quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Indústria Cervejeira



Microcervejarias já movimentam R$ 2 bi por ano

A cifra pode parecer baixa em comparação com os mais de R$ 30 bilhões movimentados anualmente pelas grandes cervejarias, mas o setor microcervejeiro no Brasil, que já conta com cerca de 180 empresas, comemora principalmente o ritmo de expansão.

Enquanto o segmento das cervejas populares, dominado por marcas como Brahma, Skol e Schin, aumenta a 7% ao ano, as microcervejarias crescem o dobro. Há quatro anos representavam pouco mais de 3% do faturamento. Hoje, já são 5%.

Cilene Saorin, do Cobracem (Associação Brasileira dos Profissionais em Cerveja e Malte), diz que as cervejas servem como um termômetro da economia, e o setor foi muito beneficiado com o aumento do poder aquisitivo e amadurecimento do mercado para as cervejas gourmet.

Para continuar crescendo, o objetivo das microcervejarias, em geral de origem familiar e com faturamento médio de até R$ 10 milhões, não é competir diretamente com as gigantes do setor, mas oferecer sabores artesanais com elementos impensáveis para a produção de massa.

Instalada em Belo Horizonte, a Falke Bier investe em sabores diferenciados como a cerveja com mistura de três grãos (cevada, trigo e aveia) que passa um mês amadurecendo em caves subterrâneas. A empresa lançou um rótulo à base de jabuticaba com produção limitada a 1.200 garrafas por ano.

Com tantos diferenciais, os produtos das microcervejarias podem facilmente ultrapassar R$ 100. As diferenças também podem aparecer no teor alcoólico: 4% nas cervejas populares ante até 11% nas bebidas especiais.

A maior parte das microcervejarias está no Sul e Sudeste, e o segmento começa a seguir numa rota de popularização semelhante à percorrida pelos produtores de vinhos com serviços que incluem até passeios turísticos para degustação, segundo Alexsandra Machado, da Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas).

A batalha pela sobrevivência não é fácil. "Levamos um ano para conseguir o registro do Ministério da Agricultura, necessário para a venda do produto", afirma Bia Amorim, da Colorado, de Ribeirão Preto, que produz 80 mil litros por mês.

Chegar ao varejo também é desafio. Nos últimos dois anos, a executiva fez palestras em diversos estados do país sobre as peculiaridades das cervejas da marca. "O mercado está amadurecendo", resume. Neste ano, a companhia pretende elevar a produção em 25%.

Fonte: Supermercado Moderno e http://www.mackcolor.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1674%3Amicrocervejarias-ja-movimentam-r-2-bi-por-ano&catid=19%3Anoticias&Itemid=47

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