O resgate de cultura por meio do compartilhamento de
memória
Ao assisitr o filme francês “Lucy” filmado em
2014 e produzido por Luc Bresson, tendo como principal atriz Scarlet Johanson como
o personagem-título e Morgan Freemam como Professor Norman, uma cena me chamou
atenção que tem muito haver com a preservação de uma cultura.
No filme, Lucy é
contaminada por uma droga sintética – CPH4 que propiciou um aumento expressivo
da capacidade intelectual. Como resultado, ela gradativamente começa a adquirir
capacidades físicas e mentais cada vez mais elevadas, como telepatia, telecinese,
etrocinese além de absorver conhecimento instantâneamente. Esses excessos, em
contra-partida, iniciam um processo de degradação celular em todo seu corpo podendo a levar à morte.
Ao encontrar com professor
Norman, Lucy pergunta o que fazer com tanto conhecimento, uma vez que a morte
está por vir. E nesse momento professor Norman diz a máxima: “- Passe para
frente! Compartilhe”!
Essa cena foi marcante.
Não estamos aqui para todo sempre. O que mais guardamos conosco é conhecimento
e comportamento. Nossos pais, nós mesmos aprendemos com eles ou por meio de outros
conhecimento e comportamento e o conjunto dessas ações, quando tomadas de
conjunto, em um grupo coletivo, forma o que chamamos de cultura.
Para que uma cidade ou
mesmo um município não perca a sua cultura (suas artes, gastronômia, etc.),
locais de “reunião de cultura” foram e são formados. Nessas circunstâncias,
arquivos públicos, bibliotecas, museus, institutos culturais e de memória são
mantidos pelo governo ou por particulares com o intuito de preservar a memória
individual e coletiva.
Se você tem um depoimento,
alguma fotografia antiga, um objeto – não valioso materialmente, mas que
retrate a história ou um momento marcante, um jornal ou periódico antigo ou
ainda um bom livro, não deixe de avaliar e procurar um desses estabelecimentos.
O conhecimento deve e tem que ser compartilhado! Doando um livro, uma foto,
você pode perpertuar a memória que talvez esteja sendo apagada pelo tempo ou
pelo descaso.
Participe! Vasculhe suas
antigas gavetas e compartilhe! Pense nisso!
Henrique Oliveira é escritor
especialista em cervejas, autor do livro Brasil Beer – O Guia de Cervejas
Brasileiras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário