Mostrando postagens com marcador Nanocervejarias. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nanocervejarias. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 20 de março de 2013

Cerveja Caseira no Brasil


Ao Ministério da Agricultura, Pecuária  e Abastecimento 
Secretaria de Defesa Agropecuária: 
Assunto: Resposta à Consulta Pública referente à Portaria nº 34, de 28 de fevereiro de 2013.

Prezados Senhores,

Por esta levamos ao vosso conhecimento, o fruto das discussões do grupo “Regulamentação da Cerveja Caseira no Brasil”, sitio <http://groups.google.com/group/regulamentacao-cerveja-caseira>, o qual atualmente possui 276 membros espalhados por todo o Pais - da região Norte a região Sul, e integrantes de fóruns e grupos regionais, bem como associações. Nosso grupo cresceu 27% desde a resposta a Consulta Publica referente a Portaria 142/2012, demonstrando o crescente interesse da comunidade cervejeira caseira sobre o assunto.

Da mesma forma que vimos com grande satisfação a submissão a Consulta Publica a “Portaria SDA/MAPA 142/2012”, mantemos nossas posições em relação a “Portaria SDA/MAPA 34/2013”, publicada no DOU pagina 21, Seção 1 do dia 28 de Fevereiro de2013. 

As Consultas Publicas são parte de um importante processo de dialogo com a sociedade e que deve ser parabenizado, pois ajuda a construir e consolidar a cultura democrática em nosso Pais. O setor de cervejas especiais está em crescimento e e muito oportuna esta Consulta Publica neste momento impar, equivalente em importância para a cultura cervejeira no Brasil, quando da vinda das primeiras cervejas com a Família Real e seu estabelecimento neste País.

Embora o mercado de cervejas especiais venha aumentando e haja na redação da Portaria no. 34/2013 uma evolução em conceitual, em nossa opinião, o texto conforme apresentado ainda mantem entraves, que podem impedir o franco desenvolvimento de uma cultura cervejeira genuinamente Brasileira, a despeito da grande biodiversidade de nosso Pais e do empreendedorismo e criatividade de nossos cidadãos.

A empresa inglesa Mintel, uma das empresas de pesquisa mais respeitadas no mundo e especializada em inteligência de consumo e produto, divulgou em 2012 o resultado de uma pesquisa sobre o mercado de cervejas no Brasil. O setor de Cervejas Premium no Brasil obteve impressionantes 18% de crescimento em 2011, mesmo período em que houve queda de 2% no volume de produção das cervejas mainstream. No sitio da Mintel, o analista Lucas Marangoni diz: “O mercado brasileiro de cerveja apresenta um paradoxo.  Por um lado, pode ser considerado bastante desenvolvido com uma das maiores taxas de consumo anual per capita da America Latina (67 litros) e índices de frequência e penetração próximos a de culturas fortes no consumo de cerveja, como o Reino Unido e EUA (com taxas de consumo anual per capita (de 65 e 75 litros, respectivamente). Por outro lado, em termos de diversidade de produtos, inovação e complexidade da categoria, o mercado brasileiro ainda pode ser considerado incipiente.” Ainda, conforme reportagem televisiva veiculada no Jornal da Globo em 26 de dezembro de 2012, o aumento no consumo de cervejas premium ou especiais de janeiro a setembro de 2012 foi de 17%, frente a um aumento de 2,6% no mercado total. 

O Grupo Pão de Açúcar divulgou, no primeiro balanço das vendas do Natal 2012, um crescimento de 104% nas vendas de cervejas especiais. Ou seja, o interesse do brasileiro em relação a cervejas especiais vem claramente aumentando nos últimos anos em um ritmo muito mais acelerado do que o próprio mercado geral do setor. Portanto, o desenvolvimento do mercado em termos de maturidade - com mais variedade, apresentando produtos mais diversificados, mais marcas, mais estilos, produtos realmente diferenciados (em oposição ao "mais do mesmo", que hoje se mostra em decadência, mas ainda aparece nas gondolas de supermercado) - é essencial. É interessante também salientar que, para a balança comercial, os produtos nacionais premium não dominam as prateleiras. O que se vê são muitas cervejas importadas ocupando o espaço - sejam elas alemãs, holandesas, checas, americanas e ate mesmo de países com pouca tradição cervejeira, como Japão e Espanha. Facilitar o acesso a produtos nacionais premium de forma competitiva ao consumidor brasileiro teria, sem dúvida, um impacto positivo, nao somente para o consumidor e produtor, mas sim para o mercado brasileiro de cervejas como um todo. Entendemos que já existem alguns produtores próprios no Brasil capazes de contribuir para isso: nano, micro e pequenas cervejarias, bem, como as cervejarias caseiras - que hoje atuam de modo informal (não confundir com os cervejeiros caseiros que produzem cerveja como hobby, para consumo próprio.)

