terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Mercado de Sucos



Sucos Do Bem recebe um "Tial" da Ambev

A marca nacional de sucos sem conservantes Tial comprou a marca Do Bem, da Ambev, como apurou o site da Brazil Journal. O feito representa a primeira aquisição da história da Tial, que é líder de mercado em Minas Gerais, pertencente ao Grupo Pif-Paf Alimentos e a família de Victor Wanderley, atual CEO da empresa. O valor da aquisição não foi revelado.

A transação inclui a propriedade intelectual da marca e os equipamentos da Do Bem que estavam em fábricas da Ambev, que devem ser transportados para a fábrica da Tial em Visconde de Rio Branco (MG). Com isso, a capacidade fabril da empresa deve aumentar em 65% até 2026.

A Do Bem foi fundada em 2009 por Marcos Leta e comprada em2016 pela Ambev, que contratou o Santander para vender o ativo, já que a Do Bem cresceu pouco e ficou pequena no portfólio da gigante das bebidas.

A Brazil Journal mencionou que o CEO da Tial, Victor Wanderley, disse que as duas marcas se complementam, uma vez que a Tial é voltada para a família e a Do Bem tem um perfil premium e voltado para o público jovem.

Outra ideia é usar a marca para ingressar em outras categorias, lançando produtos funcionais, chás, infusões, bebidas energéticas e alternativas vegetais. 

Meus grifos: o mercado de sucos vem sofrendo transformações interessantes. A inglesa Britvic comprou Sucos Maguary, a Da Fruta e Bela Ichia, todas empresas familiares. A Coca-Cola, havia adquirido décadas atrás a famosa Del Valle e a Mate Leão, como forma de ampliar o porfólio de produtos e mitigar os riscos de perdas de consumo na linha de refrigerantes, considerados menos saudáveis. A Coca ainda comprou a Cervejaria Therezópolis, que entre as estratégias internas, acredito que visa a melhorar o seu SKU logístico dentro da sua malha de distribuição. (Carregar água com bolinhas é muito caro e cerveja compensa esse custo). Em suma: gigantes sempre testando meios de ampliar os horizontes e caminhjos contra os riscos e, consequentemente, buscando melhor posicionamento de market share. (Aliás, disse que no ano de 2024 mix era a bola da vez, e isso, ao meu ver continua. Basta ver o que tem nas gôndolas disponíveis nos supermercados.Os hipermercados já eram.)

A compra da Do Bem pela Ambev, foi uma estratégia de ampliar o leque nesse mercado. Entretanto, imagino que uma companhia como a Ambev não trabalha com “tanquinhos”. São necessários muitos hectolitros para enchê-los e mantê-los em plena gestão de estoques. O maquinário é muito maior e toda linha merece sua devida atenção, como distribuição, marketing e propaganda, além de promoção de vendas. Dar um tial, ou seja desmobilizar o ativo, talvez seja uma estratégia do bem para a empresa.

Desejamos boa sorte a nossa mineira Tial, já que o CADE aprovou a decisão.

Fonte: https://bpmoney.com.br/negocios/tial-compra-do-bem/

https://braziljournal.com/tial-compra-do-bem-da-ambev-e-quer-faturar-r-1-bi/?utm_source=Brazil+Journal&utm_campaign=a67360eee3-news-07012025-1-_COPY_03&utm_medium=email&utm_term=0_850f0f7afd-a67360eee3-427709485 

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