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sábado, 19 de julho de 2025

Mercado de Bebidas 2025

O Futuro das Bebidas pós 2025, segundo os CEOs do Setor

por Alexander Puutio, da Forbes Agro

Crescimento, reposicionamento e disputas por espaço indicam uma reconfiguração profunda do mercado global

Você pode levar um homem até a água, mas não pode obrigá-lo a bebê-la, a menos que ela tenha a marca certa, os nutrientes ativos adequados, nootrópicos e, claro, que seja sem glúten, ao que tudo indica.

A indústria de bebidas passou por uma verdadeira revolução na última década, deixando de ser um espaço dominado por gigantes tradicionais como Coca-Cola e Pepsi para se tornar um setor onde novos entrantes estão redesenhando o que os consumidores esperam em termos de sabor e refrescância.

Antes, bastava adicionar essência industrial de cereja a uma bebida ou criar uma versão de pepino gelado para o público japonês para isso ser considerado inovação. Com o passar dos anos, no entanto, cada novo SKU parecia menos uma inovação transformadora de categoria e mais uma obrigação ou artifício de marketing para manter a atenção dos consumidores presa na única esteira disponível no mercado. Hoje, o cenário não poderia ser mais diferente.

Marcas como Liquid Death, Olipop e Poppi trouxeram cor às prateleiras e provaram que os consumidores estão dispostos a experimentar algo diferente das variações tradicionais do refrigerante, criando marcas bilionárias nesse processo. O resultado é um corredor de bebidas quase irreconhecível em comparação com uma década atrás.

Marcas consolidadas agora disputam espaço nas gôndolas com bebidas funcionais, alternativas ao álcool e formulações voltadas ao bem-estar — categorias que não existiam há poucos anos e outras para as quais sequer temos um nome atualmente.

Por que as bebidas não alcoólicas estão dominando as tendências de 2025

Durante anos, o segmento não alcoólico foi visto como secundário — quando não como um incômodo completo — para os bartenders ao redor do mundo.

 Se você não bebia álcool, suas opções no bar se limitavam a água, refrigerante ou algo ainda mais sem graça — uma versão inferior do “produto real”, aquele que tinha coragem de vir com um sinal de porcentagem no rótulo.

 Isso mudou. E mudou muito. Sejam cervejas artesanais sem álcool ou águas gaseificadas com lúpulo, a categoria não apenas chegou como também prospera de forma que muitos não teriam previsto há uma década — época em que ainda debatíamos se as cervejas light iriam ou não vingar.

Jordan Bass, CEO e cofundador da HOPWTR, acompanhou essa evolução de perto e teve papel ativo no crescimento da categoria até o patamar atual. Sua empresa vende água com gás infusionada com lúpulo que reproduz a refrescância da cerveja, mas sem o álcool. “80% dos consumidores querem funcionalidade em suas bebidas do dia a dia, e um número crescente quer o sabor sem se sentir pesado”, explica Bass.

Ele certamente não está errado sobre a direção do mercado. Segundo a Grand View Research, o setor deve crescer a uma taxa composta de 7,4% ao ano até 2030 — perto dos 9,3% projetados para as bebidas alcoólicas.

Tendências das gerações A e Z, como o movimento “sober curious” (curioso pela sobriedade), estão transformando o antigo “Janeiro seco” dos mais velhos em um estilo de vida — com alguns defendendo que estamos próximos de um ponto de virada que levará as bebidas alcoólicas ao mesmo destino do tabaco.

A visão de Bass pode ser influenciada por sua experiência direta, mas o fato de a empresa ter crescido com taxas de três dígitos nos últimos anos indica algo mais profundo. “Isso não é uma moda passageira. As pessoas querem variedade, e querem bebidas que façam algo por elas”, afirma Bass. A ascensão das bebidas não alcoólicas se deve a diversos fatores que ocorrem simultaneamente.

