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quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Mercado da China

 


Nǐ hǎo. Não ignore a China, pois essa está mais próxima do que se imagina

Os recentes conflitos geopolíticos com a China para com outros países do mundo, a destacar os Estados Unidos, vêm apontando relevantes divergências sobretudo de ordem trabalhista. Os baixos salários, as condições de trabalho análogas à escravidão (Modern Slavery) que envolvem longas jornadas de trabalho; ausência de descanso entre jornadas ou nos fins de semana, a saúde e a segurança do trabalhador (e.g.: ausência de EPIs) improvisada, bem como subsídios infundados fazem parte de uma série de itens que vem sendo questionados globalmente e que impactam na formação do preço dos produtos chineses, tornado a concorrência desleal. Esse cenário vem sendo amplamente divulgado e é conhecido no mundo empresarial. Mas, será que isso ocorre em toda China?

A China é milenar. É um país extenso, continental e distante da nossa América do Sul. O Oceano Pacífico acentua esse cenário, pois há pouca terra entre os dois continentes. Essa distância geográfica nos afasta daquela cultura oriental, faz perder o interesse em saber sobre aquele velho mundo, o que nos gera preconceitos, medo e incertezas. Alguns diriam que a China é misteriosa, ou ainda algo ameaçador. “Não sabemos quem são, mas fazemos negócios com eles”. Mas eis a questão: será que os chineses realmente são esse estereótipo? Ou somos nós, ignorantes, que não os conhecemos o suficiente, para criarmos tamanho preconceito?

Durante, aproximadamente, duas semanas, estive com um grupo de profissionais e empresários na China em uma expedição comercial e institucional. Visitamos diversas cidades como Shanghai, Shaoxing, Xinxiang, Zhengzhou e Xi’an para conhecemos o lado comercial e industrial chinês. Ao longo da caminhada, observei uma China moderna e pujante. Não entrando no viés político daquele país, o que se nota é uma nação focada no trabalho, com vontade de fazer bons negócios e gerar riqueza. Fazer dinheiro. Para tanto, o governo tem implantado uma estrutura logística interna sem precedentes. O trem bala é mais que uma realidade. (Imagina viajar de Belo Horizonte a São Paulo em apenas 3 horas?). Gruas traçam novas rotas para pontes e estradas com várias vias de acesso. Os portos são modernos e visam agilizar os movimentos de exportação e importação com eficácia. A mobilidade elétrica, rica em veículos, ônibus e motos, é amplamente incentivada, com uma única taxa, cobrada na aquisição do bem. O seu uso tem diminuído radicalmente a poluição sonora e a do ar. (Nada de IPVAs e licenciamentos todo ano, como conhecemos.) Os chineses têm sido ágeis, trabalham focados e muitos apresentam visão de longo prazo. Os meios de pagamento são ágeis e fáceis para tornar o processo mais eficiente. A lei é severa para a delinquência e a marginalidade. Tráfico de drogas e apologia ao crime? Nem pensar. A segurança pública é impressionante. A sensação de tranquilidade acalma as tensões dos cidadãos de bem.

Em termos de ensino, a criança nasce sabendo que a concorrência é grande. Enquanto um brasileiro jovem concorre com alguns milhões de habitantes para se ter sucesso no futuro no Brasil, lá a concorrência é da casa da centena de milhão. Ou seja, o cidadão tem que estudar ou tem que estudar. 6570 dias: esse é o tempo que a criança, guarda em sua memória para estar pronto para o vestibular deles, mais conhecido por Gaokao. Desde cedo, as crianças chinesas são instigadas a buscar o melhor mérito, com estudo e dedicação. Como resultado, a China é o país que mais forma engenheiros no mundo. Eu me pergunto: como estamos no quesito ensino em nosso país?

Ao citar temas como educação, infraestrutura interna e visão de longo prazo, digo que fiquei atônito com os chineses, o que me faz pensar o quanto estamos precisamos nos movimentar, em termos de cultura, competência profissional e performance geral.

