Lúpulo no Brasil: Perspectivas e Realidades
Foi lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) o livro “Lúpulo no Brasil: Perspectivas e Realidades”, sob a Organização do engenheiro agrônomo mestre em agrossistemas Stephanie Gomes Kretzer e o especialista Alexander Creuz.
O livro dividido em 5 capítulos, apresenta um diagnóstico da
situação atual do cultivo de lúpulo no Brasil; um plano de viabilidade técnica
e econômica para plantio comercial do lúpulo; um estudo sobre a estruturação da
cadeia produtiva de lúpulo nos principais países produtores; um plano de ação
para o futuro da produção de lúpulo no Brasil e; um manual de boas práticas
agrícolas para a produção de lúpulo.
História
Curiosamente, segundo dados do próprio livro, o lúpulo já esteve no Brasil no século XIX, por volta de 1860, na região que hoje é o Rio Grande do Sul, trazidas pelo Barão Von Steinberg. Posteriormente no ano de 1868, na região de Petrópolis, as plantações de lúpulo cativaram o ministro da agricultura Joaquim Antão Fernandes leão e o Comendador Antônio José Gomes Pereira Bastos, proprietário de uma importante cervejaria na região. A área de cultivo do lúpulo nesta época contava com aproximadamente 150 plantas que tiveram resultados satisfatórios justamente esses resultados que despertaram o interesse do Comendador Antônio José Gomes Pereira Bastos em uma de suas viagens à França onde seria membro adjunto da exposição Internacional de Paris ele teve contato com importantes cultivadores de lúpulo da Alemanha, Inglaterra e Bélgica, dos quais entre uma conversa e outra conseguiu absorver muito conhecimento para trazer ao Brasil junto com algumas mudas de lucro essas mudas foram destinadas ao ministro da agricultura para que distribuíssem pelas colônias nem porém todos esforços não parecia estar sendo correspondido. Com a seca e calor de verão de 1871, parte grande das plantações morreram. As poucas plantas que restaram foram distribuídas nas regiões de Nova Friburgo hm é em Minas Gerais, mais precisamente na região de Lavras. (Cito essa passagem no Livro Cervejarias Mineiras: da Imigração ao Copo), ainda em produção.
O lúpulo tem sido utilizado na indústria alimentícia e cosmética além da utilização na medicina na culinária e na alimentação animal
na indústria alimentícia. 97% do lúpulo produzido no mundo é destinado
sobretudo a fabricação de cerveja, pois as resinas (alfa e beta-ácidos) e os óleos
essenciais proporcionam cor, amargor, aroma e sabor, além de atuar como
conservante natural e estabilizador de espuma.
O cultivo de lúpulo no país tem sido um passo muito importante para o início de uma nova cadeia produtiva do setor agrícola, a qual está iniciando e possui um papel estratégico dentro do mercado cervejeiro brasileiro, que é o terceiro maior produtor do mundo, com produção de 14 bilhões de litros por ano. Essa produção representa cerca de 2% do PIB com um faturamento de R$100 bilhões por ano e geração de 2.7 de empregos. A indústria cervejeira nacional importa 99% de todo lúpulo consumido. No ano de 2020, o Brasil importou mais de 3.200 toneladas de lúpulo, representando um montante de US$57 milhões no período.
Dentre as variedades mais cultivadas de lúpulo entre os
produtores no país, atualmente, são as variedades Cascade, Chinook e Columbus. Curiosamente,
há a existência do lúpulo Mantiqueira, uma variedade transformada ao acaso no
Brasil, em um viveiro localizado em São Bento do Sapucaí, no estado de São
Paulo.
O livro, de leitura rápida, é bastante instrutivo para
aqueles que deseja conhecer a sua cadeia de valor. Naturalmente, para aqueles
de desejam investir, alguns cuidados devem ser tomados, pois a planta necessita
de solo e luminosidade adequados para gerar maior capacidade de produção,
desenvolvimento e, por consequência, retorno sustentável ao investimento que, por hectare,
é considerado alto.
Saiba mais sobre o livro “Lúpulo no Brasil: Perspectivas e Realidades:
no link abaixo:
livro_lupulo-no-brasil-perspectivas-e-realidade_baixa_semmarcacao.pdf (www.gov.br)
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