Embora os consumidores mais jovens estejam bebendo menos álcool, ainda valorizam as experiências sociais que as bebidas tradicionais proporcionam. O ritual de segurar um copo, os sabores complexos e a sensação de ocasião continuam essenciais — mesmo sem o álcool. A marca Liquid Death soube capitalizar isso com maestria em seu branding e posicionamento.

Ao mesmo tempo, tendências de bem-estar continuam impulsionando os consumidores em direção a produtos com benefícios funcionais, como adaptógenos, eletrólitos, botânicos e nootrópicos voltados à cognição, saúde intestinal e outros objetivos.

A demanda não é apenas por substitutos aos refrigerantes tradicionais, mas por algo completamente diferente — algo melhor. Os consumidores estão buscando bebidas que promovam foco, relaxamento e bem-estar geral, sem abrir mão do clima e da sofisticação típicos das bebidas alcoólicas.

 “Não estamos vendo as pessoas apenas trocarem cerveja ou coquetéis por alternativas genéricas”, diz Bass. “Elas estão buscando bebidas que se encaixem no seu estilo de vida — seja para relaxar depois de um longo dia, melhorar a hidratação ou oferecer energia sem o efeito rebote.”

Essa mudança criou uma nova categoria de bebidas não alcoólicas, que inclui desde águas gaseificadas com lúpulo até destilados artesanais sem álcool. Também estão surgindo lojas especializadas em bebidas não alcoólicas, como a Minus Moonshine no bairro de Williamsburg, em Nova York.

A força com que essas tendências se impuseram obrigou as marcas tradicionais de bebidas alcoólicas a reverem suas estratégias — muitas já lançam versões sem álcool de cervejas, vinhos e coquetéis para acompanhar as novas preferências. O desafio, nesse cenário, é se destacar em um mercado cada vez mais saturado para as marcas consolidadas e para as que estão começando agora.

“O mercado de bebidas é extremamente competitivo”, diz Bass. “Você não compra espaço na prateleira, você conquista. Todos os dias, é preciso provar que você merece estar ali”, destacando a importância de performance e posicionamento. Bass acredita que o segmento não alcoólico pode representar entre 10% e 20% do mercado total de cerveja num futuro próximo. Seja nos próximos cinco anos ou um pouco mais adiante, a tendência é clara: o movimento da moderação está longe de desacelerar. E com isso vem uma mudança fundamental na forma como as pessoas se relacionam com as bebidas.

O futuro do vinho: inovação, vendas diretas e novos desafios

O crescimento rápido das bebidas não alcoólicas não significa que as categorias tradicionais de álcool estejam desaparecendo. O vinho, em particular, continua sendo uma força cultural e econômica, mas enfrenta desafios específicos — que vão de tarifas à queda na demanda.

Especialistas estimam que o mercado de vinhos teve queda de até 5% em volume em 2024, após um recuo de 3% em 2023. Há expectativa de estabilização, mas a pressão para que o setor se adapte e inove nunca foi tão intensa.

Roger Nabedian, ex-vice-presidente executivo e gerente-geral da E&J Gallo Winery, dedicou décadas à inovação no setor. Atualmente no conselho da DRINKS — fornecedora de soluções de e-commerce para produtores e varejistas de bebidas alcoólicas —, ele vê a indústria evoluindo conforme os comportamentos do consumidor mudam.

“Muita gente diz que é disruptiva, mas poucos realmente são”, afirma Nabedian. Um dos fatores que mais estão transformando o setor vinícola é a distribuição. Modelos de venda direta ao consumidor (DTC) estão ganhando força, especialmente com a perda de relevância dos canais de varejo tradicionais.

O modelo de distribuição em três camadas nos EUA — separando produtores, distribuidores e varejistas — é tradicional, mas apresenta obstáculos, sobretudo para pequenas vinícolas que querem ampliar o alcance. As regulamentações estaduais impõem barreiras, tornando o processo caro e burocrático.

Mesmo que haja demanda, nem sempre é claro como fazer o produto chegar ao cliente. “Se você não tem uma estratégia omnichannel, vai ser atropelado por quem tem”, afirma Zac Brandenberg, CEO da DRINKS.

