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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Toca do Urso: Hibernação Temporária

 


Ambev fecha bar Toca do Urso da Cervejaria Colorado para ‘renovação’ 

ampliando número de mudanças recentes em bares de suas cervejarias artesanais

A Ambev anunciou no fim de 2024 que está fechando o bar Toca do Urso da Cervejaria Colorado, localizado em Ribeirão Preto, cidade de origem da marca, para uma renovação sem mais detalhes divulgados. (Na mesma forma, o bar da Goose Island, em São Paulo, foi fechado em 2024.)

O bar funciona junto a fábrica da Cervejaria Colorado e foi um investimento realizado pela Ambev para comunicar o universo da marca em um espaço de consumo através de uma experiência cervejeira. O anúncio se soma a outros movimentos que sugerem que a Ambev está deixando o segmento de hospitalidade ligado a cerveja artesanal.

Com um comunicado nas redes socias do estabelecimento foi anunciado que a Toca do Urso, localizado em frente a fábrica da Cervejaria Colorado, foi fechada para uma renovação sem data definida de reabertura.

Fundado em 2018, o bar Toca do Urso é um espaço amplo e moderno, que simula uma caverna com pontos de iluminação natural e possui capacidade para 800 pessoas e conta com 14 torneiras de cerveja numa área de 2.000 m², o que o torna um dos maiores bares de chope do Brasil.

Fonte: https://catalisi.com.br/ambev-fecha-bar-toca-do-urso-para-renovacao-abrindo-especulacoes-sobre-o-futuro-da-casa/

terça-feira, 10 de março de 2020

Festival Brasileiro de Cervejas 2020


Cathedral leva a melhor, no Festival Brasileiro de Cervejas. A mineiríssima Verace subiu ao pódio em segundo lugar.

O consagrado Festival Brasileiro de Cervejas, em Blumenau concluiu as suas atividades de avaliação de cervejas, neste dia 10.03.20

Duas categorias foram contempladas para o maior prêmio de reconhecimento: Melhor Cervejaria e  Melhor Brewpub.

Assim ficou o resultado:

Melhor Cervejaria
1º lugar – Cervejaria Cathedral
2º lugar – Cervejaria Verace
3º lugar – Cervejaria Colorado

Melhor Brewpub
1º lugar – Salvador Brewpub Co.
2º lugar – Balbúrdia Cervejaria
3º lugar – Irmandade Cervejaria Artesanal

Best of Show
Ganabara – Cervejaria Colorado (Wood and Barrel Aged Beer)
Musicat Brett Saison – Cervejaria Alem Bier (Specialty Saison)
Bamberg Habanerd Rauchbier – Cervejaria Bamberg (Chilli Pepper Beer)

Parabéns a todos. Saiba mais informações no site do Festival.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Cervejaria Pratinha e ZX Ventures

Cervejaria Pratinha agora é da ZX Ventures da Ambev



por Roberto Fonseca. 

A cervejaria Pratinha, de Ribeirão Preto, fechou um acordo com a empresa ZX Ventures, parte do grupo da multinacional cervejeira Ambev. O formato dessa relação (se compra total, parcial, criação de nova empresa ou outro modelo) não foi revelado por acordo de sigilo entre as partes.

Segundo José Virgílio Braghetto Neto, criador da Pratinha, "a cervejaria funcionará como hub de inovações". "Eu estarei capitaneando o processo. Isso se aplica a cervejas, outras bebidas e inovações de maneira geral, desde apps, AR, VR, data e outras tecnologias". A Pratinha, segundo ele afirmou, continuará normalmente com sua produção, e deve ainda abrir suas panelas para cervejeiros ciganos.

