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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Confece 17 anos

Confece 17 anos: uma confraria que está chegando na sua maioridade

 Uma confraria que estuda cervejas formada por um grupo de mulheres talentosas e que são capazes de transmitir conhecimento às pessoas que adoram o tema. Essa é a CONFECE, a Confraria Feminina da Cerveja, de Belo Horizonte, nas Minas Gerais.

Anualmente, o grupo se encontra para reunir as melhores cervejas do mercado em um só ambiente para que amigos, curiosos e entusiastas possam rever cervejas tradicionais e conhecer as novidades que foram ou ainda serão disponibilizadas para o público em geral.

Garrafas, latas, chopp ficam totalmente disponíveis para serem degustadas e discutidas num período de 8 horas, dentro de um ambiente seguro, descontraído, repleto de boa gastronomia e ao lado de um bom som, agitado por bandas ou ainda por um DJ.

Nesse ambiente, diversas pessoas têm a oportunidade especial de conhecer e reencontrar profissionais do setor de bebidas, como mestres cervejeiros, sommeliers, mixologistas, gastrônomos e empresários de cervejarias.



Além de cervejas, o encontro das confreiras, se expande em termos de bebidas. Gins, drinks prontos (RTD), destilados e licores, bem como sucos, refrigerantes e até sorvetes!

Certamente, a CONFECE faz com que Belo Horizonte mantenha o título de a Bélgica Brasileira e a capital dos bares. Parabéns pela persistência, ousadia e coragem. A CONFECE é um sinal relevante que as mulheres tem o seu lugar no mundo cervejeiro.

Ano que vem a CONFECE completará 18 anos. A maioridade. Se você, leitor, gosta de conhecer pessoas, gastronomia e boa cerveja e ainda não conheceu o encontro da Confece, não perca tempo: simplesmente, vá! Eu recomendo.

#confece17anos #pelosatelite #avecesarco #confece


terça-feira, 17 de setembro de 2019

Cervejaria Biela Bier

Vai uma Biela ai?

Em setembro, Carlos Bufon, proprietário desta cervejaria localizada em Luziânia, Goiás nos contou um pouco mais sobre a história dessa afamada empresa, repleta de motociclistas e rock and roll!

Como iniciou a ideia de produzir cervejas em Luziânia até montar a cervejaria?
A primeira vez que tive contato com cervejas artesanais foi em uma das minhas viagens de moto, e desde então, busquei apreciar cervejas diferenciadas. Porém, em Luziânia, cidade em que moro, dificilmente as encontrava. Então, um dia, soube que um amigo de outra cidade fazia cerveja em casa. Achei curioso e entrei em contato com ele para saber mais. Também pesquisei o assunto e cheguei à conclusão que essa poderia ser uma forma de ter cervejas dos mais diversos estilos na minha própria casa, para o meu consumo. Comprei um equipamento caseiro para produção de 20 litros com uma receita pronta de Pale Ale. Comecei somente com uma apostila e um CD que mostravam o passo a passo do processo. Posteriormente descobri que poderia fazer até 25 litros nesse equipamento e então mandei fazer sob encomenda dois fermentadores de 25 litros cônicos, de polipropileno, que cabiam no meu freezer com controle de temperatura.
Paralelamente, iniciei um curso de Sommelier de Cervejas pelo Science of Beer, como uma forma de conhecer mais do universo cervejeiro – escolas cervejeiras, estilos, análises sensoriais, harmonizações e etc.

Nesse curso, tive a oportunidade de conhecer diversas pessoas do segmento, entre apreciadores, cervejeiros caseiros, mestre cervejeiros, sommeliers, professores respeitados e proprietários de cervejarias e bares. E por meio desses contatos consegui me aprofundar de forma mais empírica no assunto.

Com o tempo fui buscando mais conhecimento e fiz outros cursos como o de Cervejeiro Caseiro, Tecnologia Cervejeira com professores do SENAI – RJ, Especialização em Leveduras, etc. O estudo com leituras aprofundadas sobre o processo cervejeiro e a busca por informação com pessoas do ramo estava ficando cada vez mais instigante.  A cada dia tomava mais gosto pela arte de fazer cerveja. Nesse momento, percebi que os 50 litros mensais que estava produzindo não eram mais suficientes nem para mim, nem para os meus amigos, que então passaram a consumir e apreciar minhas cervejas, já então com receitas próprias.

