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sábado, 15 de março de 2025

Governança, Riscos e Compliance nas Organizações 2025

Governança, Riscos e Compliance: O Desafio da Conformidade em um Cenário em Constante Mudança

por Henrique Oliveira *

Ao explorar os principais relatórios de riscos publicados globalmente, como o “2025 Global Risk Report” do World Economic Forum, ou ainda “Top Risks 2025” da Eurasia Group, o mundo corporativo cada vez mais dinâmico, incerto e com mudanças políticas e regulatórias abruptas, (basta ver os movimentos geoeconômicos acontecendo de forma impactante na América do Norte, na China e na Rússia) a governança, riscos e compliance (GRC) se tornaram pilares essenciais para manter a sustentabilidade e gerar valor de sucesso das organizações.

No entanto, uma das maiores dores enfrentadas por profissionais da área é a adaptação contínua às mudanças regulatórias e a garantia de conformidade sem comprometer a eficiência operacional. Ao longo da minha carreira, tenho observado que a conformidade não é apenas uma questão de seguir regras, mas de integrar essas diretrizes aos processos táticos e operacionais, de forma que agreguem valor ao negócio. A Lei Sarbanes-Oxley e as Diretivas da União Europeia, por exemplo, trouxeram desafios significativos, entretanto também promoveram oportunidades para fortalecer o ambiente de controles internos, além de solidificar uma cultura de transparência. Nesse sentido, uma das principais dificuldades que enfrentadas é a gestão de riscos, em um ambiente regulatório em constante evolução. As mudanças nas leis, normas e diretivas podem ser repentinas e complexas, exigindo que as empresas reajam rapidamente para evitar penalidades e danos à reputação. Para mitigar esses riscos, é crucial desenvolver uma estratégia de compliance proativa e ambidestra, que inclua monitoramento contínuo (sobretudo do ambiente externo) e ajustes ágeis nas políticas internas que promovam maior velocidade nas tomadas de decisão e ação.

A implementação de tecnologias de automação e análise de dados tem se mostrado uma solução eficaz para lidar com essas demandas. Ferramentas de GRC integradas permitem a identificação precoce de riscos e a geração de relatórios precisos, facilitando a tomada de decisões informadas. Adicionalmente, a automação de processos repetitivos libera recursos humanos para se concentrarem em atividades estratégicas, ou seja, trocando rotinas corriqueiras por pensamentos de médio e longo prazos. Parar para pensar no que é essencial e oportuno. Outro aspecto vital é a cultura organizacional. Promover um ambiente em que todos os colaboradores compreendam a importância da conformidade e se sintam responsáveis por esta é essencial. Programas de treinamento e conscientização são fundamentais para capacitar as equipes a identificar e relatar violações, criando uma linha de defesa robusta contra riscos internos e externos.

Em um dos projetos que tomei frente, com foco em riscos e compliance, introduzimos uma empresa terceira para varredura de depósitos recursais, o que resultou em entradas inesperadas no fluxo de caixa da empresa. Essa iniciativa não apenas otimizou recursos financeiros, mas também destacou a importância de práticas de compliance inovadoras, fora da caixa, que geram valor e que sejam eficazes. Por fim, a comunicação com órgãos reguladores e partes interessadas deve ser clara e eficiente. Manter um diálogo aberto e transparente ajuda a construir confiança e facilita a navegação em situações complexas. Não menos importante, relatórios detalhados e insights estratégicos são ferramentas poderosas para alinhar as expectativas dos stakeholders com os objetivos corporativos. Em suma: GRC tem que estar na estratégia organizacional. (Sem sombra de dúvidas.)

Finalizando, convido você, leitor, a compartilhar suas experiências e desafios na área de Governança, Riscos e Compliance. Vamos nos conectar e trocar ideias sobre como podemos continuar a inovar e superar as barreiras da conformidade em um mundo em constante transformação. Sinta-se à vontade para me contatar aqui no LinkedIn para discutirmos essas questões e explorarmos soluções colaborativas.

Saudações.

(*) - Henrique Oliveira é professor e Executivo de Governança, Riscos e Compliance

#pelosatelite #GRC #Riscos #Compliance #Governança

 



quarta-feira, 9 de agosto de 2017

AB InBev no Leste Europeu


AB InBev irá combinar operações na Rússia e Ucrânia com cervejaria turca

A Anheuser-Busch InBev (AB InBev) anunciou hoje que fechou acordo para combinar suas operações na Rússia e Ucrânia com as da cervejaria turca Anadolu Efes Biracilik ve Malt Sanayii A.S. 

Pelo acordo, as cervejarias terão fatias iguais na empresa, que se chamará AB InBev-Efes.
A AB InBev-Efes será incluída nos resultados financeiros da Anadolu Efes. Detalhes financeiros da transação não foram revelados. 


O acordo veio após a AB InBev adquirir participação de 24% na Anadolu Efes, como parte de sua fusão com a SABMiller, em outubro do ano passado. A conclusão do acordo depende de um processo de due diligence e da aprovação de órgãos regulatórios na Rússia e Ucrânia. Por volta das 10h40 (de Brasília), as ações da AB InBev caíam 1,1% na Bolsa de Bruxelas.

