quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Valor 1000 Maiores Empresas 2011

Olho no caixa, para guiar a transição

Depois de uma década que fez história a AmBev alinha os investimentos para um cenário que exige cautela
por Cynthia Malta

João Castro Neves, presidente da AmBev, já tem saudades de 2010 e de toda a década passada, quando a empresa alcançou os melhores resultados de sua história. Sobre 2011, seu olhar não esconde alguma resignação. “É o pior ano, depois da melhor década”. E aponta o objetivo a ser perseguido: chegar o mais próximo possível dos R$ 11,7 bilhões de caixa alcançado no ano passado, 13,5% a mais do que em 2009. “Em abril, eu imaginava que seria um semestre de transição, mas agora vejo que será um ano de transição”, diz.

Para conquistar o posto de campeã do setor Bebidas e Fumo de Valor 1000, a maior fabricante brasileira de cervejas e a quarta maior do mundo esbanjou vitalidade. Foi a primeira colocada em quatro dos sete critérios de avaliação. Além de ganhar disparado em geração de valor (45,9%), foi a que mais lucrou (37,2%) em relação à receita líquida, e que ficou 8,8% acima da de 2009 – alcançando R$ 25,2 bilhões. O lucro líquido de R$ 7,56 bilhões saltou 26,3%.

(...) Para o segundo semestre, a grande aposta da AmBev é a marca da cerveja americana Budweiser, que começará a ser fabricada e distribuída, inicialmente, em São Paulo, tendo como principal novidade diferentes formatos de embalagem.(...).

(...) Para enfrentar as expressivas altas dos insumos agrícolas e dos impostos federais a AmBev reajustou os seus preços e as vendas sofreram. No primeiro trimestre de 2011, o volume de cerveja vendido cresceu apenas 0,2%. (...). Neves acredita que os preços dos insumos agrícolas devem continuar em patamares altos. "Toda vez que o dólar cai, as commodities agrícolas aumentam. Isso acontece com o açúcar, trigo, milho. O país exportador acaba ficando com a moeda valorizada" A boa noticia é que "o pico já passou". Quanto aos impostos federais, como PIS, Cofins e IPI, ele não espera flexibilidade por parte do Governo para concordar em mexer de novo na tabela de preços de referência - pelo menos no curto prazo.

Classificação Final: Pontuação obtida pelas empresas nos 7 critérios
1o lugar: Ambev (74); 2o lugar: Coca-Cola Femsa (65); 3o lugar Souza Cruz (65); 4o lugar Compar (58).

Mais informações e fonte: Valor 1000 Edição 2011, página 302.

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