Este ano, a marca de Ribeirão lançou a Magic Booze, uma versão concentrada da PratIPA que deve ser misturada a água com gás. A Ambev adquiriu, em 2015, outra cervejaria de Ribeirão Preto,a Colorado. O ex-proprietário da marca, Marcelo Carneiro da Rocha, e Braghetto Neto são amigos de longa data.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Aconteceu: Cervejaria Colorado BH

Cervejaria Colorado na Grande BH fica 
fora de negócio da Ambev

por Thais Pimentel do G1

Cervejaria Colorado, em Nova Lima, produz chope artesanal (Foto: Cervejaria Colorado - Licenciada MG/Divulgação)Cervejaria Colorado em Nova Lima produz chope artesanal (Foto: Cervejaria Colorado - Licenciada MG/Divulgação)
O consumidor que pedir um chope da cervejaria Colorado poderá ter na mesa um produto da Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) ou um fabricado por uma unidade localizada emNova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que conta com apenas oito funcionários.
A diferença é que o chope feito pela microcervejaria só é vendido em Minas Gerais. A empresa tem, desde 2013, licença para produzir bebidas criadas pela cervejaria Colorado, originária de Ribeirão Preto e recém-comprada pela Ambev. Ao contrário da parceira paulista, a mineira ficou fora do negócio.
“Nós ficamos sabendo da compra da Ambev pelo G1”, disse um dos três sócios da Colorado em Nova Lima, Eduardo Nunes. Segundo ele, tinham rumores de uma aproximação com Ribeirão Preto, mas por causa do acordo de confidencialidade firmada com a gigante cervejeira, os detalhes não chegaram aos mineiros.

“Estamos conversando com o pessoal de Ribeirão Preto, mas ainda não há nenhuma decisão firmada. Nós temos a licença para produzir o chope da Colorado. Temos que seguir as mesmas técnicas de fabricação e receita que a cervejaria de lá. É uma situação inusitada. Curiosa mesmo”, contou Eduardo.
De acordo com ele, não houve qualquer aproximação da Ambev até o momento. Já a empresa preferiu não se manifestar sobre o assunto. A cervejaria Colorado foi procurada pelo G1, mas ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Cervejaria Colorado foi criada em 1996 em Ribeirão Preto, SP (Foto: Taiga Cazarine/G1)Cervejaria Colorado foi criada em 1996 em Ribeirão Preto, SP (Foto: Taiga Cazarine/G1)
A compra da Colorado paulista foi confirmada no dia 7 de julho pela própria Ambev, mas o valor do negócio não foi divulgado. O faturamento anual da cervejaria artesanal é de R$ 18 milhões e a produção atual da empresa é de 120 mil litros.
Na época da negociação, A Ambev garantiu que a produção continuaria sendo feita de forma artesanal. Mesmo assim, muitos apreciadores ficaram receosos quanto uma possível perda da identidade da marca fundada há 20 anos.
“Tem muita gente dizendo que agora vai vir aqui pra comprar a Colorado, que ‘ainda há esperança’”, brincou Eduardo Nunes.
Sabores brasileiros
Desde a fundação, em 1996, a Cervejaria Colorado mistura o malte e o lúpulo, tradicionais na produção cervejeira, com ingredientes especiais, como café, rapadura, mandioca, mel e castanha do Pará, formando sabores inusitados e legitimamente brasileiros.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Cervejaria Colorado

Colorado agora faz parte do portfólio da Ambev

Retransmito palavras as de meu amigo de Felipe Pedras:

"Grande dia para o Brasil Cervejeiro! Marcelo Carneiro é parte da família , a @cervejacolorado se junta ao nosso vasto portfólio, servindo as melhores cervejas do planeta ! Estamos aqui no @aconchegosp com @edupassarelli e toda turma da @gooseislandbeer degustando as mais novas crias da linha Barrel Aged (Petroleum e Quadruppel).

Teremos estas novidades somente no www.emporiodacerveja.com.br e no Tasting Room da Wäls !!! Também teremos neste sábado quantidade limitada do nosso lindo Growler!!! @walscervejas Cerveja Arte!!!!"

Trata-se de um novo M&A (Merger and Aquisition) no mercado nacional de cervejas.

Meus grifos: Entendo que para a próxima década será uma tendência, sobretudo para se manter no mercado de forma sustentável e avançar produtos de marca regional em outros estados, transferindo receitas cervejeiras e evitando o pagamento de tributos entre estados. (A guerra do ICMS não é fácil quando não se tem um regime especial, o que torna a remessa de uma cerveja para outro estado quase que inviável.) 

Outra saída, não societária, é executar cervejas colaborativas, entre duas ou mais cervejarias distintas, de forma a permitir que essas possam replicar a colab em suas unidades.

Que a fonte nunca seque.

