sábado, 23 de agosto de 2025

Confraria da Cerveja de Portugal


Confraria da Cerveja oferece fado à cidade de Coimbra na sua XXI Cerimónia de Entronização

O evento reuniu cerca de 200 confrades e confradesas, celebrando a cultura cervejeira e “A Arte de Saber Beber”.

do site Cervejeiros de Portugal

A XXI Cerimónia de Entronização da Confraria da Cerveja foi celebrada no passado dia 5 de junho, no Convento de São Francisco, em Coimbra. A cerimónia marcou a entronização de 57 novos membros divididos pelas categorias de Confrades Mestre, Confrades de Honra, Confrades Protetores e uma Confradesa Consumidora, eleita através de passatempo nas redes sociais dos Cervejeiros de Portugal.

A cerimónia destacou-se pela criação de um fado inspirado no mote deste ano “A Arte de Saber Beber”, para saudar a filosofia da Confraria, de apreciar pausada e responsavelmente a cerveja com todos os sentidos, de promover um consumo consciente e de reconhecer a cerveja como parte do património gastronómico e cultural português. Esta canção, que foi interpretada pela banda O Trio e que pode ser escutada na integra nas redes sociais dos Cervejeiros de Portugal, foi oferecida a Coimbra, em honra da tradição fadista da cidade.

A Confraria da Cerveja promoveu também um cortejo pelas ruas mais emblemáticas da Baixa da Coimbra, na qual Confrades e Confradesas caminharam ao lado da Estudantina da Universitária de Coimbra para, na Praça do Comércio, brindar em honra da cidade.


Teresa Apolónia, Grã-Mestre da Confraria da Cerveja afirma que “Coimbra, com a sua história e tradição cervejeira, é o palco ideal para celebrar “A Arte de Saber Beber” e a cultura da cerveja. A cerveja transcende o simples consumo, unindo pessoas, impulsionando negócios e enriquecendo a nossa identidade cultural. Testemunhamos o impacto da cerveja, desde os momentos de convívio até à promoção do turismo e da diversidade cultural em todo o país. A Confraria da Cerveja cultiva um ambiente onde a diversidade de sabores e experiências se interligam harmoniosamente. A nossa missão é promover, dignificar e valorizar a cerveja como um elemento cultural, social e económico fundamental. Através da entronização de figuras diversas, construímos uma rede de embaixadores que divulgam a cultura cervejeira portuguesa. O futuro da cerveja em Portugal é promissor, com a inovação, qualidade e o compromisso com a sustentabilidade a impulsionar a produção nacional.”

 Com a cerimónia deste ano, a Confraria da Cerveja ultrapassou a marca dos 1.000 confrades entronizados. Entre as várias figuras notáveis investidas destacam-se José Manuel Silva, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, e Amílcar Falcão, Reitor da Universidade de Coimbra, que são a partir de agora Confrades de Honra da Confraria da Cerveja. A lista de novos confrades inclui ainda Pedro Siza Vieira, advogado e ex-Ministro da Economia; Ana Abrunhosa, ex-Ministra da Coesão Territorial; Margarida Mano, Vice-Reitora da Universidade Católica Portuguesa; Nuno Artur Silva, escritor, dramaturgo e ex-Secretário de Estado no Cinema, Audiovisual e Média; David Pontes, Diretor do jornal Público; Susana Feitor, Presidente Fundação do Desporto; ou Matilde Cardoso, Presidente da Associação CAIS.

 A 21ª celebração da Confraria da Cerveja, sob o mote da Arte de Saber Beber veio reiterar o compromisso de cada confrade em promover, dignificar e valorizar a cerveja como elemento cultural, social e económico fundamental.

