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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Beer Experience São Paulo


Em Sao Paulo, festival de cervejas artesanais Beer Experience tera Rotulos de ate 200 reais

A terceira edição do festival, marcada para os dias 27, 28 e 29 de setembro, espera reunir 20 mil pessoas na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo, para degustarem as chamadas cervejas “gourmet”, cujas garrafas podem custar mais de R$ 200 a unidade. A edição do ano passado atraiu 5 mil visitantes.

Esta será a primeira vez que o festival ganhará edições fora de São Paulo. Em outubro, o “Beer Experience” chega ao Rio de Janeiro e, no mês seguinte, segue para Brasília.

Não é somente a quantidade maior de expositores – serão 50 cervejarias participantes neste ano contra 32 em 2012 – que deve chamar a atenção do público. Esta edição do festival contará com shows de SeuJorge, Demônios da Garoa e da banda de rock Matanza. Seu Jorge, aliás, cantará para vender sua própria cerveja.

A Karavelle, cervejaria inaugurada neste ano pelo cantor, terá um espaço especial no mezanino do prédio da Bienal. “Seu Jorge é um dos apoiadores do evento. Uma das razões para o aumento da venda de ingressos neste ano é a participação dele”, admite Cancegliero, que além de ser organizador do Beer Experience é dono da Cervejaria Urbana. A expectativa é que o evento fature R$ 1,5 milhão com a venda de ingressos, seis vezes mais do que no ano passado. Outra marca de cerveja recém-criada, a Biritis, do empresário Sandro Gomes, filho do humorista Mussum, também deve ter seu estande no festival. “Eles estão analisando se terão quantidade suficiente de produtos para comercializar no evento”, diz Cancegliero.

O mercado de cervejas artesanais está em crescimento. O empresário estima que, nos últimos quatro anos, cerca de 130 pequenas cervejarias entraram em operação no país, formando um mercado de 300 empresas, que faturam juntas cerca de R$ 200 milhões por ano.

“No Brasil, a cerveja artesanal virou moda. É o mesmo processo pelo qual passou o vinho”, afirma. Cancegliero explica que a bebida artesanal costuma ter maior teor alcoólico do que a cerveja comum, além de sabor mais encorpado e aroma diferenciado.

“A cerveja gourmet é mais ‘pesada’. É feita para ser apreciada, não sendo possível ingerir grandes quantidades”, diz o empresário. Além de cervejarias brasileiras como Colorado, Wäls, Way Beer, Dortmund e Júpiter, o evento contará com a participação de importadoras. Os ingressos estão à venda pelo site www.ingressorapido.com.br.

Serviço: Beer Experience (Bienal do Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3): 27/09: 18h a 1h; 28/09: 14h às 2h; 29/09: 12h às 20h. Ingresso da pista até 15/9: R$ 50 (sexta); R$ 70 (sábado) e R$ 50 (domingo). Após 15/9: R$ 60 (sexta); R$ 90 (sábado) e R$ 60 (domingo).

sábado, 3 de agosto de 2013

Cervejas Artesanais e Especiais

Mercado de bebidas

Elas querem destronar a cerveja pilsen de seu longo reinado

Consumidores buscam nas bebidas artesanais novos sabores e mais corpo - e as cervejarias que investiram antes saíram na frente; confira:

Um dos mais intrigantes paradigmas da cultura brasileira parece estar, pouco a pouco, caindo por terra: a preferência pela cerveja pilsen. Ainda que os grandes fabricantes como Ambev, Femsa e Petrópolis dominem mais de 90% do mercado de cervejas, há uma fatia de 7% que detém poder: as pequenas e não mais inofensivas cervejas artesanais. Mais encorpadas, com maior teor alcoólico e muito mais caras, as cervejas que surgem das microcervejarias das regiões Sul e Sudeste.

A partir delas, muitos consumidores brasileiros passaram a aceitar que a 'loira gelada' não precisa ser tão loira, nem tão gelada assim - muitas artesanais são consumidas em temperatura mais alta do que a pilsen comum, justamente para que o sabor fique em evidência. “Esse aumento de interesse tem acontecido por dois motivos: cultural, devido à dissipação de informações sobre as cervejas artesanais nas redes sociais; e econômico, pois o consumidor brasileiro está disposto a gastar um pouco mais para degustar uma bebida de qualidade superior”, afirma Eduardo Bier, presidente da cervejaria DaDo Bier, no Rio Grande do Sul.

As cervejas premium são classificadas, basicamente, em duas famílias: as lager, cuja fermentação acontece no topo do barril, e as ale, cujo processo ocorre no fundo. No método lager, a mais famosa é a do tipo pilsen, da qual faz parte a maioria das marcas vendidas nos supermercados - as mais populares e mais consumidas pelos brasileiros. Já entre as ale, a que mais se destaca é a pale ale, uma cerveja mais clara, porém não menos encorpada. Ronaldo Morado Nascimento, presidente da cervejaria Colorado e autor do livro 'Larousse da Cerveja', explica que durante o processo de fermentação, as cervejas recebem os maltes e alguns aditivos em sua composição, responsáveis por criar sabores diferenciados. “Essas propriedades dependem muito mais da qualidade do malte e do tipo do aditivo utilizado, que pode ser laranja, café, rapadura, jabuticaba e cana de açúcar, por exemplo”, conta.

Apesar de as pilsen terem conquistado todo o público consumidor, as pale ale são produzida a partir de ingredientes mais sofisticados, matérias-primas mais nobres e demanam mais tempo de fermentação. Além da pale ale, outro tipo que vem ganhando o gosto do brasileiro são as weissbier, fabricadas com trigo e de coloração mais clara. “Ela é considerada o ‘champagne das cervejas’ e teve boa aceitação do público, principalmente do feminino, por seu aroma natural”, afirma Nascimento. Segundo Alfredo Ferreira, mestre cervejeiro da Heineken, apesar do avanço das artesanais, ainda é cedo para afirmar que o paladar do brasileiro mudou completamente. "Ainda é uma pequena parte que se interessa e tem acesso às cervejas premium, mas esse mercado vem crescendo e pode ocorrer o mesmo que nos Estados Unidos, onde elas tiveram um verdadeiro boom e dominaram de vez as prateleiras", afirma o especialista. O site de VEJA selecionou algumas cervejarias pequenas - mas nada modestas em suas ambições. Elas querem, com a sofisticação e corpo da pale ale e da weiss, destronar o reinado das pilsen. As artesanais que chegaram lá.

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