Ao final de 2015, o Motoclube Biela Quente, que nasceu em 2001 em Luziânia, e que sou um dos fundadores, me perguntou da possibilidade de fazer uma cerveja para a confraternização de final de ano do grupo. Eu topei mas disse que precisava de ajuda, já que tinha tempo disponível somente no final de semana e teria que fazer duas brassagens em um só dia. Foi então que o José Ferreira, também integrante do Motoclube e meu amigo de longa data, se prontificou a ajudar na brassagem. Neste dia ele foi contaminado pelo gosto da arte cervejeira e começamos a fazer as brassagens sempre juntos. Depois de pouco tempo começamos a discutir a ideia de evoluir o processo com a compra de novos equipamentos para transformar esse hobby em negócio.

Resolvemos adquirir um equipamento mais moderno, com capacidade de 50 litros, e um fermentador de 100 litros, todos em inox e elétricos. Precisávamos fazer duas brassagens para encher o fermentador, esse processo durava em média 12 horas quando o resfriamento colaborava... mas já chegamos a ficar 20 horas nessas brassagens, em função da nossa pouca experiência naquela época. Era bastante cansativo!

Para aprimorar nosso processo, contratamos a consultoria do Mestre Cervejeiro João  Monteiro Junior, formado na Alemanha e com experiência sólida em várias cervejarias no Brasil e no Exterior. Isso nos fez dar um grande salto na qualidade da produção e processos, que até então era bem caseira. Fruto de tantas horas de estudo, criei as minhas próprias receitas, que agradavam grande parte do público. E por causa disso o Mestre Monteiro me deu um título, que aceitei de forma muito honrosa, que foi o de “Paneleiro Graduado”.

A obstinação por melhorar sempre nos acompanhou. Foi então que demos mais um passo importante, vendemos o equipamento de 50 litros para comprar um de 100 litros e investimos em mais um tanque de 100 litros. Agora, com capacidade de produção de 200 litros, tínhamos a expectativa de conseguir atender os pedidos dos amigos, que só cresciam.

Essa quantidade foi suficiente para dar conta da demanda durante um curto período de tempo. Novamente a procura cresceu. Eu e o José percebemos que normalmente nossa produção estava vendida antes mesmo de estar pronta. Vimos que transformar isso em um negócio de grande porte seria uma boa oportunidade para nós e para nossa cidade, com amplo mercado local.

Em maio de 2017, resolvemos que seria o momento de transformar o sonho em realidade. Começamos a construção da fábrica e a aquisição de equipamentos. Fizemos todo o projeto conforme as especificações do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e em Setembro de 2017 começamos a execução.

O prazo de construção, entrega dos equipamentos, testes e atendimento às exigências governamentais demorou quase dois anos, muito acima do que esperávamos. Só obtivemos nosso registro junto ao MAPA em Julho de 2019.

Atualmente, temos todos os registros necessários e capacidade de produção de 3 mil litros por mês, mas queremos chegar a 18 mil litros mensais. Nosso foco vinha sendo a produção com envase em garrafas, mas nossa mais nova aquisição foi uma câmara fria e pretendemos entrar firmes no mercado de comercialização on-tap.


Hoje vendemos nossa cerveja em Luziânia, Cristalina e Distrito Federal, por meio de distribuidoras. Também atuamos realizando eventos bimestrais em frente a cervejaria. A proposta dos eventos é promover um ambiente de encontro dos amantes de uma boa cerveja e uma boa música. Eles acontecem sempre durante um sábado, fechamos a avenida e colocamos bandas de rock e food trucks. A quantidade de participantes nos nossos eventos aumenta a cada edição.

Por que o tema motocicletas?

No final de 2015, aceitamos fazer a cerveja para a confraternização do motoclube Biela Quente. Na confraternização, ao som de muito rock and roll, risadas e nossa cerveja, sempre ouvíamos alguém dizer, traz uma “Biela” aí.

Ao fim do dia, percebemos que o nome Biela se tornou uma identidade da nossa cerveja, que busca representar a paixão em duas rodas, rock and roll e cerveja de boa qualidade para celebração com amigos. Ela nasceu sendo a cerveja de motociclista para motociclista.

Como o nome do motoclube “Biela Quente” já era conhecido na cidade, em cidades vizinhas e no DF, isso se tornou um gancho para o nome da cerveja, para a nossa identidade. E foi assim que nasceu o nome “Biela Bier”, onde nosso slogan é “O Sabor da Aventura”.


Quais foram os desafios mais críticos?

A decisão de fazer um altíssimo investimento apenas com recursos próprios e conseguir ultrapassar todas as barreiras que os órgãos governamentais nos impõe, especialmente nas esferas municipais e federais, foi um risco muito alto que corremos. Foi preciso muita resiliência, tivemos vontade de desistir várias vezes. É incrível a quantidade de entraves burocráticos que são criados para quem quer empreender no Brasil, o que impede o crescimento do país.