Inovações tecnológicas também estão modernizando a viticultura. O uso de inteligência artificial (IA), por exemplo, tem possibilitado técnicas de agricultura de precisão que aumentam a eficiência e a sustentabilidade. Tratores autônomos com IA mapeiam vinhedos, processam dados e ajudam na tomada de decisões — reduzindo o consumo de combustível e o impacto ambiental. A tecnologia também está mudando a forma como o vinho é comercializado.

Empresas como a DRINKS usam IA para otimizar o modelo DTC, conectando consumidores a rótulos compatíveis com seus perfis e garantindo conformidade com regulamentações estaduais.

“A IA está ajudando as vinícolas a se tornarem mais inteligentes na forma de se comunicar com seus clientes”, diz Nabedian. “Estamos vendo mais personalização, preços dinâmicos e soluções automatizadas de compliance que eliminam as incertezas de vender em múltiplos estados.” Outro desafio importante é conquistar os consumidores mais jovens, que são menos fiéis às marcas que as gerações anteriores. É aí que os dados fazem a diferença.

“Dados estão revolucionando como conectamos pessoas aos vinhos que vão gostar. Dados são o novo sommelier”, diz Brandenberg. “Se você não os usa para entender seu cliente — o que ele quer, como compra, quais faixas de preço prefere — já está atrasado.”

E há ainda pressões externas. Novas tarifas sobre vinhos europeus, implementadas durante o governo Trump, trouxeram incertezas para importadores. Além disso, a ascensão da cannabis e de medicamentos para perda de peso com GLP-1 estão alterando os hábitos de consumo, com parte do público reduzindo a ingestão de álcool. 

Apesar (ou por causa) desses desafios, a inovação no setor do vinho está viva. Mais vinícolas estão testando viticultura sustentável, blends com menor teor alcoólico e formatos alternativos de embalagem, buscando atrair o consumidor moderno. O setor não está desaparecendo, ele está evoluindo em tempo real.

A ascensão das bebidas funcionais e da busca por saúde em 2025

Se há uma tendência que marcou a indústria de bebidas na última década, foi a de consumidores preocupados com saúde exigindo produtos melhores, às vezes, totalmente diferentes. Isso é especialmente visível no mercado de nootrópicos e bebidas funcionais, onde empresas como a Brez estão liderando uma nova onda de bebidas que estimulam a cognição.

Aaron Nosbisch, CEO da BRĒZ, observou uma mudança significativa nas preferências dos consumidores em direção a alternativas alcoólicas mais saudáveis — que entregam efeitos reais sem as consequências negativas do álcool tradicional. Ele enfatiza que uma marca genuína precisa destacar os benefícios concretos para a vida do consumidor. No caso da BRĒZ, isso significa mostrar que é possível “sentir-se incrível hoje sem se sentir mal amanhã”.

Nosbisch também destaca a importância do posicionamento positivo da marca. Segundo ele, não basta ser “anti” alguma coisa — como apenas ser “sem álcool”. É preciso comunicar o que o produto oferece de valor, focando no que ele é, e não no que não é. E o que ele é, segundo Nosbisch, é simples: bebidas funcionais que ampliam experiências sociais sem os efeitos colaterais do álcool.

A acessibilidade também é um fator-chave nessa transformação. Antes restritas a lojas de produtos naturais, essas bebidas agora aparecem em supermercados e até postos de gasolina. Com a expansão da distribuição, a categoria está pronta para crescer ainda mais, oferecendo acesso fácil a essas inovações.

À medida que o setor avança, uma coisa fica clara: as alternativas alcoólicas “melhores para você” estão se tornando o novo padrão. Se 2025 vai ser definido por algo no mundo das bebidas, será pela escolha. A escolha do consumidor e as opções que estarão disponíveis para ele. As escolhas dos produtores em se adaptar a um mercado que não espera por ninguém — e só tem empatia por quem entende o que o consumidor quer.

O velho duopólio dos refrigerantes não está mais no comando. E todos os segmentos da indústria estão evoluindo a passos largos, do não alcoólico ao funcional, passando pelos tradicionais.

