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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Tributos incidentes na cerveja

Com produção estável, arrecadação de impostos sobre cerveja sobe quase 50% em três anos

  • Tributos cobrados dos fabricantes da bebida somaram R$ 4 bilhões em 2012, contra R$ 2,7 bilhões em 2010, mas volume só avançou 6,8%
por Márcio Beck
RIO – Enquanto o governo desonera impostos de cada vez mais segmentos, na tentativa de estimular a economia, quem não tem motivo para comemorar são os responsáveis pelo principal combustível da maioria das celebrações no país: os cervejeiros. A arrecadação de tributos do setor de “fabricação de malte, cervejas e chopes” no Brasil passou de R$ 2,32 bilhões em 2003 para R$ 4,06 bilhões em 2012, crescimento de 82%, segundo dados compilados pela Receita Federal a pedido do Globo.

Com a produção praticamente estável, os últimos três anos concentraram quase metade deste avanço. A produção cervejeira avançou apenas 6,79%, de 12,8 bilhões de litros em 2010 para 13,7 bilhões em 2012, mas o recolhimento de impostos subiu 47,5% em relação aos R$ 2,7 bilhões arrecadados em 2010. A carga tributária sobre as cervejas, em média, fica em 56% nas latas e garrafas, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), mas pode chegar a 70% do preço final dos produtos artesanais e importados.

A trajetória de alta da arrecadação deverá continuar, já que em maio do ano passado o governo aprovou um reajuste de 25% nas tabelas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do PIS-Cofins. As grandes indústrias cervejeiras foram ao Planalto apresentar planilhas de investimentos e destacar a ausência de demissões nas fábricas – diferente do que ocorreu nas montadoras de automóveis. Saíram com vitória parcial: o adiamento do reajuste até o fim do verão, período de maior consumo, e o escalonamento em quatro parcelas de 6,25% até abril de 2015.

— Desde 2011, o governo vem utilizando a tributação sobre o setor cervejeiro como medida de compensação para a perda de arrecadação de outros tributos, como correção da tabela do Imposto de Renda, desoneração da folha de determinados setores — afirma o advogado tributarista Luís Gustavo Bichara, que tem entre seus clientes a gigante do setor, Ambev

‘Custo social’ da bebida é alto, afirmam especialistas

A elevada carga não é exclusividade da cerveja, explicam especialistas. Ao estabelecer as alíquotas dos tributos, entra em jogo a lógica do “custo social”, que dita que os itens supérfluos sejam taxados mais pesadamente que os itens de necessidade. Além de item supérfluo, sendo bebida alcoólica, a cerveja pode provocar danos indiretos a outras pessoas (como os acidentes por embriaguez) males graves à saúde, se consumida de forma excessiva, por ser bebida alcoólica – ainda que, de forma moderada, estudos recentes apontem benefícios maiores do que os do consumo moderado de vinho na prevenção de doenças.

— As montadoras demitiram milhares e cortaram investimentos, receberam isenção de IPI, voltaram a demitir e tiveram o benefício prorrogado. As cervejarias mantiveram o nível de empregos, se comprometeram a manter as expansões programadas, e não conseguiram nem redução — afirma um advogado tributarista com mais de 20 anos de atuação no mercado cervejeiro, que pediu para não ser identificado.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/com-producao-estavel-arrecadacao-de-impostos-sobre-cerveja-sobe-quase-50-em-tres-anos-9164474#ixzz2a3ozxHBa

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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tributação sobre cervejas

Tributação da cerveja prejudica produtores artesanais

Representando 0,15% do total da produção de cerveja no Brasil, as microcervejarias estão em plena expansão e devem alcançar 2% da fatia do mercado de cervejas em 10 anos, segundo estimativa da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe). A produção baixa em comparação com a escala industrial é resultado da elaboração diferenciada do produto artesanal, cujo processo de produção envolve mais pessoas e produtos específicos, que garantem uma qualidade distinta da cerveja comum. “A cerveja artesanal é um produto diferenciado, com 100% de malte puro e que preza muito pela qualidade”, especifica o advogado, contador e diretor da Associação Gaúcha de Microcervejarias, Jorge Gitzler.

O custo para ganhar visibilidade no mercado é, naturalmente, superior, especialmente quando observados os impostos que incidem sobre o produto. Micael Eckert, sócio-diretor da cervejaria Coruja, destaca que, quando se fala em tributos, os negócios são impactados tanto pela busca de qualidade quanto pela incidência de impostos em geral, que se estende a todo mercado de cerveja no País. “Acabamos pagando pelo material que buscamos elaborar, porque investimos mais no produto com matéria-prima selecionada e pagamos mais impostos”, avalia. “São os mesmos impostos que uma grande indústria de cerveja paga, mas uma grande companhia consegue baratear e obter incentivos fiscais, além de uma capacidade maior de produção”, acrescenta.

Na conta, o ICMS é o que mais pesa, destaca Gitzler. “No Brasil, em geral, temos uma carga tributária altíssima, que chega a bater 60% do preço de tributos, tanto estaduais quanto federais”, afirma. Em janeiro, o governo do Estado reduziu de 25% para 12% o ICMS recolhido pelas empresas com volume de 200 mil litros de cerveja ou chope artesanal por mês, diminuindo um pouco o peso da tributação sobre o produto. “Com isso, ficamos com 50% do valor da cerveja destinada aos impostos”, confirma Gitzler.

A medida, embora bem-vinda, ainda não soluciona o problema do setor, pondera Eckert. “O ideal seria enquadrar as microcervejarias no Simples. É possível diferenciar as empresas pelo tamanho e analisar o mercado, cobrando melhor e de forma mais justa”, defende. O ganho viria em larga escala. Gitzler lembra que há muita informalidade no setor, provocada, sobretudo, pela alta tributação. “Muitos investimentos nesse negócio deixam de ser feitos porque ele se mostra inviável diante desses fatores”, argumenta. O número de cervejarias artesanais no Estado, avalia, poderia passar das atuais 40 empresas para 100. “O mercado é bom, e o consumidor, principalmente o gaúcho, vê a cerveja artesanal com bons olhos”, destaca.

