Inconfidência cervejeira
Por Roberto Fonseca
Montar uma cervejaria no Brasil não é tarefa simples. Além da burocracia e dos impostos, reclamações constantes do setor, a conjunção de criatividade e habilidade com recursos financeiros é tão ou mais complexa do que a mistura de água, maltes, lúpulos e leveduras que dá origem a algumas das melhores fermentadas do planeta. Um desses fortuitos momentos ocorreu no fim de 2011, em Minas Gerais, reunindo na mesma mesa sete produtores caseiros ligados a três marcas: Grimor, Jambreiro e Vinil. Mais de um ano depois, a Inconfidentes, uma cooperativa cervejeira, faz os ajustes finais para o início de sua operação, estimado para meados de fevereiro.
Juntos. Produtores caseiros de Minas Gerais se reuniram para fundar cooperativa cervejeira. FOTO: Divulgação
Ele estima que, uma vez operacional, a cervejaria tenha capacidade mensal de até 24 mil litros. Só equipamentos e as modificações no imóvel para a implantação da fábrica custaram entre R$ 700 mil e R$ 800 mil. Cada cervejaria da cooperativa, segundo Patrus, vai produzir suas próprias receitas, mas a primeira deve ser feita a 14 mãos. “Queremos fazer uma cerveja nova, com a cara da Inconfidentes, que poderá se tornar uma sazonal. Ainda não definimos o estilo.” Faz parte do projeto engarrafar as cervejas para atender a outros Estados.
Para Patrus, a cooperativa é uma opção estratégica para os cervejeiros caseiros que pensam em se profissionalizar. “Todos (na Inconfientes) somos da AcervA Mineira (entidade que reúne produtores caseiros) e convivemos há muitos anos, temos a mesma filosofia. Os cervejeiros caseiros já nasceram nesse clima de associação, compartilhando conhecimento”, afirma ele, que, com Gabriela Montandon, compõe a Grimor. Também são da Inconfidentes Humberto Ribeiro Neto, da Jambreiro, e o quarteto da Vinil Fabricio Bastos, Virgilio de Barros, Daniel Pinheiro e Ricardo Marques.
Fonte: Bob http://blogs.estadao.com.br/paladar/inconfidencia-cervejeira/
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