#pelosatelite #avecesarco #cervejacolorado #ambev #colorado #cervejariacolorado #marcelocarneiro






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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Mercado de Cervejas


Com o copo cheio

Carla Aranha, da  Fotos: Daniela Toviansky / EXAME PME

O consumo de cervejas especiais cresceu 36% nos últimos três anos no Brasil. Conheça quatro empresas emergentes que estão ganhando espaço nesse mercado


São Paulo - O Brasil é o terceiro maior mercado de cervejas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. No ano passado, 13 bilhões de litros da bebida foram consumidos por aqui — e o setor movimentou cerca de 55 bilhões de reais, quase 60% mais do que em 2009.
Que o brasileiro gosta de uma cervejinha não é nenhuma novidade. O que tem ganhado força nos últimos anos é a presença de cervejas especiais nas prateleiras. Cerveja especial — também conhecida como artesanal ou premium — é a que leva 100% de malte em sua composição. O que a difere da cerveja comum é que não há milho em sua fórmula.
consumo de cervejas especiais aumentou 36% nos últimos três anos no país, segundo a consultoria britânica Mintel, que faz pesquisas sobre o mercado de bebidas. “Esse é um nicho especialmente atraente para empreendedores da cadeia cervejeira”, afirma Jonny Forsyth, analista global de bebidas da Mintel.
A seguir, conheça a história de quatro empresas emergentes que já estão aproveitando o aumento do interesse dos brasileiros por cervejas especiais.
Cervejas para todos os gostos
A cidade de Rehoboth Beach, no estado americano de Delaware, tem menos de 2.000 habitantes e seu principal ponto turístico é uma praia de areia batida e escura. Em boa parte do ano o clima é frio — e nada de muito emocionante acontece por lá.
Mesmo assim, o empreendedor paulista Humberto Ribeiro, de 31 anos, adora visitar o lugar. Rehoboth Beach é o berço da cervejaria Dogfish Head, um dos xodós dos apreciadores de cervejas especiais.
“A empresa foi fundada há quase 20 anos e, embora tenha crescido bastante, ainda mantém a tradição das bebidas artesanais”, diz Ribeiro. Além da Dogfish Head, Ribeiro gosta de visitar a cervejaria Stone, que fica em Escondido, na Califórnia, quase na divisa com o México.
“Costumo passar horas nos pubs que essas empresas mantêm junto às suas fábricas”, diz ele. “Gosto de apreciar uma boa cerveja enquanto leio sobre a história das marcas.”
Nessas andanças, Ribeiro conheceu boa parte dos fornecedores da Mr. Beer, rede de lojas de cervejas especiais fundada por ele em 2009. Desde o início, a Mr. Beer expande pelo sistema de franquias. Atualmente há 80 unidades, contando as lojas de rua e os quiosques em shopping centers, espalhadas por todas as regiões do país.

