A cervejaria Petrópolis alcançou o segundo lugar no mercado brasileiro de cervejas. De acordo com dados mais recentes do instituto de pesquisas Nielsen, em setembro, a participação de mercado da Schincariol, que detinha o segundo lugar, recuou 0,3 ponto porcentual, passando de 10,3% em agosto para 10%. Já a participação do grupo Petrópolis aumentou de 10,1% para 10,3%.
O segundo lugar para a Petrópolis nesse mercado é inédito nos 17 anos da companhia, fundada em 1994, na cidade de mesmo nome no Estado do Rio. Mas desde o começo deste ano ela vem ameaçando a Schin na disputa pela segunda colocação. Em janeiro, a Schincariol tinha uma fatia de 11,1%, enquanto a Petrópolis estava com uma participação de 10,5%. "Conseguir a vice-liderança é consequência de um trabalho de muitos anos, destacando nossa força na área de distribuição e os investimentos que fizemos em marketing", afirmou à Agência Estado o gerente de Marketing e de Relações com o Mercado do grupo, Douglas Costa.
Não houve, segundo ele, expansão do grupo em distribuição que motivasse a subida no ranking, mas a empresa centrou esforços no sentido de fortalecer as áreas já atendidas (regiões Centro-Oeste e Sudeste). Hoje, a Petrópolis conta com 130 distribuidores autorizados e atende entre 55% e 60% do total de cerca de 1 milhão de pontos de venda do País. "O mês de setembro é um período de trabalhar o abastecimento para o verão, e a vice-liderança chega na curva natural de crescimento que a marca vem tendo no País", disse Costa.
Disputa. A mudança de posição no ranking nacional de cervejas ocorre em um momento complicado para a Schincariol. No início de agosto, a japonesa Kirin anunciou a compra do controle da Schincariol, detido pelos irmãos Adriano e Alexandre Schincariol, da Aleadri, por R$ 3,95 bilhões. Os acionistas minoritários, os irmãos José Augusto, Daniela e Gilberto Schincariol Junior, da Jadangil, primos dos controladores, são contra a operação e desde então travam uma disputa para impedir a venda.
Nesta semana, a Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo revogou, por unanimidade, a liminar que suspendia a venda do controle da Schincariol para a Kirin. Executivos da japonesa já estão em Itu, interior de São Paulo, na sede da companhia, para assumir a gestão da cervejaria. Mas ainda há uma ação principal correndo na 1.ª Vara Cível de Itu, além de a operação ainda precisar ser avaliada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
"Os números ainda estão próximos e temos essa situação atual da Schincariol. Mas sabemos que estamos no caminho certo e que temos condições de manter essa posição", ressaltou Costa. Ainda com base nos dados da Nielsen, a Ambev segue líder, com 69,8% de participação de mercado em setembro, estável em relação ao mês de agosto. A Heineken Brasil se manteve no quarto lugar, com fatia de 8,5%, também sem alterações.
Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios+industria,petropolis-assume-segundo-lugar-no-mercado-de-cervejas,88314,0.htm
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