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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Refrigerantes Artemis

Refrigerantes Artemis: uma marca de refrescos tradicional e mineira

Nesse mês me estabeleci em um hotel na cidade de Brasilândia de Minas e me deparei com um refrigerante regional de nome Artemis, Voltei à memória de onde me lembrava daquele nome que não me era estranho. Descobri que havia escrito sobre esse refresco em meu segundo livro "Cervejarias Mineiras: Da Imigração ao Copo". Fiquei muito feliz ao experimentá-lo, e por isso partilho um trecho de meu livro que conta a sua história.

"Oportunamente, localizei uma outra empresa que me chamou a atenção. Tratava-se de uma fábrica de bebidas, chamada Refrigerantes Artemis, que pertenceu à firma Santiago e Cia. Ltda. e tinha como sócios Carlos Santiago Amparo, José Santiago, Adão Joaquim de Souza e Gerson Gomes Carneiro. A firma produzia refrescos diversos como a famosa Laranjinha, a soda gasosa e o guaraná, num galpão situado na Rua Silva Guerra, número 252, no centro da cidade. O nome da indústria foi uma homenagem ao Hotel Artemis, da cidade de São Paulo. Este hotel foi uma residência temporária dos irmãos Santiago.

Tive a oportunidade de conversar com um dos filhos do fundador Carlos Santiago, Antônio Carlos. Toninho, como gosta de ser chamado, me contou que os irmãos Santiago produziam refrigerantes de nome Baby, desde 1955, na Fábrica de Bebidas Araxaense, na cidade de Araxá, na Rua Manoel Francisco, 144. Com a construção da cidade de Brasília por JK, na década de 1950, os irmãos decidiram se mudar para Patos de Minas por entenderem que ali seria uma rota estratégica e mais próxima da nova Capital. Seguindo aquela intuição, em 1959, os irmãos Santiago abriram uma nova indústria genuinamente de alma Patense.

Apesar de produzirem unicamente refrigerantes, o tino comercial no segmento de bebidas se destacava no mercado. Os empresários tinham o dom. Em virtude disso, a empresa passou a vender cervejas, por meio de uma representação comercial de uma linha de produtos da Companhia CervejariaAntarctica, de Ribeirão Preto. Para tanto, foi criada a Antarctica Santiago Cia. Ltda..

O sucesso da empreitada foi surpreendente. O movimento operacional cresceu de forma a escalonar ao ponto da Antarctica Santiago ter se tornado a terceira maior arrecadadora de impostos do município de Patos, no mês de novembro de 1977.

O negócio estava realmente indo de vento em popa. Entretanto, na década de 1980, um fato curioso aconteceu. Antônio Carlos me confidenciou que, quando a Cia. Antarctica comprou a fábrica da família Bessone, na cidade de Pirapora, em 1973, parte da demanda que sobrecarregava a unidade fabril de Ribeirão Preto foi transferida para a unidade de Pirapora. Consequência disso, as cervejas Pilsen ofertadas pela Companhia Antarctica em Patos de Minas, tinham como origem a cidade do Velho Chico. Devido ao fato de as águas de Pirapora, do Rio São Francisco, serem diferentes das águas de Ribeirão Preto, a clientela percebeu uma certa diferença no sabor da cerveja. Naturalmente, a reclamação dos fregueses repercutiu na distribuidora dos Santiago e foi espalhada por toda a cidade. Foi um rebuliço geral!

Com muito denodo, foco e trabalho, a Artemis funciona até os dias de hoje e suas operações focadas na fabricação de refrigerantes estão a todo vapor. Quem sabe a família Santiago não se anima a produzir a sua própria cerveja num futuro próximo?"


Sobre o nome: Ártemis é uma deusa da mitologia grega, associada à caça, à vida selvagem, à castidade, à vegetação e ao parto. Era também a protetora das mulheres, das crianças e dos nascimentos.

Ártemis era filha de Zeus e Leto, e irmã gêmea de Apolo. Era uma das divindades mais populares da Grécia Antiga. Na mitologia romana, Ártemis é conhecida como Diana.





sexta-feira, 13 de julho de 2012

Marketing Cervejeiro


Sob Kirin, marketing da Schincariol cresce 20%


Em 2012, primeiro ano da gestão da japonesa Kirin, a Schincariol aumentará em 20% a verba de marketing, chegando a R$ 300 milhões. A empresa passou a patrocinar o futebol da Rede Bandeirantes e o reality show "Big Brother", da Rede Globo. Em produto, a sua maior investida é o lançamento da No Grau, a nova marca para o Norte e Nordeste do país. A região começa a receber neste mês a bebida, que chega para concorrer com Brahma Fresh, Skol 360 e Antarctica Sub Zero, todas da líder Ambev.

Segundo o diretor de marketing da Schincariol, Luiz Cláudio Taya, o novo produto custa 10% menos que a Nova Schin e tem sabor "mais refrescante".

"Precisamos de um portfólio com mais marcas 'mainstream' para garantir maior espaço no ponto de venda", diz Taya, referindo-se às cervejas de grande demanda. Fazem parte do mix da Schincariol as marcas Nova Schin, Devassa, Cintra, Glacial, Nobel e Primus.

 Em 2011, a Kirin pagou R$ 6,3 bilhões para assumir a Schincariol, então vice-líder nacional no mercado cervejeiro. Hoje, a empresa com sede em Itu (SP) está no terceiro lugar do ranking geral, com uma fatia de 10,6%, em disputa apertada com a Petrópolis (10,7%), dona da Itaipava.

A No Grau estava em desenvolvimento há um ano - um pouco antes, portanto, do anúncio da compra do controle da Schincariol pela Kirin, em agosto. "A gestão da Kirin é internacionalizada, não interfere em decisões locais", afirma Taya. Até setembro, período em que a distribuição do produto será finalizada, a campanha será concentrada em ponto de venda, outdoor e rádio. "Fizemos diversas pesquisas com consumidores para definir o sabor do produto, mais leve e refrescante", diz o executivo, ressaltando que a expressão "no grau" é usada no Norte e Nordeste para pedir uma bebida no ponto certo, "gelada". "Nada impede que, no futuro, a distribuição seja estendida a outros mercados", diz.

No Norte e Nordeste, a Schincariol tem a sua maior fatia de vendas: cerca de 30%, ante 10,6% da participação nacional em volume. O faturamento da empresa cresceu 7% em 2011, para R$ 6,1 bilhões. A Schincariol conta com 13 fábricas e soma 10 mil funcionários.

Fonte: Valor Econômico 6 a 8 de julho de 2012, página B4.
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