Quem entra numa Mr. Beer encontra 400 marcas diferentes de cerveja. Cem delas não são vendidas em nenhuma outra loja brasileira. É que dois anos atrás, Ribeiro se tornou sócio da importadora Casa da Cerveja, o que garantiu alguns contratos de exclusividade com marcas estrangeiras. Há também uma linha de acessórios para presente, como abridores, copos especiais para cerveja e baldinhos para manter a bebida gelada.
Em 2013, a Mr. Beer alcançou receitas de 36 milhões de reais, mais do que o dobro de 2012. Em média, as lojas que já existiam em 2012 faturaram 20% mais em 2013. “Estamos crescendo em número de lojas e em faturamento por unidade”, afirma Ribeiro.
Uma pesquisa da consultoria britânica Mintel, realizada em abril deste ano, confirma o interesse por cervejas como as que são vendidas na Mr. Beer. Um quarto dos brasileiros que compram cerveja pelo menos uma vez por mês prefere bebidas com sabor mais encorpado do que o das marcas de maior presença nas prateleiras do supermercado.
Entre os mais jovens a aceitação é ainda maior. Quase 35% dos consumidores até 24 anos preferem cervejas mais fortes. “Parte dessa geração formou seu paladar numa época em que as cervejas artesanais já não eram uma novidade reservada apenas a quem viajava para o exterior com frequência”, diz Jonny Forsyth, analista da consultoria Mintel.
“Os jovens consumidores e a classe média emergente devem impulsionar o avanço do mercado brasileiro de cervejas especiais nos próximos anos.”
A Mr. Beer está se adaptando para receber cada vez mais clientes curiosos em conhecer as cervejas especiais. Em suas lojas, Ribeiro está tentando dar à bebida um ar de sofisticação similar ao que as adegas atribuem ao consumo de vinho. Recentemente, espaços gourmet foram inaugurados em duas lojas de rua em São Paulo. Lá são oferecidos petiscos e comidas que combinam com cerveja.
A rede de padarias paulista Benjamin Abrahão foi a responsável pela elaboração do cardápio, que conta com opções salgadas, como linguiças artesanais e pães recheados com queijo emental, e doces, como cheesecake de amora. “O objetivo é fazer os clientes descobrirem um novo jeito de apreciar a cerveja”, diz Ribeiro.
“Nossa intenção é que eles provem as combinações e comprem as bebidas que mais gostaram para consumir em casa.” Tem funcionado. Em média, os clientes permanecem quatro vezes mais numa loja gourmet do que numa unidade tradicional da Mr. Beer. “Os clientes que frequentam os espaços gourmet gastam até 30% mais do que quem visita uma loja comum”, diz Ribeiro.
Avanço com o pequeno varejo
O administrador Marcelo Carneiro da Rocha, de 54 anos, é uma das figuras mais conhecidas de Ribeirão Preto, cidade do interior paulista onde vive desde a mocidade. Todos os anos, Rocha organiza um animado bloco de Carnaval que percorre as ruas do centro. O bloco, que se chama O Berro, só toca marchinhas carnavalescas como A Turma do Funil, Cachaça Não É Água e Chiquita Bacana.