Além da concorrência com as grandes empresas do ramo, as microcervejarias encaram ainda a dificuldade em competir com o produto importado. As exportações de cervejas artesanais dos Estados Unidos, segundo dados da Associação Americana de Cervejeiros (BA, na sigla em inglês) cresceram 150%, passando de 215 mil litros (1,8 mil barris) em 2011 para 539,8 mil litros (4,6 mil barris) em 2012. O peso tributário das importadas, no entanto, é menor do que o que incide sobre as artesanais brasileiras. “Uma cerveja artesanal tem pauta fiscal em torno de R$ 20,00, e a pauta da cerveja artesanal importada é de R$ 2,90”, ressalta Gitzler. “O imposto está melhor para as importadas do que para as nacionais”, assegura Eckert, reforçando que é importante rever os modelos de tributação. “Queremos as importadas no Brasil porque elas abrem o mercado para o consumidor. Não somos contra elas, mas é um parâmetro desigual.”
Sistema privilegia grandes indústrias

Para o dono da cervejaria Colorado, Marcelo Carneiro da Rocha, as grandes cervejarias são beneficiadas pelo sistema tributário. “O estado brasileiro insiste em taxar o pequeno produtor da mesma maneira que um monopólio concedido de mão beijada e jamais reestudado. A mobilidade do mercado é mínima, e a escolha do consumidor brasileiro também. Para fazer parte do mercado, os pequenos têm que dispender enormes quantidades de energia para compreender e manter seus impostos em dia” reclama Rocha. “Deveria haver alguma medida compensatória aos pequenos, como em todos países desenvolvidos”, defende.

Sócio da Bamberg, de Votorantim (SP), o cervejeiro Alexandre Bazzo critica a pesquisa que define a base de cálculo da ST. Ele defende a inclusão das artesanais na faixa mais baixa da tabela do IPI e Pis-Cofins. Em um post de seu blog, em meio aos protestos do ano passado, Bazzo argumentou que as cervejarias ficam reféns das variações praticadas pelos pontos de venda. Como as microcervejarias, em geral, não têm produção em escala suficiente para trabalhar com grandes redes de varejo, acabam prejudicadas pela coleta nos restaurantes, onde os preços são mais elevados.

Que o sistema tributário brasileiro é complexo, não há dúvida, avalia o advogado tributarista Luís Gustavo Bichara. Segundo ele, é “difícil deduzir, genericamente, os pontos de estrangulamento de todo o mercado cervejeiro em termos de política fiscal”. “É igualmente complicado elaborar uma forma de apuração que agrade a todos, sobretudo pela sazonalidade peculiar da demanda do próprio produto”, completa.

O advogado diz, no entanto, que não considera a substituição tributária o principal problema: “O princípio que orienta esta norma é a maior simplicidade e eficiência, para o Estado, de fiscalizar centenas de fabricantes, em vez de dezenas de milhares de pontos de venda, de forma a reduzir a evasão fiscal. Não é uma invenção do Brasil, mas as empresas reclamam, e com razão. Creio que há uma presunção exagerada do preço final, que pode ou não se confirmar. Isso é injusto.”

Carga é alta e difícil de calcular, dizem cervejeiros

“Cada vez que se abre uma garrafa de cerveja no Brasil, o governo bebe cerca de dois terços”, dizem os cervejeiros artesanais brasileiros. Eles são unânimes em criticar abertamente não só a carga elevada, como também a complicação dos cálculos. E a questão não sai da pauta, já que o preço é visto como o maior limitador atual da evolução do mercado. No ano passado, durante o Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau, o setor chegou a lançar manifesto pedindo a inclusão do segmento no Simples, como forma de incentivar a pequena produção nacional. Não funcionou. Falta articulação política para encaminharem as demandas.

Sobre a cerveja produzida no País, incidem, basicamente, quatro tributos. Três são federais (PIS, Cofins e IPI) e um, estadual (ICMS) - este último acrescido da chamada substituição tributária (ST). As alíquotas de PIS, Cofins e IPI para bebidas são tabeladas de acordo com o valor de venda no varejo, segundo pesquisa trimestral da Receita Federal. O ICMS é aplicado sobre esse total. A substituição tributária, fortemente criticada, é o mecanismo pelo qual o primeiro elemento da cadeia de um produto é responsável por pagar os tributos relativos a todos os outros. “A Receita Federal faz pesquisa dos preços finais de mercado e aplica um redutor, que é discutido com o setor, para definir a cobrança da substituição tributária”, explica o auditor fiscal Marcelo Fisch, responsável pelo acompanhamento do setor de bebidas.

No festival cervejeiro realizado em março deste ano em Blumenau, o zine Viva La Revolucion, uma iniciativa dos cervejeiros de Curitiba, foi ironicamente emoldurado pela figura do protagonista do desenho animado Simpsons, o beberrão Homer, caracterizado de Che Guevara na pose clássica da foto de Alberto Korda. Amparado por especialistas e segundo a própria experiência, o cervejeiro Murilo Foltran, da microcervejaria Dum, buscou explicar, de forma simplificada, o processo da cobrança.

Ele concluiu que o litro de cerveja que seria vendido a R$ 5,00, preço formado por custo e lucro, pode chegar a R$ 7,40 no Paraná, onde é cobrado 29% de ICMS, R$ 6,43 em São Paulo (18% de ICMS), e R$ 6,00 em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul (12% de ICMS). A substituição tributária é calculada sobre um valor equivalente a 140% do preço inicial de venda. No caso do ICMS de 18%, o total do litro de R$ 6,43 seria considerado como R$ 9,00, o que geraria o pagamento de R$ 1,62 em impostos, menos R$ 1,13 do ICMS já embutido, restando R$ 0,49. Na nota fiscal da cervejaria, o preço iria a R$ 6,92.
O mercado artesanal

A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) estima que existam cerca de 200 microcervejarias, concentradas principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, que representam 0,15% do setor cervejeiro nacional. As microcervejarias se caracterizam por:
  •     serem pequenas indústrias que produzem cerveja e chope;
  •     a produção ser em pequena quantidade, não superior a cinco milhões de litros por ano;
  •     em sua quase totalidade são de origem familiar;
  •     e os produtos, com teor de malte não inferior a 80%, são fabricados com ingredientes especiais e seguindo receitas tradicionais.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Tributos sobre cervejas



Veja quanto você está pagando de impostos pela cerveja que consome

por Alessandra Nascimento
 
Elas atendem todos os gostos. De sabor leve, encorpado ou pesada, mas sempre bem gelada para agradar os mais distintos paladares dos brasileiros.