Nesse documento, trataremos exclusivamente das propostas para a regulamentação das Cervejas Caseiras, que é o foco do nosso grupo de discussões.

1. A Cerveja Caseira e os Produtos Diferenciados ("Especiais" ou "Premium") 

Quem acompanha os grupos de cervejeiros caseiros pode notar que o objetivo principal destes produtores caseiros e a busca pela perfeição e inovação. Minimizar ou eliminar defeitos nas cervejas (diacetil, sulfeto de dimetila, acetaldeido), reproduzir e reinterpretar estilos de cervejas e buscar novos sabores através de inovações de processos ou uso de vegetais locais são parte corriqueira de seu dia-a-dia. Inclusive evitar aditivos químicos, que alterem o paladar, aroma e sanidade do produto elaborado, garantindo uma melhor percepção orgânica das cervejas. As maiores inovações, entretanto, não chegam a beneficiar o mercado consumidor, visto que a venda de cerveja caseira atualmente não é permitida. Em alguns países, como o Reino Unido e Nova Zelândia, a venda da produção de cerveja caseira é permitida desde que com a obtenção de uma licença - e entendemos que em nosso Pais, adotar tal pratica também seria interessante.

Nos últimos anos, assistimos um grande crescimento no segmento Premium, no setor de cervejas no Brasil. O aumento do poder aquisitivo do brasileiro, aliado as facilidades encontradas pelos importadores tiveram papel fundamental no desenvolvimento deste mercado ate o momento. Com a inexorável expansão deste mercado (que, segundo a Mintel, movimentou cerca de R$ 5,29 bilhões em 2011) e o decorrente aumento das importações de bebidas industrializadas, vislumbramos a real necessidade de desenvolvermos a nano, micro e pequena indústria nacional de cerveja, notoriamente no ramo Premium. Entretanto, com os recentes aumentos de impostos aplicados ao setor, os investimentos em cervejarias com foco no mercado de cervejas especiais torna-se menos atrativo que em outras áreas. Sendo assim, entendemos que seria de grande contribuição, como também salutar, acreditar na Cervejaria Caseira como forma de suprir, em parte, esta demanda e preparar espaço para no futuro virarem microcervejarias, que tão bem podem reposicionar nossa indústria cervejeira e leva-la a um maior reconhecimento internacional em termos de qualidade e diversidade. Além disso, esta medida estimularia toda uma cadeia produtiva - desde os estudos e produção de grãos, lúpulos, maltes e adjuntos ate o comercio varejista de matérias-primas e das próprias cervejas - o que, evidentemente, geraria mais empregos e ampliaria a arrecadação de impostos.

2. Propostas para a Regulamentação da Cerveja Caseira

Nas discussões ocorridas no grupo, três principais assuntos surgiram: a livre permissão para produção de cerveja caseira para consumo próprio, a flexibilização das exigências para o registro de estabelecimento e produto e a definição de limites para a produção de cerveja caseira para fins comerciais.

2.1. Livre Permissão para produção da Cerveja Caseira para consumo próprio

Entendemos que a própria diversidade cultural de nosso Pais, formada em sua grande parte por imigrantes, e um fator crucial para que seja finalmente explicitada em nossa Legislação a permissão para a produção de também da Cerveja Caseira para consumo próprio. Vemos como desnecessária qualquer fiscalização ou necessidade de registro no MAPA para tal atividade, cabendo ao município enquadrar de acordo com seu zoneamento e/ou plano de uso do solo.

2.1.1. Concursos, Festivais e Afins

Defendemos que seja permitida a organização de eventos para divulgação da cultura cervejeira - como concursos, festivais e afins - e que a entidade organizadora destes eventos contrate um Responsável Técnico e notifique o MAPA com antecedência, encaminhando uma lista de cervejeiros produtores participantes. A cobrança de ingressos para tais eventos poderia custear a contratação do Responsável Técnico, bem como a estrutura necessária para que o evento transcorra com segurança.

2.2.Flexibilização de exigências para o Registro de Estabelecimento e Produto.

