vale a visita, vale tomar boas cervejas lá, ao lado dos proprietários, gerentes e garçons. O atendimento é cortês, há refeições e cervejas sensacionais. Vá e comprove.

15 a) Melhor brewpub/taproom nacional
Ateliê Wäls – Belo Horizonte
Justificativa
A Wäls tinha tudo para sair de BH e ir para o Rio, São Paulo, etc., mas resolveram ficar na capital mineira. Isso é um feito de seus criadores, Tiago e José Felipe Pedras que, com coragem, criaram um verdadeiro ateliê da cerveja, com arquitetura arrojada, modernista, desenhada pelo arquiteto renomado Gustavo Pena. Tomar um chope lá é especial.

16) Quando você acessa uma mídia cervejeira, qual seu objetivo principal?
e) Outros

17) Qual mídia cervejeira você mais acessa?
a) Blogs/Sites

18) Qual o melhor dentre os representantes da mídia cervejeira que você mais acessa? (baseie-se na sua resposta à pergunta anterior, ou seja, se escolheu blogs/sites, por exemplo, informe apenas qual o melhor blog ou site)
Beer Art – O Portal da Cerveja
Justificativa
Diariamente o blog lança novidades e sua base de reportagens é bem acessível, para fins de pesquisa e consulta.

19) Melhor evento cervejeiro nacional de 2017
Experimente – Nova Lima
Justificativa
É um encontro cervejeiro mensal, que ocorre sempre no segundo sábado do mês, faça chuva, faça sol, reunindo mais de 10 mil pessoas por evento. Trata-se de um momento social onde famílias levam suas crianças para brincar, fazer piqueniques. Desde os primórdios de sua criação não houveram tumultos ou confusões e sim oportunidade de conhecer pessoas, comidas, cervejas e música de qualidade. É um evento social, formador de cultura, sobretudo cultura cervejeira.

20) Melhor fato cervejeiro de 2017
A coragem dos produtores de cervejas, que surgem aos montes a cada ano que passa. Empreender neste segmento de indústria não é fácil, tem que ter dedicação, dinheiro e persistência. Na contramaré da crise, muitos empresários investiram e isso é positivo tanto para o setor, para o consumidor e ao Estado, que receberá seus impostos.

21) Pior fato cervejeiro de 2017
Os impostos precisam ser reduzidos. Microcervejaria é microempresa. Tem que haver reduções de alíquotas para auxiliar o desenvolvimento do segmento. Aqui cabe um adendo: novos segmentos, novos modelos de negócios devem ter uma menor de tributação, para que haja uma redução dos impostos indiretos, criando acessibilidade e uma nova cara no sistema de consumo. Governos devem ganhar impostos por consumo e não alíquotas.

22) Qual a maior inovação cervejeira de 2017 e qual deve ser a de 2018?
Aumento no volume de eventos cervejeiros colocando em prática o que o segmento microcervejeiro deve ser: um prestador de serviços. Produtos de qualidade várias cervejarias produzem, inclusive as megascervejarias. Entretanto, estar cara a cara com o cliente, prestando serviços de atendimento, entretenimento e comunicação são itens essenciais, trata-se de um diferencial competitivo. Para 2018, o mercado se recuperará (aos poucos) e a criação de novas cervejarias será uma constante. Orçamento e planejamento estratégicos devem ser primordiais, levando em consideração que 2017 foi um ano de baixo faturamento e de renegociação dívidas de curto prazo. Atenção deve ser dada ao Dólar e ao Euro que devem subir de patamar, tendo em vista a redução dos juros SELIC. Por fim, cabe as microcervejarias focar em melhorar a eficiência os gastos operacionais, como por exemplo gastos com energia elétrica (usem lampadas LED!), gases, água e serviços de logística. No mais, desejo sorte ao segmento.