A cervejinha nossa de cada dia, a loura gelada, preferência nacional e presença certa nos quatro cantos do país têm uma alta carga tributária incidindo sobre o seu valor final.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, IBPT, em média o brasileiro paga 55,6% em impostos com o produto. Para se ter uma breve idéia do peso dos impostos, uma cerveja de 269 ml, que ao preço de supermercado varia entre R$ 1,19 a R$ 2, poderia custar de R$ 0,53 a R$ 0,89, bem mais barata.

Num barzinho em Salvador, a mesma cerveja de 269 ml sai gelada a R$ 2 e a de 470 ml a R$ 3,50, o que significa que poderiam estar custando R$ 0,89 e R$ 1,56 respectivamente. Já as cervejas em garrafa com 600 ml, vendidas a partir de R$ 4 poderiam custar R$ 1,78, já que pelo menos R$ 2,22 representam o custo pago nos tributos.

Acrescentam-se à lista as cervejas especiais, que variam entre R$ 7 e R$ 12 na capital e poderiam sair mais baratas para o bolso do consumidor, custando, sem a carga tributária, entre R$ 3,11 e R$ 5,33. Paga-se de impostos entre R$ 3,89 a R$ 6,67 nas especiais.

A pesquisa do IBPT abrange um estudo aprofundado sobre a alta carga tributária nos produtos mais consumidos no carnaval em todo o país. Foi detectado, segundo o IBPT, que as bebidas têm a maior incidência de tributos, oscilando de 76,66% na caipirinha, 62,20% no chope, 55,60% na cerveja e 46,47% no refrigerante em lata, conforme aponta o estudo. “Por não serem itens considerados essenciais pela legislação brasileira, esses produtos têm uma elevada carga tributária”, explica João Eloi Olenike, presidente do IBPT.

População reclama
A Tribuna da Bahia ouviu alguns consumidores para saber o que eles pensam sobre a questão tributária. O funcionário público Francisco Duarte, 50 anos, acredita que bebidas e cigarros deveriam pagar altas taxas tributárias, mas desde que os valores fossem revertidos à saúde. “Tanto a cerveja quanto o cigarro têm que ter impostos altos, mas deveria ser revertido para a saúde a ser aplicado no tratamento de viciados, por exemplo”, avalia.

Já a estudante de Direito Gabriele Tanajura, 32 anos, considera absurda a taxa tributária. “O pior é você saber que o dinheiro não está sendo bem aplicado e sim desviado, como é comum neste país. O governo só faz levar e não dá nada em troca É um país em que se paga imposto para tudo. Você paga mais em imposto que no produto que consome”, reclama.

Foto: SXC/Creative Commons

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Brasil Kirin



A Brasil Kirin, segunda maior cervejaria do Brasil, quer ter um milhão de pontos de vendas até 2015.

Parte do plano de crescimento da empresa para os próximos dois anos, o objetivo prevê uma expansão superior a 50% na atual rede de vendas, que soma 650 mil pontos de venda.

Com cerca de 15% do mercado nacional de cervejas, a empresa quer aumentar a penetração de suas marcas nas regiões sul e sudeste - os principais mercados do país - para consolidar a segunda posição no mercado dominado pela rival Ambev.

Para executar o que chama de "plano agressivo de crescimento", a Brasil Kirin confia no seu portfólio de produtos. "Vemos um potencial enorme de crescimento com as marcas atuais", disse a diretora de marketing da companhia, Maria Inez Murad, ontem, no Rio, durante o anúncio da atriz Alinne Moraes como musa da cerveja Devassa no Carnaval carioca.

Ainda assim, a cervejaria assume que estuda trazer para o Brasil produtos da controladora, a multinacional japonesa Kirin, ainda este ano. A aquisição de novas marcas também não está descartada, embora não seja o foco da companhia. "A maior dificuldade [para uma aquisição] é encontrar uma marca que agregue valor", disse Maria Inez. Segundo ela, a Kirin tem capacidade para suportar o crescimento planejado para os próximos dois anos com sua infraestrutura atual. Ao todo, são 13 unidades fabris no país.

O foco da empresa está nos segmentos de cervejas "mainstream" (categoria que engloba as marcas com maior participação de mercado) e premium (de valor agregado maior e menor fatia de mercado). De acordo com a empresa, suas marcas Baden Baden e Eisenbahn são líderes no segmento premium, enquanto a Nova Schin e a Devassa estão entre as cinco maiores marcas mainstream do país.

Ex-grupo Schincariol, a Brasil Kirin foi adquirida no fim de 2011, pela japonesa Kirin, cujo faturamento global supera os R$ 52 bilhões ao ano. A operação brasileira é a quarta maior do grupo e a que tem a maior expectativa de crescimento a curto prazo. Entre janeiro e outubro de 2012, a Brasil Kirin registrou crescimento de 12% no faturamento ante igual período do ano anterior. As vendas das cervejas da marca cresceram 9,9% em volume na mesma base. "No primeiro ano pós-aquisição, superamos o objetivo em termos de lucratividade", avaliou a executiva, sem divulgar números


Leia mais em:
http://www.valor.com.br/empresas/2969714/brasil-kirin-quer-350-mil-pontos-de-venda-ate-2015#ixzz2I3BekJux

domingo, 13 de janeiro de 2013

Veja BH e as Cervejas Mineiras


Com doze fábricas de cervejas artesanais, Minas Gerais vira a Bélgica brasileira

Estado já é o segundo no ranking de produção do país, com quase 1 milhão de litros por mês

por Rafael Rocha | 02 de Janeiro de 2013
Dos 120 estilos existentes no mundo, 55 são reproduzidos por aqui: quase 1 milhão de litros por mês

Hervig Gangl, um austríaco que conheceu uma belo-horizontina no deserto do Iraque e, apaixonado, se mudou para cá, administrava uma pedreira. Marco Falcone era diretor em uma empresa no ramo de energia elétrica. Paula Lebbos tinha uma boate. Os irmãos Tiago e José Felipe Carneiro cuidavam da rede de lanchonetes do pai. Ana Paula Ribeiro, doutora em fisiologia, era pesquisadora. Todos eles mudaram o rumo de sua vida por causa da bebida feita de lúpulo, malte e leveduras que é a predileta dos brasileiros. Graças a empreendedores como esses, Minas Gerais ocupa hoje o segundo lugar em produção de cervejas artesanais do país, perdemos apenas para Santa Catarina. Doze fábricas e cerca de setenta cervejeiros caseiros são responsáveis pelo protagonismo que vem rendendo ao estado o epíteto de Bélgica brasileira. Dos 120 estilos existentes no mundo, 55 já são reproduzidos por aqui. Todos os meses, 1 milhão de litros saem dos tanques mineiros. "Os fabricantes não estão dando conta de atender à demanda do mercado", diz Cristiano Lamego, superintendente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral de Minas Gerais (Sindbebidas). 