“Faço questão de sair dançando em cima do caminhão de som junto com meus amigos”, diz ele. Passada a Quarta-Feira de Cinzas, Rocha não sossega. Pelo menos uma vez por mês, num sábado à noite, ele monta um bar dentro de um dos cinemas mais tradicionais de Ribeirão Preto, o Caium, construído nos anos 60 e recentemente restaurado.
Na ocasião, serve aos espectadores algumas cervejas de sabores diferentes, como rapadura e café. As bebidas são prata da casa — a fabricação é da Colorado, cervejaria fundada por Rocha em 1995 e que se tornou um símbolo da cidade.
No ano passado, a Colorado faturou 13 milhões de reais, 60% mais do que em 2012. Sua expansão é a prova de que a demanda por cerveja especial está aumentando — e que há um novo mercado ganhando forma no Brasil. Entre 2011 e 2013, enquanto a Colorado dobrou de tamanho, a produção de cervejas artesanais cresceu 15% no país — um acréscimo de 50 milhões de litros.
No mesmo período, a fatia ocupada pelas bebidas artesanais na produção total de cerveja pulou de 3,5% para 4%. “É um acréscimo importante, sobretudo porque a produção total não cresceu nesse período”, afirma Jonny Forsyth, analista da Mintel.
Em 2014, a Colorado deverá alcançar receitas de 16 milhões de reais. A empresa chegou até aqui graças a uma série de mudanças que ocorreram com mais intensidade nos últimos dois anos. Na metade dos anos 90, quando produzir cerveja artesanal ainda era um capricho, a Colorado era só um passatempo de Rocha.
Era ele mesmo quem testava as fórmulas num panelão comum no fogão de sua casa. “Eu também comprava as garrafas e era o responsável por convencer os varejistas locais a vender a bebida”, diz Rocha. Por muitos anos, a empresa cresceu conforme o fôlego de seu dono.
Não é mais assim. Desde 2012, a Colorado passou por uma reestruturação em suas áreas mais estratégicas. Executivos e mestres cervejeiros com experiência em grandes empresas de bebida foram contratados para profissionalizar o negócio. O primeiro choque aconteceu na produção, que ganhou novos parâmetros de controle de qualidade.
Em geral, as pequenas cervejarias têm dificuldade em manter a padronização da bebida, cuja produção requer um acompanhamento constante de certas condições físicas — como a temperatura dos tanques em que a cerveja é feita — e um controle rígido das condições de armazenamento dos ingredientes. Rocha investiu num novo sistema de refrigeração para os tanques e criou normas mais rigorosas para testar amostras de insumos como malte e lúpulo.
As novidades permitiram à empresa aumentar sua produção em 60% em dois anos — hoje, a fábrica produz cerca de 120.000 litros de cerveja por mês. As perdas por falta de controle de qualidade praticamente acabaram. “Antes das mudanças, cerca de 20% do produto acabava indo para o ralo antes mesmo de sair da fábrica”, diz Rocha.
Faz parte dos planos da empresa transferir a produção para um galpão com o dobro do tamanho do atual, que mede 1.200 metros quadrados. A meta é expandir a produção em 40% até 2016. “Estamos com objetivos bem agressivos de expansão porque a demanda está em alta”, afirma Rocha.
Parte dessa procura tem se concentrado em empórios, mercadinhos de bairro, adegas e lojas gourmet. O número de estabelecimentos do pequeno varejo aumentou 3% nos últimos dois anos, de acordo com a Nielsen — entre 2011 e 2013, quase 14.000 lojas desse tipo foram abertas no Brasil.
“O pequeno varejo é uma das áreas mais promissoras para o crescimento de produtos especiais, como a cerveja artesanal”, diz Giovana Fisher, diretora da consultoria Kantar Worldpanel. “É lá que os fabricantes conseguem negociar as melhores margens de lucro.” De acordo com prognósticos da Mintel, o setor cervejeiro em geral deverá expandir 54% até 2019.
“As cervejas artesanais devem ganhar cada vez mais importância”, diz Forsyth. “Clientes que se habituam a consumir bebidas premium podem até diminuir a frequência de compra em momentos de aperto, mas dificilmente deixam de consumir os produtos mais sofisticados.”
Para aproveitar esse momento, a Colorado reforçou sua identidade. A marca foi redesenhada para destacar as garrafas na prateleira de empórios e lojas especializadas. Os rótulos trazem um nome para cada tipo de cerveja — a Vixnu, que tem notas de maracujá, é uma homenagem a um deus hindu, e a Appia, que quer dizer abelha em latim, traz mel em sua composição. Todas as garrafas são estampadas com a imagem do urso que se tornou a mascote da empresa.
A nova linguagem ajudou a fortalecer a marca enquanto a distribuição foi expandida. Hoje as cervejas da empresa estão em mais de 8.000 pontos de venda — o dobro de 2012. O resultado foi alcançado graças a um esforço para padronizar os preços no atacado. “Até dois anos atrás, não havia uma política de precificação clara e muitos distribuidores praticavam margens diferentes”, diz Rocha.
“Isso fazia com que o preço de um mesmo produto variasse conforme o lugar.” Depois que os valores foram tabelados, a Colorado passou a dar prêmios como incentivo para quem se esforça para vender mais.
O mais cobiçado é uma viagem para Montreal, no Canadá, onde todos os anos acontece uma importante feira do setor cervejeiro. “Depois da viagem, eles voltam bem mais animados e vendem mais”, diz Rocha.
Fábrica de sommeliers
Heitor Silva Beer Sommelier
O paulista Estácio Rodrigues, de 36 anos, não faz cara feia para provar nenhum tipo de cerveja — mesmo as que não parecem muito saborosas. “Já provei cerveja que leva suco de pêssego, de uva e com aroma de rosas”, diz ele. “Algumas são ótimas, mas outras, intragáveis.” São ossos do ofício.
Rodrigues precisa experimentar todas as invenções dos alunos do Instituto da Cerveja, escola que ele fundou em São Paulo para formar sommeliers e mestres cervejeiros.