23) A Catharina Sour reúne condições para ser reconhecida formalmente como estilo brasileiro?
c) Não sei
Justificativa

24) Qual sua opinião sobre a atuação da Abracerva (entidade que reúne microcervejarias brasileiras) em 2017?
f) Não sei/não acompanho
Justificativa

25) Diante do tamanho atual do mercado, o total de cervejarias ciganas:
c) Ainda é pouco e há espaço para mais produtores ciganos se apresentarem
Justificativa
Meus grifos: ‘O Brasil é um continente dividido em 23 países’. Há muito espaço para crescer, desde que não haja aglomeração de mercado, em determinados polos (sobretudo as Capitais). A concorrência é saudável, mas quando há excesso de oferta, essa acaba por danificar a saúde do mercado. Acredito que o futuro das cervejarias ciganas e das microcervejarias deverão seguir os passos da microregionalização. Acredito que aquele empreendedor que montar uma pequena fábrica no interior de um Estado, será reconhecido e prestigiado em pela comunidade em que ele estará inserido. A empresa certamente sobreviverá e prosperará, com o apoio da comunidade local. Há muitas cidadezinhas históricas com turismo pungente, cidades médias com bom PIB percapta atraente, cidades com fluxo de pessoas interessantes. Nessas regiões há muito espaço para crescer. Por que não experimentar? Baden-Baden, Eisenbanh são exemplo de empresas que iniciaram suas atividades em cidades relativamente pequenas.

26) O que você acha de importadores/distribuidores venderem cervejas diretamente ao consumidor, e não apenas em pontos de venda (bares, restaurantes e lojas)?
a) A favor
Justificativa
Apresentar produtos a mercado direto, não é problema, desde que haja referência, qualidade e preço. Há muita cerveja importada de qualidade, há muito cerveja ruim também. O mesmo vale para as nacionais. Aqui cabe um adendo: os mesmos direitos que uma cerveja importada tem no Brasil, a cerveja nacional deverá ter. Uma atenção especial deve ser dada pelo MAPA. Isso cabe não só para cervejas: cabe para vinhos, aguardentes, queijos, etc.

27) O que você tem feito para que seu consumo / sua produção de cerveja cause menos impacto ambiental no planeta?
Procedimentos de reciclagem consciente.

28) Você manteve ou mantém algum tipo de relação comercial ou profissional com as cervejas, pessoas e locais citados nas perguntas acima? Em caso afirmativo, favor indicar os números das questões em que isso ocorre.
Não. Todas as respostas foram baseadas em análise independente, com empatia.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

SPACE


SPACE

A última casa noturna da Savassi, da década de 90
por Henrique Oliveira

Por volta dos meus 16 anos frequentava a boate SPACE, que ficava na rua Pernambuco (acho que era número 1317), na praça da Savassi. O seu proprietário era Gustavo Martini, com quem tive o prazer de dividir por um tempo a mesma sala do curso de Ciências Contábeis na PUC/MG. Seu pai, o velho Martini, era o proprietário da Casa do Whisky, famosa loja de bebidas que ficava na Avenida do Contorno esquina com Nossa Senhora do Carmo. Anos mais tarde, aquele ponto se transformou parte do que é o Shopping Pátio Savassi.

Gustavo, salvo engano, já havia empreendido em outras casas noturnas (acredito que foi a Tom Marron e a New Balance). A Space foi uma casa diferente, pois ele a projetou de forma especial para atender as demandas do Dj Alberto Jacomini, que era, além do DJ da casa, um amigo pessoal de Gustavo que de vez em quando jogavam um futebol juntos (diga-se de passagem diziam que Alberto era muito bom de bola).

A casa tinha entrada simples, com uma porta dupla de metal rolante, imagino na cor branco gelo. Logo na parte interna havia uma bilheteria. Quem fosse com a camisa da Space na Matinê (era uma camisa branca de manga curta e de gola alta, escrito “SPACE” em rosa fluorescente e contorno em azul com um cometa, logo abaixo do escrito) pagava meia entrada ou ganhava entrada “free” até as 16:00 horas.

Ao entrar na boate havia um sobre salto antes da pista de dança com banquinhos e mesas baixas.  A pista era quadriculada como um tabuleiro de xadrez em preto e branco. Os sofás da pista eram confortáveis mas ocos por dentro, pois ali ficavam os sub woofers de 16 polegadas que explodiam os graves sem danificar a qualidade do som. (A casa tinha boa acústica).

A cabine, na cor verde, foi desenhada exclusivamente para o DJ Alberto. Ali tocava as melhores músicas dos anos 90, no mais puro vinil (nada de “Final Scratch” ou “CDJ’s”)! A primeira vinheta de abertura da casa foi bem triunfal https://www.youtube.com/watch?v=8Myi7t7wXLE, e a segunda vinheta foi elaborada com um megamix dos dj’s espanhóis "MAX MIX". Ambas foram produzidas pelo Emílio Surita (apresentador do Pânico) que na época possuía uma empresa de jingles. Ambas aberturas eram simplesmente fantásticas e contagiantes.

