terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Refrigerante Guaranita Cibal


A história do refrigerante Guaranita, 

de Passa Quatro 

O italiano Mauro Saullo chegou ao Brasil em 1930, um ano após a quebra da Bolsa de Nova Iorque, que iniciou a crise econômica de escala mundial, esmagando todas as economias com alguma participação nos mercados internacionais, caso do Brasil e suas exportações de café. Persistência e determinação fizeram o jovem, na época com 15 anos, seguir firme com o seu plano de empreender em nossas terras.

 Em 1962, aos 47 anos, Mauro Saullo comprou a Cibal (Comércio Indústria de Bebidas Ltda.), que, possui, aproximadamente 6 décadas com a atual família administradora e que produz duas tradicionais bebidas regionais: o refrigerante Guaranita e a água mineral Sul de Minas. A empresa existe desde 1939. Antes de adquirir o grande negócio de sua vida, em sociedade com sua mulher, Dulce Pereira Saullo, o imigrante italiano tinha uma loja de materiais diversos. Ele morreu em 1984, aos 69 anos. Ela, em 2015, aos 102 anos.

 A Cibal é associada da Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil). Localizada em Passa Quatro, no Sul de Minas Gerais e a cerca de 440 quilômetros de Belo Horizonte, a indústria hoje é dirigida e administrada por três dos seis filhos do casal: Rafael Antônio Saullo, de 74 anos, Mauro José e Elidia Maria Saullo. O negócio, no entanto, já está na terceira geração da família, já que quatro netos do imigrante italiano e da mulher dele também se tornaram sócios da empresa. São os dois filhos de Rafael – Rafael Patrick Saullo e Patrícia Maria Saullo Gonçalves – e os dois filhos de Mauro – Daniel Saullo e Elisa Saullo Pinto.

 ECONOMIA

 A empresa fortalece a sua relevância para a economia de Passa Quatro, que já chegou a ter seis indústrias de refrigerantes, como a Indústria de Bebidas Açoreana. Hoje, após conseguir se manter no mercado mesmo com as frequentes crises econômicas no país, a Cibal é a única do ramo em atividade no município e tem 65 funcionários diretos, além de centenas indiretamente, de acordo com o sócio proprietário Rafael Antônio. “Sempre atuamos com o pé no chão e pautamos a nossa administração nas coisas corretas”, afirma Rafael Antônio. “Nunca tivemos uma ação trabalhista”, destaca, reforçando o compromisso de sempre tratar da melhor forma possível e com honestidade todos os funcionários da indústria. Para ter uma ideia, 85% dos colaboradores da Cibal têm casa própria, o que, de acordo com os sócios, também comprova a responsabilidade social da empresa.

 Assim como ensinou Mauro Saullo, os filhos e netos continuam à frente do negócio observando e mantendo valores que, de acordo com os sócios, são fundamentais para o sucesso da Cibal. “Pautamos a nossa fábrica em três pilares: a qualidade do produto, a qualidade de vida dos nossos funcionários e a qualidade da empresa, da estrutura dela”, explica Rafael Antônio. “Meu pai sempre nos ensinou a ter honestidade e qualidade e nunca dar um passo maior que conseguíssemos dar. Ele era um homem sério, sempre tratou todo mundo com amizade e respeito”, acrescenta.

 PÚBLICO ATENDIDO E RECONHECIMENTO

Além de ser uma grande protagonista da economia de Passa Quatro, a Cibal atende ao mercado do Vale do Paraíba, de São Paulo, Vale do Paraíba do Sul, do Rio de Janeiro, e do Sul de Minas Gerais. Todo o trabalho com seriedade tem gerado bons frutos. Em 2017, por exemplo, o refrigerante Guaranita foi eleito pelo público como o melhor guaraná do país, durante o Confrebras (Congresso Brasileiro de Bebidas), realizado pela Afrebras, em São Paulo.

A história e a tradição da família no mercado de bebidas também podem ser conhecidas, em detalhes, pelo grande público. Um dos netos do imigrante italiano, Eldes Saullo lançou o livro “A Vida é Doce”, que, inicialmente, está à venda pelo Amazon.



 Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa da Afrebras

Mercado de Sucos



Sucos Do Bem recebe um "Tial" da Ambev

A marca nacional de sucos sem conservantes Tial comprou a marca Do Bem, da Ambev, como apurou o site da Brazil Journal. O feito representa a primeira aquisição da história da Tial, que é líder de mercado em Minas Gerais, pertencente ao Grupo Pif-Paf Alimentos e a família de Victor Wanderley, atual CEO da empresa. O valor da aquisição não foi revelado.

A transação inclui a propriedade intelectual da marca e os equipamentos da Do Bem que estavam em fábricas da Ambev, que devem ser transportados para a fábrica da Tial em Visconde de Rio Branco (MG). Com isso, a capacidade fabril da empresa deve aumentar em 65% até 2026.

A Do Bem foi fundada em 2009 por Marcos Leta e comprada em2016 pela Ambev, que contratou o Santander para vender o ativo, já que a Do Bem cresceu pouco e ficou pequena no portfólio da gigante das bebidas.

A Brazil Journal mencionou que o CEO da Tial, Victor Wanderley, disse que as duas marcas se complementam, uma vez que a Tial é voltada para a família e a Do Bem tem um perfil premium e voltado para o público jovem.