Em 2012, as vendas cresceram 20% em relação ao ano anterior. "Nossa expectativa é que o número de fábricas dobre até 2015", informa Humberto Ribeiro, presidente da Acerva Mineira, entidade que reúne os cervejeiros artesanais do estado. O próprio Ribeiro está abrindo uma nova unidade, a Inconfidentes, em Nova Lima, fruto da união de três cervejeiros caseiros como ele.

Visitar as microcervejarias da região metropolitana é mesmo uma experiência impressionante. Sem exceção, todas estão operando no limite da capacidade e passam por obras de ampliação. "Somos considerados de vanguarda porque fazemos receitas ousadas, com ingredientes nobres", afirma Marco Falcone, um dos nomes por trás da Falke Bier. O advogado sempre teve interesse pelo processo de produção da bebida, vivia fazendo cursos sobre o assunto e gostava de praticar em casa, por hobby. A primeira garrafa que produziu foi em 1988. Dezesseis anos depois, abandonou o emprego e apostou todas as fichas na abertura de uma microcervejaria, em parceria com os irmãos Ronaldo e Juliana. Instalada no condomínio Vale do Ouro, em Ribeirão das Neves, sua empresa produz 10 000 litros por mês e eles pretendem aumentar em seis vezes esse volume em 2013. "Tenho de recusar clientes", conta. Na fábrica, com fachada em estilo alemão e 2 000 metros quadrados de área, ele exibe orgulhoso os nove rótulos que criou, incluindo duas preciosidades da casa: a Falke Tripe Monasterium e a Vivre Pour Vivre. Em uma adega subterrânea, as garrafas da Monasterium repousam por 45 dias ao som intermitente de canto gregoriano. Falcone jura que as ondas sonoras da música trazem bem-estar às leveduras, deixando a bebida mais refinada. O preço de tanto requinte deixaria cambaleante até o papa Gregório: envasada em garrafa de champanhe, cada unidade custa, em média, 90 reais nos bares da cidade. Ainda mais salgado é o preço da Vivre pour Vivre, que é feita com jabuticaba e demora três anos para ficar pronta: 200 reais.


O austríaco Hervig Gangl, fundador da Krug Bier: o pioneiro

"As cervejas de alta qualidade são caras, mas valem a pena. É como comprar um vinho sofisticado", garante Lígia de Matos, uma das dez integrantes da Confraria Feminina de Cerveja (Confece), a primeira do gênero no país, fundada em 2007. Juntas, as moças já criaram duas marcas para consumo próprio, a Conceição e a Aurora. Uma vez por mês, elas se reúnem em algum bar para degustar as novidades do mercado mineiro e já são conhecidas de quase todos os cervejeiros daqui. Um endereço que está no roteiro delas é o da Krug Bier, no São Pedro, a mais antiga microcervejaria da cidade, aberta em 1997. A empresa fabrica hoje seis tipos de chope e cinco rótulos da cerveja Áustria, uma produção total de 2 200 milhões de litros por ano, boa parte dela distribuída em 140 pontos de venda na Grande BH. "Nos últimos cinco anos, nossa produção triplicou", comemora o fundador, o austríaco Hervig Gangl. Quando se mudou para o Brasil, ele investiu em extração de rochas ornamentais, mas percebeu que havia por aqui potencial para vender loiras, ruivas e morenas artesanais como as que seu pai produzia na Áustria. Deixou a pedreira sob o comando da mulher e focou no novo negócio.

Desde que Gangl fabricou seu primeiro barril, o setor cresceu a passos largos e também se sofisticou. São muitos os títulos conquistados pelas marcas mineiras. Em março, a Wäls levou três medalhas de ouro e foi eleita a cervejaria do ano durante o South Beer Cup, concurso sul-americano realizado em Blumenau (SC). "Foi o reconhecimento da nossa capacidade de inovação", diz o engenheiro de alimentos Tiago Carneiro, um dos donos. "A nossa cerveja é feita com amor. Esse é o diferencial", completa seu irmão José Felipe, um ex-relações-públicas que se tornou mestre-cervejeiro. Os dois se dedicavam à administração da empresa do pai, a rede de lanchonetes Bang Bang Burguer, e faziam chope apenas para venda nas próprias lojas. Em 2007, decidiram apostar em cervejas artesanais e abriram a Wäls. Hoje fabricam oito rótulos, a maioria deles em garrafas com rolhas, destinadas a um público disposto a pagar até 130 reais por garrafa.

Praticantes da arte marcial muay thai, os irmãos estão longe de ostentar a pancinha muito comum em apreciadores da cerveja. Eles têm sacudido o mercado com produtos surpreendentes, como a Wäls Petroleum, que é maturada com cacau belga e tem 12% de teor alcoólico, quase o triplo das convencionais, e a Wäls Brut, elaborada pelo mesmo processo de fabricação do champanhe. Somente outras três fábricas no mundo fazem cerveja pelo método champenoise. Recomenda-se harmonizá-la com ostras e lagostas. A versão geek desenvolvida em parceria com funcionários do Google (a Wäls 42, com amêndoas californianas, abacaxi, limão e café na receita) foi outra estripulia da dupla neste ano. O desafio do momento é a Saison de Caipira, a primeira no mundo à base de cana-de-açúcar, desenvolvida em parceria com o cervejeiro norte-americano Garret Oliver, da respeitada Brooklyn Brewery, que será lançada em janeiro.