O chamado “Custo Brasil”, seja em burocracias, altos custos e precária mão-de-obra são os maiores entraves para o crescimento.

Mas seguimos firmes, eu e meu sócio, José Ferreira, empregando 3 pessoas fixas e outras pessoas pontualmente na realização dos eventos.

Cite curiosidades sobre a cervejaria

Em nossos rótulos procuramos colocar imagens de locais que já estivemos em nossas viagens de moto, e escolhemos um modelo/estilo de moto que representa melhor o tipo da cerveja.

Em cada rótulo de nossa cerveja procuramos ligar a sensação que o motociclista sente ao pilotar determinado estilo de moto com a sensação de apreciar uma Biela Bier. Nosso slogan é “O Sabor da Aventura”.

Atuamos de forma muito responsável e sempre lembramos que se beber, você não pode pilotar.

Os eventos que fazemos em nossa cervejaria sempre são temáticos. Já realizamos junto com a largada/chegada de um Enduro de Cross Country (motos), outro com Aniversário do Biela Quente Motoclube, juntando vários motociclistas, outro com foco nos carros antigos e Hot Roads, e agora em outubro faremos um evento com foco no Movimento Outubro Rosa. Estamos ansiosos pelo lançamento.

Também procuramos fazer sempre uma parte social, em eventos que focam na coleta de alimentos não perecíveis para doação em instituições carentes. Esse ano, por exemplo, arrecadamos quase 700Kg de alimentos que foram doados a um asilo e orfanato da região.


Biela Bier 
Avenida Goiás, Quadra 37 Lote 06 Galpão 2
St. Leste, Luziânia/GO

Tel.: (61) 99638-1464

domingo, 13 de maio de 2012

Veja Rio

As cervejas do outono-inverno

Confira a seleção de VEJA Rio de quinze cervejas que combinam com as temperaturas mais amenas, acerte na escolha para a estação e delicie-se

por Daniela Pessoa | 12 de Maio de 2012

Difícil encontrar um programa melhor do que aquele que envolve uma cervejinha gelada, seja no sofá de casa acompanhada por um petisco, para tomar batendo papo com os amigos ou matar a sede nos dias quentes. Mas as temperaturas mais baixas do outono-inverno não são desculpa para deixar a loira de lado. "Não é necessário trocar de bebida, experimente apenas mudar o estilo da cerveja", encoraja Kátia Jorge, professora da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-RJ). Há geladas que combinam perfeitamente com a estação, e podem muito bem dividir os holofotes com os vinhos. Para acertar na escolha, confira a seleção de VEJA Rio, experimente novos rótulos, saiba como harmonizá-los com pratos saborosos e surpreenda-se.

A regra é simples: para os dias mais frios, as cervejas indicadas são as de teor alcoólico mais elevado e sabores mais intensos, como as da família Pale Ale, de alta fermentação. "Elas são produzidas com maltes de cevada ligeiramente tostados. Mais robustas e encorpadas, harmonizam muito bem com os pratos mais gordurosos e pesados do inverno", explica Fabiano Wohlers, sócio e diretor geral da Mr. Beer Cervejas. As Ales, Stouts e Alts também são ideais para o clima fresco. Com teor alcoólico mais elevado, elas promovem sensação de aquecimento. Não à toa, países como Alemanha fabricaram, durante séculos, cervejas sazonais para o inverno. "Eram bebidas quentes, mais fortes ao paladar e geralmente mais escuras", explica Kátia, que é fã do estilo Rauchbier, de coloração castanho-avermelhada.

Já a Gouden Carolus Cuvée Van de Keiser Blauw, do tipo Strong Dark Ale, é uma das queridinhas de Tom Lima, gerente do Delirium Café. Trata-se de uma cerveja escura especial, de coloração vermelho-rubi, fabricada apenas no dia 24 de fevereiro de cada ano, data do aniversário do imperador Charles V. No entanto, há também versões claras perfeitas para o clima ameno. Nessa linha, Lima recomenda as Carolus e as St Feuillien. "A Carolus tripel e a St Feuiellen tripel são boas pedidas para quem gosta de uma loira mesmo no inverno", diz.

Veja a seguir a lista completa de quinze sugestões dos três especialistas, lembrando que as geladas devem ser degustadas a 8ºC para melhor apreciação.