Outra ideia é usar a marca para ingressar em outras categorias, lançando produtos funcionais, chás, infusões, bebidas energéticas e alternativas vegetais. 

Meus grifos: o mercado de sucos vem sofrendo transformações interessantes. A inglesa Britvic comprou Sucos Maguary, a Da Fruta e Bela Ichia, todas empresas familiares. A Coca-Cola, havia adquirido décadas atrás a famosa Del Valle e a Mate Leão, como forma de ampliar o porfólio de produtos e mitigar os riscos de perdas de consumo na linha de refrigerantes, considerados menos saudáveis. A Coca ainda comprou a Cervejaria Therezópolis, que entre as estratégias internas, acredito que visa a melhorar o seu SKU logístico dentro da sua malha de distribuição. (Carregar água com bolinhas é muito caro e cerveja compensa esse custo). Em suma: gigantes sempre testando meios de ampliar os horizontes e caminhjos contra os riscos e, consequentemente, buscando melhor posicionamento de market share. (Aliás, disse que no ano de 2024 mix era a bola da vez, e isso, ao meu ver continua. Basta ver o que tem nas gôndolas disponíveis nos supermercados.Os hipermercados já eram.)

A compra da Do Bem pela Ambev, foi uma estratégia de ampliar o leque nesse mercado. Entretanto, imagino que uma companhia como a Ambev não trabalha com “tanquinhos”. São necessários muitos hectolitros para enchê-los e mantê-los em plena gestão de estoques. O maquinário é muito maior e toda linha merece sua devida atenção, como distribuição, marketing e propaganda, além de promoção de vendas. Dar um tial, ou seja desmobilizar o ativo, talvez seja uma estratégia do bem para a empresa.

Desejamos boa sorte a nossa mineira Tial, já que o CADE aprovou a decisão.

Fonte: https://bpmoney.com.br/negocios/tial-compra-do-bem/

https://braziljournal.com/tial-compra-do-bem-da-ambev-e-quer-faturar-r-1-bi/?utm_source=Brazil+Journal&utm_campaign=a67360eee3-news-07012025-1-_COPY_03&utm_medium=email&utm_term=0_850f0f7afd-a67360eee3-427709485 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Campos do Jordão



 Campos do Jordão e o Parque da Cerveja 

Campos do Jordão, que outrora foi um pequeno distrito de São Bento do Sapucaí, localizada na Serra da Mantiqueira em São Paulo, é conhecida por seu clima frio, arquitetura europeia e belas paisagens naturais. É carinhosamente chamada de a “Suiça Brasileira”. Além disso, a cidade é famosa por suas cervejarias artesanais, que atraem turistas de todo o Brasil.

Algumas das cervejarias mais renomadas incluem a Baden-Baden, fundada em 1999, a Gard Cervejaria, uma nanocervejaria que produz cerca de 2 mil litros de cerveja por mês, e o Caras de Malte, que oferece uma variedade de cervejas artesanais inspiradas na culinária alemã.

Acredito que o maior destaque seja o Parque da Cerveja, onde os visitantes podem participar de visitas guiadas pela fábrica, degustações exclusivas e atividades cervejeiras. O ambiente é capitaneado pelo empresário Syvio Rios. O mestre cervejeiro é Evandro Zanini.

Nesse ambiente familiar, tive a oportunidade de conhecer a fundo a fábrica e o parque cervejeiro, que é simplesmente uma obra-prima em meio a natureza. Há dois restaurantes, sendo o principal chamado "Alto da Brasa" com tap room, adega de vinhos, lareira e loja de souvenires, aberto permanente ao público. O segundo, que é um Biergarten, é aberto nos dias mais movimentados ou ainda em eventos especiais.

Na fábrica são produzidas as cervejas Pilsen, Dark, Pinhão e Avelã (essas incríveis, uma exclusividade da casa), além da Wine Beer, Ginger e Sour. Há ainda a produção de gin, gin tônica e hidromel, em períodos sazonais.  O ambiente conta com cascatas, jardins ornamentados com a mata atlântica e no estilo japonês. Há um conjunto de painéis que contam a história da cerveja e a pérola de todas: um mirante de encantar os olhos que quem observa todo o vale da Mantiqueira, pelo lado do estado de São Paulo. No local há também chopes para serem degustados enquanto se aprecia as nuvens mais próximas.

Além do capricho do ambiente, esse muito bem estruturado com um mobiliário de muito conforto, a Cervejaria vai além das fotos que são tiradas pelos visitantes. Trata-se de um local para comer bem, beber bem, desfrutar bons momentos com a família, parceiros e amigos.


Caso não tenha a oportunidade de conhecer o Parque da Cerveja, a Cervejaria conta com um restaurante muito bonito e aconchegante com as mesmas qualidades do Parque, no Centro de Campos do Jordão, no Capivari, chamado de Play Pub. Nesse ambiente, é possível ver a pequena destilaria da empresa, comendo um bom prato ou pestico, ao som de música ao vivo.

Fui, vi e gostei. Eu recomendo!


  • Parque da Cerveja: Estrada Municipal Paulo Costa Lenz César, 2150 - Alto Lajeado.
  • Bar da Fábrica (Play Pub) Avenida Dr. Antônio Nicola Padula, 61 - Capivari.



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