Blitz na Zona Sul de Belo Horizonte leva à prisão quem saiu produzido para a balada Poucas pessoas quiseram conversar com a reportagem, mas, ainda sob a influência da bebida, não deixaram de fazer piadinhas e até desafiar as autoridades
Uma megablitz da Lei Seca organizada pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) numa das rotas das boates e casas noturnas mais badaladas da capital prendeu 13 motoristas por dirigir embriagados na madrugada de ontem. Os resultados mostram que as operações não se restringem a pessoas menos favorecidas, já que oito dos conduzidos tinham curso superior, entre eles advogados e empresários. Um público diferente, em roupas de festa, com brilhos, decotes e maquiagem, que lotou as dependências da delegacia do Departamento de Trânsito (Detran) da Avenida João Pinheiro, em Lourdes, Região Centro-Sul. O cerco ocorreu entre meia-noite e 5h30, na BR-356, entre o BH Shopping e o Shopping Ponteio, altura do Bairro Belvedere, na mesma região.
O número de jovens bem vestidos apreendidos se mostrou uma cena incomum nas dependências do Detran, no início da manhã de ontem. Pelo menos meia dúzia de suspeitos ficou presa na sala de custódia, que é de vidro, mas os gabinetes de escrivães, delegados e de registro de ocorrências da PM ficaram repletos de gente, parecendo até serem parte de uma “festa” por causa dos vestidos de gala, roupas de grife, joias e relógios da moda. O cheiro de álcool concentrado nesses recintos era tão forte que os policiais se recusaram a atender de portas fechadas. A todo momento, entre bocejos, os jovens usavam seus celulares para pedir que os pais, familiares e amigos os ajudassem. Segundo a PMRv, 11 suspeitos eram homens e havia duas mulheres.
Os níveis de álcool encontrados no ar expelido dos oito condutores que se submeteram ao bafômetro variaram de 0,52 a 0,98mg/l, sendo que 0,34mg/l já representa crime de trânsito, punido com prisão em flagrante, recolhimento de veículo, suspensão da CNH e multa de R$ 1.915,30. Uma das pessoas conduzidas ao Detran era uma estilista de 25 anos, que além de apresentar 0,61mg de álcool foi flagrada com uma bucha de maconha e transportando R$ 25 mil em joias. A mulher conseguiu provar que as peças eram de sua propriedade e transferiu sua posse para um amigo.
IRONIAS E PIADAS Poucas pessoas quiseram conversar com a reportagem, mas, ainda sob a influência da bebida, não deixaram de fazer piadinhas e até desafiar as autoridades, como um rapaz de menos de 30 anos, que chegou a dizer aos risos que “as blitzes estão certas. Só não pode me pegar de novo”. Uma chefe de cozinha, de 28, foi detida conduzindo seu veículo com um dos mais altos níveis de álcool no sangue, de 0,84mg/l, mas justificou a situação dizendo que é obrigada a experimentar pratos preparados com bebidas alcoólicas. “A blitz não pode ser tão agressiva. Minha prisão é indevida. Não estava me embriagando, mas trabalhando. Saí do restaurante na (Avenida) Francisco Deslandes (Bairro Anchieta) onde preparava alimentos, por volta de 1h30, e estava indo para minha casa, no Bairro Vila da Serra (em Nova Lima, na Grande BH)”, disse.
De acordo com a PM, a operação contou com a participação de 42 militares em 12 viaturas. Foram abordados 267 veículos, sendo que 14 deles acabaram removidos para o pátio de apreensões do Bairro Betânia, no Anel Rodoviário, Região Oeste. Os policiais autuaram 54 pessoas por infrações de trânsito e recolheram 22 carteiras nacionais de Habilitação (CNHs). A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) também divulgou balanço da Operação Sou pela Vida do sábado, informando que, dos 159 veículos abordados nas ruas de BH, três condutores foram presos por crime de trânsito, dois inabilitados detidos e seis pessoas sem sintomas que se recusaram a fazer o teste de alcoolemia e foram multadas em R$ 1.915,30.
O sargento Wander Orlandi foi enfático ao dizer que blitzes dessa envergadura continuarão a ser feitas de surpresa nas principais rotas de casas noturnas e de shows, para prevenir a condução de veículos sob efeito de álcool. “Todos esses motoristas foram presos em flagrante por crimes de trânsito e são uma amostra de que a tolerância é zero mesmo. Não vamos facilitar para ninguém”, frisou o militar.
Os níveis de álcool encontrados no ar expelido dos oito condutores que se submeteram ao bafômetro variaram de 0,52 a 0,98mg/l, sendo que 0,34mg/l já representa crime de trânsito, punido com prisão em flagrante, recolhimento de veículo, suspensão da CNH e multa de R$ 1.915,30. Uma das pessoas conduzidas ao Detran era uma estilista de 25 anos, que além de apresentar 0,61mg de álcool foi flagrada com uma bucha de maconha e transportando R$ 25 mil em joias. A mulher conseguiu provar que as peças eram de sua propriedade e transferiu sua posse para um amigo.
IRONIAS E PIADAS Poucas pessoas quiseram conversar com a reportagem, mas, ainda sob a influência da bebida, não deixaram de fazer piadinhas e até desafiar as autoridades, como um rapaz de menos de 30 anos, que chegou a dizer aos risos que “as blitzes estão certas. Só não pode me pegar de novo”. Uma chefe de cozinha, de 28, foi detida conduzindo seu veículo com um dos mais altos níveis de álcool no sangue, de 0,84mg/l, mas justificou a situação dizendo que é obrigada a experimentar pratos preparados com bebidas alcoólicas. “A blitz não pode ser tão agressiva. Minha prisão é indevida. Não estava me embriagando, mas trabalhando. Saí do restaurante na (Avenida) Francisco Deslandes (Bairro Anchieta) onde preparava alimentos, por volta de 1h30, e estava indo para minha casa, no Bairro Vila da Serra (em Nova Lima, na Grande BH)”, disse.
De acordo com a PM, a operação contou com a participação de 42 militares em 12 viaturas. Foram abordados 267 veículos, sendo que 14 deles acabaram removidos para o pátio de apreensões do Bairro Betânia, no Anel Rodoviário, Região Oeste. Os policiais autuaram 54 pessoas por infrações de trânsito e recolheram 22 carteiras nacionais de Habilitação (CNHs). A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) também divulgou balanço da Operação Sou pela Vida do sábado, informando que, dos 159 veículos abordados nas ruas de BH, três condutores foram presos por crime de trânsito, dois inabilitados detidos e seis pessoas sem sintomas que se recusaram a fazer o teste de alcoolemia e foram multadas em R$ 1.915,30.
O sargento Wander Orlandi foi enfático ao dizer que blitzes dessa envergadura continuarão a ser feitas de surpresa nas principais rotas de casas noturnas e de shows, para prevenir a condução de veículos sob efeito de álcool. “Todos esses motoristas foram presos em flagrante por crimes de trânsito e são uma amostra de que a tolerância é zero mesmo. Não vamos facilitar para ninguém”, frisou o militar.
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