Sucesso bizarro de marketing, Hello Kitty lança (também)
cerveja
Sanrio, dona da marca, tem mais de 20 mil produtos licenciados:
de saquê a adesivos para aviões e parques temáticos
Depois de estampar garrafas de saquê, a Hello Kitty terá sua
marca associada a outro tipo de bebida alcoólica: a cerveja. A empresa
taiwanesa Long Chuan licenciou a marca japonesa para produzir cervejas com
sabor. Com teor alcoólico de 2,3%, a bebida será vendida em quatro tipos:
maracujá, limão, pêssego e banana. A China será o único país 'agraciado' com
tal iguaria, até o momento. A cerveja é apenas mais um dos mais de 20 mil
produtos licenciados pela marca que atrai milhares de admiradores e haters
(palavra usada para definir os que odeiam algo na Internet).
Criada no Japão em 1974, a personagem Hello Kitty é uma
história bizarra de sucesso. A Sanrio, empresa que controla a marca, fatura 900
milhões de dólares ao ano em produtos licenciados. Seu fundador, Shintaro
Tsuji, tem 85 anos e (ainda) tenta transformar-se numa espécie de Walt Disney
japonês, criando parque temáticos, séries de TV e games com a marca Hello
Kitty.
Ao contrário de outras marcas japonesas que são sinônimo de
inovação e tecnologia, como Sony ou Toyota, a Hello Kitty não apresenta nada de
extraordinário. Seu design não se alterou ao longo das décadas e a simplicidade
de seus traços faz com que muitos se perguntem como é possível que a gata tenha
sobrevivido todas essas décadas.
Segundo reportagem publicada na 'Business Week', é
justamente a falta de elementos que transforma a Hello Kitty em ícone.
"Ela se tornou um ícone de moda global e uma supermarca porque seu design
não diz nada e tudo ao mesmo tempo. Seu toque minimalista convida os
espectadores a agregar seu próprio significado à imagem. É por isso que ela
funciona tão bem com livros infantis quanto com vibradores", afirma a
'Business Week'.
A gata rendeu a Tsuji o posto de bilionário na última
semana, segundo dados da Bloomberg. Apenas em 2013, o valor da ação da Sanrio
dobrou e avançou 38% mais que o índice Nikkei, que baliza o mercado de capitais
do país.
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