Os sócios da Küd, Bruno Parreiras e Ana Paula Ribeiro: nanocervejaria do Jardim Canadá, em Nova Lima

Na esteira da multiplicação das microcervejarias, surgiu pela cidade uma gama de endereços especializados, com boas cartas de geladas artesanais. Há sete meses em funcionamento, a Drik, em Lourdes, é um deles. A loja aberta pelos amigos Manuela Menezes, André Winter e Tânia Nogueira tem 110 variedades à venda, com preços entre 6,50 e 199 reais. A distribuidora Mamãe Bebidas, na Floresta, também resolveu apostar neste nicho: reúne em seu estoque mais de 700 rótulos especiais, entre regionais e importados. 

Os empresários Juliano Caldeira e Samira Clemente são outros exemplos de empreendedores que enxergaram um filão nessa sofisticação dos hábitos dos belo-horizontinos. Em 2009, o casal abriu o Rima dos Sabores, no Prado, um bar que harmoniza com cervejas diferenciadas petiscos como cubos de avestruz marinados na cachaça e filé de cauda de jacaré com molho de cupuaçu. Conselheiro da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Caldeira é um dos que estão à frente do movimento para levar as marcas daqui para o resto do mundo. "Estamos tentando incluir as cervejas mineiras entre os produtos que serão apresentados no festival Madri Fusión", conta ele. O encontro gastronômico espanhol, considerado o maior do mundo, homenageará Minas Gerais em sua próxima edição, em janeiro. Os mestres daqui estão otimistas sobre a recepção que a nossa gelada pode ter no exterior. E há bons motivos para isso.

A microcervejaria Backer, por exemplo, começa a conquistar clientes em outro continente. "Os americanos ficam encantados com nossos aromas", diz Paula Lebbos, uma das donas. Em janeiro, ela despachará o primeiro contêiner para os Estados Unidos. Equilibrando-se em um salto altíssimo, Paula percorre a fábrica de 4 000 metros quadrados para supervisionar a obra que fará a capacidade de produção subir dos atuais 240 000 litros para 320 000 litros por mês. O endereço, no bairro Olhos d’Água, se transformará, a partir de março, em um grande complexo cervejeiro aberto à visitação, com restaurante, loja e sala de degustação. "A gente fazia chope para atender à demanda da Três Lobos. Não tínhamos a intenção de vender para fora", lembra Paula, referindo-se à extinta casa noturna na Avenida Raja Gabáglia, que tinha em sociedade com o marido, Halim Lebbos, e o cunhado Munir Khalil. O sucesso da bebida foi tanto que os três empresários resolveram deixar as pistas de dança. A famosa boate emprestou o nome à linha lançada no ano passado, com rótulos que levam capim-limão, casca de laranja e açúcar mascavo.

Victor Schwaner/Odin

Manuela Menezes, uma das donas da Drik, em Lourdes: aposta na sofisticação dos hábitos de consumo

"Estamos criando um exército cervejeiro por aqui", brinca Felipe Viegas, dono da Taberna do Vale, uma nanocervejaria — como são conhecidas as fábricas ainda muito pequenas — no Jardim Canadá, em Nova Lima. Lá, ele produz sete tipos de chope, e pretende abrir um pub em 2013. Graças a uma lei municipal que permite a fabricação de cervejas artesanais em perímetro urbano, o que no resto do país está restrito aos distritos industriais, a cidade vizinha à capital vem atraindo vários empreendimentos. Estão previstos quatro novos negócios até o meio do ano que vem. Foi também no Jardim Canadá que os amigos Roque Santos, Matheus Quirino, Alencar Barbosa, Bruno Parreiras e Ana Paula Ribeiro (a doutora em fisiologia do início desta reportagem) resolveram abrir a Küd, que fabrica 5 000 litros de seis variedades especiais de chope com nomes inspirados na história do rock. Quem passar por lá e quiser experimentar uma tulipa, porém, vai ouvir a resposta que é um clássico nos botecos: "Tem, mas acabou." A produção deste mês já está toda vendida.

Receitas para gostos variados

Falke Estrada Real
Leva uma dose extra de lúpulo, o que lhe confere sabor bem amargo. Apresenta ainda notas amadeiradas e frutadas.

Wäls Trippel
De cor alaranjada, tem espuma densa e duradoura. A receita inclui casca de laranja-da-terra e semente de coentro.

Backer Medieval
Inspirada nas bebidas feitas por monges belgas, é dourada, tem espuma cremosa e leva maltes especiais que lhe garantem sabor suavee adocicado.

Áustria Amber
Tem tonalidade avermelhada e recebe adição de malte torrado. Apresenta leve paladar de café e aroma de cereais.

Falke Vivre pour Vivre
Com aparência rosada e paladar marcadamente ácido, tem notas frutadas. Feita com jabuticaba, é a mais cara das marcas mineiras: chega a custar 200 reais.

Wäls Brut
Produzida a partir do mesmo método do champanhe, é dourada e translúcida, com aromas que remetem ao vinho branco. As garrafas descansam por pelo menos nove meses, sendo giradas duas vezes ao dia, antes de chegar ao mercado consumidor.

Onde provar

• ADRIANO IMPERADOR DA CERVEJA
Rua Cristina, 1270, Santo Antônio, ☎ 3586-9066.

• CAFÉ VIENA BEER
Avenida do Contorno, 3968, Funcionários, ☎ 3221-9555. www.cafeviena.com.br.

• CELTIC IRISH PUB
Rua Rio Verde, 253, Anchieta, ☎ 3227-1072. www.celticpub.com.br.

• CLUBE DA CERVEJA 201
Rua Custódio Maia, 201, Água Branca, Contagem, ☎ 9590-2935.

• CULT CLUB CINE PUB — CCCP
Rua Levindo Lopes, 358, Savassi, ☎ 3582-5628.

• EMPÓRIO SERAFINA
Rua Marília de Dirceu, 192, Lourdes, ☎ 2127-1080.

• MELLO PIZZARIA
Rua do Ouro, 331, Serra, ☎ 3221-4022.
Avenida Professor Mário Werneck, 1055, Buritis, ☎ 3568-1844.

• REDUTO DA CERVEJA
Avenida Álvares Cabral, 1030, loja 6, Lourdes, ☎ 2515-1770.
Rua Guaicuí, 660, loja 15, Luxemburgo, Woods Shopping, ☎ 2511-9680.Rua Pium-í, 570, Sion. www.redutodacerveja.com.br.

• RIMA DOS SABORES
Rua Esmeralda, 522, Prado, ☎ 3243-7120. www.rimadossabores.com.br.

