Restaurantes apostam na exclusividade das suas cervejas artesanais
A bebida pode ser degustada com massas, frutos do mar e queijos
O Globo 05/08/2013 O chef Felipe Bronze bebe a cerveja artesanal Pipo Pale Ale, produzida especialmente para seu restaurante Guillermo Giansanti / O Globo RIO - Exclusividade além dos pratos. Para cativar ainda mais a clientela, donos de restaurantes vem investindo em seus próprios rótulos de cerveja. A aposta é na cerveja artesanal, produzida para ser degustada com massas, frutos do mar e até mesmo queijo gorgonzola. O Pipo, restaurante recém-inaugurado do chef Felipe Bronze, tem duas: a Pipo Summer Ale e a Pipo Pale Ale. Ambas são produzidas em Barra do Piraí pela cervejaria Röter Brauhof e entregues com exclusividade para o chef, que sabe o valor de uma boa cerveja. A Summer Ale, vendida por R$ 14 (garrafa), é leve e refrescante. A Pale Ale, de cor acobreada e corpo médio, é maior, e sai a R$ 23. O amargor das cervejas artesanais é nítido ao paladar menos sensível e deve ser contrabalanceado pelo mestre cervejeiro.h A dupla Eduarda Dardeau e Ricardo Rosa elaborou a Aprazível Pale Ale, especialmente para o restaurante de Santa Teresa. O malte base e lúpulos tradicionais ingleses garantem uma cor âmbar e delicadas notas florais, terrosas e ligeiramente condimentadas. A garrafa custa R$ 24. Logo no primeiro fim de semana, alcançamos a venda de 200 cervejas. Nossa expectativa é comercializar nove mil em seis meses conta Pedro Hermeto, sócio da casa.
Na contramão da tendência, o Delirium e a Devassa surgiram como marcas de bebida e depois se espalharam pela cidade. No Delirium Café, em Ipanema, a cerveja mais pedida é a Delirium Tremens, que custa R$ 24,90. Não é à toa que são vendidas quatro mil unidades por mês. Hélio Vieira Jr, sócio do bar, conta que o rótulo clássico da cervejaria é feito na Bélgica. A cerveja é triplamente fermentada, sendo que a última parte do processo ocorre na própria garrafa. As qualidades únicas do lúpulo e malte utilizados se revelam num aroma frutado de abacaxi, picante e de leve álcool. A diferença dessa cerveja para as industriais é sentida na hora, principalmente quando são degustadas a temperaturas de cinco a dez graus.
A Delirium Tremens é a combinação exata de amargo e picante, sem toque de agressividade. Foi eleita a melhor cerveja do mundo pelo Hong Kong International Beer Awards aponta Hélio. O tato para o mercado de cervejas artesanais foi sentido há 11 anos pela Devassa, que apostou na fabricação própria antes de abrir as portas. A marca possui três tipos de cervejas e cinco de chope, ideais para harmonizar com os diferentes pratos da casa. Para o chef Claudio Albuquerque, a bebida deve ser degustada a temperatura de quatro a seis graus, em copos específicos para cada produto. O chope Loira, por exemplo, é servido na tulipa, enquanto o Ruiva vem na caldereta.
No Irajá Bistrô, as cervejas artesanais têm seu lugar. Pedro de Artagão já trabalha com a Jeffrey para chegar na receita certa e ter o rótulo próprio da casa e que leva o seu nome. O início da comercialização está previsto para o ano que vem.
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