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domingo, 7 de outubro de 2012

Cervejas de Minas


A vez das mineiras
Crescimento. Festivais no mês de outubro ressaltam a valorização das cervejas artesanais mineiras, apontadas como de vanguarda por especialistas.
Quando os dias quentes anunciam a chegada do fim do ano e suas tradicionais festas, os fabricantes de cerveja comemoram porque é época de vender muito. Mas, para além das bebidas mais comerciais, uma parte desse mercado anda mais interessada em propagar outro tipo de consumo, faça chuva ou sol: trata-se dos cervejeiros que produzem aquelas feitas artesanalmente, produtos que conquistaram o mercado nacional e, atualmente, atingem seu melhor momento em Minas.

Prova disso é a realização de dois eventos, num mesmo mês, que devem mobilizar o setor. O primeiro, o Festival de Cervejas Artesanais de Tiradentes, começa na próxima quinta-feira, na cidade histórica do Campo das Vertentes. Já a segunda edição do Uaiktoberfestt, inspirado no festival alemão, chega em Nova Lima no dias 19, 20 e 21.
"Esses eventos são fundamentais para a formação de um novo público. E eu digo com segurança: a pessoa que experimenta uma cerveja artesanal percebe que perdeu tempo de vida degustando as industriais, porque as artesanais são mais complexas e saborosas", defende o diretor do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindibebidas-MG), Marco Falcone, ele mesmo cervejeiro profissional, sócio da Falke Bier.

Falcone conta que os eventos só foram possíveis após a projeção que o Estado conseguiu em âmbito nacional. "Minas não tem o maior número de produtores de cervejas artesanais, mas estamos na vanguarda porque produzimos o maior número de estilos. A ousadia é o nosso ponto forte", diz.

A diferenciação dos estilos é realmente um capítulo à parte nas cervejarias mineiras. A Inconfidentes, por exemplo, mais nova a conseguir autorização para produção em larga escala, já nasce congregando seis tipos distintos. "Nossa cervejaria é a junção de três grupos de produtores caseiros, Grimor, Jambreiro e Vinil. Temos ao menos 15 receitas de estilos diferentes, mas vamos começar lançando seis tipos, dois para cada marca", conta o empresário Fabrício Bastos.

Atualmente, dentre os estilos mais produzidos em Minas Gerais estão as que englobam o grupo das Ales, de alta fermentação com toques frutados, maltadas, lupuladas e, por isso, mais amargas (só nesse grupo há mais de dez subdivisões), que fazem uma evidente contraposição às brejas mais comerciais do estilo lagers, que congrega as pilsens, mais leves.

Mas, afinal, o que colocou o Estado nesse pioneirismo? Para Falcone, a difusão de pesquisas e de conhecimento histórico é uma das respostas (ele mesmo ministra, ao lado da jornalista Fabiana Arreguy, do programa "Pão e Cerveja", da CBN, um curso de beer sommelier, que já está em segunda edição). Segundo ele, os cervejeiros mineiros buscam resgatar as receitas tradicionais, além da criação de sabores próprios com ingredientes típicos. "Só para se ter ideia, por mais de 2.000 anos, a Europa consumiu cervejas com ervas. Mas as igrejas protestantes barraram isso para minar a força da Igreja Católica, que detinha as especiarias. O que nós fazemos é um trabalho de pesquisa e de redescoberta das cervejas", conta.

Nesse processo, Minas Gerais produz, hoje, rótulos, por exemplo, com toques de café, cacau, jabuticaba. Os produtores caseiros (termo dado pela Associação dos Cervejeiros Artesanais para designar os que não possuem autorização do Ministério da Agricultura para comercializar as bebidas) costumam ser ainda mais ousados, e, em eventos, apresentam bebidas com doce de leite e polvilho, por exemplo.

"As cervejas mineiras são tão boas como as importadas ou até melhores se pensarmos que elas não perdem sabor na viagem", reafirma o proprietário do Reduto da Cerveja, Daniel Cosendey.

Na visão do empresário Juliano Mello, proprietário do bar Rima dos Sabores, que comercializa diversos rótulos de cervejas artesanais, outra característica da personalidade do belo-horizontino tem interferido para o momento de ascensão. "Ao contrário do que falam, o mineiro não é conservador: ele gosta de novidade. Isso estimula que os cervejeiros busquem as novas receitas", acredita. A boa relação entre os cervejeiros é apontada por ele como outro ponto positivo. "O pessoal não amarra informação. Se alguém quer produzir sua cerveja em casa, todos os pequenos empresários vão estimular", diz.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ICMS sobre Cervejas 2012


Cervejarias artesanais querem ficar de fora do aumento do ICMS
Com elevação da alíquota, cervejas tradicionais devem subir R$ 0,05
por Pedro Grossi

A nova alíquota de ICMS, que desde 1º de janeiro passou a incidir sobre a cerveja vendida no Estado, não afeta somente o consumidor, que é quem vai arcar com o aumento, mas principalmente as cervejarias artesanais. Para os grandes produtores, o repasse é de cerca de 30%. Já os artesanais, com uma escala de produção menor e custos maiores, têm que repassar até 67% do valor da venda para pagar tributos. O setor reivindica tratamento diferenciado.

O imposto estadual passou de 18% para 20% após a publicação de uma lei do Executivo que pretende usar o aumento da arrecadação para a criação de um Fundo de Erradicação da Miséria (FEM). A estratégia do governo foi a de sobretaxar produtos considerados supérfluos, como cerveja, tabaco e armas, e reduzir a alíquota de outros produtos tidos como essenciais, como itens da cesta básica e materiais de construção. A expectativa do governo é de incrementar a arrecadação em R$ 200 milhões com as novas medidas.

Segundo o diretor do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindibebidas-MG), Marco Antonio Falcone, a contribuição das cervejarias artesanais nesse montante será irrisória (cerca de 0,2%). De acordo com ele, não há justificativa para que os pequenos produtores não tenham tratamento diferenciado, a exemplo do que aconteceu com os produtores artesanais de cachaça, que não foram incluídos na alta do ICMS. "Na Irlanda, por exemplo, as pequenas cervejarias são isentas dos impostos até o quinto ano de existência.
Aqui, a empresa já nasce sufocada pela alta carga tributária. É um desestímulo para o produtor", reclama Marco Falcone, que além de diretor sindical é proprietário da cervejaria Falke Bier.

Alta. Ainda de acordo com a estimativa do Sindibebidas, a alta de dois pontos percentuais na alíquota de ICMS deve encarecer o preço das cervejas tradicionais fabricadas por grandes marcas em cerca de R$0,05. Entre as artesanais, é difícil mensurar a alta, já que os produtos são diferenciados e de custos diferentes, diz Falcone.


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