Desde a sua fundação em 2003, a Confraria da Cerveja tem acolhido personalidades de diversos setores da sociedade. A lista de confrades entronizados inclui nomes como António Costa, Rui Rio, Carlos Moedas, Alberto João Jardim, Roberto Carneiro, Sónia Araújo, Dom Duarte Pio de Bragança, Paula Lobo Antunes, Sílvia Rizzo, Luís Represas, César Mourão, Cláudia Jacques, Carlos do Carmo, Júlio Isidro, Clara de Sousa, Luís de Matos, Simone de Oliveira, Mafalda Arnauth, Margarida Pinto Correia, Sobrinho Simões, Luís Marques Mendes, Nuno Rogeiro, Nuno Gomes, Vítor Baía, Joana Schenker, Guilherme Geirinhas, Nic Von Rupp, Diogo Batáguas, Ricardo Guedes, Miguel Monteiro, João Manzarra, Wandson Lisboa, Rui Porto Nunes ou Pedro Pena Bastos, entre muitos outros.

Fonte: Cervejeiros de Portugal

Meus grifos: Portugal tem muito a ensinar aos confrades no Brasil. Que belo trabalho que merece ser conhecido e explorado. Parabéns aos confrades portugueses. Que a fonte nunca seque!

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Festival de Cervejas em Olinda 2025


Festival da Cerveja Artesanal em Olinda: Confira a programação dos shows e bandas

Evento acontece entre os dias 22 e 24 de agosto, na Praça do Carmo

A partir desta sexta-feira (22), a Praça do Carmo será tomada por sabores, ritmos e experiências únicas durante o Festival da Cerveja Artesanal de Olinda. O evento, que segue até o domingo (24), reúne uma ampla programação com shows, gastronomia e degustação de rótulos produzidos em Pernambuco, celebrando a cultura cervejeira local e movimentando o mercado de bebidas.

Um dos destaques é a Cozinha Show, espaço interativo dedicado à culinária, que funciona na sexta e no sábado, das 14h às 16h, e no domingo, das 13h às 15h15. Já no palco principal, a partir das 16h30, artistas e bandas garantem a trilha sonora da festa.

Na sexta-feira (22), se apresentam DJ Ari Falcão, Forró do Macaco e Sambarrasta. O sábado (23) será animado por DJ Neto, Urêa e Dunas do Barato. No domingo (24), o clima de encerramento fica por conta de Poço de Batuque, DJ Babilônia, Eduardo Rossi e Malakoff.

O festival é promovido pela Apecerva (Associação Pernambucana de Cervejeiros Artesanais) e conta com o apoio da Prefeitura de Olinda, Empetur, Governo de Pernambuco e Sebrae.

A programação completa está no link (Fonte): Festival da Cerveja Artesanal em Olinda: Confira a programação dos shows e bandas – Prefeitura Municipal de Olinda


segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Cervejarias em Minas Gerais

 

Cervejaria Império anuncia investimento milionário em cidade mineira

Jornal o Tempo

Recursos serão aplicados no Triângulo Mineiro para expandir portfólio de produtos da marca

A cervejaria Cidade Imperial anunciou um investimento de R$ 130 milhões em Frutal, no Triângulo Mineiro. O aporte foi comunicado nesta sexta-feira (1/08) e será revestido na expansão do portfólio de produtos da marca responsável pela cerveja Império, dentre outras bebidas. 



O governador Romeu Zema (Novo) visitou as instalações da unidade da empresa em Frutal. O investimento deverá resultar em 67 empregos diretos. A planta da empresa no Triângulo Mineiro é a segunda da cervejaria, que também produz energético, licor, ice, água mineral e pó de café.

Também na cidade, a Beverage Pack Company S/A confirmou o investimento de R$ 700 milhões – referente à construção da unidade e de outra em Governador Valadares. Especialista na fabricação de latas e tampas de alumínio, a Beverage tem entre seus principais clientes a Cervejaria Cidade Imperial, e ambas empresas têm aportes do mesmo fundo de investimentos.

Saiba mais: Cervejaria anuncia investimento milionário em cidade mineira | O TEMPO 

#pelosatelite #avecesarco

sábado, 26 de julho de 2025

Crise no mercado de cervejas alemão

 


Fábrica de cerveja Oettinger encerra atividades e surpreende “papudinhos”

Da Redação

Movimento é uma consequência direta da redução no consumo de cerveja na Alemanha, dos crescentes custos de produção e das instalações obsoletas.