1 - Bodebrown Wee Heavy (estilo Strong Scotch Ale)

Fabricada no Brasil, é inspirada nas cervejas escocesas da região de Dunbar, Alloa e Edinburgo. Trata-se da primeira do estilo Strong Scotch Ale feita no Brasil. Apresenta coloração âmbar translúcida e ótima formação e persistência de espuma. O aroma é bastante maltado, com caramelo, toffee, leve tostado e notas de nozes e frutas cristalizadas. Apresenta corpo médio, com agradável aquecimento, teor alcoólico de 7,2%, paladar maltado e pouco amargo. Harmoniza elegantemente com cordeiro assado, carnes de caça, rabada, cabrito, cogumelos e foie gras.

2 - Bamberg Rauchbier (estilo Rauchbier)

Cerveja defumada, de baixa fermentação, graduação alcoólica de 4,8% e, apesar de tradicional da cidade de Bamberg, na Alemanha, é produzida no Brasil. Harmoniza com pratos fortes como feijoada, carne de porco e linguiças.

3 - Aecht Schlenkerla Rauchbier Märzen (estilo Rauchbier)

Especialidade da cidade de Bamberg, produzida com malte original defumado Schlenkerla, esta cerveja apresenta coloração castanho-avermelhada e graduação alcoólica de 5%. Harmoniza muito bem com carnes vermelhas, carne de porco e de caça, salsichas, linguiças e queijos defumados como o provolone.

4 - Wäls Quadruppel (estilo Belgian Dark Strong Ale)

Bebida de coloração marrom-avermelhada, graduação alcoólica de 11% e espuma densa e duradoura. Paladar com amargor equilibrado e doçura típica do estilo da cerveja, que traz notas de chocolate e toffee. Combina perfeitamente com carne de caça, cozido de carne vermelha, aves assadas, goulash, trufas e tiramisú. 


5 - Brooklyn Black Chocolate Stout (estilo Imperial Stout)

Cerveja de coloração bem escura, com aroma que mistura chocolate com notas herbais e mentoladas de lúpulo. Final de boca equilibrado, nem seco, nem doce, e graduação alcoólica de 10%. Seu sabor encorpado harmoniza com massas, carnes, molhos adocicados e sobremesas à base de chocolate, leite ou até mesmo cítricas.

6 - Carolus Tripel (estilo Tripel)

Produzida com ingredientes nobres, lúpulos apenas de origem belga e refermentada na garrafa, esta cerveja de cor dourada possui graduação alcoólica de 9%. O colarinho é denso e cremoso, e o sabor levemente adocicado no final. A bebida combina com carnes brancas, como coxas de frango com molho à base de cerveja.

7 - St Feuillien Tripel (estilo Tripel)

Seu colarinho é branco, fino e muito cremoso. De coloração âmbar turva, esta cerveja revela uma combinação única de lúpulos aromáticos, especiarias e aromas típicos da fermentação, muito frutada. Refermentada na própria garrafa, seu sabor é peculiar e sua textura excepcional. Aperitiva e refrescante no verão e saborosa no inverno, ela se afirma como cerveja de degustação por excelência. Harmoniza muito bem com peru, pato, vitela e queijo brie com geleia de damasco.

8 - Gouden Carolus Cuvée Van de Keiser Blauw (estilo Strong Dark Ale)

De coloração vermelho rubi, quase preta, esta cerveja especial fabricada apenas no dia 24 de fevereiro de cada ano é uma adaptação da tradicional Gouden Carolus Classic, com sabores e aromas únicos e graduação alcoólica mais elevada. Desce bem com sobremesas como brownie com sorvete de creme.

9 - Indica Pale Ale (estilo pale Ale)

De coloração avermelhada, esta cerveja tem alto teor alcoólico (7%) e amargor conferido pela presença de lúpulos americanos e malte convencional tostado. Seu processo de fabricação dura em média 28 dias. A bebida acompanha muito bem pratos fortes, como mariscos e caças. O sabor característico fez com que recebesse três estrelas no guia de cervejas Pocket Beer Book, do inglês Michael Jackson, o maior especialista em bebidas de malte do mundo.

10 - Demoseille Colorado (estilo Porter) Feita com maltes importados, esta cerveja leva ainda café, o melhor da região da Alta Mogiana, comprado direto do produtor, moído e torrado com rigoroso critério e, antes de ser adicionado ao mosto cervejeiro, macerado em água fria, o que faz com que não perca seu aroma. A bebida, que conquistou medalha de ouro no European Beer Star 2008, na categoria Porter, pode ser degustada com pratos defumados ou mesmo com sobremesas à base de chocolate.

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