Rio -  Os copos se erguem para um brinde. O fotógrafo pede sorrisos para registrar o momento. Recebe uma resposta gutural, como são os vocais do Sepultura: “Que sorriso, o quê? Isso aqui é heavy metal!”, dispara o guitarrista Andreas Kisser, arrancando, enfim, gargalhadas dos carrancudos companheiros de grupo.

Depois de uns goles na nova versão da cerveja de trigo Sepultura Weizen, as risadas saem como em uma conversa de bar. Ontem, os quatro metaleiros da banda participaram de uma degustação no Lapa Café para promover o produto, lançado em 2009 e que volta agora ao mercado por uma nova fábrica e com novo sabor.

“Esta segunda leva é bem melhor que a primeira”, atesta o baixista Paulo Jr., bebedor oficial do Sepultura. “Como sou o único solteiro no grupo, acabei assumindo esse posto. Eu bebo, se descer bem e não der ressaca no dia seguinte, aprovo. Os outros confiam em mim”.

Presume-se que, sendo uma cerveja atestada por músicos mal-encarados que tocam rock pesado, a Sepultura Weizen deixaria o mais sinistro dos metaleiros bêbado em poucos goles. Não é o caso. Com 5% de teor alcoólico, ela não é mais forte que a média.

“Até poderia ser mais pesada, mas perderia a característica das cervejas da Bavaria, que a gente queria buscar”, explica Paulo Jr. “Além disso, quanto mais fraca, mais ela será consumida, não é? Vamos disponibilizar em nosso site (sepultura.uol.com.br) os locais onde é possível encontrar a cerveja. Por enquanto, dá para achar em bares especializados”.