Espólio da cervejaria Blondine vai a leilão após falência
Por Pedro Gil, da Veja Negócios
Estrutura industrial, em Itupeva, interior de SP, é avaliada
em mais de R$ 3,2 milhões
Os equipamentos de fábrica da cervejaria Blondine, em
Itupeva (SP), uma das maiores fabricantes de cervejas artesanais do Brasil,
estão à venda em leilão judicial após decretação da sua falência, em fevereiro
deste ano. A estrutura industrial da companhia, avaliada em mais de 3,2 milhões
de reais, já atraiu o interesse de nove empresas e acumula sete propostas, com
lance atual de 101 mil reais. O certame online é conduzido pela plataforma
Positivo Leilões. A venda tem como objetivo arrecadar recursos para o pagamento
de dívidas da empresa, estimadas em 5 milhões de reais.
A cervejaria foi criada pelo empresário Aloisio Farah Xerfan. Formado em
administração de empresas, o paulistano viajava muito para a
Alemanha. Ele frequentou festivais locais e começou a apreciar as
potencialidades do produto. Depois de algumas experiências profissionais no
setor cervejeiro, Xerfan decidiu abrir a sua própria indústria de bebidas
artesanais. Em 2010, o empreendedor criou a Blondine. Em 2014 a fábrica foi transferida para a cidade de Itupeva.
Entretanto, face o cenário pós-pandemia, a empresa, mesmo
cortando custos e buscando atingir novos mercados, essas ações não foram
suficientes para manter a sua sustentabilidade. Em Itupeva, mantêm-se de pé a Cervejaria Rofer.
Meus comentários: o mercado está realmente turvo, difícil de
enxergar. O poder aquisitivo tem mostrado queda no consumo de cervejas, além da
mudança de hábitos do cidadão comum. Frente aos últimos eventos relacionados a
manipulação e adulteração de bebidas alcóolicas, o cenário requer cautela por
parte do consumidor, agravando ainda a performance do setor.
É lamentável ver essa mutação abrupta no segmento de
cervejas. Até quando?
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/radar-economico/espolio-da-cervejaria-blondine-vai-a-leilao-apos-falencia/
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