Entendemos que a comercialização de Cerveja Caseira deveria ser permitida e facilitada, desde que não haja comprometimento da qualidade e segurança do produto e consumidores. Do ponto de vista técnico, a parte da qualidade e segurança poderia ser facilmente controlada através de analise sensorial. Como a produção é limitada a pequenos lotes, o risco do ponto de vista de saúde publica e ínfimo. Sendo assim, o que propomos seria uma flexibilização nas exigências para o registro de estabelecimento e produto, com a inclusão no Anexo I da Portaria no. 34/2013 do seguinte paragrafo:

"3. Registro de Estabelecimento Artesanal ou Estabelecimento Caseiro
a. Solicitação de registro de estabelecimento (Anexo IV);
b. Comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física ou Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas no simples nacional;
c. Manual de Boas Práticas."

No caso, o Manual de Boas Praticas, dever-se-ia incluir: procedimentos de estocagem de matérias-primas, insumos, produtos acabados, procedimentos de limpeza e conservação do local de produção e equipamentos, e principalmente o olhar e compromisso ao destino dos resíduos gerados na produção da cerveja, para resguardar o meio ambiente, como também a saúde publica, precavendo-se contra vetores e no controle de zoonoses, sendo assim e explicito e necessário:

● o registro de lote e sua rastreabilidade,
● o registro de analista e dos resultados das analises sensoriais de cada lote
previamente a sua comercialização.

As analises sensoriais, que podem ser realizadas pelo próprio cervejeiro caseiro ou outro profissional treinado (como sommelier de cervejas ou técnico em Alimentos, por exemplo), permitem a detecção de contaminações químicas e microbiológicas; consideramos como parte fundamental na questão da segurança do produto e consumidores.

2.2.Limites para a produção de Cerveja Caseira para fins comerciais.

Fizemos um levantamento de vários dados da legislação vigente, consulta a legislação internacional, valores de consumo de água e energia para a produção em cervejarias caseiras. Levando-se em conta o consumo de agua na relação agua/cerveja, chega-se ao valor entre 4 e 6 litros de agua para cada 1 litro de cerveja produzida, observando-se inclusive a limpeza dos utensílios e do local. Já em relação aos rejeitos (resíduos sólidos), estes ficam na ordem media de 0,6 kg de bagaço do malte e trub (resto de lúpulo fervido) para cada 01 (um) litro de cerveja produzida. Essas quantidades variam conforme o estilo de cerveja produzido, contudo e confirmada em literatura de instituições como a da CETESB e em medições empíricas. Observando-se criteriosa e responsavelmente estas quantidades e relações rejeitos sólidos e efluentes líquidos (bagaço, malte, trub, e aguas servidas)/produto, entendemos que seria razoável um limite de produção caseira entre 750 e 73.000 litros anuais, para um regime diferenciado conforme proposto no item 2.2. Isso permitiria a normatização e regularização de milhares de negócios familiares, com o conhecimento do MAPA. 

Conclusão

Gostaríamos de concluir mais uma vez ressaltando a importância do cervejeiro caseiro para a inovação e diversificação do setor de cervejas especiais. Defendemos a flexibilização do registro de estabelecimento para os cervejeiros caseiros, bem como a permissão de produção de cerveja caseira para consumo próprio isenta de registro e o livre transito destes produtos para participação em concursos, festivais e eventos afins. Com relação ao destino de resíduos, defendemos que todo rejeito gerado na produção de cerveja para comercialização deve ter seu destino declarado e se possível cadastrado. Entendemos que previamente a comercialização da cerveja caseira, dever-se-á efetuar analises sensoriais para fins de controle de qualidade. Quanto aos limites de fabricação para enquadramento como cerveja caseira, defendemos um teto de 73.000 litros anuais para bares, pubs e restaurantes e limites menores conforme a infraestrutura do produtor e sua capacidade de adequação as legislações ambientais e sanitárias existentes.

Portanto, longe de nos posicionarmos a favor da venda indiscriminada de cerveja caseira, desejamos sim viabilizar a produção e comercialização responsável de produtos e, talvez o mais importante, com qualidade. Esperamos ter contribuído para uma melhor regulamentação do setor e colocamo-nos a disposição para futuros esclarecimentos e discussões.