No cenário da produção de cervejas na Alemanha tem enfrentado desafios consideráveis. A Oettinger-Brauerei, uma das maiores cervejarias do país, anunciou o fechamento de uma de suas instalações em Braunschweig até a primavera de 2026.

O mercado cervejeiro alemão tem sentido os efeitos de uma série de fatores adversos. Nos últimos anos, o consumo nacional de cerveja diminuiu, e esse declínio tem sido especialmente desafiador para cervejarias de pequeno e médio porte.

Este movimento é uma consequência direta da redução no consumo de cerveja no país, dos crescentes custos de produção e das instalações obsoletas. Aproximadamente 150 postos de trabalho serão afetados, mas há planos para realocar esses trabalhadores, dependendo da aprovação do conselho de trabalho.


Os custos de produção têm aumentado consideravelmente, particularmente devido ao aumento de 90% nos preços do malte de cevada e do gás carbônico. Essa elevação nos custos torna a operação das fábricas ainda mais desafiadora, especialmente para aquelas que já enfrentam dificuldades financeiras.

O mercado cervejeiro alemão tem sentido os efeitos de uma série de fatores adversos. Nos últimos anos, o consumo nacional de cerveja diminuiu, e esse declínio tem sido especialmente desafiador para cervejarias de pequeno e médio porte.

A pandemia de COVID-19 e a crise dos preços da energia exacerbam ainda mais esse cenário, impactando severamente as finanças dessas empresas. Dados do Deutscher Brauer-Bund mostram uma redução no número total de cervejarias desde 2020, com 93 estabelecimentos fechando suas portas.

Quais são os principais desafios enfrentados pelas cervejarias?

A redução do consumo de cerveja na Alemanha não é o único obstáculo. Muitas cervejarias enfrentam desafios significativos ao tentar se adaptar às demandas de um mundo que busca a sustentabilidade e a redução do impacto ambiental.

Isso se traduz em altos investimentos necessários para alcançar a neutralidade climática, especialmente em relação à transição do uso de gás para fontes de energia elétrica mais limpas. Esses investimentos pesados colocam muitas empresas em situações financeiras vulneráveis.

Além disso, a mudança de hábitos nos consumidores, que agora buscam estilos de vida mais saudáveis, e regulamentos mais rígidos sobre o consumo de álcool no trânsito têm prejudicado ainda mais as vendas.

Embora cervejarias como a Oettinger tenham tomado medidas para enfrentar as dificuldades, como o fechamento de locais menos rentáveis, a pressão permanece alta.

Fonte: Fábrica de cerveja encerra atividades e surpreende "papudinhos"

terça-feira, 22 de julho de 2025

Krug Bier German Pils

 Vale a pena ver de novo: Com toque austríaco e prêmio do ‘Paladar’, German Pils da Krug conquista o público brasileiro

Eleita pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’ como a melhor pilsen do Brasil, cervejaria nascida em MG investe em sabores tradicionais da Áustria e Alemanha

Com a German Pils eleita pelo caderno Paladar, do jornal O Estado de S. Paulo, como a melhor pilsen do Brasil, a Krug Bier celebra o reconhecimento como mais do que um prêmio: é a confirmação de uma longa aposta no paladar seco e amargo característico das cervejas tradicionais da Alemanha e da Áustria. Trata-se de uma revolução no mundo das pilsens, com a inserção de um amargor equilibrado na alta drinkability do estilo.

“É um sinal de que esse tipo de cerveja que promovemos há tantos anos finalmente está sendo reconhecido aqui no Brasil”, afirmou o CEO e fundador da Krug Bier, Herwig Gangl. Além de ser reconhecida pelo Paladar, a bebida também foi vencedora em outras premiações, como a Brasil Beer Cup 2022, medalha de ouro na categoria Melhor Pilsen do Brasil; e o Concurso Mineiro de Cervejas, também com a medalha de ouro no estilo German-Style Pilsener.

