domingo, 7 de julho de 2013

Cerveja Artesanal

O hobby da cerveja especial

As cervejas especiais, principalmente as nacionais, são encontradas em seções próprias de alguns supermercados

Diário de Guarapuava  por João Quaquio
 
Nos últimos anos, é crescente o interesse do brasileiro pela apreciação de cervejas especiais. Seja pela predominância de um dos ingredientes tradicionais ou pela adição pouco conhecida de outros, como cacau ou coentro, o consumidor já tem à disposição esses produtos em bares, restaurantes e supermercados. Em Guarapuava, o cenário não é diferente. Além da disponibilidade em alguns estabelecimentos, há quem fabrique cerveja em casa ou quem seja especialista no ofício de identificar os diversos tipos da bebida.

Há três anos com um estabelecimento em Guarapuava, o sócio-proprietário de um pub, William Mores, conta que há cinco anos era difícil encontrar cervejas especiais sendo comercializadas na cidade. Mas uma mudança no perfil do consumidor contribuiu para que o cenário começasse a mudar. “O consumidor de cervejas ficou mais exigente. Há alguns anos, não existia um lugar em Guarapuava para consumir cerveja especial. Isso acaba lhe expandindo um pouco o horizonte”, diz.

Um exemplo típico de que há o interesse pelas cervejas especiais é o fato do frequentador do pub dificilmente sair do estabelecimento sem ao menos provar um dos 76 rótulos disponíveis. “O consumidor não só experimenta uma cerveja diferente, mas ele pesquisa sobre essa cerveja. Ele quer saber se é vermelha, se o teor alcoólico é maior”, comenta Mores. E o preço não é barreira para a venda. Uma das melhores cervejas belgas, a Deus, é comercializada no pub a R$ 200. “É superdifícil encontrá-la. Mas, quando a encontro, vendo imediatamente. É uma garrafa que está sempre em falta”, revela.
Atualmente, as cervejas especiais, principalmente as nacionais, são encontradas em sessões próprias de alguns supermercados da cidade, em lojas de conveniência de postos de combustíveis, em hamburguerias e restaurantes mais sofisticados da cidade.

O interesse por experimentar sabores surgiu na cozinha de casa, na colônia Vitória, em Entre Rios. Mas, o analista de marketing da cooperativa Agrária, Alexander Weckl, jamais imaginava um dia tornar-se um sommelier de cervejas. Foi por acaso que ele descobriu aptidão para o ofício, quando viajava a trabalho, na Alemanha. Três anos depois, em setembro de 2013, ele retorna ao país para disputar com 50 especialistas o título de melhor biersommelier no mundo.

Boa parte dos conhecimentos que Alex adquiriu no curso, em viagens e nas degustações serão testados no 3º Campeonato Mundial de Sommelier de Cervejas, promovido pela própria Doemens Akademie. A competição deve reunir, dentre os 50 participantes, dez brasileiros. O sommelier guarapuavano não sabe precisamente qual será o formato da competição.

Fabricação em casa
O interesse por cervejas artesanais e importadas levou o publicitário guarapuavano Leonardo Sampaio, 29 anos, a dominar o processo de fabricação caseira de cerveja. Após dois anos em Curitiba, de degustação em degustação, ele participou de um curso e aprendeu como produzir a bebida na panela. Assim surgiu a marca Hank Bier, que faz sucesso entre amigos. A vontade em conhecer bebidas novas levou o publicitário a bares especializados na capital a partir de 2008. “Comecei a conhecer grupos de pessoas que frequentavam esses locais. A partir de um deles, conheci a cervejaria Bodebrown, que toda sexta-feira, no final do expediente, fazia encontros para degustação de cervejas diferentes”, contou. “Como nesses encontros compareciam pessoas que já produziam, a cervejaria começou a ministrar cursos para ensiná-las a fazer a bebida na panela”, completa ele, que participou de uma turma formada em 2010.

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