Catarinense cria cerveja probiótica
A crença de que cerveja é assunto masculino diminui a cada renovação da imagem da bebida. A jovem moça da foto é um exemplo disso. Dona de uma carreira acadêmica dedicada à bebida, ela hoje estuda a área de engenharia metabólica para leveduras cervejeiras. Amanda Felipe Reitenbach, de Florianópolis, é mestre cervejeira e doutoranda em Engenharia Química. Aos 27 anos, é autora de uma ousada pesquisa – com o apoio da empresa Heineken, Amanda desenvolveu uma cerveja probiótica, que traz benefícios ao organismo.
Os produtos probióticos (como alguns iogurtes) contêm organismos vivos que fazem bem à saúde e atuam no trato intestinal. Ainda em fase de testes, por enquanto não há previsão para lançar a cerveja comercialmente.
Em Blumenau, Amanda coordena o curso de técnico cervejeiro da Uniasselvi, procurado por muitos produtores caseiros de cerveja que buscam profissionalização. A segunda turma do curso abre em agosto e está com as inscrições abertas.
Confira a entrevista com a mestre cervejeira:
Quando nasceu o interesse pela fabricação de cerveja?
Desde cedo, na minha família já tinha quem trabalhava com cerveja. Quando entrei na faculdade, me apaixonei pela parte de fermentação e comecei a fazer projetos nesta área, fiz estágios em indústria cervejeira.
Qual é a relação da Heineken com a pesquisa?
Foi uma parceria. Eles me forneceram a parte do mosto, eu trazia para o laboratório em Florianópolis e aqui eu fazia a parte de fermentação. Mas a matéria-prima é a mesma com que eles trabalham. É uma cerveja pilsen, bem semelhante a uma cerveja comercial.
O objetivo era oferecer uma bebida mais saudável?
Quando eu decidi trabalhar com cerveja, pensei que queria fazer uma coisa que fosse inédita. A gente tem toda essa ligação com produtos funcionais, mas ainda não existia nada com origem vegetal, somente de origem animal, como os iogurtes probióticos.
Esta inciativa é inédita?
Sim. Há no mundo cervejas com características funcionais, mas está é a primeira com leveduras probióticas.
Toda cerveja tem levedura?
Sim, mas geralmente a levedura não está mais ativa porque a cerveja passa pelo processo de pasteurização, que deixa a levedura inativa. O diferencial do que a gente criou é que a levedura estaria na forma viva, que é o que traz os benefícios para o organismo.
Por ser probiótico, o consumo deve ser reduzido?
A indicação para todo alimento probiótico é de 200ml por dia. Além disso, o álcool em excesso também é prejudicial à saúde. Não é porque tem uma levedura que faz bem que vai poder abusar da bebida.
Fonte:Coluna Dedo de Moça desta sexta,22.07.2011.
Foto: Divulgação.
A crença de que cerveja é assunto masculino diminui a cada renovação da imagem da bebida. A jovem moça da foto é um exemplo disso. Dona de uma carreira acadêmica dedicada à bebida, ela hoje estuda a área de engenharia metabólica para leveduras cervejeiras. Amanda Felipe Reitenbach, de Florianópolis, é mestre cervejeira e doutoranda em Engenharia Química. Aos 27 anos, é autora de uma ousada pesquisa – com o apoio da empresa Heineken, Amanda desenvolveu uma cerveja probiótica, que traz benefícios ao organismo.
Os produtos probióticos (como alguns iogurtes) contêm organismos vivos que fazem bem à saúde e atuam no trato intestinal. Ainda em fase de testes, por enquanto não há previsão para lançar a cerveja comercialmente.
Em Blumenau, Amanda coordena o curso de técnico cervejeiro da Uniasselvi, procurado por muitos produtores caseiros de cerveja que buscam profissionalização. A segunda turma do curso abre em agosto e está com as inscrições abertas.
Confira a entrevista com a mestre cervejeira:
Quando nasceu o interesse pela fabricação de cerveja?
Desde cedo, na minha família já tinha quem trabalhava com cerveja. Quando entrei na faculdade, me apaixonei pela parte de fermentação e comecei a fazer projetos nesta área, fiz estágios em indústria cervejeira.
Qual é a relação da Heineken com a pesquisa?
Foi uma parceria. Eles me forneceram a parte do mosto, eu trazia para o laboratório em Florianópolis e aqui eu fazia a parte de fermentação. Mas a matéria-prima é a mesma com que eles trabalham. É uma cerveja pilsen, bem semelhante a uma cerveja comercial.
O objetivo era oferecer uma bebida mais saudável?
Quando eu decidi trabalhar com cerveja, pensei que queria fazer uma coisa que fosse inédita. A gente tem toda essa ligação com produtos funcionais, mas ainda não existia nada com origem vegetal, somente de origem animal, como os iogurtes probióticos.
Esta inciativa é inédita?
Sim. Há no mundo cervejas com características funcionais, mas está é a primeira com leveduras probióticas.
Toda cerveja tem levedura?
Sim, mas geralmente a levedura não está mais ativa porque a cerveja passa pelo processo de pasteurização, que deixa a levedura inativa. O diferencial do que a gente criou é que a levedura estaria na forma viva, que é o que traz os benefícios para o organismo.
Por ser probiótico, o consumo deve ser reduzido?
A indicação para todo alimento probiótico é de 200ml por dia. Além disso, o álcool em excesso também é prejudicial à saúde. Não é porque tem uma levedura que faz bem que vai poder abusar da bebida.
Fonte:Coluna Dedo de Moça desta sexta,22.07.2011.
Foto: Divulgação.
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