“Quando começamos, em 1997, eu queria lançar essa cerveja, mas todos diziam que era loucura, porque era muito amarga e ninguém iria querer beber.” Na época, Herwig decidiu adaptar a receita, lançando uma versão mais suave, que fez sucesso em Minas Gerais. A German Pils que hoje recebe destaque — e também sua cerveja predileta — teve de esperar mais de duas décadas para conquistar seu espaço.

“Depois de 23 anos, com a mudança no paladar do brasileiro, impulsionada pelo movimento das cervejas artesanais e das cervejas mais amargas, finalmente lançamos a minha cerveja predileta, a German Pils.” A inspiração, segundo ele, vem de casa: “Meu pai foi o primeiro a lançar a German Pils na Áustria, em 1958, e ela rapidamente se tornou a principal cerveja da nossa cervejaria lá”.

Herwig destacou o caráter da conquista como um diferencial por se tratar de um teste às cegas, conduzido por um júri de especialistas renomados — incluindo sommeliers e mestres cervejeiros — e envolvendo grandes marcas. “Gostei muito desse prêmio porque ele não é um concurso comum. É uma avaliação a partir da compra das cervejas nas prateleiras, com julgamento baseado na forma como são vendidas de verdade.” Para ele, esse tipo de reconhecimento traz visibilidade autêntica à marca e fortalece a confiança do público. “Acho que é um reconhecimento genuíno”, completou.


Plano de expansão

Fundada em 1997, a Krug surgiu após uma reviravolta profissional de Herwig Gangl, que chegou a atuar no setor de granito em Minas Gerais antes de retornar ao mundo cervejeiro. “Em uma visita do meu pai ao Brasil, identificamos uma demanda por chope e, junto com os sócios Theo e Rodrigo, fundamos a Krug.”

A cervejaria começou com foco em bares, tendo criado o primeiro brewpub de Minas Gerais, mas logo migrou para a produção industrial. “Começamos no Belvedere, que na época era fora da cidade. Em 2005, mudamos a fábrica para o Jardim Canadá e, em 2009, saímos do ramo de bares para focar na produção.”

Atualmente, a Krug tem capacidade de produção de pouco mais de um milhão de litros por mês e presença consolidada em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Bahia. Apesar do alcance, Herwig reforça a essência local da marca.

Saiba mais em: Com toque austríaco e prêmio do ‘Paladar’, German Pils da Krug conquista o público brasileiro - Estadão

sábado, 19 de julho de 2025

Mercado de Bebidas 2025

O Futuro das Bebidas pós 2025, segundo os CEOs do Setor

por Alexander Puutio, da Forbes Agro

Crescimento, reposicionamento e disputas por espaço indicam uma reconfiguração profunda do mercado global

Você pode levar um homem até a água, mas não pode obrigá-lo a bebê-la, a menos que ela tenha a marca certa, os nutrientes ativos adequados, nootrópicos e, claro, que seja sem glúten, ao que tudo indica.

A indústria de bebidas passou por uma verdadeira revolução na última década, deixando de ser um espaço dominado por gigantes tradicionais como Coca-Cola e Pepsi para se tornar um setor onde novos entrantes estão redesenhando o que os consumidores esperam em termos de sabor e refrescância.

Antes, bastava adicionar essência industrial de cereja a uma bebida ou criar uma versão de pepino gelado para o público japonês para isso ser considerado inovação. Com o passar dos anos, no entanto, cada novo SKU parecia menos uma inovação transformadora de categoria e mais uma obrigação ou artifício de marketing para manter a atenção dos consumidores presa na única esteira disponível no mercado. Hoje, o cenário não poderia ser mais diferente.

Marcas como Liquid Death, Olipop e Poppi trouxeram cor às prateleiras e provaram que os consumidores estão dispostos a experimentar algo diferente das variações tradicionais do refrigerante, criando marcas bilionárias nesse processo. O resultado é um corredor de bebidas quase irreconhecível em comparação com uma década atrás.

Marcas consolidadas agora disputam espaço nas gôndolas com bebidas funcionais, alternativas ao álcool e formulações voltadas ao bem-estar — categorias que não existiam há poucos anos e outras para as quais sequer temos um nome atualmente.