Atualmente, nosso país vem assistindo uma novela das nove, com uma política carregada de pautas que não agregam valor e que não traz uma visão de futuro, essa carente de demandas concretas. O Brasil tem perdido seu tempo discutindo pautas intermináveis que, em sua maioria, já estão suportadas por lei. A insegurança jurídica, a tributação interna, com viés arrecadatório, está voltada para a manutenção de um gasto público sem limites, com pouco investimento no que interessa para nos tornarmos uma nação mais competitiva globalmente. Trata-se de uma pesada e complexa análise de risco.

De fato, nem tudo são flores na China. Há subemprego, pobreza, autoritarismo, informação limitada e outros desvios. Entretanto, temos ciência que temos também as nossas informalidades, mazelas e outros entraves, inclusive trabalhistas, que nos custam muito caro. O ponto é que a Potência Oriental tem falado mais alto. Somos imponentes enquanto nação, porém nós não somos autossuficientes, como se diz por aí. O Leão acordou e quer distribuir riqueza ao seu povo, por meio do trabalho e não através do vale refeição e dos bolsas-auxílio, sem critério ou fiscalização. O chinês entendeu que o emprego gera renda, conhecimento, experiência e ambição e, se todos seguirem o mesmo caminho, a prosperidade conjunta chegará mais rápido.

Para finalizar, traço o seguinte cenário: o tarifaço foi imputado pelo governo americano. Como consequência, a China (e outros países), como válvula de escape, irão pousar fortemente na América do Sul (É sabido que fizeram essa intervenção de forma expressiva na África.) Em suma: o Red Flag foi sinalizado.

Júlio Damião, estrategista de negócios ao qual acompanho seus trabalhos tem sido taxativo: no seu entendimento, o Brasil tem que acordar, (o que significa que as empresas devem ser as primeiras a saírem da cama, pois o governo sempre se levanta bem mais tarde.) Num ambiente em que os juros não cairão nas próximas décadas e a taxação americana tem impacto mundial, pilotar negócios, em alta temperatura e pressão, exigirá mais conexão. Nessa esteira: ter foco em fluxo de caixa, manter a empresa no tamanho adequado, manter as margens, fazer a leitura de cenários (o que exigirá uma boa análise de riscos e oportunidades); fomentar a equipe para segurar o “boi pelo chifre” e ter a IA como aliada para ganhar produtividade, são itens que devem compor a pauta de uma Conselho de Administração e suas respectivas Diretorias. Nas palavras de Damião: para ser competitivo “almoce na América e jante na China”.

Ao término da minha jornada no Oriente, esclareço o seguinte: se havia algum preconceito, medo ou incerteza sobre o império chinês, esses adjetivos foram contornados. Pelos contatos que fiz, as reuniões que participei, o desenvolvimento que assisti e a segurança que senti, acredito que vou jantar mais vezes com eles. É melhor jogar o jogo do que simplesmente assisti-lo como mero expectador coadjuvante.

Convido você conhecer mais sobre a China, indicando algumas referências a seguir do Ricardo Geromel, um executivo que conhece aquele país há mais de 20 anos. Se informe.

“Zàijiàn”, ou seja, “Tchau”!

Ricardo Geromel: COMO A CHINA ESTÁ DOMINANDO O MUNDO (E O OCIDENTE JÁ NÃO TEM CHANCE) | Market Makers #232

O PODER DA CHINA | Amazon.com.br

sábado, 15 de março de 2025

Governança, Riscos e Compliance nas Organizações 2025

Governança, Riscos e Compliance: O Desafio da Conformidade em um Cenário em Constante Mudança

por Henrique Oliveira *

Ao explorar os principais relatórios de riscos publicados globalmente, como o “2025 Global Risk Report” do World Economic Forum, ou ainda “Top Risks 2025” da Eurasia Group, o mundo corporativo cada vez mais dinâmico, incerto e com mudanças políticas e regulatórias abruptas, (basta ver os movimentos geoeconômicos acontecendo de forma impactante na América do Norte, na China e na Rússia) a governança, riscos e compliance (GRC) se tornaram pilares essenciais para manter a sustentabilidade e gerar valor de sucesso das organizações.