Os clientes são pessoas interessadas em fazer cerveja em casa, donos de microcervejarias artesanais em fase de expansão, funcionários de bares e restaurantes e profissionais que trabalham em grandes indústrias de bebidas. Neste ano, a empresa deverá faturar 1,1 milhão de reais — 30% mais do que em 2013.
Um desses alunos é o engenheiro Renato Bazzo, de 30 anos, sócio da microcervejaria Dama Bier, de Piracicaba, no interior de São Paulo. Desde 2012, quando participou das primeiras aulas, Bazzo lançou sete novos sabores da Dama Bier, que hoje possui dez rótulos em seu portfólio.
“No curso aprendi não só a criar novas receitas como também a entender as necessidades do mercado e a identificar tendências de consumo”, diz Baz­zo. Além de São Paulo, há aulas em Curitiba e Blumenau, em Santa Catarina.
“Fizemos uma parceria com a Associação Brasileira de Sommeliers e damos os cursos nas sedes dessas cidades”, diz Rodrigues. “Já formamos mais de 1.000 profissionais.”
O Instituto da Cerveja nasceu em 2011, quando Rodrigues se juntou ao químico Alfredo Ferreira, de 38 anos, e à engenheira de alimentos Katia Zanatta, de 32. Todos largaram o emprego na Brasil Kirin, antigo Grupo Schincariol, para aproveitar a formação de um nicho que naquela época começava a ganhar importância na indústria nacional.
Segundo o Grupo Mintel, no ano em que os sócios fundaram o Instituto da Cerveja, as linhas especiais ganharam quase 1 ponto percentual de participação nas vendas totais da bebida no Brasil. Antes de fundar a empresa, Rodrigues passou um ano viajando pela Itália para estudar o mercado de cervejas artesanais.
“Lá aprendi a fabricar minha própria cerveja e a harmonizá-la com diversos tipos de comida”, diz Rodrigues. “Percebi que aquilo poderia se tornar um negócio de futuro no Brasil.”
Enquanto trabalhavam na Brasil Kirin, Rodrigues, Ferreira e Katia viram de perto como as cervejas artesanais começaram a interessar às grandes empresas do setor. A própria Brasil Kirin é um exemplo disso. Entre 2007 e 2008, a empresa comprou três marcas de cerveja premium — a carioca Devassa, a paulista Baden Baden, de Campos do Jordão, e a catarinense Eisenbahn, de Blumenau.
“Foi um movimento estratégico para atender um consumidor que estava começando a experimentar cervejas especiais”, diz Marcelo Trez, diretor de produtos alcoólicos da Brasil Kirin. “As vendas dessa categoria têm crescido mais de 10% ao ano em nossa empresa, o que não é nada mau.”
As grandes indústrias do setor têm procurado o Instituto da Cerveja para criar novas linhas do produto. A escola já recebeu funcionários de cervejarias como Brasil Kirin, Heineken e Grupo Petrópolis.
“As grandes empresas têm nos procurado para tentar entender as características desse nicho de mercado”, diz Rodrigues. “A tendência é que as linhas especiais passem a fazer parte dos planos de expansão de quem até hoje só cresceu com cerveja comum.”
Bebidas à moda caseira
Pelo menos uma vez por mês, o administrador Thiago Rocha, de 30 anos, reúne três ou quatro amigos para uma cervejada de sábado. A programação é um tanto diferente. Eles montam uma pequena tenda na avenida Barão de Itapura, uma das vias mais movimentadas de Campinas, e começam a produzir a própria bebida.
Quem passa pelo local pode sentir o cheiro da cerveja saindo dos panelões que parecem ter saído de um conto sobre alquimistas. Os mais curiosos ganham um copinho com uma amostra da cerveja produzida no mês anterior, já fermentada e engarrafada.
“Somos apaixonados por uma cervejinha e fazemos isso para mostrar para as pessoas como é possível fazer uma bebida com um toque pessoal”, diz Rocha. “Queremos espalhar a cultura cervejeira pela nossa região.” Rocha compra os ingredientes para seus experimentos na Lamas Brew Shop, criada em 2011 para vender insumos e utensílios para quem quer fazer cerveja caseira.
Numa das três lojas, mantidas em Campinas, Belo Horizonte e São Paulo, é possível encontrar ingredientes como malte, lúpulo, fermento e utensílios como panelas de inox, termômetros e borrifadores de álcool. A empresa também mantém uma loja virtual. Em 2013, o faturamento foi de 2,5 milhões de reais, mais do que o dobro do ano anterior.
A Lamas Brew Shop foi fundada pelo economista Alessandro Morais, de 39 anos, e por outros dois sócios — os físicos David Figueira, de 34 anos, e Elso Rigon, de 35. Os três se conheceram quando estudavam na Unicamp e organizavam churrascos regados a cervejas que eles mesmos fabricavam. “Era difícil encontrar ingredientes em pequenas quantidades”, diz Morais. “Vimos nessa dificuldade a oportunidade ideal para criar nossa própria empresa.”
Hoje, a Lamas Brew Shop vende insumos para quem quer testar receitas de cerveja em embalagens de até 100 gramas. No começo, foi difícil acertar o fluxo de caixa para comprar grandes cargas de insumos e vendê-los em pequenas quantidades. “A maior parte dos ingredientes vem de fora e é preciso comprar um contêiner de 20 toneladas de uma só vez”, diz Morais.
Ele e seus sócios investiram 180 mil reais para adaptar um galpão às condições de armazenamento das cargas de lúpulo e malte e para financiar o capital de giro necessário para iniciar a operação. “Hoje conseguimos girar nosso estoque em três meses, o que nos permite ter um bom controle das finanças”, diz ele.
No ano que vem, a Lamas Brew Shop deverá abrir pelo menos mais duas lojas físicas, no Rio de Janeiro e em Vitória. Demanda não falta, já que o hábito de fazer cerveja na panela e no fogão de casa para consumo próprio vem se disseminando entre os brasileiros nos últimos anos.
Só no primeiro semestre deste ano, a Associação de Cervejeiros Artesanais Paulistas, uma das mais ativas do país, dobrou o número de filiados em relação ao ano passado. “Devemos chegar a 400 associados até o fim do ano”, diz João Ricardo Zugliani, presidente da entidade. “Nunca tivemos tanta procura como agora.”