Saiba mais em: https://forbes.com.br/escolhas-do-editor/2025/07/o-futuro-das-bebidas-pos-2025-segundo-os-ceos-do-setor/ 

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

PEPSI


Food deserves PEPSI


Que comercial incrível (e irritante ao mesmo tempo), com uma dose de humor negro instigante. Trata-se da nova propaganda da Pepsi frente a sua maior concorrente, a Coca-Cola. Os artistas (atores) trocam literalmente os copos dos clientes dentro de restaurantes, dizendo que o sabor é mais potente do que aquele que o consumidor está tomando. Um marketing no estilo americano de se ver.

Sem delongas, assista "Pespi undecorver Cups", em português "Copos Disfarçados de Pepsi".  




quarta-feira, 22 de maio de 2024

Bruno Mars Show 2024

 

Santander e Budweiser apresentam Bruno Mars com quatro shows no Brasil em entre outubro e novembro, passando por Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Brasília.

Alteração nas datas de Rio de Janeiro e Brasília, shows extras no Rio de Janeiro, São Paulo. Curitiba e Belo Horizonte adicionadas na Rota da Tour!

Para as novas datas do Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte, clientes Santander contarão com pré-venda exclusiva no dia 21 de maio. Para o público geral, as vendas começam no dia 22 de maio. Ingressos estarão disponíveis em www.ticketmaster.com.br

Ingressos adquiridos para os shows previamente anunciados do Rio de Janeiro e Brasília permanecem válidos. Aqueles que não conseguirem comparecer poderão optar pelo reembolso, seguindo as orientações da Ticketmaster Brasil.

Bruno Mars, a inesgotável máquina global de hits, anuncia mudanças e novas datas no cronograma de sua turnê no Brasil, neste outono, elevando seu número total de shows no país para 14. A cidade do Rio de Janeiro terá o show do dia 04/10 alterado para o dia 19, além da adição de duas novas datas, 16 e 20 de outubro, todas no Estádio Nilton Santos. Em Brasília, as duas datas anunciadas, 17 e 18/10, serão alteradas para os dias 26 e 27 de outubro, respectivamente, na Arena BRB Mané Garrincha. Já em São Paulo, devido ao enorme sucesso, dois shows extras foram adicionados à sequência dos já esgotados 4 shows na cidade, acontecendo nos dias 12 e 13/10, também no MorumBIS. Por último, Curitiba e Belo Horizonte são as mais novas cidades a entrarem na rota dos shows no país, com duas apresentações na capital paranaense nos dias 31/10 e 01/11 no Estádio Major Couto Pereira e no dia 05 de novembro em Belo Horizonte, no Estádio Mineirão.

As novas datas no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte contarão com pré-venda exclusiva para Clientes Santander no dia 21 de maio (terça-feira) nos horários abaixo:
- São Paulo: a partir das 9h online (www.ticketmaster.com.br) e 11h na bilheteria oficial;
- Rio de Janeiro: a partir das 11h online (www.ticketmaster.com.br) e das 13h na bilheteria oficial;
- Curitiba e Belo Horizonte: a partir das 13h online (www.ticketmaster.com.br) e das 13h nas bilheterias oficiais.

Em todas as cidades, a venda geral será no dia 22 de maio (quarta-feira), nos mesmos horários e canais da pré-venda. Os ingressos estarão disponíveis online (www.ticketmaster.com.br) e nas bilheterias oficiais (sem taxa de serviço). Clientes Santander poderão parcelar em até 5x sem juros e de 6 a 10x com juros nas compras online, enquanto os demais poderão parcelar em até 3x sem juros, e de 4 a 8x com juros. Já nas compras presenciais (bilheteria), clientes Santander poderão parcelar em até 5x sem juros, enquanto os demais poderão parcelar em até 3x sem juros. A turnê no Brasil é apresentada pelo Santander Brasil e Budweiser; tem Coca-Cola e Shell como patrocinadoras oficiais e apoio do Esfera. A realização é da Live Nation Brasil. O show de Brasília conta ainda com Metrópoles como media partner. 