Cordialmente,
Edson Katekawa
Eduardo Formenti Engler
Saulo Campolina Franca

Moderadores do Grupo de Discussão "Regulamentação da Cerveja Caseira no Brasil" e demais membros do Grupo de Discussão "Regulamentação da Cerveja Caseira no Brasil"

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ACervA Paulista


Carta Aberta da Acerva Paulista

Recentemente vimos aumentar as trocas de informações nas lista especializadas do Brasil, redes sociais e outros meios sobre a questão, sempre polêmica, da legalização da cerveja artesanal ou caseira.

Cabe alguns esclarecimentos sobre a posição oficial da Acerva Paulista sobre este assunto e sobre a prática perniciosa que se prolifera no Brasil da venda irregular de cerveja sem registro, que culminou recentemente em graves problemas que enfretamos junto ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Antes de mais nada entendemos por cerveja caseira a cerveja feita em casa. E cerveja artesanal a feita por microcervejarias. Hoje essa nomenclatura se faz necessária (como nos EUA) para ajudar a diferenciar os dois nichos em futuros pleitos em leis. Sabemos é claro que cerveja caseira é artesanal mas o contrario não. Mesmo que isso vá de encontro ao nome de nossa associação. Portanto a Acerva Paulista trata-se de uma associação de cervejeiros caseiros.

A Acerva Paulista como uma associação de cervejeiros caseiros tem por base a propagação da cultura cervejeira de fabricação de cerveja, em escala caseira e sobre tudo, sem fins lucrativos. Ou seja, a Acerva Paulista não compactua ou apoia a venda de cerveja sem registro pois este não se trata do escopo de nossa associação.

E agora, mais do que nunca, nos vemos numa posição de defesa deste ideal pois graças a proliferação de cervejas sem registros, o MAPA começa a instruir seus fiscais a coibir a fabricação e distribuição de cerveja mesmo que feita sem quaisquer fins lucrativos. Ou seja, nosso hobby está ameaçado.
  
Estamos exagerando? Vamos aos fatos:

No último festival da nossa co-irmã Acerva Carioca ocorrido há poucas semanas a fiscalização do MAPA tentou proibir o festival. Graças a condução serena do assunto pela da diretoria da Acerva Carioca acabaram liberando o evento.
É sabido por todos que os cervejeiros caseiros estão proibidos de participar com cerveja do Festival da Cerveja de Blumenau.  E mais recentemente, nos da Acerva Paulista, fomos proibidos de distribuir cerveja em nossa festa de premiação do III Concurso Paulista de Cerveja Caseira.

A pergunta natural que surge: Mas a festa é particular, sem venda de cerveja, como podem fazer isso? Podem e se souberem com antecedência da festa podem até usar força policial para fazer cumprir a legislação. Claro que é um extremo. Mas até poucos meses atrás extremo para nós eram os fatos atuais. Outro ponto é a multa de quase 110 mil reais que pode se aplicada aos responsáveis pela distribuição de cerveja sem registro. No caso de uma associação legalizada como a Acerva, os diretores seriam os penalizados.

Com isso, quem faz cerveja sem registro e vende indiscriminadamente em bares, empórios, mercados e etc. prejudica não somente as microcervejarias que vendem produtos registrados e recolhem impostos e tributos, mas também nós cervejeiros caseiros que simplesmente fazemos cervejas por hobby.

Por outro lado, no entanto, esses cervejeiros, que vendem cervejas sem registros, podem formar as futuras microcervejarias do Brasil e se pensarmos nesse propósito achamos fundamental que montem uma associação com o proposito específico de regulamentar este setor que se forma. Nós da Acerva Paulista vemos com bons olhos e apoiaremos a formação desta associação. Porém, novamente, o fomento da regularização e venda de cerveja sem registro não é e não será o papel da Acerva Paulista que agora se posicionará oficialmente junto ao MAPA para que fabricação de cerveja em casa sem propósito comercial não seja enquadrado nas leis que regulamentam o mercado da cerveja.


Pão e Cerveja
Acerva Paulista

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mercado de Cervejas Premium

Marcas premium alavancam crescimento do mercado de cervejas no Brasil, segundo relatório


Avaliado em R$ 5,29 bi em 2011, o mercado de cervejas premium ganhou 0,6% em valor no varejo, passando de uma representação de 11,4% em 2010, para 12% em 2011


A Mintel divulgou um relatório sobre o mercado local de cervejas que mostra que as bebidas do tipo premium avançam e mostram potencial de crescimento. Os dados apontam que, enquanto o volume de cerveja "padrão" caiu 2% em 2011 em relação a 2010, as variedades premium cresceram expressivos 18%, tornando-se um relevante segmento do mercado.
Avaliado em R$ 5,29 bi em 2011, o mercado de cervejas premium ganhou 0,6% em valor no varejo, passando de uma representação de 11,4% em 2010, para 12% em 2011. Em contraste, cervejas "padrão" tiveram a sua porção de mercado reduzida no mesmo período, de 87,6% para 87%.

