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segunda-feira, 17 de março de 2025

Guerra Comercial de Champanhe

 


Com o sabre no pescoço: Crise em Champanhe, na França: na terra de Dom Pérignon, Veuve Clicquot e Moët & Chandon só se fala na taxação de 200% de Trump

Importações de champanhe francesa nos EUA chegam quase a US$ 1 bilhão por ano

Por The New York Times — Épernay, França

Os produtores de champanhe na França vendem quase US$ 1 bilhão para os EUA todos os anos, mas, na sexta-feira, em Épernay, a capital mundial do espumante, o único número na boca de todos era 200.

Foi mais um capítulo da guerra comercial iniciada por Trump, depois que a União Europeia (UE) contra-atacou a elevação de tarifas sobre aço e alumínio com suas próprias tarifas sobre produtos dos EUA.

A ameaça de uma tarifa de três dígitos caiu como um raio em Épernay, assustando trabalhadores, produtores e as lojas da Avenue de Champagne, o boulevard central da cidade.

— Uma tarifa de 200% tem o objetivo de garantir que nenhum Champagne seja enviado para os EUA — disse Calvin Boucher, gerente da Michel Gonet, uma casa que está há 225 anos na avenida.

Com 20% a 30% das 200 mil garrafas que produz anualmente exportadas para comerciantes e restaurantes americanos, a empresa teria seu negócio “esmagado”, afirmou Boucher. O preço de um champanhe de US$ 125 mais que triplicaria da noite para o dia.

Dom Pérignon, Veuve Clicquot e Moët & Chandon respondem por um terço das vendas

As maiores casas — incluindo Dom Pérignon, Veuve Clicquot e Moët & Chandon, pertencentes ao conglomerado de luxo LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton — dominam a produção, as exportações e representam um terço das vendas totais.

 Nathalie Doucet, presidente da Besserat de Bellefon, uma casa de champanhe que exporta 10% de sua produção premium para os EUA, disse que a guerra comercial a deixava ansiosa: — Estamos esperando para ver o que acontece, mas não são boas notícias — disse Nathalie, cuja casa usa um processo trabalhoso de baixa pressão, que confere uma acidez nítida e uma efervescência fina ao champanhe.

Consumo em queda

A produção de champanhe já havia enfrentado um ano difícil, com o clima ruim reduzindo a colheita. O consumo vem diminuindo, à medida que os jovens têm mudado seus hábitos, passando a preferir coquetéis e cervejas artesanais. As vendas de champanhe caíram desde a pandemia, com uma queda de 9% no ano passado.

 Ao mesmo tempo, disse Nathalie, a Europa estava lidando com as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. E agora, a guerra comercial com os EUA, um dos tradicionais aliados da França, sobre questões que não têm nada a ver com o champanhe. — Parece uma punição deliberada — disse Cyril Depart, proprietário da loja de vinhos Salvatori, logo após a Avenue de Champagne, que oferece uma ampla variedade de champanhes artesanais. Sua esposa foi gerente de exportação de uma das grandes casas de champanhe e já estava calculando os possíveis impactos.

Impacto em negócios nos EUA

O dano de uma guerra comercial se espalharia muito além das casas de champanhe, atingindo importadores e distribuidores americanos e colocando em risco diversos pequenos negócios.

Michael Reiss, presidente da Vineyard Road, um pequeno distribuidor de Framingham, Massachusetts, que importa champanhe e vinhos da Europa e os distribui no Nordeste dos EUA, disse que pequenos negócios como o dele, incluindo restaurantes e lojas de varejo, seriam “muito prejudicados”.

O ambiente comercial imprevisível poderia forçar as empresas a cancelar investimentos planejados, acrescentou ele. Além disso, as tarifas aplicadas no início da cadeia de suprimentos podem se multiplicar, já que cada empresa que manipula o produto aumenta seu preço de acordo, disse Reiss:

— Então, até mesmo uma tarifa de 25% pode facilmente levar a um aumento de preços de 40% a 60%.

Uma tarifa de 200% “eliminaria a possibilidade de as pessoas comprarem coisas que trazem alegria para suas vidas,” acrescentou.

Ministro chama guerra comercial de 'idiota'

De volta a Épernay, caso as vendas caiam, os produtores de vinho precisarão de menos trabalhadores nos campos, e haverá menos trabalho para operadores de tratores, fabricantes de rolhas e fabricantes de garrafas.