 Santander e Cultura

O Santander Brasil acredita, investe e promove o acesso às mais distintas manifestações culturais e a democratização da cultura para a sociedade. Em 2023, o Banco entrou oficialmente no universo da música, patrocinando grandes shows internacionais como o de Alanis Morissette, o primeiro realizado neste território.

Além de patrocinar e promover parcerias com instituições e iniciativas culturais, como Museu do Amanhã (RJ), Festival de Música em Trancoso (BA) e a restauração do Mural Batalha dos Guararapes (PE) e do Museu do Ipiranga (SP), o Santander mantém seus próprios empreendimentos, como os Faróis Santander Porto Alegre e São Paulo, além do Teatro Santander e 033 Rooftop, na capital paulista.

Sobre Budweiser

A Budweiser tem uma longa história com música e sempre esteve presente no cenário musical global, apoiando grandes festivais, bandas e artistas. Com o posicionamento de ser a marca que conecta ídolos e fãs ao redor do mundo, ser a cerveja oficial da turnê de Bruno Mars se alinha ao objetivo da Bud de aproximar grandes artistas internacionais dos fãs brasileiros.

 Saiba mais em: https://www.ticketmaster.com.br/event/brunomars

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

A Magia das Marcas

Comercial de Natal da Coca-Cola 2023
Qualquer um pode ser Papai Noel


O que a Disney e a Coca-Cola tem em comum? A magia de encantar clientes e parceiros com o seu propósito, o que envolve conceito, planejamento, processo e execução como fatores de excelência. Afinal de contas, por que gostamos tanto de uma água doce, escura com bolinhas e de um rato falante?

Nesse Natal de 2023, a Coca foi craque em desenvolver sua campanha voltada mais a colaboração, gentileza e cooperação. Nesse sentido, levando em consideração de que todos nós somos filhos de Deus, qualquer um pode exercer o Papai Noel que está dentro de você, em inglês "Anyone can be Santa". Veja que na metade do vídeo Papais Noel se transformam em pessoas comuns, um toque para que essa atitude se mantenha viva.

A campanha de, aproximadamente, 2 minutos é interpretada pela cantora e compositora inglesa Celeste. Ela começou a sua carreira em 2014, fornecendo vocais para produtores de música eletrônica, como Avicci, Tieks e Real Lies.

Aproveite o vídeo e se inspire. O mundo precisa de mais Papais Noel ("The World Need More Santas") 

Bom Natal!

quarta-feira, 15 de março de 2023

Coca-Cola no mercado de Cervejas

Coca-Cola Andina vai investir em fábrica de cerveja, dando escala à Therezópolis

por: Brasil Journal  

 

A Coca-Cola Andina – uma das maiores engarrafadoras da Coca do Brasil – vai investir numa nova fábrica de cervejas e aumentar em 15x a capacidade produtiva da Therezópolis, a cervejaria que ela comprou junto com a Coca-Cola Femsa no final de 2021, pessoas a par do assunto disseram ao Brazil Journal. 

O investimento é mais um passo da Coca-Cola em direção ao mercado de cerveja, e sugere que outras engarrafadoras do Sistema Coca-Cola também podem ser autorizadas a investir em capacidade etílica – o que até recentemente era um tabu em Atlanta. A primeira fase da nova fábrica, que vai demandar um Capex de R$ 450 milhões, deve ficar pronta no final de 2024 e terá capacidade produtiva de 750 mil hectolitros por ano, segundo essas fontes. A partir de 2027, a Andina planeja expandir esse parque fabril para 1,2 milhão de hectolitros/ano, e, a partir de 2030, para 2 milhões de hectolitros/ano.