O relatório da Mintel também revela o apelo que as marcas premium provocam nos consumidores, especialmente nos jovens e adultos de classe alta. De fato, enquanto 25% dos brasileiros das classes A e B afirmam beber marcas internacionais, somente 18% da C1, 11% da C2 e 7% das classes D e E fazem o mesmo.

De maneira semelhante, marcas internacionais saem-se bem entre os públicos mais jovens: 26% dos consumidores entre 18 e 24 anos afirmam bebê-las. O índice continua alto entre adultos de 25 a 34 anos (23%), mas há um declínio quando o grupo acima de 35 anos é analisado: 35-44 (13%), 45-54 (12%) e 55+ (7%).

"O avanço de mercado das cervejas premium no Brasil mostra mudanças de hábito do consumidor brasileiro. E as oportunidades no país encontram-se nos grandes eventos esportivos que ocorrerão nos próximos anos. Com um produto ligado à cultura esportiva, fabricantes de cerveja têm a oportunidade de aproveitar o entusiasmo local e de se beneficiarem com o posicionamento de marcas premium", afirma Sebastian Concha, diretor de pesquisa na América Latina da Mintel.

"As cervejarias internacionais também têm um grande potencial para crescimento nos próximos anos no Brasil. Elas passam uma ideia glamourizada de uma imagem cosmopolita, possuem poder de marketing, que vêm de suas experiências internacionais, e podem ajudar esse mercado a atingir margens mais lucrativas.", completa Concha.

Com volumes de venda atingindo 12.7 bilhões de litros em 2011 (o que equivale a um consumo de 67 litros per capita), aumento de 22%, em relação aos 10.4 bilhões de litros de 2007, o Brasil é o terceiro maior mercado no mundo em termos de consumo por volume, ficando atrás somente da China e dos Estados Unidos. Este ano é previsto que o mercado ultrapassará a barreira dos 13 bilhões de litros, atingindo 13.3 bi. Para o futuro, a Mintel projeta um crescimento de 15% nos próximos anos, atingindo 15.3 bilhões de litros em 2017. Já em termos de valores, os próximos anos também parecem promissores: estima-se o alcance de U$ 23 bilhões (cerca de R$ 48 bi) em 2012 no varejo, e projeta-se que chegue a U$ 33 bilhões (cerca de a R$ 69 bi) em 2017.

"O crescimento de mercado nos próximos cinco anos resultará do aumento dos preços devido aos impostos e dinâmica de consumo. As mudanças estão previstas para acontecer devido a uma "premiunização" da indústria, representando oportunidades significativas para o setor", completa Concha.

O Relatório da Mintel revela também que baixa temperatura é fator essencial para venda de cervejas no país. Ao contrário de outros países, onde bebidas de alta temperatura servem para saciar a sede do consumidor, cervejas super geladas são determinantes para quase todos os brasileiros. Cerca de 95% dos consumidores da bebida afirmam que gostam dela servida extremamente gelada e 84% dos consumidores concordam com esse fato.

"Essa visão em relação às cervejas leva ao desenvolvimento de novos produtos ao mercado, como embalagens que mudam de cor. Algumas marcas lançaram um barril de 4 litros com um termômetro acoplado que indica quando a cerveja está pronta para ser consumida. Uma outra marca introduziu no mercado uma embalagem com uma etiqueta que fica azul quando a bebida está gelada," revela Concha.

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/administracao-e-negocios/marcas-premium-alavancam-crescimento-do-mercado-de-cervejas-no-brasil-segundo-relatorio/68795/
Ao mesmo tempo, a diferença de consumo de cerveja entre os gêneros também é alta no Brasil. O relatório Mintel revela que 65% dos homens afirmam que consomem cerveja, enquanto que somente 38% das mulheres fazem o mesmo. Apesar dos fabricantes já terem investido no público feminino, parece que as melhores estratégias são aquelas que atraem os dois gêneros. Além disso, o relatório revela que mulheres demonstram pequeno interesse em formulações de baixa caloria. Enquanto 27% das mulheres dizem que evitam o consumo de cerveja porque gera ganho de peso, a diferença é pequena quando comparada aos 23% de homens que afirmam o mesmo. Além disso, elas têm menos interesse em inovação de produtos. Enquanto, 57% dos homens afirmam que gostam de experimentar novos tipos de cerveja, somente 45% das mulheres procuram a mesma experiência.