Fonte: PME
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sábado, 14 de setembro de 2013

Bodebrown


Cervejaria Bodebrown participa do Mondial de La Bière na França

A cervejaria curitibana Bodebrown participa, entre os dias 12 e 15 de setembro, da mostra competitiva do festival Mondial de la Bière, na cidade de Mulhouse (França). Três rótulos da cervejaria foram convidados: Wee Heavy, Perigosa e Cacau IPA. Além de entrar na disputa por mais medalhas – na edição canadense a fábrica já levou três medalhas de ouro – a Bodebrown também organizou uma mostra da produção brasileira dentro do festival, atuando com seu braço exportador.

Para divulgar a nova safra cervejeira verde-amarela, a marca organizou a exportação para o evento de um painel com outras oito cervejarias, que também participam da competição. Fazem parte deste recorte, além das cervejas da Bodebrown, as marcas Basement (com a Catarina Vintage, Tony Oktoberfest e California Golden), Dortmund (Nostradamus, The White IPA e Matanza), Karavelli (Red, Pilsen, Keler, IPA e Barba Negra), Insana (Weizen, Golden, Chocolate Porter), Invicta (IBA, German Pilsener, Imperial IPA, Imperial Stout e Saison), Bierland (Pale Ale, Vienna e Imperial Stout), Wals (Wals 42, Petroleum, Brut, Saison de Caipira, Trippel e Witte) e Colorado (Berthor, Guanabara, Demoiselle e ICI).

“Queremos apresentar no velho continente a revolução das cervejas brasileiras”, comentou Samuel Cavalcanti, cervejeiro da Bodebrown. “É importante que o mercado internacional reconheça o produto feito no Brasil como um todo”. Cavalcanti estará presente no evento, representando as marcas nacionais ao lado de Rafael David, também da Bodebrown, e Marcelo Carneiro da Cervejaria Colorado.
Em maio, a Bodebrown já havia exportado as cervejarias brasileiras na edição canadense do Mondial. “Além de participar com a cervejaria, nós facilitamos a exportação de outras marcas nacionais”, explica Cavalcanti. “Estamos de portas abertas para conversar com outros produtores que desejam levar suas produções para fora do país”.

Esta é a quarta edição europeia do Mondial de La Bière, que dá destaque ao mercado brasileiro com a indicação da Bodebrown ao concurso. O festival foi criado em 1994 em Montreal, no Canadá, dedicado a restabelecer o status da cerveja como bebida nobre. Seu sucesso o colocou como um dos mais importantes eventos cervejeiros do Mundo, o que originou a versão europeia em 2009. Uma edição brasileira acontece ainda este ano, em novembro, o “Mondial de La Bière Rio”.

SOBRE A BODEBROWN

A Bodebrown é uma das cervejarias especiais mais reconhecidas na América do Sul. Vencedora de vários prêmios, incluindo três medalhas de ouro no Mondial de La Biére (Canadá) e o importante Trophy Gary Shepard de maior revelação no Australian International Beer Awards, utiliza os melhores produtos nacionais e importados para a produção de suas cervejas.
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