A estrutura da cabine era baixa e quem quisesse apreciar as Technics MK2 e o mix Numark com leds em arco era só ficar ao lado dessa, pois havia apenas uma pequena faixa em vidro blindex que separava os equipamentos do público dançante.

Havia no centro uma meia bola fixa com vários furos que se movia num movimento "sobe-desce" por um elevador pantográfico, cuja luz branca interna era refletida por espelhos. Havia também quatro caixas quadradas com pin bins rosas com pontas em formato de pirâmide viradas de cabeça para baixo. Havia inúmeros estrobinhos que davam a sensação de estrelas piscando de forma aleatória, num céu bem escuro.  Havia também diversos quadrados no teto, desenhados por tubos de luz neon, que piscavam de forma alternada conforme a cor e o batido da música. Duas bolas malucas, em par 36 ficavam em posições opostas. Outras iluminações como castanholas e bailarinas também compunham aquele cenário.

Um telão em cima da cabine passava vídeo clips. Por meio de um computador, DJ Alberto executava sorteios através de um sistema aleatório de premiação. Eram sorteados cortesias e, sobretudo, camisetas da casa. Havia um mezanino com camarote, mas esse era pequeno.

DJ Alberto se tornou famoso em BH. Ele era um profissional muito sério e compenetrado em seu trabalho. Normalmente ele mixava segurando um dos lados do fone de ouvido e virava as músicas de forma muito criativa. O seu repertório era contagiante. Essas qualidades fazia com que multidões o seguissem por onde tocava. Teve um tempo que a rádio Extra FM 103,9 da Rede Itatiaia produzia o programa dele chamado “Meio Dia & Dance”, de 12:00hs às 13:00hs, que batia a concorrência. (Os mais velhos de pista como eu, acompanham hoje o “Planeta DJ” da Jovem Pan, somente depois que o “Meio Dia & Dance” saiu do ar). As vinhetas desse programa também foram produzidas pelo Emílio Surita e elas eram top de linha.

A boate Space foi charmosa e de certa forma intimista, pois se tratava de um espaço pequeno. Essa casa, assim como a Hippodromo, também deixou saudades. Gustavo fechou a Space de coração partido. Ele adorava o ambiente, clientes e funcionários; e nós também. Apesar do lado bom da coisa, o som da Space que tanto nos alegrava, incomodava os vizinhos. A Savassi, apesar do seu charme gastronômico e comercial, possui também a sua parte residencial, que precisa ter o seu silêncio e descanso preservados.

Mas antes de encerrar suas atividades, Gustavo Martini, em 1993 deixou o seu legado, por meio da impressão de 3 discos de vinil, sendo um deles com o nome “Space: Explicit Rave”. Esse vinil eu tenho um exemplar comigo até os dias de hoje e o guardo com muito carinho. Atualmente, Gustavo e sua família estão à frente da “Casa do Vinho”, uma loja especializada em vinhos, espumantes e outras bebidas espirituosas, na avenida Cristóvão Colombo, bem no coração da Savassi.  

Ao Gustavo Martini e ao DJ Alberto Jacomini, segue o meu fraterno abraço.

Quem quiser conhecer um pouco mais sobre a Space veja o vídeo.
Meio-Dia & Dance (com direito a vinheta e tudo mais).

Repertório do primeiro disco da Space – Explicit Rave.
A1 - Culture Beat - Mr. Vain
A2 – East Side Poetics – Bang 'Em (Miday Mix)
A3 - J.K. - You Make Me Feel Good (Disco Mix)
A4 - Cartouche – Shame (Extended Mix)
B1 - Space Mix – Dj Alberto
B2 - DJ BoBo – Somebody Dance With Me.
B3 - Magic Marmelade – America
B4 - Expose – Tell Me Why (Esse Remix é Maravilhoso.Ficou marcado na casa.)