Para efeito de comparação, a Heineken produz 50-60 milhões de hectolitros por ano no Brasil, enquanto a Ambev produz mais de 100 milhões. Além de produzir a marca Therezópolis, a nova fábrica também vai atender parceiros estratégicos da Andina no setor de cervejas, disseram as fontes. Hoje, por exemplo, a engarrafadora faz a distribuição da Estrella Galícia no Brasil. A Andina está no processo de avaliar questões logísticas e fiscais para decidir onde a fábrica será instalada. As opções na mesa são os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais – locais onde a companhia já tem grande presença.  O investimento da Andina na Therezópolis deve ter repercussões no mercado cervejeiro brasileiro, que há décadas não ganha um competidor de peso e que é amplamente dominado pela Ambev e a Heineken – e, em menor medida, pela Petrópolis, que vem sofrendo nos últimos anos. A ideia da Andina não é bater de frente com as marcas mainstream do mercado. O foco é posicionar a Therezópolis como uma marca premium e super premium, competindo com rótulos como a Stella Artois e a própria Heineken.  “Eles não querem ter uma escala gigantesca no segmento mainstream, mas ser relevantes nesse nicho premium,” disse uma fonte. “Enfrentar a Ambev e a Heineken nas marcas principais é muito complicado, tanto que o grupo Petrópolis está pagando o preço por isso.”

O segmento premium/super premium também é um dos que mais cresce no mercado de cerveja – o que estimulou a decisão de investimento, segundo as fontes. Esse segmento – que engloba os produtos com pelo menos 120% de prêmio sobre o preço do segmento mainstream – já responde por 21% do mercado brasileiro de cerveja, segundo a Nielsen. O investimento da Andina e da Femsa na Therezópolis foi em grande medida uma resposta ao encerramento do contrato de distribuição que a Heineken tinha com o Sistema Coca-Cola desde os anos 80.  Depois de comprar a Brasil Kirin – herdando sua capacidade de distribuição – a Heineken decidiu encerrar antecipadamente o contrato para as marcas Heineken e Amstel. O acordo foi mantido para as marcas a Kaiser, Bavária, Eisenbahn, Sol e Tiger, que tinham uma representatividade pequena do volume total.  O movimento, naturalmente, gerou um buraco no faturamento das duas engarrafadoras, que decidiram suprir a lacuna com uma marca própria de cerveja. 

Com o investimento na nova fábrica, a meta da Andina é conseguir recompor integralmente a receita perdida na Heineken.  A compra da Therezópolis marcou a primeira vez que a Coca-Cola autorizou uma de suas engarrafadoras a comprar uma marca de cerveja, sinalizando uma mudança de estratégia da gigante de Atlanta.

 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Dono de Cervejaria: Bora Bill!

 


Como ser dono de cervejaria: pergunte ao Bill, afinal agora ele se tornou dono de uma: a Heineken.

por Henrique Oliveira

Bill Gates entrou na cervejaria. Ao invés de tomar uma cerveja, ele decidiu ser sócio. O investimento foi da ordem de US$ 902 milhões na Heineken Holding, proprietária das cervejarias Heineken. O valor representa 3,76% do capital acionário. Parte da aquisição também foi aportado pela Fundação Bill & Melinda Gates.

Não é a primeira vez que Bil Gates passou a ser “dono bar”. Em 2007, o bilionário da tecnologia havia adquirido uma parte na FEMSA, a Fomento Mexicano, aportando um valor na ordem de US$392 milhões, segundo menção da SEC. A FEMSA é uma das maiores empresas do segmento de bebidas na América Latina, engarrafando principalmente produtos Coca-Cola. A Heineken por outro lado, comprou em meiados de fevereiro de 2023, 1 bilhão de Euros em ações da FEMSA, numa mudança de estratégia daquele Grupo Mexicano que decidiu focar em operações de revenda, engarrafamento de refrescos Coca e em plataforma digital. (Tratou-se de um casamento antigo que se acaba, pois a exemplo no Brasil, a Coca foi a distribuidora oficial da Heineken no país e, ao adquirir a Brasil Kirin, (leia-se ex-Schincariol), a Heineken decidiu distribuir seu próprio portfólio de produtos por meio da rede logística deixada pela família Schin.)

