No segundo dia da Brasil Brau, os expositores estavam cheios de motivos para comemorar: o Degusta Beer já provou que é uma grande oportunidade de projeção para as marcas e ampliação de contatos. As 30 microcervejarias participantes foram visitadas por gente de todo o país e do exterior, como a pequena Rofer, de Itupeva (SP), de apenas três anos e produção mensal de 4,5 mil litros/mês. “Ganhamos visibilidade”, festeja o proprietário, Ernesto Tonante.
Em sua primeira participação na Feira Internacional de Tecnologia em Cerveja, Brasil Brau 2011, a novata microcervejaria Dortmund, de Serra Negra (SP) também sentiu eu acertou na estratégia de lançar a marca no evento. “Fomos procurados por muita gente de todo o Brasil. Rebemos uma maioria de potenciais clientes de São Paulo, além de visitantes do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Distrito Federal. Até então, quase ninguém tinha ouvido falar na Dortmund”, comemorou o proprietário, Marcel Longo. “Nesses primeiros dois dias recebemos pelo menos 10 interessados em representar a marca”, contabilizou. Com capacidade para produzir 10 mil litros/mês, mas ainda na faixa dos dois mil litros, o diferencial da nova marca é maturar as cervejas por até quatro meses na fábrica. Entre os produtos que apresenta na feira, a Pilsen filtrada e não filtrada; a Wittbier, feita de trigo em estilo belga e a Stout, irlandesa.
A Falke Bier, de Belo Horizonte, uma das estrelas da Brasil Brau com o lançamento da Vivre por Vivre, cerveja de jabuticaba envasada como espumante, tinha um dos estandes mais movimentados da feira. “Especialistas belgas experimentaram a cerveja e disseram que nascia uma nova escola brasileira, a partir dessa cerveja feita com uma fruta endêmica do país”, festejou o proprietário Marco Falcone. Segundo ele, os bons resultados da feira são “líquidos e certos”. Em sua quarta participação no evento, Falcone observou não apenas um extraordinário crescimento do público, “muito maior que o esperado”, como a presença maciça de especialistas e formadores de opinião que reforçam o institucional da marca, acredita ele. “Temos a certeza que o retorno vai acontecer, mesmo que não seja imediato”, conclui.
Na Colorado, de Ribeirão Preto, em sua terceira edição na Brasil Brau, o movimento também era incessante. “No começo achei que estávamos isolados, localizados no fundo da feira, depois constatei que foi aqui que a feira acabou bombando”, constatou a gerente marketing, Bia Amorim. Para ela, o mais interessante ao participar desse tipo de evento é a possibilidade de se relacionar direto com os clientes. Por isso, foi possível aferir com rapidez a opinião do público sobre a Grão Pará – lançamento da cervejaria feito com castanha do Pará tostada. “A reação do público e dos especialistas foi muito boa”, disse. A Colorado existe há 15 anos e produz uma média de 80 mil litros de cerveja/mês.
De Belém para o Brasil. Esse foi o significado da primeira participação da Amazon Bier na Brasil Brau. “Me sinto muito feliz, a feira está superando nossas expectativas”, vibrou o proprietário, Arlindo Guimarães. Até então, a cervejaria, com 11 anos de existência, limitava-se a comercializar chope no bar próprio em Belém do Pará. “Abrimos as torneiras das 18h30 às 21h30, sem parar”, lembra Arlindo, cuja produção mensal é de 100 mil litros. A partir de agosto cervejas engarrafadas passarão a ser vendidas em São Paulo e, possivelmente, em estados conquistados na feira, como Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Distrito Federal. “Tem aparecido muita gente interessada em nosso produto, especialmente na Bacuri, que em 2002 ganhou o Prêmio Tecno Bebida, aqui no Transamérica Expo Center. É uma cerveja feita com a fruta amazônica, de baixo teor alcoólico”, explica.
A gaúcha Abadessa, em sua segunda edição na Brasil Brau, festejou a visibilidade proporcionada pela abertura do Degusta Beer ao público em geral. Pequena empresa familiar que produz 12 mil litros/mês, a marca lançou na feira a Emigrator Doppelbock, uma Bock mais encorpada com 7,2% de teor alcoólico. “Recebemos muitas prospecções do Brasil inteiro, sobretudo da capital de São Paulo, do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Rio Grande do Sul, Bahia, Brasília e Fortaleza”, disse o distribuidor Fábio Tozzi. “Se as propostas feitas no primeiro e segundo dia se concretizarem, vamos aumentar em 50% nossa carteira de clientes”, especula.
A Bamberg, de Votorantim (SP), com cinco anos de existência e produção de 40 mil litros mensais, também sentiu o crescimento da feira, em sua terceira participação. “Recebi gente do Brasil inteiro, europeus, americanos e sul-americanos. Como já ganhamos prêmios no exterior é uma tendência que também passemos a exportar nosso produto”, avalia o sócio Alexandre Bazzo. A microcervejaria lançou a Weissenbockhalles, cerveja clara, de trigo, com 8 % de teor alcoólico. “A aceitação tem sido excelente. Todo mundo está comentando”, comemora.
Com a Dama Bier, de Piracicaba (SP), a repercussão de sua primeira participação na feira promete frutos suculentos. Um termômetro foi o lançamento da Stout pela marca de apenas um ano e meio de existência, com produção mensal de 80 mil litros. “Preferimos lançar aqui na feira para aferir a opinião de blogueiros e formadores de opinião. Pelo que vi, as ideias iniciais poderão ser mantidas”, constata o gerente de marketing, Renato Bazzo, que fez mais de 500 contatos nos dois primeiros dias de evento.
Fonte: > http://gestoratual.blogspot.com/2011/07/microcervejarias-comemoram-o-sucesso-do.html