Primeira Abertura: que tem como base os dizeres do lançamento da Apollo 11

10,9,8,7,6,5,4,3,2,1 / Space/The fire/Ignition/Mister Dj/Space, Space!
We sure that are hot/number of more music/Computer lights/Space!
Let's some show/Music non-stop (3x)/Space(2x)!/ Focus/Music/Power/New York/Communication
10, 9, inginition sequence start 6,5,4,3,2,1, Zero/All engines running
A partir de agora o melhor som do planeta! Space!

Foto: Osmalukus BH
Henrique Oliveira é escritor especializado em cervejarias, governança, riscos e compliance.

sábado, 23 de maio de 2015

Brinquedos de Luxo










Falke Bier no programa "Brinquedos de Luxo"


Pessoal! 

Hoje acontece a reprise do programa "Brinquedos de Luxo" no Canal 34 (+GloboSat) da Sky e canais específicos NET e GVT, com destaque a cervejaria mineira, Falke Bier.

Nessa reprise que passa daqui a pouco às 20:30hs, mostra as bebidas mais luxuosas do mundo entre elas a cerveja Vivre pour Vivre da Falke Bier que aparece lá com muito requinte! 

Prestei meu depoimento sobre o assunto que foi muito bacana! Agradeço ao time da Falke pelo convite em dar um depoimento sobre a cerveja da Vivre pour Vivre, com o um olhar de consumidor e de beersommelier.

Com Marco Falcone, da Falke Bier e equipe! Não perca!

http://globosatplay.globo.com/globosat/brinquedos-de-luxo/






quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Cervejaria Itacolimy - Ouro Preto

Cervejaria Itacolomy


Um gostinho do meu próximo livro! Sente só a emoção! Cervejaria Itacolomy – Luiz da Silva Quintaes Junior, empresário de Ouro Preto, inaugurada sua cervejaria em 24 de junho de 1878 na rua das Lages número 12, na cidade de Ouro Preto, capital da província de Minas Gerais. Tinha um grande depósito na rua Tiradentes, número 17. Hojé é a edificação do Banco Itaú. Conversei com o Sr. José Gomes, ele tem 103 anos e mora no número 96 (antigo número 15) ele sabe que no Itaú funcionava o cinema que anteriormente teria sido o depósito da fábrica era lá. Ele não lembra de cervejaria pois nasceu em 1912. Veja com detalhe a foto da garrafa. Ela tem aproximadamente 135 anos.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Cervejas Brut

Brinde o novo ano com cerveja!

Por Gabrielle Mazzetti 

Brasileiro gosta mesmo é de uma boa cerveja, não é? Pensando nisso e com a chegada do final de ano, a Revista Residenciais apresenta cervejas especiais para passar as festas 


Cervejas Espumantes? Isso mesmo! Listamos algumas marcas, lugares para comprar, preços e etc com a ajuda do escritor do livro Brasil Beer – O guia de cervejas brasileiras, Henrique Cesar Pires de Oliveira, dando algumas dicas sobre cervejas espumantes e como combiná-las com os pratos de final de ano.
método Champagnoise (foto Alexandre Marcussi)O Natal está logo aí e para celebrar de forma exclusiva e diferente sugerimos as cervejas espumantes conhecidas – como Bière Brut ou Bière de Garde – que são um dos estilos mais novos e interessantes existentes no mundo cervejeiro. Originária da Bélgica, essas cervejas se destacam por seu processo de maturação, que além de prolongado, repete os tradicionais existentes no mundo dos espumantes como: método charmat – que consiste em efetuar a maturação em tanques ou barricas – e método champenoise – que consiste na retirada da tampa metálica, removendo os levedos existentes na garrafa por meio de congelamento de seu gargalo inserindo a rolha de cortiça para uma refermentarão, explica Henrique.
Rodrigo Lemos, Zitólogo (cervejólogo), beer sommelier, editor do Beer Architecture (primeiro blog especializado em cerveja do Brasil), professor e promotor de cursos, palestras e eventos relacionados à cultura cervejeira, também conversou com a Residenciais e explica:  As Bière Brut são os champanhes de cerveja, ou seja, cervejas de origem belga que sofrem uma segunda fermentação na garrafa, adquirindo teor alcoólico e perlage de champanhe, mas preservando aromas e sabores frutados típicos das strong ales belgas. Cervejas deste estilo harmonizam com caviar, frutos do mar, aves, queijos gordurosos e adocicados com gruyère, emmenthal ou maasdam e sobremesas à base de frutas.
Algumas cervejas podem levar leveduras de vinho, além da tradicional levedura cervejeira. Extremamente delicadas, apresentam perlage exuberante com bolhas finas. Seus aromas e sabores refletem notas cítricas, picante e alcoólicas. Sua cor varia do amarelo palha a tons mais escuros, às vezes puxados para o laranja. Normalmente são armazenadas em adegas específicas ou em caves subterrâneas.

