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domingo, 10 de novembro de 2013

Teste do bafometro com cerveja sem álcool



FRANK MARTINS
Durante uma balada, em uma casa noturna na região centro-sul de Belo Horizonte, fui até o balcão e pedi ao atendente uma cerveja sem álcool. O funcionário respondeu da seguinte forma: ‘qual que você quer?’ Se imaginarmos a mesma cena há, pelo menos, um ano, provavelmente a resposta seria que o estabelecimento não trabalhava com cervejas do gênero ou que tinha apenas uma marca a oferecer.

Isso mostra uma adaptação à nova realidade dos bares e restaurantes da capital mineira, que lamentam a queda no movimento e no faturamento dos negócios, principalmente após o maior rigor da Lei Seca, que aumentou de R$ 957,65 para R$ 1.915,30 a multa de quem for pego dirigindo após ingerir bebida alcoólica, além da retenção do veículo e da habilitação. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel), houve queda de 20% na venda de bebidas alcoólicas e de 10% no movimento nos bares da cidade.

Após passar pelas fases do táxi, do rodízio de amigos para ser o motorista da rodada, da tentativa frustrada de utilizar o transporte público durante a madrugada em Belo Horizonte, e de até ir a pé para um bar mais perto de casa, agora as cervejas sem álcool parecem ser realmente as novas vedetes das baladas para quem quer sair de casa com o carro e não abre mão de uma cerveja. Mas, beber essas chamadas cervejas sem álcool é realmente seguro?

Para tirar essa dúvida, escolhemos cinco marcas de cervejas sem álcool vendidas nos supermercados de Belo Horizonte (Brahma 0,0%, Liber, Itaipava 0,0%, Schincariol 0,0% e Bavaria Sem Álcool).

Com o auxílio da Polícia Militar de Minas Gerais, que forneceu o bafômetro para auxiliar na reportagem, o teste foi realizado com cinco jornalistas da redação de O TEMPO. Cada um bebeu duas latas de cerveja, com 350 ml cada, e esperou um intervalo de 10 minutos entre cada uma para soprar o bafômetro. Foram testadas quatro marcas totalmente livres de álcool e uma com baixo teor (0,5% de álcool).

Com a supervisão da Polícia Militar, todas as cinco marcas de cerveja utilizadas no teste passaram no bafômetro sem acusar nenhuma concentração de álcool.

Mas é importante ressaltar que são vários os fatores que influenciam nos números que aparecem no teste do bafômetro. Entre eles, a idade, o sexo, a alimentação ingerida junto com a bebida alcoólica, até as características físicas da pessoa e o tempo entre o uso da bebida e a realização do teste.

Cerveja sem álcool é cerveja mesmo?

Muitos bebedores viram o rosto e fazem até cara de nojo quando o assunto é cerveja sem álcool. Só que, de acordo com a jornalista e sommelière de cerveja Fabiana Arreguy, a cerveja sem álcool é um tipo de cerveja sim, e não um suco de cevada como alguns leigos no assunto costumam se referir. Segundo Fabiana, as cervejas sem álcool são produzidas em um processo de fermentação interrompida. Dessa forma, acontece uma inibição da produção de álcool na mistura de malte e água aquecidos.

Mas isso não quer dizer que o gosto seja o mesmo das cervejas convencionais. Diferente do resultado positivo no exame do bafômetro, a maioria das cervejas zero são reprovadas pelos consumidores no quesito sabor. Geralmente essas cervejas têm um gosto mais adocicado e a sensação maior de amargor do lúpulo após a ingestão. “Na minha opinião, o sabor fica muito prejudicado com a fermentação incompleta. Mas acho de extrema importância a existência delas, pois oferecem o direito, a quem tem restrições ao álcool, de tomar cerveja, cuja característica maior é ser agregadora, abraçar todo tipo de público, e de ser uma bebida democrática”, ressalta Arreguy.

