Heineken oficializa a inauguração de sua primeira fábrica no Brasil
A Heineken é uma controvérsia em termos de empresa no Brasil.
Produzida de forma estratégica por Luiz Otávio Pôssas Gonçalves, ainda na década de
1990, por um acaso, dentro das instalações da Cervejaria Kaiser em Divinópolis,
Minas Gerais, a marca foi distribuída por uma parceria efetuada com a Coca-Cola Remil e demais associadas.
Décadas mais tarde (2017), ao comprar as operações da Brasil Kirin no país, (Lê-se Grupo Schincariol), a empresa entendeu que a marca precisava expandir seu mercado além do eixo Sul-Sudeste. A Heineken foi para a região Nordeste, aproveitando a logística da antiga Schincariol, desfazendo o seu contrato de distribuição com a Coca-Cola, por meio de um processo turbulento.
Consagrada com a sua garrafa verde, amargor mais acentuado
do que as cervejas de grande escala encontradas no Brasil, a Heineken tomou
gosto por boa parcela dos brasileiros, sobretudo a partir de 2010, quando adquiriu as
operações das cervejas da FEMSA, promovendo mais uma vez a sua expansão, cujo portfólio passou a incluir a antiga cerveja Kaiser. Adicionalmente, perceberam que o consumidor, tomou gosto pela bebida além das características olfativas e
gustativas. Viram que eles identificaram um ar de sofisticação em seu principal produto, por meio de sua
embalagem sem ranhuras, impressa em silk, ora apreciada por ícones do cinema como o espião britânico James Bond 007, ora como patrocinadora de um dos principais torneios de futebol
mundial, a Champions League.
Com a saída do triunfal do CEO Jean-François van Boxmeer, em 2020, no meio da Covid-19, a liderança
se rejuvenesceu e, apesar de volumes terem caído globalmente, acredito que a Heineken manteve a sua visão de longo prazo. Entre as vertentes, acredito que a Alta Direção entende que, as
temperaturas elevadas, sobretudo no verão, ao redor do mundo, irão propiciar a
garantia de consumo, por parte do seu público, nas próximas décadas. Nesse
sentido, a empresa capitaneada por Charlene de Carvalho-Heineken (é meus caros,
Charlene é casada com o brasileiro Michel Ray de Carvalho, cujo pai era um Diplomata daqui),
tomou a decisão, após 4 décadas, de construir uma fábrica 100% Greenfield no Brasil, inteiramente
moderna, sustentável e focada nas melhores práticas de ESG, como parte da sua estratégia de expansão na América do Sul.
Minas Gerais foi a região escolhida pela Heineken para a
construção do complexo fabril. Inicialmente, projetada para ser edificada na
cidade de Pedro Leopoldo, encontrou problemas arqueológicos, face a existência de
uma arqueologia antiga com grutas, cavernas e escritas rupestres. Nessas circunstâncias, o projeto foi pivotado para outro ponto do
estado, dessa vez, a cidade de Passos, região Sudoeste.
O blog Ave Cesar Co. deseja sucesso pleno nas atividades dessa empresa, quem investiu R$2,5 bilhões em dois anos e meio em obras e que atualmente emprega hoje no Brasil, aproximadamente, 14.000 colaboradores. Certamente, essa cerveja chegará mais fresca ao copo dos mineiros, uma vez que esta é agora produzida dentro de nossas montanhas.
Foto: Fábio Resende/Divulgação
Muito legal, história da Heineken que não conhecia.
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