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Henrique Cesar Pires de Oliveira
Copos para cervejas espumantes
A taça mais indicada é a de champagne, do tipo flute. Além da estética e elegância que a bebida merece, ela mantém concentrados os aromas, a temperatura e a perlage exuberante da cerveja.
Conservantes
O uso de conservantes pode interferir no perfil organoléptico da cerveja, sobretudo no aroma e sabor, porém na maioria das vezes é imperceptível. O excesso de conservantes pode ser prejudicial à saúde, pois se trata de química adicionada à cerveja, muitas vezes desnecessária. Existe uma preocupação de vários produtores, sobretudo artesanais, de se evitar o uso de conservantes e demais aditivos químicos e até mesmo do processo de pasteurização, deixando a cerveja o mais natural possível.
Rodrigo Lemos
Rodrigo Lemos

Diferença entre Chopp e Cerveja
A diferença entre chopp e cerveja é, basicamente, o método de envase e de serviço. O chopp é envasado em barris e servido através de chopeiras, por método de extração do líquido por pressão, com uso de gás carbônico ou nitrogênio. Já a cerveja é comumente envasada em latas ou garrafas. A pasteurização não é obrigatória para nenhum deles, existe cerveja não pasteurizada e chopp pasteurizado. A vantagem do chopp é que geralmente ele é mais fresco, e a maioria das cervejas fica melhor quando é mais nova.
Blend da cerveja! Ingredientes
O blend é normalmente o uso de leveduras do estilo Ale (de alta fermentação) e, em alguns casos, cepas de leveduras de vinho. O segredo é manter a temperatura constante de maturação, girar as garrafas tempestivamente na adega para obter uma refermentação homogênea. Enfim, cuidar de cada garrafa como se fosse um bebê recém-nascido dentro da maternidade. Veja o quadro das cervejas que indicamos para o fim de ano.
NOVO Residenciais89.indd
Onde comprar:
Em Belo Horizonte –  www.mamaebebidas.com.br;
Método-Champagnoise  (foto: Alexandre Marcussi)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Revista Hotéis


Especialistas em cerveja lançam guia turístico da bebida

18/10/2013 13:15 Os especialistas em cervejas Henrique Oliveira, que fundou a Acerva Mineira – Associação de Cervejeiros Artesanais de Minas Gerais e Hélcio Drumond lançaram recentemente o livro “Brasil Beer – O guia de cervejas brasileiras”. Trata-se de um guia turístico em torno da cerveja artesanal/gourmet, destacando a maioria dos estados brasileiros, com roteiros e indicações de acomodação para realizar um “tour cervejeiro”.

Para este detalhado guia, os autores mapearam e catalogaram praticamente todas as cervejarias, microcervejarias associações de cervejeiros artesanais que atualmente existem no Brasil. São produtos com cores, aromas e sabores distinto dos convencionais, produzidos em menor escala, com qualidade superior e sempre com o olhar do dono do negócio. Além disso, o guia traça os principais roteiros, reunido por região do país, estado e cidade, que poderão ser percorridos para se encontrar uma boa cerveja. São mais de 450 cervejas, e mais de 120 locais em que se pode bebê-la. O guia fornecerá dados da região, indicações de hotéis e locais onde ficar, serviços de táxi entre outros. 

O livro abordará uma breve história da cerveja no Brasil, a lei de pureza alemã, os segredos da fermentação, as matérias-primas e as etapas de fabricação, dicas para aguçar os sentidos e degustar a bebida, os tipos, as caraterísticas e as classificações dos principais estilos de cerveja, rotas, endereços úteis, quadros de distâncias e serviços para percorrer o Brasil conhecendo todas as cervejarias regionais, artesanais e nacionais.

Fonte:http://revistahoteis.com.br/materias/12-Mercado/13517-Especialistas-em-cerveja-lancam-guia-turistico-da-bebida

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