No entanto, uma das maiores dores enfrentadas por profissionais da área é a adaptação contínua às mudanças regulatórias e a garantia de conformidade sem comprometer a eficiência operacional. Ao longo da minha carreira, tenho observado que a conformidade não é apenas uma questão de seguir regras, mas de integrar essas diretrizes aos processos táticos e operacionais, de forma que agreguem valor ao negócio. A Lei Sarbanes-Oxley e as Diretivas da União Europeia, por exemplo, trouxeram desafios significativos, entretanto também promoveram oportunidades para fortalecer o ambiente de controles internos, além de solidificar uma cultura de transparência. Nesse sentido, uma das principais dificuldades que enfrentadas é a gestão de riscos, em um ambiente regulatório em constante evolução. As mudanças nas leis, normas e diretivas podem ser repentinas e complexas, exigindo que as empresas reajam rapidamente para evitar penalidades e danos à reputação. Para mitigar esses riscos, é crucial desenvolver uma estratégia de compliance proativa e ambidestra, que inclua monitoramento contínuo (sobretudo do ambiente externo) e ajustes ágeis nas políticas internas que promovam maior velocidade nas tomadas de decisão e ação.

A implementação de tecnologias de automação e análise de dados tem se mostrado uma solução eficaz para lidar com essas demandas. Ferramentas de GRC integradas permitem a identificação precoce de riscos e a geração de relatórios precisos, facilitando a tomada de decisões informadas. Adicionalmente, a automação de processos repetitivos libera recursos humanos para se concentrarem em atividades estratégicas, ou seja, trocando rotinas corriqueiras por pensamentos de médio e longo prazos. Parar para pensar no que é essencial e oportuno. Outro aspecto vital é a cultura organizacional. Promover um ambiente em que todos os colaboradores compreendam a importância da conformidade e se sintam responsáveis por esta é essencial. Programas de treinamento e conscientização são fundamentais para capacitar as equipes a identificar e relatar violações, criando uma linha de defesa robusta contra riscos internos e externos.

Em um dos projetos que tomei frente, com foco em riscos e compliance, introduzimos uma empresa terceira para varredura de depósitos recursais, o que resultou em entradas inesperadas no fluxo de caixa da empresa. Essa iniciativa não apenas otimizou recursos financeiros, mas também destacou a importância de práticas de compliance inovadoras, fora da caixa, que geram valor e que sejam eficazes. Por fim, a comunicação com órgãos reguladores e partes interessadas deve ser clara e eficiente. Manter um diálogo aberto e transparente ajuda a construir confiança e facilita a navegação em situações complexas. Não menos importante, relatórios detalhados e insights estratégicos são ferramentas poderosas para alinhar as expectativas dos stakeholders com os objetivos corporativos. Em suma: GRC tem que estar na estratégia organizacional. (Sem sombra de dúvidas.)

Finalizando, convido você, leitor, a compartilhar suas experiências e desafios na área de Governança, Riscos e Compliance. Vamos nos conectar e trocar ideias sobre como podemos continuar a inovar e superar as barreiras da conformidade em um mundo em constante transformação. Sinta-se à vontade para me contatar aqui no LinkedIn para discutirmos essas questões e explorarmos soluções colaborativas.

Saudações.

(*) - Henrique Oliveira é professor e Executivo de Governança, Riscos e Compliance

#pelosatelite #GRC #Riscos #Compliance #Governança

 



terça-feira, 29 de março de 2016

Yo Yo Contest 2015

Nos tempos do Yo-Yôs

Bora beber e vivenciar os meus tempos de colecionador de tampinhas para trocar por ioiôs Coca-Cola, da linha  "Professional".

Depois do que vi abaixo e da minha idade, decidi que o melhor é aposentar-me.






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