Elas querem destronar a cerveja pilsen de seu longo reinado
Consumidores buscam nas bebidas artesanais novos sabores e mais corpo - e as cervejarias que investiram antes saíram na frente; confira:
Um dos mais intrigantes paradigmas da cultura brasileira parece estar, pouco a pouco, caindo por terra: a preferência pela cerveja pilsen. Ainda que os grandes fabricantes como Ambev, Femsa e Petrópolis dominem mais de 90% do mercado de cervejas, há uma fatia de 7% que detém poder: as pequenas e não mais inofensivas cervejas artesanais. Mais encorpadas, com maior teor alcoólico e muito mais caras, as cervejas que surgem das microcervejarias das regiões Sul e Sudeste.
A partir delas, muitos consumidores brasileiros passaram a aceitar que a 'loira gelada' não precisa ser tão loira, nem tão gelada assim - muitas artesanais são consumidas em temperatura mais alta do que a pilsen comum, justamente para que o sabor fique em evidência. “Esse aumento de interesse tem acontecido por dois motivos: cultural, devido à dissipação de informações sobre as cervejas artesanais nas redes sociais; e econômico, pois o consumidor brasileiro está disposto a gastar um pouco mais para degustar uma bebida de qualidade superior”, afirma Eduardo Bier, presidente da cervejaria DaDo Bier, no Rio Grande do Sul.
As cervejas premium são classificadas, basicamente, em duas famílias: as lager, cuja fermentação acontece no topo do barril, e as ale, cujo processo ocorre no fundo. No método lager, a mais famosa é a do tipo pilsen, da qual faz parte a maioria das marcas vendidas nos supermercados - as mais populares e mais consumidas pelos brasileiros. Já entre as ale, a que mais se destaca é a pale ale, uma cerveja mais clara, porém não menos encorpada. Ronaldo Morado Nascimento, presidente da cervejaria Colorado e autor do livro 'Larousse da Cerveja', explica que durante o processo de fermentação, as cervejas recebem os maltes e alguns aditivos em sua composição, responsáveis por criar sabores diferenciados. “Essas propriedades dependem muito mais da qualidade do malte e do tipo do aditivo utilizado, que pode ser laranja, café, rapadura, jabuticaba e cana de açúcar, por exemplo”, conta.
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Mais informações e fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/elas-querem-destronar-o-longo-reinado-da-cerveja-pilsen
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