sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Abrasel e o mercado de bares e restaurantes


Abrasel: crise do metanol refreou consumo de álcool, mas não espantou os clientes

Por Joana Cunha e Diego Felix/Folhapress 10/10/2025

Bares e restaurantes estão em compasso de espera, consumindo estoques, enquanto verificam os desdobramentos da crise do metanol para entender se haverá uma tendência de queda na demanda por bebidas alcoólicas.

Donos de estabelecimentos relatam que estão com receio de repor suas reservas de bebidas, especialmente as destiladas, no momento em que o consumidor está assustado pelo noticiário das intoxicações.

A insegurança do público impacta a capacidade de previsão, segundo empresários do ramo. Ainda é cedo para concluir se a vodca e o uísque serão substituídos pela cerveja e o vinho ou se haverá outras mudanças no comportamento do consumidor e por quanto tempo. A estratégia, por ora, é queimar os estoques para não empatar o capital de giro.

Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação de restaurantes que reúne mais de 26 mil estabelecimentos), afirma que os impactos da crise do metanol têm sido percebidos com intensidade diferente conforme o padrão do estabelecimento.

"Os que atendem classe alta tiveram queda maiores, até o dobro dos estabelecimentos mais populares", afirma.

Segundo Solmucci, houve quedas de até 55% nos destilados nos bares e restaurantes de classe alta, enquanto nos demais ficaram abaixo de 30%. Uma enquete realizada pela Abrasel entre seus associados sinaliza que a crise do metanol refreou o consumo do álcool mas não espantou os clientes, já que a venda total foi menos afetada.

"Quase 70% afirmam que não perderam faturamento, sendo que 11% dizem ter aumentado. Mais de 30% relatam perdas totais que variam de 10 a 15% em média", diz Solmucci.

Saiba mais em: Abrasel: crise do metanol refreou consumo de álcool, mas não espantou os clientes

Foto: freepik.

Um comentário:

  1. É importante que haja uma procedência de onde vem os produtos. Infelizmente os impostos prejudicam os preços e, como alternativa, o mercado paralelo se fortalece. Mas não podemos esquecer que os falsificadores não pensam no público consumidor. Querem tirar proveito até da saúde deles.

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