"As estratégias mais bem sucedidas para atrair mais mulheres serão aquelas com apelo de sabor universal e que ressaltam atributos da categoria. Particularmente, marcas de cervejas internacionais estão numa situação privilegiada para serem posicionadas como uma categoria unissex, já que têm um segmento receptivo, formado por mulheres jovens e bem sucedidas", conclui Concha.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Wäls Briefing After Brew

Foi um bom momento. Não participei da brassagem mas entendo que foi meio canção de Chico Buarque cantando por Milton Nascimento - Cio da Terra.

Como comemoração à brassagem, Mr Oliver foi recepcionado pela Wals em sua sede rodeado de amigos que estão vinculados à cultura cervejeira. Foi realmente uma oportunidade de encontrar velhos amigos. Zazá foi o chef de cozinha - sempre bem atuante -  a banda BH Gypsy Jazz foi a descontração musical. Bonito também foi ver o Miguel e o Zé Felipe tocando saxofone! Não vou escrever muito, as fotos valem por sí só!



"Decepar a cana Recolher a garapa da cana/Roubar da cana a doçura do mel/Se lambuzar de mel".

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Inconfidentes Cervejarias Conjuradas

Desejamos a ICC sucesso pleno em suas atividades! Trata-se de uma evolução na AcervA Mineira! Grandes cervejeiros, agora numa grande marca!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Cerveja na Praça


Cerveja na Praça – Segunda Edição  

Encontro cervejeiro para troca de idéias e experiências sobre produção caseira de cerveja e degustação das produções daqueles que puderem levar exemplares de suas bebidas.   Público: membro da ACervA Mineira e entusiastas de cervejas Local: Praça Marília de Dirceu – Lourdes – Belo Horizonte/MG Data: 06 de setembro de 2012 (véspera de feriado). Horário: a partir das 18 horas.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Homebrew profissional

"Ciganas", as cervejas que vivem de aluguel


Os amigos Bernardo Couto e Salo Maldonado, três anos improvisando cerveja em garrafões de plástico, garrafas PET, panelão de feijoada e isopores, lançaram em janeiro seu primeiro rótulo comercial, engarrafado. Como grande parte das artesanais brasileiras, a carioca Hi5 tinha a missão de desviar das pilsen e weizen exploradas pela indústria. Cumpriu. É lupulada e amarga como as India Pale Ale, um estilo criado na Inglaterra do século 19, mas caramelada, escura como as "schwarzbier" alemãs. E, não bastasse ser híbrida, é nômade também.

Luciana Whitaker/ValorSem fábrica própria, ela é o que se apelidou nos Estados Unidos e Europa de "cerveja cigana", uma categoria que cresce no Brasil no ritmo dinâmico do mercado de rótulos especiais. Seus gestores, sem as dívidas, desafios de custo, problemas administrativos e contas a pagar da grande indústria, experimentam mais do que as marcas tradicionais e têm criado um novo nicho de mercado.

Os mil litros de chope da primeira batelada da Hi5 foram feitos na fábrica da Cervejaria Allegra, zona Oeste do Rio, e distribuídos para oito bares - no Rio, em São Paulo, Porto Alegre (RS) e Gramado (RS). Neste mês, a produção, agora de 2,5 mil litros, migrou para São Paulo. Localizada no município de Socorro, a 140 quilômetros da capital, a Cervejaria Magnus, diz Couto, tinha melhor capacidade para atender à demanda maior. A terceira leva ainda não tem origem certa - o que não angustia os cervejeiros. "Podemos nos concentrar em desenvolver a linha de produtos e pensar melhor na estratégia de marketing", diz Couto. Ele é jornalista e Maldonado, sócio da distribuidora Infusion e do bar Beer Jack, em Botafogo. Como eles, muitos dos criadores de rótulos artesanais brasileiros são "hobbistas", dedicam-se à cervejaria nas horas vagas.

