Crise coloca água no chope dos espanhóis
Situação econômica do país, que teve de cortar gastos públicos para reduzir o défict de 8% do PIB, traz impacto à cultura de sair para beber.
O bolso dói, mas ao menos o fígado agradece: a crise econômica que sufoca a Espanha e os 5 milhões de cidadãos desempregados no país está levando à extinção um dos hábitos mais comuns dos ibéricos: sair para beber cerveja. Nos últimos três anos, desde que a crise atingiu o país, o consumo caiu 86%, segundo a Confederação Espanhola de Hotelaria. A entidade apontsa que a crise aprofundou a redução no hábito, fenômeno iniciado quando a Lei anti-fumo entrou em vigor, alguns meses antes da crise estourar, em 2008. Naquele ano, as vendas de cerveja sofreram uma redução de 15%.
Para Antônio Rugarcia, empresário do setor, “essa situação coloca em perigo 7% da população em idade de trabalho”. No meu restaurante não podemos nos queixar, mas com certeza notamos uma redução tanto nas vendas como no número de clientes”, confirma o espanhol.
Atualmente, quando se passeia pelas ruas do centro de Madrid, locais que antes viviam lotados agora estão às moscas. Cerca de 20% dos típicos bares de tapas conseguem sobreviver, sem qualquer lucro. Se tornou mais comum ver pessoas fumando do lado de fora do que bebendo o típcio copo de chope que se vende na região por 1,50 euros (aproximadamente R$ 3,40).
Fonte: Jornal Metro por José Lebeña.
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