Fonte: Dow Jones Newswires.

terça-feira, 25 de março de 2014

Mercado de Cerveja na Rússia


AB Inbev fecha terceira fábrica de cerveja na Rússia

Anheuser-Busch Inbev (AB Inbev): o mercado recuou mais de 25 por cento desde 2008
Moscou - A Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, irá fechar sua terceira fábrica russa em menos de dois anos, com o aumento da regulamentação prejudicando as vendas.
A Rússia tem endurecido a regulamentação das vendas de álcool a fim de refrear o consumo. Nos últimos dois anos, o mercado de cerveja foi atingido com aumentos de impostos, além de proibição de publicidade e das vendas em quiosques.
O mercado recuou mais de 25 por cento desde 2008, criando um excesso de capacidade para a maioria dos agentes do mercado, forçando-os a fechar fábricas e repensar estratégias.
A fabricante da Budweiser, Stella Artois e Corona disse nesta terça-feira que vai fechar uma de suas sete fábricas de cerveja na Rússia, em Perm. A investida segue o encerramento de uma fábrica em Kursk, em 2012, e de outra em Novocheboksarsk, em 2013.
"No contexto de um declínio geral no mercado devido ao aumento da carga fiscal e administrativa e fortalecimento da regulamentação legislativa, a empresa deve agir e tomar as medidas necessárias para manter seus negócios na Rússia", disse a InBev em um comunicado.
As vendas russas da InBev caíram 13,6 por cento no ano passado, em meio a um declínio mais amplo do mercado, com a empresa dando maior foco a marcas premium - uma categoria menos impactada com a proibição de vendas em quiosques, anteriormente um grande canal de distribuição.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Mercado Russo de Cervejas


Cerveja procura seu espaço no país da vodka



Os gigantes da cerveja viram uma queda de 10% nas vendas internas nos primeiros nove meses deste ano

“Por alguma razão desconhecida, a cerveja estrangeira na Rússia está se tornando rapidamente parecida com a nacional”, diz, em tom de brincadeira, Ígor Arnautov, analista da Investkafe.

Mas tal metamorfose não deve surpreender. Os maiores produtores estrangeiros há muito compraram as principais fábricas de cerveja da Rússia e produzem nessas instalações as marcas estrangeiras mais populares na Rússia. A parcela do mercado das importadas é de apenas 2,5% (cerca de 250 milhões de litros por ano).

Os gigantes da cerveja viram uma queda de 10% nas vendas internas nos primeiros nove meses deste ano. A União dos Cervejeiros Russos prevê que a contração do mercado continue, pelo menos, até o final de 2014.

Isso porque eles planejam deixar de comercializar cerveja em embalagens de plástico com mais de 2,5 litros, comuns na Rússia, assim como cervejas fortes, com mais de 6 graus de teor alcoolico, em garrafas com mais de dois litros, a partir do dia 1° de janeiro de 2014.

Os cervejeiros deram esse passo voluntariamente para mostrar boa vontade com a política de redução do abuso de álcool no país, segundo comunicado da união. De acordo com Arnautov, até o final de 2014 o mercado sofrerá uma redução de 25% a 30%, comparado ao de 2008.

Consolidação

Hoje, a Rússia ocupa o 29º lugar no ranking mundial de consumo de cerveja, segundo dados da união, com um consumo anual de 65 litros por pessoa. Para o diretor do Centro de Pesquisa dos Mercados Regional e Federativo do Álcool, Vadim Drobiz, porém, o número chega a mais de 70 litros.
Em 2007, quando foi registrado o pico de consumo de cerveja na Rússia, o aumento foi de 5,5 vezes em relação a meados da década de 1990. Nesse ano, cada russo consumiu 81 litros.

“Ao entrar no mercado nacional, as marcas estrangeiras o consolidaram e, obtendo direitos ilimitados de acesso à publicidade, conseguiram excelentes resultados. Em 2007, eles já controlavam 92% do mercado”, diz. O primeiro alerta aos fabricantes eufóricos veio da demografia. De 1992 a 1999 a Rússia viu diminuir significativamente sua taxa de natalidade. Como resultado, em 2007, havia quase três vezes menos jovens do que o habitual consumindo cerveja, e as vendas começaram a cair. A crise de 2008-2009 só veio agravar ainda mais a situação.

“Um antidepressivo clássico são as bebidas alcoólicas fortes”, afirma Drobiz. E quando a economia começou a ter problemas, o consumo mundial de bebidas alcoólicas fracas diminuiu em favor de bebidas fortes, inicialmente mais baratas. Como resultado, em 2010 o consumo da cerveja caiu para 72 litros por pessoa ao ano.

Nesse mesmo ano, o governo russo, cansado de essa indústria imensa não contribuir praticamente com nada para o Tesouro, interveio no mercado e aumentou o imposto sobre o consumo. Antes disso, o orçamento recebia apenas 30 bilhões de rublos (cerca de R$ 2,1 bilhões) pelos 10 a 11 bilhões de litros que os russos bebiam anualmente.
O aumento do imposto não influenciou fortemente o volume da produção, que cresceu entre 2011 e 2012. Além disso, o mercado ficou inundado de cerveja ilegal – que, segundo Drobiz, passou a compor mais de 8% do mercado (cerca de 800 milhões de litros).
Por outro lado, pequenas e médias empresas russas passaram a receber apoio do governo, e também novas grandes fábricas continuaram a crescer (por exemplo, a MPK).

Mais quedas
Neste ano, o catalisador da queda nas vendas foi a proibição da venda de cerveja em quiosques (desde 1° de janeiro de 2013). Assim, a cerveja perdeu cerca de 200 mil pontos de venda em todo o país.

De acordo com Andrêi Altúnin, diretor-geral da “Pivnáia Kompania” (do russo, “Companhia Cervejeira”), as grandes empresas reduziram sua produção e vendas, em média, em 20%.  “O Serviço Federal de Regularização do Mercado Alcoólico quer reduzir o consumo de álcool na Rússia em até 50% até 2020. Isso significa que haverá mais restrições nas vendas de cerveja”, diz.


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