quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Mercado de cervejas nacional

 Microcervejarias apontam quedas em vendas. Algumas passam a interromper a produção e se colocam a disposição no mercado.


Com a queda da renda e o poder aquisitivo das pessoas, juros altos, variação cambial nas alturas, além das mudanças de hábitos de consumo pelos clientes (muitos estão preferindo conhecer drinques e RTD's - Ready to Drink) e impactos dos riscos climáticos, cervejarias buscam a renovação e outras decidem interromper as atividades. 

O efeito vem surgindo reflexos no mercado. No dia 29 de outubro, a Bierland decidiu encerrar as suas atividades, após 21 anos de operação no mercado cervejeiro. As instalações capazes de produzir 120 mil litros de cervejas por mês e o imóvel próprio foram colocados à venda. A casa conquistou mais de 130 medalhas em diversas competições nacionais e internacionais, promoveu concursos caseiros de cervejas, criou cervejas que retratam a história de sua região, bem como brassagens coletivas. A empresa destaca que se encontra com as obrigações fiscais e tributárias em dia, para deixar claro que suas contribuições foram realizadas em sua íntegra e que o próximo empreendedor terá caminho livre para seguir em frente, sem tropeços internos e para com stakeholders. 


Já a Bueno Beer, anunciou que irá encerrar as operações, após 6 anos de atividades. A cervejaria de Mogi das Cruzes também vem passando por tempos adversos. 

Cabe destacar que boa parte dos insumos como malte, lúpulo e levedos são baseados em dólares. Com alta do câmbio, os custos começam a apertar. Adicionalmente, a alta dos custos com energia elétrica (a tarifa vermelha) impactam no aumento de preços dos produtos, retardando o rítmo de vendas.

Nesse sentido, conforme meu último artigo escrito no blog e publicado na Revista Engarrafador Moderno, ("Mais é Menos"), as cervejarias locais deverão se reinventar. Cabe decidir a velocidade a ser tomada, para que o impacto seja o menor possível.

Aqui cabe uma dica que li no Brazil Journal dessa semana, destacada por Marcelo Tripolli, da Agência de Publicidade ZMes, para empreendedores em geral: Os influenciadores serão máquinas de vendas do futuro. Na China, eles são chamados de KOL (Key Opinion Leaders). Um dos influenciadores de maior sucesso é Austin Li. Esse profissional fatura US$200 milhões por mês (isso, você leu certo, mês), com vendas que promove em suas lives e postagens.(Mesmo sofrendo repressões governamentais.)

Há ainda uma luz no fim do túnel. O Setor tem procurado manter os seus propósitos, por meio de eventos (e.g.: oktoberfest, Mondial de La Bière, Exposições e Feiras), e encontros especiais. Há ainda processos de fusões e aquisições, sobretudo em regiões mais quentes. (Mas onde no Brasil não está quente?)

#pelosatelite #bierland #avecesarco #mercadodecervejas

Saiba mais: https://braziljournal.com/no-cockpit-da-formula-1-brasileiros-na-china-o-best-seller-do-senna/?utm_source=Brazil+Journal&utm_campaign=ffa48d001e-news30102024-3&utm_medium=email&utm_term=0_850f0f7afd-ffa48d001e-623781159 



2 comentários:

  1. Realmente não é fácil. E essa mudança de hábito de consumo é mundial. Várias cervejarias no mundo estão fechando.

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    1. Exatamente, Alef. Tem que ter um fomento governamental para auxiliar toda a cadeia de valor. O lúpulo brasileiro, por exemplo, precisa ser incentivado para incrementarmos a indústria nacional e o setor de cervejas.

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