Cerveja ficará mais barata e encorpada com a ajuda da biologia sintética
- Pesquisadores britânicos alteram genoma do fermento natural usado na fabricação da bebida
RIO - Com a ajuda da ciência, pesquisadores britânicos estão desenvolvendo um novo tipo de levedura que poderá ser usado na produção de uma cerveja mais barata e com um sabor mais forte. O trabalho faz parte de um projeto internacional de biologia sintética, que desenvolve novas formas de vida.
A levedura usada na indústria cervejeira (Saccharomyces cerevisiae) como um fermento natural recebeu alterações genéticas. As novas cepas conseguem tolerar mais álcool antes de morrer, dando o gosto mais encorpado à bebida. Além disso, o novo processo de fermentação é mais eficiente, já que precisa de menos energia, explica Paul Freemont, professor do centro de biologia sintética e inovação do Imperial College London.
O projeto de desenvolvimento da levedura sintética, conhecido como Sc2.0, recebeu 1 milhão de libras do Reino Unido.
Especialistas de diversas partes do mundo estão nesta semana em Londres para trocar informações sobre este assunto.
A expectativa dos pesquisadores é que o ministro de Ciência do Reino Unido, David Willett, anuncie investimentos de 10 milhões de libras para o desenvolvimento de novos organismos sintéticos. A iniciativa deverá beneficiar projetos de novos combustíveis, medicamentos e alimentos.
A biologia sintética, entretanto, não está imune a críticas. Há quem acuse os cientistas de estarem “brincando de Deus” por criarem novas formas de vida. Outros dizem que os organismos sintéticos podem escapar ao controle, ameaçando outras formas de vida.
Os pesquisadores, rebatendo as acusações, garantem que são capazes de projetar mecanismos de segurança, impedindo que organismos criados pelo homem sobrevivam na natureza. Além disso, alegam que seguem normas muito rígidas no trabalho.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/cerveja-ficara-mais-barata-encorpada-com-ajuda-da-biologia-sintetica-8996004#ixzz2YqCnfo4i
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