"Ciganas" do Brasil
David Figueira, presidente da Associação dos Cervejeiros Artesanais de São Paulo (Acerva paulista), estima que o custo de instalação de uma planta com capacidade inicial entre 20 mil e 40 mil litros por mês chega a R$ 2 milhões, incluindo gastos com equipamentos, que equivale a um quarto do total. O retorno, ele diz, vem em seis ou sete anos, em média.
Até pouco tempo, as microcervejarias costumavam ceder seu espaço ocioso para grandes players. Elas eram usadas como incubadoras de marcas novas, como foi o caso da Devassa - foi a Allegra que começou a produção do rótulo que hoje pertence ao grupo Schincariol -, e para aliviar o uso da capacidade instalada das fábricas maiores.

Com o fortalecimento das entidades representativas do setor, especialmente as Acervas, cresceu o número de "hobbistas" dispostos a empreender. Na outra ponta, as microcervejarias têm encarado o aluguel da fábrica como forma de amortização de seu investimento inicial. Nos últimos cinco anos, seis associados da Acerva de São Paulo e oito do Rio começaram a produzir em escala comercial - e em plantas terceirizadas. Lúcio Fialho, presidente da Acerva carioca, acredita que o número deve ganhar força nos próximos anos. "Nacionalmente, temos hoje 500 associados, metade do número de cervejeiros da grande Chicago. Nos Estados Unidos [referência no segmento artesanal], existem 30 mil".

Apesar de mais difundidos, os rótulos "ciganos" também são recentes em países da União Europeia e nos Estados Unidos. Pioneiro e grande entusiasta da cervejaria itinerante, Mikkel Borg Bjergsø começou a produzir em 2006, na sua Dinamarca natal, país da gastronomia "cabeça aberta" e do melhor restaurante do mundo, o Noma. A Mikkeller, do cervejeiro, já lançou de pilsen à Beer Geek Bacon, feita com malte defumado e café.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento contabiliza no Brasil 68 estabelecimentos produtores de cerveja e 116 marcas. As estatísticas não fazem distinção entre microcervejarias e grandes produtores. Cada brasileiro consome, segundo estatísticas do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), 57 litros por ano - menos do que países como África do Sul (58), México (60), Alemanha (120) e República Tcheca (160). Dados do Sindicerv de 2009 apontam que o mercado nacional produz 10,94 bilhões de litros por ano - cerca de 6% do total mundial - e fatura R$ 31 de bilhões. Os números, mais uma vez, não detalham a participação das microcervejarias. A Acerva estima, entretanto, que o segmento participa com menos de 1% da produção nacional.

Ainda que incipiente, completa Fialho, o avanço dos rótulos "ciganos" e a tendência de terceirização no setor, além de ampliar exponencialmente a variedade de rótulos, tende a "reorganizar a cadeia" e o mercado, oligopolizado por grandes fusões.
Para quem acha que esse mercado já está cristalizado e que dificilmente sofreria mudanças, Bob Pease, diretor da Associação dos Cervejeiros Artesanais dos EUA, faz uma comparação interessante. Ele diz que o panorama do mercado cervejeiro do Brasil é muito semelhante ao americano no início da década de 70, "com grandes cervejarias dominando a produção e fazendo basicamente um único tipo de bebida, a lager light [exatamente o estilo da nossa pilsen]". "Nos anos 70, havia 42 cervejarias artesanais nos EUA. Hoje, temos 1.717." E os americanos procuram estilos diversos hoje em dia.


Fonte: Jornal Valor 25.05. 2012, página D6. © 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A.
Leia mais em:
http://www.valor.com.br/cultura/2763320/ciganas-cervejas-que-vivem-de-aluguel#ixzz21rZlUhTT

domingo, 15 de julho de 2012

Cervejaria na Europa

Novas cervejarias explodem e tomam conta de Londres*

Tendência que teve início em 2009 proporciona a turistas curiosos em busca de novos sabores conhecer diferentes cantos da capital britânica

No meio do meu primeiro pint de Nightwatchman - uma cerveja com malte levemente torrado da cervejaria East London Brewing Co. - o barman trocou o LP da banda Little Willie pelo disco do cantor de blues Lightnin’ Hopkins. Eu abri um pacote de torresmo e absorvi o ambiente em uma tarde comum em um pub tipicamente britânico: um balcão de madeira com 10 diferentes opções de cervejas locais tiradas na pressão, que até então eram desconhecidas para mim, seguidas por oito sidras das quais eu nunca tinha ouvido falar.

No ambiente levemente iluminado, os locais liam seus jornais ou conversavam baixo acompanhados de suas bebidas da mesma maneira que eu imagino que os londrinos fazem há séculos e eu achei muito fácil começar uma conversa com um senhor que estava sentado ao meu lado.