Na sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores da França, Eric Lombard, chamou a guerra comercial de “idiota” e disse que viajará para Washington em breve.

— Precisamos conversar com os americanos para diminuir a tensão — disse ele à televisão francesa.

As maiores casas de champanhe da França permaneceram em silêncio, recusando-se a comentar enquanto esperavam ver como a ameaça de Trump se desenrolaria — e se representantes dos governos europeus conseguiriam fazê-lo recuar.

Fonte e mais informações: https://oglobo.globo.com/economia/negocios/noticia/2025/03/16/crise-em-champanhe-na-franca-na-terra-de-dom-perignon-veuve-clicquot-e-moet-and-chandon-so-se-fala-na-taxacao-de-200percent-de-trump.ghtml

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Cerveja não é pecado


Cervejarias artesanais criam site para promover petição contra o imposto do pecado.

O site oficial da petição contra a Lei do Pecado, https://cervejanaoepecado.com.br/ é uma iniciativa destinada a expressar ao governo a discordância do povo em relação ao aumento de impostos sobre as cervejarias de pequeno porte. Neste espaço, o cidadão terá a oportunidade de adicionar sua voz a milhares de outras pessoas que acreditam que a taxação excessiva é injusta e prejudicial para a indústria cervejeira e para os consumidores no Brasil, o termo “imposto dopecado” se refere à proposta de um imposto seletivo sobre bens e serviços considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como:

* Cigarros: A tributação sobre cigarros já existe no Brasil, mas a proposta visa aumentar a alíquota e abranger também charutos, cigarrilhas e cigarros artesanais.

* Bebidas alcoólicas: O projeto prevê a criação de faixas de tributação de acordo com o teor alcoólico da bebida, com alíquotas mais altas para bebidas com maior teor.

* Bebidas açucaradas: Refrigerantes, sucos artificiais e outras bebidas com alto teor de açúcar também estão no radar do imposto seletivo.

* Veículos poluentes: Carros, motos, caminhões e outros veículos que emitem muitos gases poluentes serão taxados de acordo com o nível de emissão.

* Exploração de recursos minerais: A extração de minério de ferro, petróleo e gás natural também pode ser alvo do imposto seletivo, com alíquota máxima de 1%.

Segundo o site, a proposta de inserir um imposto sobre a cerveja, conhecida como Imposto do Pecado, é uma medida que desperta preocupação e descontentamento entre os apreciadores dessa bebida e os produtores do setor. Neste texto, é discorrido sobre os motivos pelos quais discorda-se veementemente desse imposto, destacando os impactos negativos que ele trará para a indústria cervejeira e para os consumidores.

Valorização da cultura e da diversidade: A cerveja artesanal, produzida em menor escala e feito localmente, é uma expressão cultural e um patrimônio do nosso país. Um em cada sete municípios brasileiros tem uma cervejaria local.

Impacto econômico negativo: A indústria cervejeira artesanal tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos, gerando mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos e movimentando mais de 50 bilhões de arrecadação de impostos e movimentando negócios locais e familiares. Ao impor um imposto sobre a cerveja artesanal, corre-se o risco de sobrecarregar os produtores e dificultar o acesso a esse mercado para novos empreendedores. Isso pode levar ao fechamento de pequenas cervejarias e à perda de postos de trabalho, prejudicando o desenvolvimento econômico de regiões inteiras.

Prejuízo para os consumidores: A cerveja é apreciada por sua qualidade, sabor e variedade. Ao adicionar um imposto sobre essa bebida, o seu preço final ao consumidor será afetado, tornando-a menos acessível para muitos apreciadores. Além disso, essa medida pode desencorajar o consumo responsável, pois o aumento de preço pode levar algumas pessoas a optarem por produtos de menor qualidade ou até mesmo incentivar o consumo clandestino. A cerveja é a bebida da moderação, é a bebida mais apreciada pelo brasileiro, sua variedade de estilos que usam até frutas brasileiras garante qualidade diferenciada mundo afora.

Desincentivo à produção sustentável: Muitas cervejarias, inclusive as pequenas e micro cervejarias, também chamadas de artesanais, tem como princípio a produção sustentável. O aumento de impostos pode colocar em risco essas práticas, uma vez que os custos de produção serão elevados, tornando mais difícil para as cervejarias manterem seus padrões de sustentabilidade. Isso seria um retrocesso para a indústria e para o meio ambiente. 