• SEU ROMÃO
Rua São Romão, 192, Santo Antônio, ☎ 3786-4929. www.seuromao.com.br.

• STADT JEVER
Avenida do Contorno, 5771, Savassi, ☎ 3223-5056.

Para beber em casa

• CHURRASCO GOURMET
Alameda da Serra, 1033, Vale do Sereno, Nova Lima, ☎ 3654-2145;
Avenida Aggeo Pio Sobrinho, 60, lojas 2 e 3, Buritis, ☎ 3386-6805.

• DRIK VINHOS E CERVEJAS ESPECIAIS
Avenida Álvares Cabral, 1315, Lourdes, ☎ 3646-5110.

• EMPÓRIO SANTA TEREZA
Rua Salinas, 1622, Santa Tereza, ☎ 3468-6637.

• MAMÃE BEBIDAS
Avenida do Contorno, 1955, Floresta, ☎ 3213-9494;
Rua Patagônia, 642, Sion, ☎ 3213-9494

Fonte: http://vejabh.abril.com.br//comer-e-beber/bares/doze-fabricas-cervejas-artesanais-minas-gerais-vira-belgica-brasileira-729806.shtml

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mundo da Cerveja

Coleção apresenta o mundo da cerveja

Chega hoje às bancas o volume um, dedicado às bebidas do tipo lager; no próximo domingo, as ale ganham foco. Doze volumes cobrirão culturas cervejeiras diferentes e ensinarão técnicas de degustação e de harmonização

Chegou neste domingo às bancas e livrarias de todo o Brasil a Coleção Folha O Mundo da Cerveja. Os 12 volumes contemplam desde a descoberta da bebida até os mais modernos métodos de produção.



O primeiro livro é dedicado às cervejas lager. Com ele, os leitores poderão aprender mais sobre o grupo que abarca as cervejas mais vendidas no Brasil e no mundo: as de baixa fermentação.

No próximo domingo, dia 2 de dezembro, com a publicação do segundo volume, dedicado às ales, termina a apresentação dos dois grandes grupos em que se dividem praticamente todas as cervejas hoje fabricadas.
 
As ales -cuja coloração varia do dourado brilhante ao quase preto- foram o tipo mais popular de cerveja até o século 19, quando se popularizaram as máquinas de refrigeração necessárias à produção das lager. As ales são pouco populares no Brasil, talvez porque tenham sabor mais amargo e por serem normalmente consumidas em temperaturas mais altas, às vezes até em temperatura ambiente.

No entanto, as ales são bastante populares na Bélgica e nas ilhas britânicas; nessas, são bebidas em pubs, pontos de encontro da população do Reino Unido e da Irlanda.

O volume dois apresenta os diversos subgrupos de cervejas ale, tais como as belgas (incluídas as de abadia e trapistas), as ale negras (porter e stouts, como a irlandesa Guinness), as Pale Ales e as cervejas de trigo.

Fonte: http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=cole%C3%A7%C3%A3o+apresenta+o+munda+da+cerveja&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&bpcl=38897761&biw=1366&bih=571&wrapid=tlif135393145845310&safe=active&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=y1qzUL3vJ4ne8wTB1IHABw

#pelosatelite #djjonesco #avecesarco #guinness #livrocervejas

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Kaiser

Heineken tenta reduzir rejeição à cerveja Kaiser

Pesquisas encomendadas pela cervejaria mostram queda na reprovação da marca de 14,7% em fevereiro para 4,7% em agosto

 


A cerveja Kaiser é, há décadas, uma espécie de patinho feio. Foi criada em 1982, por Luiz Otávio Possas Gonçalves, para proteger as vendas da Coca-Cola, quando Brahma e Antarctica faziam venda casada: os bares só podiam vender cerveja se comprassem refrigerantes das duas marcas, e não os da Coca. Em 2002, vendida à canadense Molson, as coisas pareciam que iam melhorar. Mas a Kaiser logo deixou de ser foco da multinacional. E, assim, as vendas despencaram e nunca mais se recuperaram. Não houve reação nem mesmo com a mexicana Femsa, que a adquiriu em 2007 e a vendeu em 2010, à Heineken. Agora, nas mãos do quarto dono, a Kaiser parece estar reagindo.

A rejeição à marca, que era de 14,7% em fevereiro, passou para 4,7% em agosto, conforme pesquisas encomendadas pela cervejaria. O segredo da queda de dez pontos é um programa chamado Mundo Cervejeiro, iniciado em agosto e liderado por Mauricio Giamelaro, vice-presidente de vendas da Heineken. A ideia é trazer o distribuidor para dentro do negócio de cerveja, disse.

O programa da Heineken reúne todos os meses representantes dos distribuidores para discutir com eles características do mercado de cerveja, peculiaridades de cada produto e de cada marca. É uma imersão no mundo da cerveja, para que o distribuidor saiba quem é a Heineken, que produto ele está vendendo e assim comunique o que aprendeu ao dono de bar, que passa a usar melhor todo o material de venda e apresenta melhor o produto, disse Giamelaro. Um desses materiais é o porta-copo da Kaiser, com a marca Heineken logo abaixo.

A percepção de que a Kaiser é um produto Heineken e que precisa ter um certo padrão para ser da empresa é algo que programa está conseguindo passar ao dono de bar, disse.

"É a primeira vez que a distribuição se torna responsabilidade da empresa. No tempo da Femsa, por exemplo, a responsabilidade era só produzir e fazer campanhas, explicou Adalberto Viviani, especialista no mercado de bebidas. Essa mudança, segundo ele, pode ser a pedra angular da reversão do negócio da Heineken no Brasil. A empresa precisa disso, pois a Kaiser, mesmo com 4% de participação, representa 80% das vendas em volume da cervejaria. A maior rival, a Skol, da Ambev, tem 33%, segundo dados de mercado.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/heineken-tenta-reduzir-rejeicao-a-cerveja-kaiser

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Michel Teló



Ai se essa pega! Blahma!

O cantor Michel Teló será o novo garoto-propaganda da Brahma. Segundo afirmou a assessoria de imprensa da marca, a campanha com o cantor do hit Ai, Se Eu Te Pego deve ir ao ar a partir da segunda quinzena de agosto. Teló gravou nesta segunda-feira o vídeo publicitário em que aparece em um bar com belas mulheres. As imagens mostram também o cantor fantasiado de "mestre samurai", com trança e cavanhaque no estilo oriental.

