quinta-feira, 18 de julho de 2013

Krug Bier


Krug Bier prepara mais uma fábrica de cerveja artesanal

por Helenice Laguardia
Antes de inaugurar a primeira fábrica de cerveja artesanal de Minas Gerais – a Krug Bier –, o austríaco Herwig Gangl testou por três meses a receita que, depois do acerto, perdura em segredo mesmo após 16 anos de atividade. “É que o chopp que fazemos na Áustria é muito amargo”, justifica. Agora, Gangl toca dois projetos: um plano de expansão para entrar nos mercados do Rio de Janeiro e de São Paulo, ainda neste ano, abrir uma nova fábrica, em 2014.
Gangl diz que a segunda unidade é para ampliar a produção, mas ainda não definiu o lugar. “Prefiro não falar para não criar expectativa ou polêmica. Mas a fábrica precisa estar perto do mercado consumidor da cerveja”, diz o executivo, que prefere não citar cifras do investimento.

Gangl adianta apenas que a primeira etapa da nova fábrica terá até cinco vezes a capacidade atual , ou seja, condições de produzir até 600 mil litros de cerveja artesanal por mês. A produção atual da instalação de Nova Lima é de 200 mil litros por mês. “Hoje, estou com 80% da capacidade na fábrica de Nova Lima. Mas depende dos mercados e de estratégia de produto”, afirma Gangl, que é formado em direito.

Uma fábrica de cerveja também precisa ter uma base de água boa, pois 95% da cerveja é água, além de malte, lúpulo e fermento. “Onde estamos, a água é muito boa, mas existem vários lugares na região metropolitana que têm água favorável”.

Por enquanto, Gangl diz que é preciso queimar etapas, e isso quer dizer conquistar novos mercados. A cerveja da Krug Bier, que significa “caneco de cerveja”, tem maior market share em Belo Horizonte e na região metropolitana que as outras microcervejarias. Ela também já está no Espírito Santo e em Brasília, além de outros 160 pontos de venda.

A receita de sucesso é um produto 100% malte e menos amargo, diferente do que é feito na Áustria, onde é muito amargo. Mas problemas como a tributação excessiva e a falta de um volume de fornecedores atrapalham a vida do cervejeiro. “No Brasil, há falta de variedade nos fornecedores. São duas maltarias e duas fábricas de garrafas”. A Krug Bier recebe, todo mês, 37 toneladas de malte importado da Europa e dos EUA e compra 100 mil garrafas.

Na seara dos impostos, Gangl enumera PIS/Cofins, IPI, ICMS, ICMS-ST, Contribuição Social e Imposto de Renda. Em Minas Gerais, o ICMS é de 20%. “Em Estados do Sul do país já existem incentivos no ICMS para as microcervejarias se instalarem lá”, compara.Mas Gangl, nascido em família com fábrica de cerveja em Grieskirchner, na Áustria, não pensa em sair de Minas Gerais.

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