A imposição de um imposto sobre a cerveja é uma injustiça com um dos mais importantes setores da economia. O setor promove campanhas pelo consumo consciente e responsável. Desenvolve inclusão social com programas de capacitação de garçons de bares e restaurantes. Segundo números oficiais do Ministério da Agricultura, há 1847 cervejarias no Brasil, que vem crescendo anualmente com o importante número de pequenas cervejarias artesanais que promovem a economia com eventos, gastronomia e cultura local.

Caso queiram saber mais sobre o tema: https://cervejanaoepecado.com.br/ 

Meus grifos: não é novidade que cerveja e automóveis são política de governo. O último aumento de tributos dessa natureza foi o famoso 2% adicionais de ICMS para  o "Fundo Estadual de Combate e  erradicação da pobreza". Os resultados desse aumento estão por ai. Quem encontrar, cite nos comentários.

#avecesarco #pelosatelite #consumodecervejas #impostodopecado #erradicacaodapobreza

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Tributação em bebidas e cervejas

"Imposto do pecado". A nova forma de tributar bebidas alcóolicas 

do portal G1

O governo vai tributar bebidas por volume e teor alcoólico, com as alíquotas do “imposto do pecado” que serão maiores sobre destilados do que sobre as cervejas, por exemplo.

As alíquotas serão definidas até 2026, com entrada em vigor a partir de 2027. As informações foram prestadas pelo Ministério da Fazenda, no dia 25 de abril, durante uma coletiva de imprensa.

Chamado de “imposto do pecado”, o imposto seletivo vai servir para desestimular o consumo de produtos que sejam prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Segundo a proposta de regulamentação enviada ao Congresso Nacional, as bebidas alcoólicas serão tributadas por dois impostos, cujas alíquotas ainda serão definidas:

.alíquota percentual por volume; .alíquota específica sobre o teor alcoólico.

Ou seja, um litro de vodca com um teor alcoólico de 50% será mais tributado do que um litro cerveja com teor alcoólico de 5%. Isso por conta do teor de álcool na bebida, ainda que as duas tenham o mesmo volume.

Contudo, segundo o auditor fiscal da Receita Pablo Moreira, a carga tributária não deve aumentar com a reforma.

Ou seja, as bebidas tributadas pelos impostos atuais teriam uma redução com as alíquotas uniformes previstas pela reforma tributária. O “imposto do pecado” elevaria esses tributos para igualar à carga tributária atual.

Segundo especialistas, hoje, esses produtos já pagam alíquota de ICMS e PIS/Cofins acima da média. Por isso, a carga tributária não deve aumentar. O "imposto do pecado" será cobrado sobre cigarros, bebidas alcoólicas, sobre bebidas açucaradas, veículos poluentes e sobre a extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural.

A proposta consta em projeto de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo, enviado ao Congresso, quarta-feira, 24 de abril de 2024, e caso aprovado, seria inserido no sistema de tributação nos anos de 2025 e 2026. 

Meus grifos: O Leão já está no rótulo faz tempo.

#pelosatelite  #avecesarco #cerveja #impostodopecado

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Instrução Normativa IN 1673/16 - Parte II


Receita publica IN sobre controle e registro de bebidas dispensadas do Sicobe


BRASÍLIA - A Secretaria da Receita Federal editou a Instrução Normativa (IN) 1.673/2016, que dispensa, sob algumas condições, a exigência do selo de controle nas bebidas que deixarem de ser submetidas ao sistema de controle de produção Sicobe a partir de 13 de dezembro de 2016 - em outubro, a Receita desobrigou fabricantes de bebidas de usar o Sicobe a partir dessa data.
De acordo com a IN publicada nesta sexta-feira, 25, essas empresas poderão deixar de adotar o selo de controle desde que o estabelecimento industrial faça opção definitiva por prestar as informações diárias de sua produção à Receita Federal e a pessoa jurídica à qual o estabelecimento estiver vinculado cumpra os requisitos necessários para o registro especial da produção.
O texto determina que as informações de quantidade de produtos retirados do estabelecimento apresentadas pelo contribuinte nas notas fiscais eletrônicas de saída deverão ser discriminadas por unidades de produtos. A empresa estará sujeita, segundo a IN, a multa de 100% do valor comercial do produto, não inferior a R$ 10 mil, em caso de omissão de dados ou informação incorreta.
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