Por que as bebidas não alcoólicas estão dominando as tendências de 2025

Durante anos, o segmento não alcoólico foi visto como secundário — quando não como um incômodo completo — para os bartenders ao redor do mundo.

 Se você não bebia álcool, suas opções no bar se limitavam a água, refrigerante ou algo ainda mais sem graça — uma versão inferior do “produto real”, aquele que tinha coragem de vir com um sinal de porcentagem no rótulo.

 Isso mudou. E mudou muito. Sejam cervejas artesanais sem álcool ou águas gaseificadas com lúpulo, a categoria não apenas chegou como também prospera de forma que muitos não teriam previsto há uma década — época em que ainda debatíamos se as cervejas light iriam ou não vingar.

Jordan Bass, CEO e cofundador da HOPWTR, acompanhou essa evolução de perto e teve papel ativo no crescimento da categoria até o patamar atual. Sua empresa vende água com gás infusionada com lúpulo que reproduz a refrescância da cerveja, mas sem o álcool. “80% dos consumidores querem funcionalidade em suas bebidas do dia a dia, e um número crescente quer o sabor sem se sentir pesado”, explica Bass.

Ele certamente não está errado sobre a direção do mercado. Segundo a Grand View Research, o setor deve crescer a uma taxa composta de 7,4% ao ano até 2030 — perto dos 9,3% projetados para as bebidas alcoólicas.

Tendências das gerações A e Z, como o movimento “sober curious” (curioso pela sobriedade), estão transformando o antigo “Janeiro seco” dos mais velhos em um estilo de vida — com alguns defendendo que estamos próximos de um ponto de virada que levará as bebidas alcoólicas ao mesmo destino do tabaco.

A visão de Bass pode ser influenciada por sua experiência direta, mas o fato de a empresa ter crescido com taxas de três dígitos nos últimos anos indica algo mais profundo. “Isso não é uma moda passageira. As pessoas querem variedade, e querem bebidas que façam algo por elas”, afirma Bass. A ascensão das bebidas não alcoólicas se deve a diversos fatores que ocorrem simultaneamente.

Embora os consumidores mais jovens estejam bebendo menos álcool, ainda valorizam as experiências sociais que as bebidas tradicionais proporcionam. O ritual de segurar um copo, os sabores complexos e a sensação de ocasião continuam essenciais — mesmo sem o álcool. A marca Liquid Death soube capitalizar isso com maestria em seu branding e posicionamento.

Ao mesmo tempo, tendências de bem-estar continuam impulsionando os consumidores em direção a produtos com benefícios funcionais, como adaptógenos, eletrólitos, botânicos e nootrópicos voltados à cognição, saúde intestinal e outros objetivos.

A demanda não é apenas por substitutos aos refrigerantes tradicionais, mas por algo completamente diferente — algo melhor. Os consumidores estão buscando bebidas que promovam foco, relaxamento e bem-estar geral, sem abrir mão do clima e da sofisticação típicos das bebidas alcoólicas.

 “Não estamos vendo as pessoas apenas trocarem cerveja ou coquetéis por alternativas genéricas”, diz Bass. “Elas estão buscando bebidas que se encaixem no seu estilo de vida — seja para relaxar depois de um longo dia, melhorar a hidratação ou oferecer energia sem o efeito rebote.”

Essa mudança criou uma nova categoria de bebidas não alcoólicas, que inclui desde águas gaseificadas com lúpulo até destilados artesanais sem álcool. Também estão surgindo lojas especializadas em bebidas não alcoólicas, como a Minus Moonshine no bairro de Williamsburg, em Nova York.

A força com que essas tendências se impuseram obrigou as marcas tradicionais de bebidas alcoólicas a reverem suas estratégias — muitas já lançam versões sem álcool de cervejas, vinhos e coquetéis para acompanhar as novas preferências. O desafio, nesse cenário, é se destacar em um mercado cada vez mais saturado para as marcas consolidadas e para as que estão começando agora.