Criado pela Africa e produzido pela Bossa Nova Films, o filme mostra uma "viagem" do garoto-propaganda Teló, que acredita que está na China e vive por segundos devaneios orientais, de acordo com a assessoria da Ambev. 

Para a produção foram contratados cerca de 200 figurantes, a maior parte deles de origem oriental, e uma tradutora para garantir a grafia correta de todas as palavras e simbologias.

Veja o vídeo:



Foto: flirk.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Marketing Cervejeiro


Sob Kirin, marketing da Schincariol cresce 20%


Em 2012, primeiro ano da gestão da japonesa Kirin, a Schincariol aumentará em 20% a verba de marketing, chegando a R$ 300 milhões. A empresa passou a patrocinar o futebol da Rede Bandeirantes e o reality show "Big Brother", da Rede Globo. Em produto, a sua maior investida é o lançamento da No Grau, a nova marca para o Norte e Nordeste do país. A região começa a receber neste mês a bebida, que chega para concorrer com Brahma Fresh, Skol 360 e Antarctica Sub Zero, todas da líder Ambev.

Segundo o diretor de marketing da Schincariol, Luiz Cláudio Taya, o novo produto custa 10% menos que a Nova Schin e tem sabor "mais refrescante".

"Precisamos de um portfólio com mais marcas 'mainstream' para garantir maior espaço no ponto de venda", diz Taya, referindo-se às cervejas de grande demanda. Fazem parte do mix da Schincariol as marcas Nova Schin, Devassa, Cintra, Glacial, Nobel e Primus.

 Em 2011, a Kirin pagou R$ 6,3 bilhões para assumir a Schincariol, então vice-líder nacional no mercado cervejeiro. Hoje, a empresa com sede em Itu (SP) está no terceiro lugar do ranking geral, com uma fatia de 10,6%, em disputa apertada com a Petrópolis (10,7%), dona da Itaipava.

A No Grau estava em desenvolvimento há um ano - um pouco antes, portanto, do anúncio da compra do controle da Schincariol pela Kirin, em agosto. "A gestão da Kirin é internacionalizada, não interfere em decisões locais", afirma Taya. Até setembro, período em que a distribuição do produto será finalizada, a campanha será concentrada em ponto de venda, outdoor e rádio. "Fizemos diversas pesquisas com consumidores para definir o sabor do produto, mais leve e refrescante", diz o executivo, ressaltando que a expressão "no grau" é usada no Norte e Nordeste para pedir uma bebida no ponto certo, "gelada". "Nada impede que, no futuro, a distribuição seja estendida a outros mercados", diz.

No Norte e Nordeste, a Schincariol tem a sua maior fatia de vendas: cerca de 30%, ante 10,6% da participação nacional em volume. O faturamento da empresa cresceu 7% em 2011, para R$ 6,1 bilhões. A Schincariol conta com 13 fábricas e soma 10 mil funcionários.

Fonte: Valor Econômico 6 a 8 de julho de 2012, página B4.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Guinness QR Code


Copo de cerveja Guinness só revela QR Code quando está cheio

Basta fazer a leitura do código para aproveitar conteúdos exclusivos da marca de bebida.

Quem gosta de uma boa cerveja concorda que o copo deve sempre estar cheio em uma mesa de bar. Pensando nisso, a Guinness resolveu lançar uma nova campanha publicitária, que integra a bebida com um QR Code e as redes sociais.

Quem pedir uma cerveja da marca recebe um copo especial com um código escondido, que se revela apenas quando a bebida, que tem uma cor mais escura que o convencional, esteja quase transbordando. Quem utilizar um aplicativo para ler o QR Code, como o Scan (iOS) e o "Barcode Scanner" (Android), pode integrar suas redes sociais e ter acesso a conteúdos exclusivos.


De acordo com a peça publicitária, seu telefone posta no Twitter sobre onde você está, dá check-in no Foursquare, atualiza seu status no Facebook e ainda baixa arquivos não detalhados pela Guinness. Por enquanto, a atração é exclusiva dos Estados Unidos.

Fonte e foto: Guinness

Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/publicidade/23910-copo-de-cerveja-guinness-so-revela-qr-code-quando-esta-cheio.htm#ixzz1vYQLGgAv

domingo, 13 de maio de 2012

Kaiser Barril sob pressão



Com "pressão", Cicarelli lança cerveja de barril da Kaiser

A apresentadora Daniela Cicarelli é a nova garota propaganda da Kaiser, informou a cervejaria nesta sexta-feira. Cicarelli e a atriz Carol Castro serão as estrelas de um projeto para divulgar a nova cerveja de barril da marca. O comercial, que será divulgado em revistas, rádios e televisões será exibido a partir de hoje à noite. A propaganda é assinada pela agência Fischer&Friends.

No comercial, as personagens vão a uma festa e notam a diferença de como um rapaz retira a cerveja de um barril com tornerinha e outro que tira a cerveja da Kaiser com pressão, como se fosse chopp. Isto ilustra a novidade do produto, que segundo a companhia, possui um cartucho integrado de CO2 em seu sistema, que resulta na tirada da bebida com pressão.
"O lançamento da Kaiser Barril é um passo muito importante do reposicionamento da marca", informou em nota Mariana Stanisci, Diretora de Marcas Mainstream da Cervejaria Heineken, atual fabricante da Kaiser.



quarta-feira, 11 de abril de 2012

Mercado de Cervejas



Consumidor refinado é público-alvo de cervejarias artesanais

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de cerveja, com 10,3 bilhões de litros por ano e consumo per capita de 57 litros - o que dá meio copo por dia por pessoa. Em um mercado dominado pelas grandes marcas, as microcervejarias também têm encontrado seu lugar para crescer. As mais de 200 plantas de pequenos fabricantes já representam 4,5% do setor. E, dentro delas, um nicho chama atenção: o de cervejarias artesanais. "Elas representam apenas 1% de todo o mercado cervejeiro nacional. Há muito espaço ainda para crescer", afirma Jorge Gitlzler, diretor executivo da Associação Gaúcha de Microcervejarias (AGM).

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o País só perde em volume de consumo para a China (35 bilhões de litros por ano), os Estados Unidos (23,6 bilhões de litros por ano) e a Alemanha (10,7 bilhões de litros por ano).