Apesar de ser mais comum encontrar no mercado as zero de Pilsen e de trigo, para informação dos adoradores da bebida da deusa Ninkasi, tecnicamente, qualquer cerveja pode ser produzida sem álcool. Para isso, basta que o cervejeiro aplique as teorias da inibição da produção de álcool ou da retirada posterior (quando a cerveja é produzida normalmente e, depois, passa por equipamentos que separam o álcool).

Os investimentos neste tipo de bebida

O segmento de cerveja sem álcool tem grande potencial. Na Espanha, tem 15% do mercado total de cerveja; nos EUA, 5% e no Brasil, apenas 0,3%. O consumidor está mais consciente em relação à Lei Seca e ao consumo responsável, mas não abre mão do sabor de uma cervejinha.

Pesquisas recentes também revelam outra tendência global relacionada à queda no consumo do álcool. No ano passado, 2,2 milhões litros de cerveja não-alcoólica foram consumidos no mundo, um aumento de 80% na comparação com o consumo registrado cinco anos antes, em 2007.

No Brasil, a Ambev está no mercado das cervejas sem álcool desde os anos 90 e é líder do segmento. Recentemente, ela lançou a Brahma 0,0%, em latas de 350 ml e garrafas long neck. Segundo a empresa, a Brahma 0,0% é resultado de três anos de pesquisa e de um grande investimento em processos e equipamentos, que gerou a produção de mais de 84 tipos diferentes até chegar no modelo disponível no mercado.

De acordo com o gerente de marketing da Brahma, Nilson Kalili, este novo produto é mais uma evolução na categoria das zero. “Trazemos para o mercado a cerveja com o sabor que os consumidores querem em uma opção sem álcool”, afirma Kalili. Os ingredientes, de acordo com a fabricante, são os mesmos que os de uma cerveja pilsen: malte, cereais não malteados, carboidratos, lúpulo e água. E essa será a cerveja sem álcool oficial da Copa do Mundo FIFA de 2014.

Fonte: http://www.otempo.com.br/interessa/jornalistas-bebem-cerveja-sem-%C3%A1lcool-e-fazem-o-teste-do-baf%C3%B4metro-1.743224

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Consumo responsável



Cerveja austríaca troca rótulo por passe de ônibus


Foto: Ilustrativa

Em uma campanha contra a fatal combinação álcool e direção, a cerveja austríaca Stiegl teve uma ideia socialmente responsável e criativa. A marca trocou o rótulo da bebida por um passe que dava acesso gratuito ao transporte público. A campanha, feita em parceria com a agência Demner, Merlicek & Bergmann, foi lançada em dezembro de 2012, para diminuir acidentes de trânsito causados por bebedeiras na cidade austríaca de Salzburg.

Com o passe livre na embalagem, os consumidores voltariam em segurança para a casa sem que as vendas da bebida diminuíssem. A campanha deu tão certo que rendeu vários prêmios a Stiegl. 

A marca ainda ganhou o título de cerveja mais socialmente responsável.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Lei Seca em BH

Lei Seca em BH

Blitz na Zona Sul de Belo Horizonte leva à prisão quem saiu produzido para a balada Poucas pessoas quiseram conversar com a reportagem, mas, ainda sob a influência da bebida, não deixaram de fazer piadinhas e até desafiar as autoridades
Uma megablitz da Lei Seca organizada pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) numa das rotas das boates e casas noturnas mais badaladas da capital prendeu 13 motoristas por dirigir embriagados na madrugada de ontem. Os resultados mostram que as operações não se restringem a pessoas menos favorecidas, já que oito dos conduzidos tinham curso superior, entre eles advogados e empresários. Um público diferente, em roupas de festa, com brilhos, decotes e maquiagem, que lotou as dependências da delegacia do Departamento de Trânsito (Detran) da Avenida João Pinheiro, em Lourdes, Região Centro-Sul. O cerco ocorreu entre meia-noite e 5h30, na BR-356, entre o BH Shopping e o Shopping Ponteio, altura do Bairro Belvedere, na mesma região.