“O mercado de bebidas é extremamente competitivo”, diz Bass. “Você não compra espaço na prateleira, você conquista. Todos os dias, é preciso provar que você merece estar ali”, destacando a importância de performance e posicionamento. Bass acredita que o segmento não alcoólico pode representar entre 10% e 20% do mercado total de cerveja num futuro próximo. Seja nos próximos cinco anos ou um pouco mais adiante, a tendência é clara: o movimento da moderação está longe de desacelerar. E com isso vem uma mudança fundamental na forma como as pessoas se relacionam com as bebidas.

O futuro do vinho: inovação, vendas diretas e novos desafios

O crescimento rápido das bebidas não alcoólicas não significa que as categorias tradicionais de álcool estejam desaparecendo. O vinho, em particular, continua sendo uma força cultural e econômica, mas enfrenta desafios específicos — que vão de tarifas à queda na demanda.

Especialistas estimam que o mercado de vinhos teve queda de até 5% em volume em 2024, após um recuo de 3% em 2023. Há expectativa de estabilização, mas a pressão para que o setor se adapte e inove nunca foi tão intensa.

Roger Nabedian, ex-vice-presidente executivo e gerente-geral da E&J Gallo Winery, dedicou décadas à inovação no setor. Atualmente no conselho da DRINKS — fornecedora de soluções de e-commerce para produtores e varejistas de bebidas alcoólicas —, ele vê a indústria evoluindo conforme os comportamentos do consumidor mudam.

“Muita gente diz que é disruptiva, mas poucos realmente são”, afirma Nabedian. Um dos fatores que mais estão transformando o setor vinícola é a distribuição. Modelos de venda direta ao consumidor (DTC) estão ganhando força, especialmente com a perda de relevância dos canais de varejo tradicionais.

O modelo de distribuição em três camadas nos EUA — separando produtores, distribuidores e varejistas — é tradicional, mas apresenta obstáculos, sobretudo para pequenas vinícolas que querem ampliar o alcance. As regulamentações estaduais impõem barreiras, tornando o processo caro e burocrático.

Mesmo que haja demanda, nem sempre é claro como fazer o produto chegar ao cliente. “Se você não tem uma estratégia omnichannel, vai ser atropelado por quem tem”, afirma Zac Brandenberg, CEO da DRINKS.

Inovações tecnológicas também estão modernizando a viticultura. O uso de inteligência artificial (IA), por exemplo, tem possibilitado técnicas de agricultura de precisão que aumentam a eficiência e a sustentabilidade. Tratores autônomos com IA mapeiam vinhedos, processam dados e ajudam na tomada de decisões — reduzindo o consumo de combustível e o impacto ambiental. A tecnologia também está mudando a forma como o vinho é comercializado.

Empresas como a DRINKS usam IA para otimizar o modelo DTC, conectando consumidores a rótulos compatíveis com seus perfis e garantindo conformidade com regulamentações estaduais.

“A IA está ajudando as vinícolas a se tornarem mais inteligentes na forma de se comunicar com seus clientes”, diz Nabedian. “Estamos vendo mais personalização, preços dinâmicos e soluções automatizadas de compliance que eliminam as incertezas de vender em múltiplos estados.” Outro desafio importante é conquistar os consumidores mais jovens, que são menos fiéis às marcas que as gerações anteriores. É aí que os dados fazem a diferença.

“Dados estão revolucionando como conectamos pessoas aos vinhos que vão gostar. Dados são o novo sommelier”, diz Brandenberg. “Se você não os usa para entender seu cliente — o que ele quer, como compra, quais faixas de preço prefere — já está atrasado.”

E há ainda pressões externas. Novas tarifas sobre vinhos europeus, implementadas durante o governo Trump, trouxeram incertezas para importadores. Além disso, a ascensão da cannabis e de medicamentos para perda de peso com GLP-1 estão alterando os hábitos de consumo, com parte do público reduzindo a ingestão de álcool. 

Apesar (ou por causa) desses desafios, a inovação no setor do vinho está viva. Mais vinícolas estão testando viticultura sustentável, blends com menor teor alcoólico e formatos alternativos de embalagem, buscando atrair o consumidor moderno. O setor não está desaparecendo, ele está evoluindo em tempo real.