Uma das características da cerveja artesanal é que ela contém mais cevada do que as cervejas industriais. "O malte, ou cevada, é um insumo caro, por isso as indústrias economizam o quanto podem", diz Gitlzler. De fato, isso pesa no bolso: o preço da cerveja artesanal é pelo menos o dobro da convencional. Mas o valor não encarece apenas por causa da maior utilização de cevada: a logística e a estrutura menor também contribuem para a elevação dos preços.

Outra diferença é que enquanto as indústrias trabalham com apenas um estilo de cerveja, a pilsen, as artesanais contam com mais de 80 estilos catalogadas. "É uma cerveja de mais sabor e qualidade", garante o executivo da AGM.

No Brasil, a maior parte das cervejarias é de micro ou pequeno porte e já existem cerca de 200 em todo o território nacional. Há desde as que vendem 200 litros por mês quanto aquelas que comercializam 2 mil litros. "Existe uma predominância no Sul do País, devido às raízes europeias, mas não dá para afirmar que isso configura uma concentração", pondera Gitlzler.

O público que consome esse tipo de cerveja é diferente do que ingere a bebida tradicional. "São consumidores com estabilidade financeira e que já viajaram para o exterior. Conhecem outros lugares em que a cerveja artesanal é consumida com mais frequência", afirma Gitlzler. A venda em supermercado ainda é incipiente, mas já começa a tomar corpo, segundo o executivo.

Há 12 anos no setor, a Amazon Beer, de Belém (PA), é uma cervejaria artesanal que vem crescendo a um patamar de 20% ao ano. Em 2011, a empresa faturou R$ 10 milhões. "Temos feito bons números, mas sabemos que a estabilidade está próxima", afirma o fundador, Arlindo Guimarães.

Além da fabricação de seis estilos de cervejas, a Amazon Beer também conta com um bar cervejeiro na capital do Pará - que vende cerca de 30 mil litros da bebida por mês.

"Acredito que com a cerveja artesanal tem acontecido o mesmo que com o vinho há alguns anos. O público consumidor vem crescendo ano após ano e se tornando mais exigente. Não é todo mundo que se identifica com os cantores populares das propagandas das cervejas industriais", comenta Guimarães.

Desafios do setor

Para começar, o investimento inicial em um cervejaria artesanal gira entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões. "Os equipamentos são caros", diz Gitlzler. Além disso, a tributação é alta. No País, tanto as pequenas cervejarias quanto as grandes industrias têm de pagar a mesma quantidade de impostos.

"Cerca de dois terços da produção vão para os impostos. Então, se o empreendedor produz 10 mil litros de cerveja por mês, 6 mil são só para pagar a tributação financeira. Isso dificulta a expansão do setor", afirma o executivo.

A opinião é compartilhada pelo proprietário da Amazon Beer. Segundo Arlindo Guimarães, com a atual tributação dificilmente o Brasil vai chegar ao patamar de países vizinhos como o Chile, em que as cervejarias artesanais representam 9% do mercado cervejeiro.

"Falta competitividade para o mercado nacional de artesanais. São poucas as empresas que fabricam garrafas e o maquinário exigido, por exemplo", aponta Guimarães.

Cross Content
Especial para o Terra
Foto: Bierbaum/Site Terra

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

AB Inbev e Staropramen



AB InBev quer comprar cerveja tcheca Staropramen

A Anheuser-Busch InBev e outras cervejarias estão analisando uma possível aquisição da StarBev, dona da cerveja lager tcheca Staropramen, disseram fontes familiarizadas com a situação na terça-feira. O negócio pode valer US$ 3 bilhões, publicou o Wall Street Journal em edição online.

A CVC Capital Partners é dona da cervejaria desde dezembro de 2009, quando a comprou da AB InBev, e se negou a comentar o assunto. Uma fonte afirmou que a StarBev é um ativo em uma indústria que se consolida rapidamente e com poucas propriedades à venda. "A CVC quer vender", disse a fonte.

Outras cervejarias que devem fazer uma oferta pela StarBev são SABMiller, Carlsberg, Heineken, assim como a Molson Coors, Asahi e outras companhias de private-equity, segundo o jornal. Uma segunda fonte, que também pediu para não ser identificada, disse que potenciais ofertantes como SABMiller e Heineken podem enfrentar restrições antitruste. A fonte também questionou se a AB InBev vai querer comprar o que vendeu em 2009.

Molson Coors e SABMiller se negaram a comentar o assunto. Representantes de Asahi, SABMiller, Carlsberg, Heineken e AB InBev não estavam imediatamente disponíveis, assim como a StarBev.

Fonte: Reuters: http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201202221146_RTR_SPE81L01G
Fonte: Divulgação
#pelosatelite #avecesarco #djjonesco #staropramen #mercadodecervejas

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Devassa Playboy



Cervejaria anuncia dono da Playboy como novo garoto-propaganda

Hugh Hefner virá ao Brasil pela primeira vez
A cerveja Devassa anunciou nesta terça-feira quem é seu novo garoto-propaganda. Depois de Paris Hilton em 2010 e de ter a cantora Sandy como "Garota Devassa" no ano passado, o Grupo Schincariol terá o idealizador e dono da Playboy, Hugh Hefner, como divulgador da marca Devassa durante o Carnaval no Rio de Janeiro. Será a primeira vez que Hefner, 85 anos, virá ao Brasil, segundo informação da assessoria da Schincariol.

Famoso por namorar as "coelhinhas" da revista, Hefner chega ao Brasil nos próximos dias. "Quero ver se a beleza das brasileiras faz jus à fama", afirmou ele em nota divulgada pela Devassa. O dono da Playboy terá também a missão de escolher quem será a "nova Garota Devassa" em uma disputa entre quatro modelos no camarote da marca na Marquês de Sapucaí.

Na última quinta-feira, um comercial de 30 segundos mostrava Leandro Hassum, Bento Ribeiro e Helio de La Peña reunidos num bar, tentando descobrir quem será a nova Garota Devassa. No novo filme, que vai ao ar a partir desta terça-feira, eles vão à mansão de Hugh Hefner em Los Angeles e o reverenciam como "mestre da pegação". O filme criado pela Agência Mood, e produzido pela Sentimental Filmes, será veiculado em canais de TV aberta e na internet.

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