A partir da semana que vem, os "borrachos" da Geral do Grêmio — e qualquer outro torcedor tricolor — poderão sentir o gosto de "alentar" o time durante os 90 minutos de jogo. Mas com moderação.
Chega às principais lojas especializadas em cerveja artesanal a Avalanche, bebida de trigo belga não-maltado (witbier) feita em homenagem à torcida que se vangloria de nunca parar de cantar.
A ideia partiu do empresário João Hernández, sócio da distribuidora H3RTAV junto de Gustavo Tavares. Gremista de coração, ele procurava uma alternativa azul à flauta de clientes que procuravam os quiosques de cervejas artesanais em busca da Colorado, de Ribeirão Preto (SP). O produto nada tem a ver com o Inter, mas a justificativa do interlocutor era sempre a mesma:
— Vou dar de presente a um amigo gremista!
Certo dia, no ano passado, Hernández confabulava ideias com ele próprio em um ônibus da Capital e teve o estalo: "uma cerveja da Geral"! O primeiro passo foi procurar os líderes da torcida, alguns deles amigos de infância.
Com a ideia aprovada, a próxima etapa era encontrar uma cervejaria especializada no ramo. Encontrou a HBier, de Santa Cruz do Sul. Com a ajuda do mestre cervejeiro Henrique Dopke, o estilo witbier soou adequado à proposta da cerveja.
Foto: Júlio Cordeiro / Agência RBS
— É suave e refrescante, daquelas que você bebe e tem vontade de repetir. Para pessoas que estão abertas a um novo estilo (de cerveja). Classificaria em um "gol engarrafado". Nenhuma torcida no mundo tem uma cerveja especial — afirma Hernández.
Uma amostra foi levada aos integrantes da Geral, que tomaram gosto pelo produto. E não conseguiam mais esconder a ansiedade à espera do lançamento. Entretanto, de agosto a março o projeto ficou estacionado aguardando a liberação do Ministério da Agricultura.
Após mais uma sequência de trâmites burocráticos, a Avalanche deve chegar às lojas na próxima semana — futuramente em supermercados — em um lote limitado para "sentir a aceitação do público", conforme Hernández. O preço deve ficar na faixa das cervejas artesanais tradicionais vendidas em Porto Alegre. Para o empresário, os altos impostos embutidos na bebida dificultam tornar o valor mais popular.
— A (cerveja) artesanal é uma coisa tão boa que todo mundo tem que provar. Infelizmente, a alta carga tributária impede que ela se popularize. Existe a ideia de fazer uma Avalanche no estilo Pilsen, mais voltada para o grande público — explica Hernández.
A H3RTAV promete lançar novas linhas de cervejas, como a Velho Casarão, em homenagem ao Olímpico, a Catimba 77 e outras duas para lembrar o técnico Valdir Espinosa e o centenário de Lupicínio Rodrigues, autor do hino do Grêmio.
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