Grifos meus: entendo que a Heineken vem trabalhando ao longo dos anos uma inserção de mercado forte sobretudo na América do Sul com a sua garrafa verde. Com a missão “Produzida Globalmente, Amada Localmente", a cerveja impacta o consumidor com suas ações e apresentações. A marca está associada a personagens ícone do cinema, como o Agente 007 e a eventos de grande porte sejam eles de terceiros e até de própria autoria. Há ainda execução de patrocínios relevantes: a empresa é patrocinadora oficial das competições UEFA, incluindo a UEFA Champions League pelo 16° ano consecutivo. Na Fórmula 1, o bicampeão Max Verstappen assinou contrato para ser o embaixador da cervejaria. Em termos de Organização, mais precisamente em ESG, a empresa vem apostando em energia verde em suas fábricas e em outras ações, que ficaram conhecidas por "EverGreen Strategy". Nessa esteira, em termos sociais, a empresa zela sua imagem ao promover campanhas de marketing “se beber não dirija” e com a inserção massiva e em escala global de seu segundo produto do portfólio: a Heineken 0.0%, ou a verdinha sem álcool. Há ainda ações vinculadas a diversidade e inclusão.

Apesar do conflito Ucrânia e Rússia e outros riscos que podem impactar do negócio, seria, para nós, jovens mortais, uma oportunidade em investir na Heineken? Como executivo de Governança, Riscos e Compliance eu não posso opinar. Mas, penso que, se dependendo de Bill Gates, talvez uma Heineken gelada no atual momento caia bem.

Principais highlights do Relato Integrado da Heineken 2022:

Perguntas e respostas com Dolf van den Brink, presidente do conselho executivo e CEO, sobre sua estratégia EverGreen.

·         Revisão detalhada de negócios de 2022, destaques de suas marcas e inovações, tendências de consumo e demonstrações financeiras.

·         Insights sobre suas prioridades estratégicas EverGreen para moldar o futuro da cerveja e além; financiar o crescimento, alimentar o lucro; elevar o nível de sustentabilidade e responsabilidade; tornar-se o cervejeiro mais bem relacionado; desbloquear todo o potencial de seu povo.

·         Uma atualização detalhada e conquistas em Brew a Better World 2030.

·         Redução de 18% das emissões absolutas de carbono no escopo 1 e 2 desde 2018, no caminho da HEINEKEN para se tornar líquida zero até 2030 e em toda a sua cadeia de valor até 2040;

·         26 de seus 31 locais em áreas com estresse hídrico já iniciaram projetos de balanceamento de água, e 29% desses locais estão totalmente balanceados;

·         A HEINEKEN aumentou a percentagem de mulheres em cargos de gestão de topo para 27%, com o objetivo de aumentar para pelo menos 30% até 2025 e 40% até 2030;

·         100% das empresas operacionais foram avaliadas em pagamento igual para trabalho igual e 100% têm ações em vigor para fechar quaisquer lacunas até 2023;

·         Para garantir que todos os seus funcionários em todo o mundo recebam pelo menos um salário justo[1] até 2023, a HEINEKEN avaliou 100% das empresas operacionais até agora, das quais 99,96% estão em conformidade;

·         A Heineken® 0.0 já está disponível em cerca de 110 mercados e a empresa está a meio caminho de garantir uma opção zero álcool para pelo menos duas marcas estratégicas na maioria de suas empresas operacionais, para que haja sempre uma escolha;

·         1,2 bilhão de consumidores alcançados com as campanhas de consumo responsável da Heineken®, investindo mais de 10% de seus gastos com mídia, tornando a moderação bacana;

·         A HEINEKEN continuou a elevar o padrão em sua governança e relatórios transparentes, incluindo as Métricas de Capitalismo das Partes Interessadas do WEF e TCFD.

