terça-feira, 11 de agosto de 2015

Cultura e Memória


O resgate de cultura por meio do compartilhamento de memória

Ao assisitr o filme francês “Lucy” filmado em 2014 e produzido por Luc Bresson, tendo como principal atriz Scarlet Johanson como o personagem-título e Morgan Freemam como Professor Norman, uma cena me chamou atenção que tem muito haver com a preservação de uma cultura.

No filme, Lucy é contaminada por uma droga sintética – CPH4 que propiciou um aumento expressivo da capacidade intelectual. Como resultado, ela gradativamente começa a adquirir capacidades físicas e mentais cada vez mais elevadas, como telepatia, telecinese, etrocinese além de absorver conhecimento instantâneamente. Esses excessos, em contra-partida, iniciam um processo de degradação celular em  todo seu corpo podendo a levar à morte.  

Ao encontrar com professor Norman, Lucy pergunta o que fazer com tanto conhecimento, uma vez que a morte está por vir. E nesse momento professor Norman diz a máxima: “- Passe para frente! Compartilhe”!

Essa cena foi marcante. Não estamos aqui para todo sempre. O que mais guardamos conosco é conhecimento e comportamento. Nossos pais, nós mesmos aprendemos com eles ou por meio de outros conhecimento e comportamento e o conjunto dessas ações, quando tomadas de conjunto, em um grupo coletivo, forma o que chamamos de cultura.

Para que uma cidade ou mesmo um município não perca a sua cultura (suas artes, gastronômia, etc.), locais de “reunião de cultura” foram e são formados. Nessas circunstâncias, arquivos públicos, bibliotecas, museus, institutos culturais e de memória são mantidos pelo governo ou por particulares com o intuito de preservar a memória individual e coletiva.

Se você tem um depoimento, alguma fotografia antiga, um objeto – não valioso materialmente, mas que retrate a história ou um momento marcante, um jornal ou periódico antigo ou ainda um bom livro, não deixe de avaliar e procurar um desses estabelecimentos. O conhecimento deve e tem que ser compartilhado! Doando um livro, uma foto, você pode perpertuar a memória que talvez esteja sendo apagada pelo tempo ou pelo descaso.

Participe! Vasculhe suas antigas gavetas e compartilhe! Pense nisso!


Henrique Oliveira é escritor especialista em cervejas, autor do livro Brasil Beer – O Guia de Cervejas Brasileiras.

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