O número de jovens bem vestidos apreendidos se mostrou uma cena incomum nas dependências do Detran, no início da manhã de ontem. Pelo menos meia dúzia de suspeitos ficou presa na sala de custódia, que é de vidro, mas os gabinetes de escrivães, delegados e de registro de ocorrências da PM ficaram repletos de gente, parecendo até serem parte de uma “festa” por causa dos vestidos de gala, roupas de grife, joias e relógios da moda. O cheiro de álcool concentrado nesses recintos era tão forte que os policiais se recusaram a atender de portas fechadas. A todo momento, entre bocejos, os jovens usavam seus celulares para pedir que os pais, familiares e amigos os ajudassem. Segundo a PMRv, 11 suspeitos eram homens e havia duas mulheres.

Os níveis de álcool encontrados no ar expelido dos oito condutores que se submeteram ao bafômetro variaram de 0,52 a 0,98mg/l, sendo que 0,34mg/l já representa crime de trânsito, punido com prisão em flagrante, recolhimento de veículo, suspensão da CNH e multa de R$ 1.915,30. Uma das pessoas conduzidas ao Detran era uma estilista de 25 anos, que além de apresentar 0,61mg de álcool foi flagrada com uma bucha de maconha e transportando R$ 25 mil em joias. A mulher conseguiu provar que as peças eram de sua propriedade e transferiu sua posse para um amigo.

IRONIAS E PIADAS Poucas pessoas quiseram conversar com a reportagem, mas, ainda sob a influência da bebida, não deixaram de fazer piadinhas e até desafiar as autoridades, como um rapaz de menos de 30 anos, que chegou a dizer aos risos que “as blitzes estão certas. Só não pode me pegar de novo”. Uma chefe de cozinha, de 28, foi detida conduzindo seu veículo com um dos mais altos níveis de álcool no sangue, de 0,84mg/l, mas justificou a situação dizendo que é obrigada a experimentar pratos preparados com bebidas alcoólicas. “A blitz não pode ser tão agressiva. Minha prisão é indevida. Não estava me embriagando, mas trabalhando. Saí do restaurante na (Avenida) Francisco Deslandes (Bairro Anchieta) onde preparava alimentos, por volta de 1h30, e estava indo para minha casa, no Bairro Vila da Serra (em Nova Lima, na Grande BH)”, disse.

De acordo com a PM, a operação contou com a participação de 42 militares em 12 viaturas. Foram abordados 267 veículos, sendo que 14 deles acabaram removidos para o pátio de apreensões do Bairro Betânia, no Anel Rodoviário, Região Oeste. Os policiais autuaram 54 pessoas por infrações de trânsito e recolheram 22 carteiras nacionais de Habilitação (CNHs). A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) também divulgou balanço da Operação Sou pela Vida do sábado, informando que, dos 159 veículos abordados nas ruas de BH, três condutores foram presos por crime de trânsito, dois inabilitados detidos e seis pessoas sem sintomas que se recusaram a fazer o teste de alcoolemia e foram multadas em R$ 1.915,30.

O sargento Wander Orlandi foi enfático ao dizer que blitzes dessa envergadura continuarão a ser feitas de surpresa nas principais rotas de casas noturnas e de shows, para prevenir a condução de veículos sob efeito de álcool. “Todos esses motoristas foram presos em flagrante por crimes de trânsito e são uma amostra de que a tolerância é zero mesmo. Não vamos facilitar para ninguém”, frisou o militar.
 