         Referências e saiba mais:

https://www.heinekenenergiaverde.com.br/

https://www.theheinekencompany.com/investors/results-reports-webcasts-and-presentations

https://www.theheinekencompany.com/newsroom/heineken-nv-publishes-combined-financial-and-sustainability-annual-report-2022/

 https://www.theheinekencompany.com/newsroom/heineken-nv-purchases-1-billion-in-shares-from-femsa/

https://www.theheinekencompany.com/newsroom/heineken-press-release-in-response-to-femsa-strategic-review/

https://www.reuters.com/article/us-mexico-femsa-gates-idUSN2021965120071221 

Foto: Montagem do autor. A foto original é com produto Coca.

#borabill #Heineken #pelosatelite #avecesarco #djjonesco

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Movimento no Mercado de Bebidas

 Coca-Cola FEMSA e Andina compra a Cervejaria Therezópolis




Coca-Cola FEMSA e a Andina, ambas engarrafadoras da Coca-Cola, anunciam a compra da marca brasileira de cervejas Therezópolis. O comunicado para o mercado afirma que: "este acordo faz parte das suas estratégias de longo prazo para complementar o portfólio de cervejas no Brasil. A transação está sujeita às condições habituais de aprovações e deverá ser concluída durante o terceiro trimestre de 2021".

A novidade acontece após a The Coca-Cola Company, Sistema Coca-Cola Brasil e Grupo Heineken  anunciarem, em fevereiro, o redesenho da parceria de distribuição no Brasil. Na mudança prevista para este semestre, a Heineken e Amstel ficam com distribuição própria, enquanto o Sistema Coca-Cola oferece Kaiser, Bavaria e Sol, além de Eisenbahn e outras marcas internacionais.

Deste modo, a compra da Therezópolis deve suprir uma lacuna para os amantes de cerveja premium artesanal. Segundo informações de mercado, por este motivo, as engarrafadoras devem manter a fórmula e os processos de fabricação.

Fonte e mais informações em: https://exame.com/negocios/cerveja-therezopolis-e-comprada-por-coca-cola-femsa-e-a-andina/

domingo, 31 de maio de 2020

Reciclagem de Garrafas Bio degradáveis

চিত্র
O que a Carlsberg, Coca-Cola e Danone tem em comum? Reciclagem de garrafas.
da Edição de Pensar Contemporêneo
Você já foi a um evento público e viu as latas de lixo cheias de garrafas de plástico e sentiu um pouco de ansiedade por saber que uma grande quantidade delas acabaria em aterros sanitários?
Agora, as principais empresas de alimentos e bebidas estão apoiando uma nova startup de “plásticos vegetais” que pode significar o fim desse problema de uma vez por todas.
O Guardian recentemente elogiou uma inovação da Holanda como possivelmente marcando “o fim do plástico”. E a startup bioquímica Avantium resistiu bem à desaceleração do COVID-19, em parte porque o potencial de seu plástico baseado em plantas para resolver a poluição dos oceanos e dos aterros é tão promissor.
A empresa holandesa está em parceria com o ‘maior peixe’ no mar das empresas de engarrafamento – Coca-Cola. A empresa de alimentos Danone, que vende 24,6 bilhões em produtos alimentícios todos os anos (como Dannon nos EUA) também participou. Os dois gigantes investiram na construção de uma fábrica de bioplásticos líder mundial na Holanda.
A Carlsberg, multinacional de 173 anos, já apoiou o design de garrafas feitas a partir de açúcar de plantas da Avantium.
Os testes mostraram que o design do Avantium é durável o suficiente para conter bebidas carbonatadas. Quando colocados em um compostor, eles biodegradam ao longo de um ano e mais de três quando deixados no ambiente natural.
“Este plástico tem credenciais de sustentabilidade muito atraentes porque ele não usa combustíveis fósseis, e pode ser reciclado, mas também degradar na natureza”, Tom Van Aken diz ao The Guardian . Van Aken é o CEO da Avantium e planeja anunciar parcerias adicionais em apoio ao seu projeto.
A bio-refinaria decomporá os resíduos de milho, trigo e beterraba e criará 5.000 toneladas de plástico vegetal no primeiro ano.
Os produtos embalados nos plásticos da Avantium podem estar nas prateleiras em 2023, com grandes expectativas de aumento da demanda do mercado logo após.
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