A ascensão das bebidas funcionais e da busca por saúde em 2025

Se há uma tendência que marcou a indústria de bebidas na última década, foi a de consumidores preocupados com saúde exigindo produtos melhores, às vezes, totalmente diferentes. Isso é especialmente visível no mercado de nootrópicos e bebidas funcionais, onde empresas como a Brez estão liderando uma nova onda de bebidas que estimulam a cognição.

Aaron Nosbisch, CEO da BRĒZ, observou uma mudança significativa nas preferências dos consumidores em direção a alternativas alcoólicas mais saudáveis — que entregam efeitos reais sem as consequências negativas do álcool tradicional. Ele enfatiza que uma marca genuína precisa destacar os benefícios concretos para a vida do consumidor. No caso da BRĒZ, isso significa mostrar que é possível “sentir-se incrível hoje sem se sentir mal amanhã”.

Nosbisch também destaca a importância do posicionamento positivo da marca. Segundo ele, não basta ser “anti” alguma coisa — como apenas ser “sem álcool”. É preciso comunicar o que o produto oferece de valor, focando no que ele é, e não no que não é. E o que ele é, segundo Nosbisch, é simples: bebidas funcionais que ampliam experiências sociais sem os efeitos colaterais do álcool.

A acessibilidade também é um fator-chave nessa transformação. Antes restritas a lojas de produtos naturais, essas bebidas agora aparecem em supermercados e até postos de gasolina. Com a expansão da distribuição, a categoria está pronta para crescer ainda mais, oferecendo acesso fácil a essas inovações.

À medida que o setor avança, uma coisa fica clara: as alternativas alcoólicas “melhores para você” estão se tornando o novo padrão. Se 2025 vai ser definido por algo no mundo das bebidas, será pela escolha. A escolha do consumidor e as opções que estarão disponíveis para ele. As escolhas dos produtores em se adaptar a um mercado que não espera por ninguém — e só tem empatia por quem entende o que o consumidor quer.

O velho duopólio dos refrigerantes não está mais no comando. E todos os segmentos da indústria estão evoluindo a passos largos, do não alcoólico ao funcional, passando pelos tradicionais.

Saiba mais em: https://forbes.com.br/escolhas-do-editor/2025/07/o-futuro-das-bebidas-pos-2025-segundo-os-ceos-do-setor/ 

domingo, 13 de julho de 2025

Sociedade Anônima Brahma S.A.B.


 Nova Campanha de Marketing da Brahma, busca apoiar 14 clubes de futebol brasileiros

A Sociedade Anônima da Brahma (S.A.B.) é uma iniciativa ousada da cervejaria Brahma, em parceria com o aplicativo Zé Delivery, que visa criar uma conexão mais direta entre torcedores e seus craques e clubes. A campanha envolve 14 clubes de diferentes divisões do futebol brasileiro, incluindo Corinthians, Flamengo, Grêmio, Atlético-MG, Atlético-GO, Avaí, Ceará, Coritiba, Cruzeiro, Goiás, Ponte Preta, Remo, Santos e Vitória. Cada equipe publicou em suas redes sociais uma imagem de seu estádio com a frase “(nome do clube) agora é S.A.B.”, acompanhada da data e horário do anúncio oficial. Segundo as postagens oficiais, a promessa é de um projeto que vai “mudar o futebol brasileiro”.

 O envolvimento de Ronaldo Fenômeno, ídolo do futebol e figura influente, eleva ainda mais as expectativas. Em uma postagem nas redes sociais, Ronaldo se apresentou como presidente da S.A.B., destacando seu orgulho em liderar uma ação com potencial de causar um impacto significativo no esporte. A escolha de um nome como Ronaldo reforça a relevância do projeto, já que sua experiência como jogador e gestor no futebol agrega credibilidade à iniciativa.

Ronaldo | Assim como eu, a Brahma sempre teve muito orgulho e vontade de apoiar o futebol brasileiro. Hoje, apresentamos a S.A.B., a Sociedade... | Instagram

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