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Lei Seca 2013

Começa a valer norma mais rígida para a lei seca

por VANNILDO MENDES - Agência Estado

A tolerância zero no trânsito em relação ao consumo de bebidas alcoólicas agora é para valer. O motorista que for apanhado com qualquer concentração de álcool no organismo, mesmo causada por um simples bombom de licor, será autuado por infração gravíssima. Se o teor alcoólico estiver acima de 0,34 miligramas por litro de ar (ou seis decigramas por litro de sangue), o equivalente a seis latinhas de cerveja ou três doses de uísque, em média, além das penas administrativas, o motorista responderá a processo criminal, podendo pegar de seis meses a três anos de prisão, mais pagamento de multa e cassação da carteira de habilitação.



As medidas estão previstas na Resolução 432 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União, e serão aplicadas imediatamente pelos agentes de trânsito nas blitze de todo o País, inclusive no próximo feriado de Carnaval, período de maior concentração dos acidentes por embriaguez, segundo informou o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. "Sabemos que não se reduz os acidentes por decreto, mas é preciso dar um basta à violência do trânsito", disse ele. "O grande objetivo é mudar a postura da sociedade em relação ao risco do uso do álcool ao volante", explicou.


A medida anunciada nesta terça acaba com a margem de tolerância de um décimo de miligrama (0,10) de álcool por litro de ar, permitida anteriormente pelo Decreto 6.488/2008, quando o condutor assoprava o bafômetro, e de no máximo duas decigramas por litro de sangue, no caso de exames. A Lei Seca (12.760/2012) impôs ao Contran determinar a nova margem de tolerância, definida agora pela Resolução 432. A penalidade após autuação fixa multa de R$ 1.915,30, recolhimento da habilitação, suspensão do direito de dirigir por 12 meses, além da retenção do veículo, até a apresentação de condutor habilitado. Em reincidência, dentro de um ano, o valor da multa será duplicado e poderá chegar a R$ 3.830,60.


Na hipótese de o motorista se negar a fazer o teste do bafômetro, o agente de fiscalização poderá aplicar a autuação administrativa e preencher o questionário de "Sinais de Alteração da Capacidade Psicomotora", que será anexado à autuação. Nesse caso, o condutor também poderá ser encaminhado à delegacia. O questionário apresenta informações como aparência do condutor, sinais de sonolência, olhos vermelhos, odor de álcool, agressividade, senso de orientação, fala alterada, entre outras características.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,comeca-a-valer-norma-mais-rigida-para-a-lei-seca,990456,0.htm

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Lei Seca

Ministro das Cidades defendeu "tolerância zero" para quem dirigir depois de consumir bebidas alcoólicas

Bafômetro
Uso do bafômetro pelas polícias rodoviáras será estimulado (Folha Imagem)

O governo federal vai elevar o tom do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes (Parada). Estão no plano mudanças na legislação, ações com estatais e distribuição de 1 milhão de bafômetros para Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans).

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, defendeu "tolerância zero" para quem dirigir depois de consumir bebidas alcoólicas. Ou seja: o motorista seria considerado infrator com qualquer quantidade de álcool no sangue e precisaria do bafômetro para se defender da suspeita de autoridades de trânsito. Hoje, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estipula como limite a presença de 6 decigramas de álcool por mililitro de sangue. Se a concentração de álcool for menor, o condutor é autorizado a continuar dirigindo.

Se prevalecer a tese mais radical, de enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) banindo a combinação de álcool e direção, o Brasil estaria alinhado a "países mais avançados, onde o respeito à vida está acima da história de produzir prova contra si mesmo", explicou Ribeiro.

Durante visita ao Salão do Automóvel nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff e o ministro visitarão um simulador em que motoristas conseguem perceber a perda de reflexos provocada pela bebida. Outro equipamento nessa linha será em breve apresentado a motociclistas. Ribeiro ainda deve assinar acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para incluir, junto ao manual dos veículos saídos das fábricas, uma lista com os dez mandamentos do bom condutor. Outro acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) obrigará vendedores de automóveis a oferecer dicas e orientações de segurança a compradores.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/governo-vai-distribuir-1-milhao-de-bafometros--2
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