O que foi mais difícil de entender, no entanto, é o que ele me disse: que o bonito pub Southampton Arms, localizado no bairro londrino de Gospel Oak, não tinha realmente feito parte da cultura de pubs londrinos desde do início dos tempos.

Na verdade, a atmosfera rarefeita (e sua lista de cervejas) nasceram em 2009, parte de uma explosão da cultura cervejeira na capital britânica durante os últimos anos."Eu suspeito que é o momento mais emocionante para se estar bebendo cerveja em Londres desde os anos 70", disse Des de Moor, autor de “The CAMRA Guide to London’s Best Beer, Pubs & Bars" (O Guia CAMRA Para as Melhores Cervejas, Pubs e Bares de Londres, em tradução livre ), quando eu o conheci bebendo uma cerveja no dia seguinte.

Tendência

De fato, Londres está experimentando um renascimento de cervejas artesanais tão notável que o ato de acompanhar estas mudanças está virando um trabalho de tempo integral para os conhecedores, como de Moor, que regularmente atualiza seu site com suas novas descobertas. Apesar de sua história como o lar de muitos dos estilos de cerveja mais amados do mundo - IPA, Porter, Ale, Stout Brown Ale e Imperial Russian Stout são todas daqui – a cultura londrina de cerveja sofreu com várias décadas de declínio, resultando em apenas sete cervejarias funcionando até meados de 2006, de acordo com Moor.

Mais informações e fonte: New York Times http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/2012-07-14/novas-cervejarias-explodem-e-tomam-conta-de-londres.html
* Reportagem de Evan Rail

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Festa Francesa

Pelo 14º ano consecutivo, a comunidade e o consulado francês de Belo Horizonte realizam a grande festa de aniversário de 14 de Julho, data que marca a queda da monarquia absolutista e o nascimento da república. A comemoração será neste sábado, dia 14, das 12h às 22h, na Savassi (rua Pernambuco, entre as ruas Cláudio Manoel e Santa Rita Durão).

Os participantes poderão desfrutar de atrações gastronômicas, pratos e sobremesas da culinária francesa, cervejas especiais, vinhos e champagnes.

Haverá também uma programação artística variada e tipicamente francesa, com apresentações circenses da escola Spasso durante todo o dia, música francesa com espetáculo comandado pela acordeonista Elisa, que vai explorar as canções francesas mais conhecidas no mundo, da banda BH Gypsy Jazz, que traz um repertório riquíssimo e também do DJ francês Paco Pigalle, conhecido pelos sons multifacetados que vão desde a lambada e merengue, ao dance, pop e hip hop.

O ingresso é 1kg de alimento não perecível (exceto sal).

Programação:

14h: Acordeon & Trio

17h: BH Gipsy Jazz

19h: Dj Pacco Pigalle

Apresentações circenses da escola Spasso: Durante toda a festa.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Empório Serafina

Empório Serafina: uma maravílha de lugar!

Só poderia vir dessa familia "coração aberto" que é a turma da cervejaria Wäls! O Empório Serafina inaugurado sábado passado foi feito em sociedade com os amigos franqueados da Cervejaria Devassa e leva na carta de cervejas 16 travas contendo chopes especiais que homenageam aos amigos de trabalho, mercado e parceria.

Para entender melhor, a Wäls disponibilizou além das beldades X-Wäls, Tripel, Dubbel, e demais da roupagem Wäls, os chopes Falke Ouro Preto, o Black Bird da Küd Bier, a ESB da Nanocervejaria Taberna do Vale, a Golden da Krug, a Vixnu da Colorado e dentre outras. Com certeza outras microcervejarias de Minas irão aparecer tempestivamente para a alegria do consumidor exigente. Tomara que essa divulgação de marca se espalhe para outros cantos.

Tomei Wäls, Küd, Colorado e Taberna. E posso dizer que todas estavam maravilhosas. De petisco comi a picanha com batatas fritas, a costelinha com molho barbecue (ótima por sinal) e o bolinho de bacalhau. O atendimento executado pelo Garçom Rodrigo sobre a supervisão do metre Alexandre teve o seu devido destaque.

Para aqueles que desejam conhecer a casa o Empório Serafina se encontra em frente a Pizzaria Marília na rua Marília de Dirceu 176 no Bairro de Lourdes, em Belo Horizonte - MG.

Vale cada centavo!

Real Time Web Analytics