Empresários no Sul de Minas investem em cervejarias artesanais
Empresários no Sul de Minas têm investido cada vez mais no ramo de cervejarias artesanais. Mesmo com o preço de venda um pouco mais alto em relação às cervejas comuns, as artesanais têm caído cada vez mais no gosto do consumidor e bares que servem este tipo de bebida se tornam mais comuns a cada dia. Na região, já existem seis cervejarias artesanais.
O engenheiro Juliano Brandão se define como um verdadeiro apreciador de cervejas. Já experimentou várias, dentro e fora do país. Há algum tempo trocou o consumo das convencionais, comuns no mercado, pelas artesanais e acredita que o sabor é bem melhor. "Quem faz a cerveja artesanal, gosta do que faz e faz bem feito. E eu gosto do que é bem feito", afirma.
Segundo o comerciante Bruno Gomes Martins, que tem um bar em Pouso Alegre (MG), um aumento na procura por cervejas artesanais tem acontecido nos últimos anos. Ele abriu o negócio há quatro anos e meio e trabalha com mais de 100 variedades da bebida vindas de diferentes estados e países. "Teve um aumento de dois anos pra cá, a demanda dos diferentes tipos de cervejas cresceu demais e a curiosidade [das pessoas] de saber porque é diferente. Então, cada estilo se adequa a cada pessoa e isso vai trazendo público e a cultura cervejeira para o Sul de Minas."
Em Minas Gerais existem 25 cervejarias registradas no Ministério da Agricultura e seis delas estão no Sul de Minas. Segundo dados divulgados em junho pelo Sindbebidas, sindicato da categoria, no Brasil os fabricantes têm um crescimento médio de 21% ao ano e uma produção de 1,1 milhão de litros todos os meses.
Investimento em diferencial
O alemão Jörg Franz Shwabe se tornou mestre cervejeiro em 1972. Ele montou uma marca especializada em chopes e há cinco anos também produz cinco diferentes cervejas artesanais em Monte Verde, distrito de Camanducaia (MG). Na fábrica, ele acompanha cada processo, até na hora de ver se a cerveja está pronta para ser comercializada. "Acompanhamento direto desde o início, da compra da matéria-prima, você faz sua análise visual, a fermentação, maturação até o produto pronto", explica.
O alemão Jörg Franz Shwabe se tornou mestre cervejeiro em 1972. Ele montou uma marca especializada em chopes e há cinco anos também produz cinco diferentes cervejas artesanais em Monte Verde, distrito de Camanducaia (MG). Na fábrica, ele acompanha cada processo, até na hora de ver se a cerveja está pronta para ser comercializada. "Acompanhamento direto desde o início, da compra da matéria-prima, você faz sua análise visual, a fermentação, maturação até o produto pronto", explica.
No restaurante especializado em cervejas artesanais no distrito, o cliente tem uma vantagem: além de experimentar a bebida, ele tem a oportunidade de conhecer a fabricação dela, que fica bem ao lado. "Quem experimenta uma cerveja artesanal dificilmente volta a consumir uma industrializada. É a pura cevada realmente", aprova o cliente Renato Garuti
O engenheiro Henrique Del Castillo também montou uma fábrica de cerveja artesanal na fazenda dele, em Santa Rita do Sapucaí (MG). De portas abertas há três anos, no local são envasados 20 mil litros por mês. "Você começa produzindo em casa, em panelas, de 20 litros até 60 litros, de repente você vê que isso pode ser uma oportunidade de negócio. É isso, você começa com um foco caseiro e depois passa para um foco de negócios", conta.
A cerveja artesanal custa em média duas a três vezes mais que as comuns, mas o consumidor não reclama da diferença. "Vale a pena por causa do sabor e da dedicação colocada neste tipo de cerveja", completa Brandão.
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